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Esgotos: Rio X Paris

Enquanto Rio privatiza, por que Paris, Berlim e outras 265 cidades reestatizaram saneamento? Serviços inflacionados, ineficientes e com investimentos insuficientes são motivos para a reestatização – Direito de imagem BLUBERRIES/GETTY IMAGES Enquanto iniciativas para privatizar sistemas de saneamento avançam no Brasil, um estudo indica que esforços para fazer exatamente o inverso – devolver a gestão do tratamento e fornecimento de água às mãos públicas – continua a ser uma tendência global crescente. De acordo com um mapeamento feito por onze organizações majoritariamente europeias, da virada do milênio para cá foram registrados 267 casos de “remunicipalização”, ou reestatização, de sistemas de água e esgoto. No ano 2000, de acordo com o estudo, só se conheciam três casos. Satoko Kishimoto, uma das autoras da pesquisa publicada nesta sexta-feira, afirma que a reversão vem sendo impulsionada por um leque de problemas reincidentes, entre eles serviços inflacionados, ineficientes e com investimentos insuficientes. Ela é coordenadora para políticas públicas alternativas no Instituto Transnacional (TNI), centro de pesquisas com sede na Holanda. “Em geral, observamos que as cidades estão voltando atrás porque constatam que as privatizações ou parcerias público-privadas (PPPs) acarretam tarifas muito altas, não cumprem promessas feitas inicialmente e operam com falta de transparência, entre uma série de problemas que vimos caso a caso”, explica Satoko à BBC Brasil. O estudo detalha experiências de cidades que recorreram a privatizações de seus sistemas de água e saneamento nas últimas décadas, mas decidiram voltar atrás – uma longa lista que inclui lugares como Berlim, Paris, Budapeste, Bamako (Mali), Buenos Aires, Maputo (Moçambique) e La Paz. Sakoto Kishimoto, coordenadora para políticas públicas alternativas no Instituto Transnacional (TNI) Privatizações a caminho A tendência, vista com força sobretudo na Europa, vai no caminho contrário ao movimento que vem sendo feito no Brasil para promover a concessão de sistemas de esgoto para a iniciativa privada. O BNDES vem incentivando a atuação do setor privado na área de saneamento, e, no fim do ano passado, lançou um edital visando a privatização de empresas estatais, a concessão de serviços ou a criação de parcerias público-privadas. À época, o banco anunciou que 18 Estados haviam decidido aderir ao programa de concessão de companhias de água e esgoto – do Acre a Santa Catarina. O Rio de Janeiro foi o primeiro se posicionar pela privatização. A venda da Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae) é uma das condições impostas pelo governo federal para o pacote de socorro à crise financeira do Estado. A privatização da Cedae foi aprovada em fevereiro deste ano pela Alerj, gerando polêmica e protestos no Estado. De acordo com a lei aprovada, o Rio tem um ano para definir como será feita a privatização. Semana passada, o governador Luiz Fernando Pezão assinou um acordo com o BNDES para realizar estudos de modelagem. Da água à coleta de lixo, 835 casos de reestatização Satoko e sua equipe começaram a mapear as ocorrências em 2007, o que levou à criação de um “mapa das remunicipalizações” em parceria com o Observatório Corporativo Europeu. O site monitora casos de remunicipalização – que podem ocorrer de maneiras variadas, desde privatizações desfeitas com o poder público comprando o controle que detinha “de volta”, a interrupção do contrato de concessão ou o resgate da gestão pública após o fim de um período de concessão. A análise das informações coletadas ao longo dos anos deu margem ao estudo. De acordo com a primeira edição, entre 2000 e 2015 foram identificados 235 casos de remunicipalização de sistemas de água, abrangendo 37 países e afetando mais de 100 milhões de pessoas. Nos últimos dois anos, foram listados 32 casos a mais na área hídrica, mas o estudo foi expandido para observar a tendência de reestatização em outras áreas – fornecimento de energia elétrica, coleta de lixo, transporte, educação, saúde e serviços sociais, somando um total de sete áreas diferentes. Em todas esses setores, foram identificados 835 casos de remunicipalização entre o ano de 2000 e janeiro de 2017 – em cidades grandes e capitais, em áreas rurais ou grandes centros urbanos. A grande maioria dos casos ocorreu de 2009 para cá, 693 ao todo – indicando um incremento na tendência. O resgate ou a criação de novos sistemas geridos por municípios na área de energia liderou a lista, com 311 casos – 90% deles na Alemanha. A retomada da gestão pública da água ficou em segundo lugar. Dos 267 casos, 106 – a grande maioria – foram observados na França, país que foi pioneiro nas privatizações no setor e é sede das multinacionais Suez e Veolia, líderes globais na área. Estação de Tratamento de Água (ETA) Guandu, em Nova Iguaçu (RJ) Direito de imagemCOSME AQUINO Fácil fazer, difícil voltar atrás De acordo com o estudo, cerca de 90% dos sistemas de água mundiais ainda são de gestão pública. As privatizações no setor começaram a ser realizadas nos anos 1990 e seguem como uma forte tendência, em muitos casos impulsionadas por cenários de austeridade e crises fiscais. Satoko diz ser uma “missão impossível” chegar a números absolutos para comparar as remunicipalizações, de um lado, e as privatizações, de outro. Estas podem ocorrer em moldes muito diferentes, seja por meio de concessões de serviços públicos por determinados períodos, privatizações parciais ou venda definitiva dos ativos do Estado. Entretanto, ela frisa a importância de se conhecer os riscos que uma privatização do fornecimento de água pode trazer e as dificuldades de se reverter o processo. “Autoridades que tomam essa decisão precisam saber que um número significativo de cidades e estados tiveram razões fortes para retornar ao sistema público”, aponta Satoko. “Se você for por esse caminho, precisa de uma análise técnica e financeira muito cuidadosa e de um debate profundo antes de tomar a decisão. Porque o caminho de volta é muito mais difícil e oneroso”, alerta, ressaltando que, nos muitos casos que o modelo fracassou, é a população que paga o preço. Como exemplo ela cita Apple Valley, cidade de 70 mil habitantes na Califórnia. Desde 2014, a prefeitura vem tentando se reapropriar do sistema

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Psicologia: Quando a mente fabrica a doença

Em livro, neurologista Suzanne O’Sullivan descreve pacientes com transtornos psicossomáticos Quase todos nós aceitamos sem problemas que o coração bata com mais força quando nos aproximamos da pessoa por quem estamos apaixonados, ou que as nossas pernas tremam quando é preciso falar em público. São emoções que provocam sintomas físicos reais. Entretanto, custa aceitar que os mesmos pensamentos que causam um frio na barriga cheguem a desencadear doenças graves, como cegueira, convulsões ou paralisias. E, no entanto, é justamente isso que descreve a neurologista Suzanne O’Sullivan no livro It’s All in Your Head (está tudo na sua cabeça, na tradução literal, ainda inédito no Brasil), no qual revê alguns dos casos mais impactantes de doenças psicossomáticas com os quais se deparou ao longo da carreira.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Certa vez, O’Sullivan teve uma paciente, chamada Linda, que percebeu um pequeno inchaço no lado direito da cabeça. Era só um cisto sebáceo, mas ela não parava de fazer exames e consultas. Pouco depois, perdeu a sensibilidade do braço e da perna direitos; a paciente tinha certeza de que o inchaço havia atingido o cérebro. Quando O’Sullivan a examinou, todo o lado direito do corpo – o mesmo onde estava o caroço – já havia perdido o movimento e a sensibilidade. Só que Linda não sabia que o lado direito do cérebro na verdade controla os movimentos do lado esquerdo do corpo, e por isso sua mente se enganou ao criar os sintomas. Linda, na verdade, sofria de um transtorno psicossomático – seus pensamentos desencadeavam sintomas de uma doença inexistente. Quando O’Sullivan estava se especializando em neurologia, foi ensinada a distinguir os doentes que tinham sintomas físicos causados por conflitos mentais. “Todos os meus pacientes tinham convulsões, mas em 70% dos casos não sofriam de epilepsia: por mais que fossem examinados, não encontrávamos nenhuma lesão ou causa neurológica que explicasse seus sintomas. Tinha de ser algo psicológico.” Mas mandar os pacientes para casa com o diagnóstico que não eram epiléticos não servia de consolo, de modo que a médica se sentiu obrigada a encontrar uma maneira de ajudá-los. “As incapacidades que criamos com nossa mente são tão infinitas que já deixei de acreditar nos limites” Em 2004 ela começou a agir, e desde então, quando encontra um paciente com sintomas, mas sem lesões neurológicas, tenta lhe explicar que a origem dos seus males é um problema psicológico mal resolvido. Geralmente, porém, os pacientes se negam a aceitar esse diagnóstico. “Eles têm um estresse mental do qual não estão conscientes, e alguém está obrigando-os a encará-lo”, diz a médica. “Esses sintomas são uma manifestação do organismo: seu organismo está lhe dizendo que algo não vai bem dentro de você, e que você não está percebendo.” Ninguém está a salvo dessas doenças, e há centenas de causas que as originam. Segundo O’Sullivan, os casos muito extremos, como as convulsões ou paralisias, costumam nascer de traumas psicológicos severos; os menos graves podem surgir de um amontoado de pequenos esgotamentos que os pacientes não sabem administrar. “Depende da atenção que a pessoa presta às dores. Se ficarem obcecadas e buscarem repetidamente uma explicação médica que não existe, é possível que acabem desenvolvendo a doença psicossomática”, explica O’Sullivan. Para se curar, o acompanhamento psicológico é indispensável. Segundo O’Sullivan, a primeira coisa a fazer é abandonar a ideia de que há uma enfermidade orgânica. A seguinte etapa é ver como a mente afeta o corpo: se você sente palpitações e nota que está ansioso, elas começarão a parecer muito menos graves, já que você conhece as causas. Mas, se associa essas palpitações a problemas cardíacos, e os exames médicos não comprovam isso, você provavelmente ficará obcecado, e as palpitações irão piorar. “Seu organismo está lhe dizendo que algo não vai bem dentro de você, e que você não está percebendo” “Às vezes, os pacientes desejam desesperadamente que você encontre um resultado ruim nos exames, que dê um nome para sua doença e receite alguns comprimidos que justifiquem suas dores”, conta a neurologista. Esse problema é muito mais comum do que se imagina. Cerca de 30% das pessoas sofrem disso, e a imensa maioria nem sequer fica sabendo. Após mais de dez anos de dedicação às enfermidades psicossomáticas, Suzanne O’Sullivan continua sem saber apontar o caso mais grave que viu. “Os casos mais duros são os de pessoas que adoeceram quando tinham 16 anos e, aos 50, continuam indo a médicos. Estão cegos ou em cadeira de rodas e continuam se submetendo a operações. Conheço pessoas que comem por um tubo, mas não têm nenhuma doença orgânica. Todas as partes do seu organismo foram afetadas por sua mente”, relata. Nada mais surpreende essa neurologista. “As incapacidades que criamos com nossa mente são tão infinitas que já deixei de acreditar nos limites”, diz. ElPais/Maria Victoria Nadal

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A vida por trás de máscaras na China

Restrição do uso de carvão para aquecer casas ajudou a melhorar qualidade do ar em parte do país. Em Pequim, usar máscaras respiratórias é tão comum quanto usar óculos   Mas em cidades como Pequim, poluição segue alarmante, e máscaras respiratórias devem continuar fazendo parte do cotidiano. Pela primeira vez em muito tempo, os moradores das províncias do nordeste da China estão olhando para céus azuis. Desde o ano passado está em vigor uma legislação que restringe o uso de carvão para a calefação em Pequim e em outras 27 cidades de grande porte da região. De acordo com o Greenpeace na Ásia Oriental, no último ano, a concentração de partículas finas tóxicas no ar caiu 33% nas cidades do nordeste chinês em 2017 em relação ao ano anterior. Também conhecidas como PM2,5, tais micropartículas são inaláveis e podem se instalar nos pulmões, provocando danos à saúde.  Apesar da melhora, os moradores de grandes metrópoles chinesas ainda não vão deixar de usar suas máscaras contra poluição. Na verdade, apenas parte da queda na concentração de partículas atmosféricas finas na região se deve à proibição da queima de carvão para o aquecimento doméstico. Outra causa, segundo análise do Greenpeace, foram as condições climáticas favoráveis, como fortes ventos vindos do norte. Na China como um todo, a porcentagem das micropartículas PM2,5 na atmosfera caiu apenas 4,5% no ano passado, valor bem menor que a taxa de 33% verificada nas cidades do nordeste. Essa foi a menor queda registrada no país desde 2013, quando a China declarou “guerra à poluição”. Ainda assim, devido a essa melhora modesta, cerca de 160 mil mortes prematuras foram evitadas na China em 2017, segundo estimativas do Greenpeace. Contudo, em muitas províncias industriais, a poluição atmosférica piorou. Isso porque a nem todas as cidades chinesas se aplica uma regulação rigorosa como a do nordeste do país. Um exemplo é a província de Heilongjiang, na qual as emissões de indústrias como a siderúrgica contribuíram para um aumento de 10% nos níveis de partículas tóxicas na atmosfera. Para Huang Wei, especialista em clima e energia do Greenpeace na Ásia Oriental, o governo não deve focar apenas no aquecimento doméstico e tomar medidas em relação às emissões industriais. “Políticas que favorecem o carvão e a indústria pesada estão impedindo o progresso”, afirma. Até nas cidades do nordeste, que apresentaram resultados melhores, houve dias em 2017 em que o smog estava tão denso como de costume. Segundo o Índice de Qualidade do Ar de Pequim, em 28 de dezembro por exemplo, boa parte da capital estava sob níveis de poluição “muito prejudiciais à saúde”. O ministro do Meio Ambiente admitiu no início de janeiro que a partir do fim do mês a situação deve piorar novamente. Chen e o marido sempre viveram em Pequim. Para ela, a máscara se tornou um acessório cotidiano Máscaras não vão sair de moda tão cedo Para Chen, moradora de Pequim, “a poluição já faz parte do cotidiano”. “Procuro usar minha máscara o máximo possível quando estou na rua, mas em locais fechados, geralmente fico sem ela. A máscara se tornou um acessório cotidiano para mim, assim como óculos”, disse. Wang Wei, vendedor ambulante do distrito de Chaoyangmen em Pequim, vê a máscara como item essencial para o trabalho na rua. “No inverno, após um dia de trabalho no nevoeiro de poluição, estou acostumado a ter muita tosse e problemas respiratórios”, contou à DW. Com a péssima qualidade do ar como uma realidade cotidiana para a maioria dos chineses, o governo tem sido cada vez mais pressionado a agir. Essa pressão se intensificou nos últimos anos com o maior peso que questões ambientais e de sustentabilidade passaram a ter na agenda política. “O foco na redução da poluição está alinhado a prioridades maiores do governo chinês, cujos objetivos são abordar outros problemas internos na China”, afirmou à DW o pesquisador Duncan Freeman, do Centro de Pesquisa União Europeia-China do Colégio da Europa, na Bélgica. “A opinião pública está cada vez mais manifestando suas preocupações quanto aos impactos da poluição na saúde. Ao mesmo tempo, os impactos ambientais ameaçam a sustentabilidade do modelo econômico chinês, o que é um problema fundamental para o desenvolvimento futuro do país.” Transição energética Desde o início da “guerra à poluição” em 2013, a concentração de partículas PM2,5 no ar caiu 33% em 74 cidades chinesas, conforme mostram dados dos últimos cinco anos do Ministério do Meio Ambiente. A maior parte da redução na emissão de poluentes se deve à transição de uma matriz energética dominada pelo carvão para uma matriz cada vez mais baseada no uso do gás natural. Freeman alerta, no entanto, que essa transição ainda está longe de chegar ao fim. “O carvão não pode ser rapidamente removido da matriz energética da China sem causar transtornos. Ele continuará sendo uma das maiores fontes de energia da China por muitos anos”, diz o pesquisador. Para Peter Singer, conselheiro sobre energias renováveis da Agência Internacional de Energia (IEA) e do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), os recentes índices de poluição atmosférica da China mostram que a adoção de uma infraestrutura energética mais limpa está tendo impacto em algumas províncias. Contudo, segundo Singer, no âmbito internacional, a relação da China com carvão de altos índices de carbono indica que o país ainda tem que mudar a própria conduta. “Não podemos esquecer o grande investimento em carvão que a China ainda representa”, destaca.

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Homem morre ao ser ‘sugado’ por túnel de ressonância magnética em hospital

Um homem de 32 anos, identificado como Rajesh Maru, morreu após ser violentamente arrastado, por causa de um cilindro metálico que carregava, para uma máquina de ressonância magnética na cidade de Mumbai, na Índia. Direito de imagemGETTY IMAGES Máquinas de ressonância magnética criam um eletroímã poderoso capaz de atrair com violência objetos metálicos, como o cilindro que Marun portava Ele visitava a mãe de um parente em um hospital no último sábado e teria se oferecido para acompanhar a mulher até a sala de exame após o filho dela não conseguir retirar um anel que usava.   Perfil no Facebook em memória de Rajesh Maru: Homem de 32 anos chegou a ser socorrido, mas morreu minutos após o incidente | Foto: Reprodução/Facebook De acordo com a imprensa indiana, um funcionário do hospital teria pedido ajuda a Maru para carregar um tubo metálico de oxigênio líquido, que seria usado pela paciente. O mesmo funcionário teria afirmado que a máquina que realiza a ressonância – ao gerar um campo eletromagnético extremamente forte, criando um ímã capaz de atrair de forma violenta qualquer metal – estava desligada. No entanto, ao entrar na sala, Maru teria sido imediatamente atraído pelo campo eletromagnético, ficando com o braço preso na máquina. Funcionários do hospital e integrantes da família ainda conseguiram retirar o homem rapidamente e o levaram à emergência, mas ele morreu em poucos minutos. Excesso de oxigênio Acredita-se que a válvula do cilindro tenha se rompido ou sido aberta durante o impacto com a máquina, o que teria levado a um vazamento de oxigênio líquido. Em contato com o ar, o líquido volta ao estado gasoso e forma uma nuvem de oxigênio concentrado, que pode ser fatal. Segundo a autópsia, a causa da morte teria sido um pneumotórax, que é o acúmulo anormal de ar entre o pulmão e a pleura – a membrana que reveste internamente a parede torácica. Isso teria provocado um colapso pulmonar. Parentes da vítima apresentaram queixa contra a equipe do hospital. Harish Solanki, cunhado de Maru, afirmou que um assistente do centro de saúde disse a ele que poderia entrar na sala com o cilindro de oxigênio, já que o aparelho de ressonância estava desligado. Um médico e dois assistentes foram presos, incluindo o que teria dado essa informação. Autoridades hospitalares anunciaram que a família receberá uma indenização de aproximadamente US$ 7,8 mil (o equivalente a R$ 24,7 mil). Nas redes sociais, usuários criticaram o valor a ser pago, considerado baixo diante da tragédia.

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Poluição: A vida por trás de máscaras na China

Restrição do uso de carvão para aquecer casas ajudou a melhorar qualidade do ar em parte do país. Em Pequim, usar máscaras respiratórias é tão comum quanto usar óculos Mas em cidades como Pequim, poluição segue alarmante, e máscaras respiratórias devem continuar fazendo parte do cotidiano. Pela primeira vez em muito tempo, os moradores das províncias do nordeste da China estão olhando para céus azuis. Desde o ano passado está em vigor uma legislação que restringe o uso de carvão para a calefação em Pequim e em outras 27 cidades de grande porte da região. De acordo com o Greenpeace na Ásia Oriental, no último ano, a concentração de partículas finas tóxicas no ar caiu 33% nas cidades do nordeste chinês em 2017 em relação ao ano anterior. Também conhecidas como PM2,5, tais micropartículas são inaláveis e podem se instalar nos pulmões, provocando danos à saúde.  Apesar da melhora, os moradores de grandes metrópoles chinesas ainda não vão deixar de usar suas máscaras contra poluição. Na verdade, apenas parte da queda na concentração de partículas atmosféricas finas na região se deve à proibição da queima de carvão para o aquecimento doméstico. Outra causa, segundo análise do Greenpeace, foram as condições climáticas favoráveis, como fortes ventos vindos do norte. Na China como um todo, a porcentagem das micropartículas PM2,5 na atmosfera caiu apenas 4,5% no ano passado, valor bem menor que a taxa de 33% verificada nas cidades do nordeste. Essa foi a menor queda registrada no país desde 2013, quando a China declarou “guerra à poluição”. Ainda assim, devido a essa melhora modesta, cerca de 160 mil mortes prematuras foram evitadas na China em 2017, segundo estimativas do Greenpeace. Contudo, em muitas províncias industriais, a poluição atmosférica piorou. Isso porque a nem todas as cidades chinesas se aplica uma regulação rigorosa como a do nordeste do país. Um exemplo é a província de Heilongjiang, na qual as emissões de indústrias como a siderúrgica contribuíram para um aumento de 10% nos níveis de partículas tóxicas na atmosfera. Para Huang Wei, especialista em clima e energia do Greenpeace na Ásia Oriental, o governo não deve focar apenas no aquecimento doméstico e tomar medidas em relação às emissões industriais. “Políticas que favorecem o carvão e a indústria pesada estão impedindo o progresso”, afirma. Até nas cidades do nordeste, que apresentaram resultados melhores, houve dias em 2017 em que o smog estava tão denso como de costume. Segundo o Índice de Qualidade do Ar de Pequim, em 28 de dezembro por exemplo, boa parte da capital estava sob níveis de poluição “muito prejudiciais à saúde”. O ministro do Meio Ambiente admitiu no início de janeiro que a partir do fim do mês a situação deve piorar novamente. Chen e o marido sempre viveram em Pequim. Para ela, a máscara se tornou um acessório cotidiano Máscaras não vão sair de moda tão cedo Para Chen, moradora de Pequim, “a poluição já faz parte do cotidiano”. “Procuro usar minha máscara o máximo possível quando estou na rua, mas em locais fechados, geralmente fico sem ela. A máscara se tornou um acessório cotidiano para mim, assim como óculos”, disse. Wang Wei, vendedor ambulante do distrito de Chaoyangmen em Pequim, vê a máscara como item essencial para o trabalho na rua. “No inverno, após um dia de trabalho no nevoeiro de poluição, estou acostumado a ter muita tosse e problemas respiratórios”, contou à DW. Com a péssima qualidade do ar como uma realidade cotidiana para a maioria dos chineses, o governo tem sido cada vez mais pressionado a agir. Essa pressão se intensificou nos últimos anos com o maior peso que questões ambientais e de sustentabilidade passaram a ter na agenda política. “O foco na redução da poluição está alinhado a prioridades maiores do governo chinês, cujos objetivos são abordar outros problemas internos na China”, afirmou à DW o pesquisador Duncan Freeman, do Centro de Pesquisa União Europeia-China do Colégio da Europa, na Bélgica. “A opinião pública está cada vez mais manifestando suas preocupações quanto aos impactos da poluição na saúde. Ao mesmo tempo, os impactos ambientais ameaçam a sustentabilidade do modelo econômico chinês, o que é um problema fundamental para o desenvolvimento futuro do país.” Transição energética Desde o início da “guerra à poluição” em 2013, a concentração de partículas PM2,5 no ar caiu 33% em 74 cidades chinesas, conforme mostram dados dos últimos cinco anos do Ministério do Meio Ambiente. A maior parte da redução na emissão de poluentes se deve à transição de uma matriz energética dominada pelo carvão para uma matriz cada vez mais baseada no uso do gás natural. Freeman alerta, no entanto, que essa transição ainda está longe de chegar ao fim. “O carvão não pode ser rapidamente removido da matriz energética da China sem causar transtornos. Ele continuará sendo uma das maiores fontes de energia da China por muitos anos”, diz o pesquisador. Para Peter Singer, conselheiro sobre energias renováveis da Agência Internacional de Energia (IEA) e do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), os recentes índices de poluição atmosférica da China mostram que a adoção de uma infraestrutura energética mais limpa está tendo impacto em algumas províncias. Contudo, segundo Singer, no âmbito internacional, a relação da China com carvão de altos índices de carbono indica que o país ainda tem que mudar a própria conduta. “Não podemos esquecer o grande investimento em carvão que a China ainda representa”, destaca. DW

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Monsanto: 25 doenças que podem ser causadas pelo agrotóxico glifosato

Cientistas descobriram que pessoas doentes tinham maiores níveis de glifosato em seu corpo do que as pessoas sadias. Conheça os resultados destas pesquisas A Monsanto investiu no herbicida glifosato e o levou ao mercado com o nome comercial de Roundup em 1974, após a proibição do DDT. Mas foi no final dos anos 1990 que o uso do Roundup se massificou graças a uma engenhosa estratégia de marketing da Monsanto. A estratégia? Sementes geneticamente modificadas para cultivos alimentares que podiam tolerar altas doses de Roundup. Com a introdução dessas sementes geneticamente modificadas, os agricultores podiam controlar facilmente as pragas em suas culturas de milho, soja, algodão, colza, beterraba açucareira, alfafa; cultivos que se desenvolviam bem enquanto as pragas em seu redor eram erradicadas pelo Roundup. Ansiosa por vender seu emblemático herbicida, a Monsanto também incentivou os agricultores a usar o Roundup como agente dessecante, para secar seus cultivos e assim fazer a colheita mais rapidamente. De modo que o Roundup é usado rotineira e diretamente em grande quantidade de cultivos de organismos não modificados geneticamente, incluindo trigo, cevada, aveia, colza, linho, ervilha, lentilha, soja, feijão e beterraba açucareira. Entre 1996 e 2011, o tão difundido uso de cultivos de Organismos Geneticamente Modificados (OGM) Roundup aumentou o uso de herbicidas nos Estados Unidos em 243 milhões de kg – ainda que a Monsanto tenha assegurado que os cultivos de OGM reduziriam o uso de pesticidas e herbicidas. A Monsanto falsificou dados sobre a segurança do Roundup e o vendeu para departamentos municipais de parques e jardins e também a consumidores como sendo biodegradável e estando de acordo com o meio ambiente, promovendo seu uso em valetas, parques infantis, campos de golf, pátios de escola, gramados e jardins privados. Um tribunal francês sentenciou que esse marketing equivalia a publicidade enganosa. Nos quase 20 anos de intensa exposição, os cientistas documentaram as consequências para a saúde do Roundup e do glifosato na nossa comida, na água que bebemos, no ar que respiramos e nos lugares em que nossas crianças brincam. Descobriram que as pessoas doentes têm maiores níveis de glifosato em seu corpo do que as pessoas sadias. Também encontraram os seguintes problemas de saúde que eles atribuem à exposição ao Roundup e/ou ao glifosato: 1) TDHA: nas comunidades agrícolas, existe uma forte relação entre a exposição ao Roundup e o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, provavelmente devido à capacidade do glifosato de afetar as funções hormonais da tireoide. 2) Alzheimer: no laboratório, o Roundup causa o mesmo estresse oxidativo e morte de células neurais observados no Alzheimer. Isso afeta a CaMKII, uma proteína cuja desregulação também foi associada à doença. 3) Anencefalia (defeito de nascimento): uma pesquisa sobre os defeitos no tubo neural de bebês cujas mães viviam em um raio de mil metros de distância de onde se aplicava o pesticida mostrou uma associação entre o glifosato e a anencefalia; a ausência de uma grande porção do cérebro, do crânio e do pericrânio formado durante o desenvolvimento do embrião. 4) Autismo: o glifosato tem um número de efeitos biológicos alinhados a conhecidas patologias associadas ao autismo. Um desses paralelismos é a disbiose observada em crianças autistas e a toxicidade do glifosato para bactérias benéficas que combatem bactérias patológicas, assim como a alta resistência de bactérias patógenas ao glifosato. Além disso, a capacidade do glifosato de facilitar a acumulação de alumínio no cérebro poderia fazer deste a principal causa de autismo nos EUA.   5) Defeitos de nascença: o Roundup e o glifosato podem alterar a vitamina A (ácido retinoico), uma via de comunicação celular crucial para o desenvolvimento normal do feto. Os bebês cujas mães viviam em um rádio de 1 km em relação a campos com glifosato tiveram mais que o dobro de possibilidade de ter defeitos de nascença segundo um estudo paraguaio. Os defeitos congênitos se quadruplicaram na década seguinte a que os cultivos com Roundup chegaram ao Chaco, uma província da Argentina na qual o glifosato é utilizado entre 8 e 10 vezes mais por acre do que nos EUA. Um estudo em uma família agricultora nos EUA documentou elevados níveis de glifosato e defeitos de nascença em crianças, tais como ânus não perfurados, deficiências no crescimento hormonal, hipospádias (relacionada à normalidade da abertura urinária), defeitos no coração e micropênis. 6) Câncer cerebral: em um estudo comparativo entre crianças sadias e crianças com câncer cerebral, os pesquisadores detectaram que, se um dos pais estivera exposto ao Roundup dois anos antes do nascimento da criança, as possibilidades de ela desenvolver câncer no cérebro dobravam. 7) Câncer de mama: o glifosato induz o crescimento de células cancerígenas no peito por meio de receptores estrógenos. O único estudo em animais a longo prazo de exposição ao glifosato produziu ratas com tumores mamários e reduziu a expectativa de vida. 8) Câncer: pesquisas de porta em porta com 65 mil pessoas em comunidades agrárias da Argentina nas quais o Roundup foi utilizado – conhecidas como cidades fumigadas – mostraram médias de câncer entre duas e quatro vezes maiores do que a média nacional, com altos índices de câncer de mama, próstata e pulmão. Em uma comparação entre dois povos, naquele em que o Roundup fora aplicado, 31% dos moradores tinham algum familiar com câncer, ao passo que só 3% o tinham em um povoado sem Roundup. As médias mais elevadas de câncer entre as pessoas expostas ao Roundup provavelmente surgem da reconhecida capacidade do glifosato de induzir danos ao DNA, algo que foi demonstrado em inúmeras pesquisas de laboratório. 9) Intolerância ao glúten e doença celíaca: peixes expostos ao glifosato desenvolveram problemas digestivos que são reminiscentes da doença celíaca. Existem relações entre as características da doença celíaca e os conhecidos efeitos do glifosato. Isso inclui desajustes nas bactérias das tripas, deslocamento de enzimas implicadas na eliminação de toxinas, deficiências minerais e redução dos aminoácidos. 10) Doença crônica nos rins: os aumentos no uso do glifosato poderiam explicar as recentes ocorrências de falências renais entre os agricultores da América Central, do

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Tênis e dores: a dura vida das estrelas do tênis

As dores dos gigantes do tênis Nadal, durante treinamento em Melbourne, esta semana. MICHAEL DODGE/GETTY Com exceção de Federer, o mais veterano, as figuras do circuito masculino enfrentam a temporada entre médicos. “Estou bem, senão não estaria aqui”, diz Nadal em Melbourne. Joelhos, cotovelos, quadris, costas… Praticamente toda a superfície do corpo. Há poucas áreas sortudas da anatomia dos tenistas que estão livres ou que tenham se livrado nos últimos tempos de uma lesão ou de alguma dor física. Atualmente, as estrelas do circuito masculino convivem diariamente com a enfermaria, entre bandagens, tratamentos e bisturis. Não há exceção: Rafael Nadal, Novak Djokovic, Andy Murray, Stan Wawrinka… Ou melhor, há Roger Federer, o mais veterano, consciente de que a longevidade de sua carreira esportiva passar por cuidar milimetricamente de seu repouso e da prevenção de todo e qualquer mal, ainda que isso signifique transformar seu calendário em um conta-gotas. Aproxima-se o primeiro grande torneio da temporada, o Australia Open, e no prólogo se fala em termos de loteria. Ninguém sabe em que ponto chegarão Nadal, que machucou o joelho direito na reta final da última temporada, ou o sérvio Djokovic, cujo cotovelo o tirou de combate por 200 dias. Sabe-se que Wawrinka não vai aterrissar em sua melhor forma, derrubado há seis meses e que há pouco tempo reconheceu que a última intervenção cirúrgica em seu joelho esquerdo o fez pensar em se aposentar. E há a certeza de que Andy Murray não vai participar, torturado por seu quadril a ponto de passar pela sala de cirurgias mesmo quando queria evitá-la a todo custo. Quase todas as estrelas sofreram um ou outro contratempo mais ou menos grave, e isso faz da abertura do ano uma grande incógnita. Há dúvidas e muitas interrogações no ar, deixando a sensação de que qualquer coisa pode acontecer em Melbourne. “Estou bem, senão não estaria aqui. Minha ideia é continuar treinando nos próximos dias para estar pronto”, disse Nadal, de 31 anos, depois de jogar sua primeira partida (não oficial) em dois meses, na quarta-feira. O espanhol reapareceu na reabertura do estádio de Kooyong e perdeu (6-4 e 7-5) contra o francês Richard Gasquet, que não tinha conseguido vencê-lo nas 15 partidas precedentes. “Foi um bom teste e isso é o mais importante”, concedeu Nadal, que nas duas últimas temporadas sofreu com lesões no punho (2016) e no joelho (2017). Esta última atrapalhou sua forma física e o fez perder os primeiros torneios da temporada, por mais que sua equipe tente desvincular uma coisa da outra. “O ano passado foi longo, portanto comecei minha preparação mais tarde do que de costume”, argumentou o ganhador de 16 grand slams. Na quarta-feira, volta a pista para disputar outro amistoso com o objetivo de continuar se aclimatando e aspirar ao título que perdeu um ano atrás para Federer, que, aos 36 anos, paradoxalmente, transmite melhores vibrações nesta arrancada. O enigma de Novak e as dificuldades de Wawrinka Wawrinika rebate a bola em ‘backhand’ durante treino em Melbourne. MICHAEL DODGE/GETTY  Em contraste, Djokovic é atualmente um enigma. O sérvio, de 30 anos, teve de parar em julho por causa de uma lesão persistente no cotovelo e surge bem distante dessa versão torturante de dois anos atrás. Cansado da dor e do próprio tênis, optou por fazer uma parada e mimar a articulação. Os indícios eram positivos, mas horas antes de reaparecer em Abu Dhabi, há duas semanas, anunciou sua baixa: “Minha equipe médica me recomendou não arriscar”, explicou. “Gostei dos treinamentos, mas tenho de aceitar minha situação e continuar com a terapia”, acrescentou Nole, agora 14.º do mundo. O caso de Wawrinka (32), triplo campeão do Grand Slam, também é sintomático das complicações de saúde que sofrem cada vez com mais frequência os integrantes de uma geração dourada do tênis. O suíço atravessou seis meses de dificuldades e no caminho se separou do técnico que o conduziu para a glória, Magnus Norman. “Cheguei a pensar em me aposentar, mas sigo em frente. Houve momentos em que não podia nem caminhar. Pensei que talvez não fosse poder sair disto”, revelou no mês passado em uma entrevista concedida a Le Matin Dimanche. Nos últimos dias, sorri, porque sua realidade era tão dura que agora saboreia o regresso às quadras. “O primordial, agora, é jogar uma partida e comprovar como me sinto”, dizia na quarta-feira. Seis meses antes, o suíço lesou a cartilagem de seu joelho esquerdo e depois de uma cirurgia se apoiou em Pierre Paganini, seu preparador físico, para ficar em forma e voltar às quadras. Um cenário em que não figurará o japonês Kei Nishikori (pulso), porque a segunda linha de fogo também recebeu o impacto das contusões nos últimos tempos. David Ferrer (cotovelo e tendão de Aquiles), Milos Raonic (pulso), Jo-Wilfred Tsonga (joelho), Tomas Berdych (costas), Nick Kyrgios (quadris)… Somente Federer, nesse sofisticado programa de jogo que traçou na campanha anterior, resistiu ao infortúnio. O gentleman da raquete teve poucos contratempos ultimamente: tão somente uma dor nas costas o obrigou a renunciar a Cincinnati, em agosto, e o prejudicou em Nova York. O resto do exercício, intacto. “Tenho de me cuidar, já sou idoso”, brinca o suíço. “Espero que os lesionados se recuperem logo”, desejou nas datas recentes o gigante dos gigantes. O campeão de maior idade, mas também o mais saudável. Alejandro Ciriza/ElPais

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Fatos & Fotos – 27/11/2017

Lula & Globo; Tudo a ver. Favores de Lula para a Globo começam a emergir do esgoto. Nenhum outro vagabundo, ops”, político – querem saber, é vagabundo mesmo – fez mais “favores aos Cavalos Marinhos como o fez Luis, o Inácio. Agora a GlobBando virou alvo para a ira eleitoreira do insano. Lula declarou que “adoraria enfrentar um candidato que tivesse o carimbo da Globo” Hahahaha. Que cínico, pois não? Lula e Globo são parceiros em negócios, ops!, negociatas. Lula que é tudo, mas não é burro. Essa “bufonice” é finória estratégia para angaria a simpatia dos Brasileiros que abominam a latrina televisiva “por sua posição ideologia” Hahaha. Globo com ideologia? Hahahaha. A ideologia da turma do Jardim Botânico é dinheiro, abestados. Lincoln Gordon,Ditadores de 64, Genoíno, Dirceu, Ulisses, Tancredo, Sarney, Collor, FHC, Lula, Dilma,Temer, NSA, CIA, MI5, MI6, GRU, BND, MSS, 内閣 情報 調査室, Mossad, Shin Bet, Deuxième Bureau, Papas, SEBIN, Soros, NOW, Hades, Set, Satã, e até o Anhangá Tupi – aos livros moçada, pois não irei explicar cada um dos citados, reais e fictícios – foram ou ainda são parceiros da empresa fachada do Grupo Time-Life. Palocci revelou, mas estranhamente a parte da delação que revelava a grande parceria ente PT e Globo nunca vazou para além de certos “restritissimos” círculos. Acontece que o Renato Gaúcho não é o único a usar drones. Não é com terrorismo verbal que resolve. Passados trinta anos e asnice volta como um coice no bom senso. A direita – Direita? “Quibixu é esse mermão” hahaha – repete o mesmo discurso, 30 anos depois: “Se Lula ganhar as eleições, o número de empresários que fugiriam não seria menor do que 800 mil. Além disso, deixaríamos de ter investimentos dos países desenvolvidos” (Mario Amato, presidente da FIESP, em 11 outubro 1989) “Ô povin” pra duvidar dos bons propósitos do MiShell temer em benefício dos Tapuias. Né não? Será que estão reduzindo a nota da Eletrobras para desvalorizar a empresa e entregar aos gringos a preço de banana mais ainda? Será? Porque eu não vou votar em nenhum Político nem Partido: – Cometeram o estelionato eleitoral; – Destruíram a economia a saúde e a educação; – Contaminaram o poder judiciário; – Assaltaram os cofres das estatais, – Utilizaram o BNDES como banco privado. A lista é longa, mas essas sacanagens aí acima já são suficientes. Da série meu ofício é incomodar. Quatro anos do Helicoca do Perrelas. E? Nada. Claro. O inquérito não decola, mas o pó “avuou”. Fim de semana dedicado a esse livro, para saber mais sobre a história do “pensamento nacionalista, tão intenso hoje na ascensão das “questões nacionais”, na UE e AL. Frantz Fanon, pensador francês do século XX, nesse livro “Condenados da Terra” demonstra a importância que o nacionalismo assumiu nas lutas de libertação da África no século passado. Como dizem na pauliceia; recomeeeeeennnndo. Toffoli agora é Temer. Ele agora é Temer desde quando começou a “sujar”… O pedido de vista foi combinando com os sicofantas do Congresso, para que os esc*otos aprovem uma lei sobre Prerrogativa Por Função de Foro, que “limpe a barra do MiShell quando terminar o mandato. Claude Monet – Jeanne-Marguerite Lecadre no jardim, 1866 Óleo sobre tela The State Hermitage Museum,Russia A luz do sol que inunda as pinturas dos impressionistas – aqui desempenha o papel central. Monet passou a infância em Le Havre, que ele visitou periodicamente. O Le Coteaux em Sainte-Adresse perto de Le Havre pertencia ao primo de Monet, Paul-Eugene Lecadre. No verão de 1867, o artista pintou diversas paisagens no jardim da propriedade, dos quais “Woman in the Garden” é de importância central. Vestida de acordo com a moda da época, a figura de uma senhora – a esposa do Lecadre. Esta silhueta solitária introduz uma nota elegíaca triste na pintura, enquanto a brilhante luz das peças de vestuário tem o papel de demonstraro equilíbrio da composição e a inter-relação de luz e cor. Renoir – En été,La Bohémienne,1868 085x059cm – Óleo s tela “Processos da Lava Jato devem ser julgados”, diz Cármen Lúcia”. Madame faz concreto a máxima de Nelson Rodrigues. Hã? Jura? Que afirmação incrível! Quem imaginaria que um tribunal fizesse julgamento? Ainda bem que agora podemos ficar tranqüilos. Astróloga que previu vitória do “#ReichsführerBr” também ” previu”,que Aécio ganharia em 2014, Doria seria um “grande prefeito” e Temer “reconhecido internacionalmente”. A bola de cristal dessas enganadora é de “galalite”. Hahahahahahaha.  #Helicoca Não é possível que já haja existido, que exista e que venha a existir uma imprensa mais calhorda, sacana, venal e todas as desqualificante possíveis e imaginárias do que a brasileira. O #helicoca está completando 4 anos de impunidade e tráfico virou “participar da venda de drogas” num jornal de Vitória que certamente tem um editor versado em tucanês pra escrever um título assim. Ah, os traficantes são “empresário e estudante” brancos… tá explicado!  

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Fatos & Fotos – 16/11/2017

“Ama e faz o que quiseres. Se calares, calarás com amor; se gritares, gritarás com amor; se corrigires, corrigirás com amor; se perdoares, perdoarás com amor. Se tiveres o amor enraizado em ti, nenhuma coisa senão o amor serão os teus frutos.” Santo Agostinho de Hipona – “O Africano” ***** ‘Exército é o mesmo de 1964, mas circunstâncias mudaram’, diz comandante sobre pedidos de intervenção militar Fernanda OdillaDa BBC Brasil em Londres  Em entrevista à BBC Brasil, por telefone, o próprio comandante classificou a situação dele como “inaudita”. Mas garante que a saúde mais fragilizada, que contrasta com a imagem de um soldado pronto para a guerra, não é, para ele, motivo para ele deixar o posto. O trabalho, diz ele, o ajuda a enfrentar a doença. Nos bastidores da caserna, porém, já se especula quem será seu sucessor.Villas Bôas se diz frustrado por não poder percorrer as unidades do Exército, mas garante que o exercício da função o ajuda a enfrentar a doença. Após general revelar que enfrenta um doença degenerativa, especulações sobre sua sucessão escalaram | Foto: Marcelo Camargo/Ag. Brasil O general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, comandante-geral do Exército, é um dos responsáveis por assegurar a defesa do país. Ao mesmo tempo, é um homem que trava uma batalha pessoal com a própria saúde. Em março deste ano, ele revelou, em um vídeo institucional divulgado no YouTube, estar enfrentando uma doença neuromotora degenerativa que afeta a musculatura. Cinco meses depois, com a mobilidade bastante restrita e a respiração mais ofegante, ele tem participado de eventos usando uma cadeira de rodas. uestionado sobre os pedidos de intervenção militar que surgiram em certos setores nos últimos anos, o general Villas Bôas foi categórico em dizer que a própria sociedade brasileira é capaz de encontrar uma solução para a crise sem que isso ocorra. “O Brasil tem um sistema que dispensa a sociedade de ser tutelada”, declarou. O comandante falou também sobre o emprego – e limitações – das Forças Armadas para conter a escalada da violência urbana. Para ele, que mais de uma vez já criticou o uso delas em ações para garantir a manutenção da lei e da ordem em cidades, o Exército nas ruas pode melhorar a sensação de segurança apenas de forma passageira. E chamou ainda de “alarmistas” os críticos do exercício militar que o Exército fez na Amazônia com a participação de representantes de 20 países. ‘Comandar o Exército me fortalece’ Villas Bôas, de 66 anos, completou 50 anos de Exército. Aos 16, entrou na Escola de Cadetes em Campinas, para em seguida ingressar na Academia Militar das Agulhas Negras. Aspirante da turma de 1973, acumulou na carreira importantes postos de comando, como o da Amazônia, e funções mais políticas como a de adido-adjunto na Embaixada do Brasil na China e chefe da assessoria parlamentar do Exército. General Villas Bôas tem aparecido em solenidades usando cadeira de rodas | Foto: Reprodução/Twitter Foi promovido comandante em julho de 2011. Desde então, passou usar as redes sociais para se comunicar com dois públicos diferentes: os militares e entusiastas das Forças e também o público em geral. Ele próprio é ativo no Twitter, mas admite que não posta diretamente. “Mas sempre defino os temas e o espírito da mensagem.””Me fortalece e me anima”, diz, complementando, no entanto, “que não quer dar um caráter heroico ao que está acontecendo”. O general afirma não ver razão para ir para a reserva e que desde que assumiu publicamente a doença tem recebido “muitas manifestações de solidariedade e apoio”. ‘Linha-dura’ na fila da sucessão do Exército Após o comandante assumir a doença publicamente, as especulações sobre sua sucessão ganharam corpo. Há quem acredite que ele esteja resistindo no cargo e enfrentando pressões internas para evitar que nomes mais “linha-dura” e ícones dos “intervencionistas” – como o general Antonio Hamilton Mourão, atual secretário de Economia e Finanças do Exército – assumam o comando da Força. Foi Mourão quem, ao ser questionado sobre intervenção militar em uma palestra promovida pela maçonaria em Brasília em setembro, falou sobre impor uma ação caso a Justiça não aja contra a corrupção. Emprego das Forças Armadas não resolve o problema da segurança pública, afirma comandante | Foto: Exército Brasileiro Mourão, ao lado dos oficiais Juarez Aparecido de Paula Cunha, chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército, e Gerson Menandro, da representação brasileira na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), são os mais bem colocados no chamado “Almanaque do Exército”. O termo refere-se a um ranking de posicionamento dos militares dentro da linha hierárquica, com base na colocação que eles obtêm no decorrer de sua formação e carreira. A posição dentro do almanaque, atualizado mais de uma vez por ano a cada ciclo de promoções, define a hierarquia mesmo entre militares no mesmo posto. Aspirantes da turma de 1975, os três generais cotados para o lugar do atual comandante vão para a reserva em março do próximo ano. Segundo Villas Bôas, o Exército tem “como praxe” nomear alguém ainda da ativa. “Realmente não é uma praxe a escolha de oficiais da reserva para voltar para a Força e assumir o comando. A praxe tem sido sempre no sentido de escolher alguém ainda na ativa porque isso realmente fortalece a coesão”, explica. Mas ele nega estar resistindo no cargo para barrar os colegas. “Eu diria que especulações nesse sentido estão absolutamente desprovidas de fundamentação. Esses oficiais a que você se referiu, assim como os outros oficiais do Alto Comando do Exército, estão plenamente habilitados a assumir o comando e cumprir um papel tão bom ou melhor que o meu”, diz. O comandante ressalta a proximidade com esses generais. “Eles estão entre os que mais trabalham pela manutenção da coesão e da institucionalidade do Exército.” “Essa preocupação, sinceramente, não está presente”, completa. Perfil para comandar Para Villas Bôas, estilos diferenciados de liderança não permitem traçar perfil ideal para um comandante do Exército | Foto: Exército Brasileiro Villas Bôas também nega ter entre seus nomes preferidos para

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Como é se aposentar no Chile, o 1º país a privatizar sua Previdência

Sistema previdenciário do Chile foi inovador – mas hoje é alvo de críticas Direito de imagemGETTY IMAGES Enquanto o Brasil busca mudar a sua Previdência para, segundo o governo Michel Temer, combater um rombo fiscal que está se tornando insustentável para as contas públicas, o Chile, o primeiro país do mundo a privatizar o sistema de previdência, também enfrenta problemas com seu regime. Reformado no início da década de 1980, o sistema o país abandonou o modelo parecido com o que o Brasil tem hoje (e continuará tendo caso a proposta em tramitação no Congresso seja aprovada) – sob o qual os trabalhadores de carteira assinada colaboram com um fundo público que garante a aposentadoria, pensão e auxílio a seus cidadãos. No lugar, o Chile colocou em prática algo que só existia em livros teóricos de economia: cada trabalhador faz a própria poupança, que é depositada em uma conta individual, em vez de ir para um fundo coletivo. Enquanto fica guardado, o dinheiro é administrado por empresas privadas, que podem investir no mercado financeiro. Trinta e cinco anos depois, porém, o país vive uma situação insustentável, segundo sua própria presidente, Michelle Bachelet. O problema: o baixo valor recebido pelos aposentados. A experiência chilena evidencia os desafios previdenciários ao redor do mundo e alimenta um debate de difícil resposta: qual é o modelo mais justo de Previdência? Impopular Como as reformas previdenciárias são polêmicas, impopulares e politicamente difíceis de fazer, não surpreende que essa mudança profunda – inédita no mundo – tenha sido feita pelo Chile em 1981, durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990). De acordo com o economista Kristian Niemietz, pesquisador do Institute of Economic Affairs ( IEA, Instituto de Assuntos Econômicos, em português), o ministro responsável pela mudança, José Piñera, teve a ideia de privatizar a previdência após ler o economista americano Milton Friedman (1912-2006), um dos maiores defensores do liberalismo econômico no século passado.Hoje, todos os trabalhadores chilenos são obrigados a depositar ao menos 10% do salário por no mínimo 20 anos para se aposentar. A idade mínima para mulheres é 60 e para homens, 65. Não há contribuições dos empregadores ou do Estado. Direito de imagemMARCO UGARTE/AFP/GETTTYChile adotou sistema privado durante ditadura de Augusto Pinochet Agora, quando o novo modelo começa a produzir os seus primeiros aposentados, o baixo valor das aposentadorias chocou: 90,9% recebem menos de 149.435 pesos (cerca de R$ 694,08). Os dados foram divulgados em 2015 pela Fundação Sol, organização independente chilena que analisa economia e trabalho, e fez os cálculos com base em informações da Superintendência de Pensões do governo. O salário mínimo do Chile é de 264 mil pesos (cerca de R$ 1,226.20). No ano passado, centenas de milhares de manifestantes foram às ruas da capital, Santiago, para protestar contra o sistema de previdência privado. Como resposta, Bachelet, que já tinha alterado o sistema em 2008, propôs mudanças mais radicais, que podem fazer com que a Previdência chilena volte a ser mais parecida com a da era pré-Pinochet. ‘Exemplo de livro’ De acordo com Niemietz, o modelo tradicional, adotado pela maioria dos países, incluindo o Brasil, é chamado por muitos economistas de “Pay as you go” (Pague ao longo da vida). Ele foi criado pelo chanceler alemão Otto von Bismarck nos anos 1880, uma época em que os países tinham altas taxas de natalidade e mortalidade. “Você tinha milhares de pessoas jovens o suficiente para trabalhar e apenas alguns aposentados, então o sistema era fácil de financiar. Mas conforme a expectativa de vida começou a crescer, as pessoas não morriam mais (em média) aos 67 anos, dois anos depois de se aposentar. Chegavam aos 70, 80 ou 90 anos de idade”, disse o economista à BBC Brasil. “Depois, dos anos 1960 em diante, as taxas de natalidade começaram a cair em países ocidentais. Quando isso acontece, você passa a ter uma população com muitos idosos e poucos jovens, e o sistema ‘pay as you go’ se torna insustentável”, acrescentou. Segundo Niemietz, a mudança implementada pelo Chile em 1981 era apenas um exemplo teórico nos livros de introdução à Economia. “Em teoria, você teria um sistema em que cada geração economiza para sua própria aposentadoria, então o tamanho da geração seguinte não importa”, afirmou ele, que é defensor do modelo. Para ele, grande parte dos problemas enfrentados pelo Chile estão relacionados ao fato de que muitas pessoas não podem contribuir o suficiente para recolher o benefício depois – e que essa questão, muito atrelada ao trabalho informal, existiria qualquer que fosse o modelo adotado. No Brasil, a reforma proposta pelo governo Temer mantém o modelo “Pay as you go”, em que, segundo economistas como Niemietz, cada geração passa a conta para a geração seguinte. Direito de imagemFRANCISCO OSORIO/FLICKRManifestantes chilenos protestaram no ano passado contra as AFPs (administradoras de fundos de pensão) Para reduzir o rombo fiscal, Temer busca convencer o Congresso a aumentar a idade mínima e o tempo mínimo de contribuição para se aposentar. No parecer do deputado Arthur Maia (PPS-BA), relator da proposta, mulheres precisariam ter ao menos 62 anos e homens, 65 anos. São necessários 25 anos de contribuição para receber aposentadoria. Para pagamento integral, o tempo sobe para 40 anos. Na prática De acordo com o especialista Kaizô Beltrão, professor da Escola de Administração Pública e de Empresas da FGV Rio, várias vantagens teóricas do sistema chileno não se concretizaram. Segundo ele, esperava-se que o dinheiro de aposentadorias chilenas poderia ser usado para fazer investimentos produtivos e que a concorrência entre fundos administradores de aposentadoria faria com que cada pessoa procurasse a melhor opção para si. Ele explica que, como as administradoras são obrigadas a cobrir taxas de retornos de investimentos que são muito baixas, há uma uniformização do investimentos. “A maior parte dos investimentos é feita em letras do Tesouro”, diz. Direito de imagemARQUIVO/MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASILAs administradoras de fundos de pensão do Chile abocanham grande parte do valor da aposentadoria Além disso, segundo Beltrão, “as pessoas não têm educação econômica suficiente” para fiscalizar o que está

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