Arquivo

A encenação da “Guerra-Espetáculo”

Como funciona a indústria da encenação da Guerra-Espetáculo, parte da máquina de guerra do imperialismo desde o fim da Guerra Fria aos dias atuais Na história da indústria da encenação, parte integrante do aparelho industrial militar do imperialismo, 1989 é um ano de virada. Nicolae Ceausescu ainda está no poder na Romênia. Como derrubá-lo? Os meios de comunicação ocidentais difundem de modo maciço, especialmente à população romena, informação e imagens do “genocídio” cometido em Timisoara pela polícia, por indicação de Ceausescu. 1. Os cadáveres mutilados. O que acontecera na realidade? Beneficiado pela análise de Debord sobre a “sociedade do espetáculo”, um ilustre filósofo italiano (Giorgio Agamben) sintetizou de modo magistral a história que estamos tratando aqui: “Pela primeira vez na história da humanidade, cadáveres sepultados ou alinhados sobre as mesas do necrotério foram desenterrados às pressas e torturados para simular frente às câmeras de vídeo um genocídio que devia legitimar o novo regime. O que o mundo viu ao vivo como verdade real, na tela da televisão, era a não verdade absoluta. Embora a falsificação fosse óbvia, ela todavia foi autenticada como verdadeira pelos meios de comunicação do sistema mundial, porque estava claro que agora a verdade não era senão um momento do movimento necessário do falso. Assim, a verdade e a mentira tornaram-se indiscerníveis e o espetáculo legitimava-se unicamente mediante o espetáculo. Timisoara é, neste sentido, a Auschwitz da sociedade do espetáculo: e como já foi dito que depois de Auschwitz é impossível escrever e pensar como antes, da mesma forma, depois de Timisoara não será mais possível ver uma tela de televisão do mesmo modo” (Agamben, 1996, p. 67). No ano de 1989 a transição da sociedade do espetáculo para o espetáculo como técnica de guerra manifestou-se à escala planetária. Algumas semanas antes do golpe de Estado, ou seja, da “revolução Cinecittà” na Romenia (Fejtö 1994, p 263), a 17 de Novembro de 1989, a “revolução de veludo” triunfava em Praga agitando uma palavra de ordem de Gandhi: “Amor e Verdade”. Na realidade, um papel decisivo coube à divulgação da notícia falsa de que um aluno fora “brutalmente assassinado” pela polícia. Vinte anos mais tarde o protagonista da manipulação, um “jornalista e líder da dissidência, Jan Urban”, revela satisfeito: a sua “mentira” havia tido o mérito de suscitar a indignação em massa e o colapso de um regime já periclitante (Bilefsky 2009). Algo semelhante acontece na China: em 08 de Abril de 1989, Hu Yaobang, secretário do PCC até há um par de anos, sofreu um enfarto durante uma reunião da Comissão Política e morreu uma semana depois. Para a multidão na Praça da Paz Celestial a sua morte está ligada ao duro conflito político verificado no decorrer naquela reunião (Domenach, Richer, 1995, p 550.), De qualquer modo ele se torna vítima do sistema que se tenta derrubar. Em todos os três casos, a invenção e a denúncia de um crime são chamados a suscitar a onda de indignação de que o movimento de revolta tem necessidade. Se se consegue o êxito completo na Checoslováquia e na Romenia (onde o regime socialista havia-se seguido ao avanço do Exército Vermelho), esta estratégia falhou na República Popular da China que brotou de uma grande revolução nacional e social. E, aqui é que tal fracasso se torna o ponto de partida de uma nova e mais maciça guerra midiática, que é desencadeada por uma superpotência que não tolera rivais ou potenciais rivais e que ainda está em pleno desenvolvimento. Fica definido que o ponto da virada histórica está em primeiro lugar em Timisoara, “a Auschwitz da sociedade do espetáculo”. 2. “O anúncio dos bebês” e o corvo marinho. Dois anos depois, em 1991, verificou-se a primeira Guerra do Golfo. Um corajoso jornalista norte-americano explicou como se deu “a vitória do Pentágono sobre a mídia”, ou seja, a “derrota colossal dos veículos de comunicação por obra do governo dos Estados Unidos” (Macarthur 1992, pp. 208 e 22). Em 1991, a situação não foi fácil para o Pentágono (nem para a Casa Branca). Tratava-se de convencer da necessidade da guerra um povo sobre o qual ainda pesava a memória do Vietnã. E então? Espertezas várias reduziram drasticamente a possibilidade de jornalistas falarem diretamente com os soldados ou reportarem diretamente a partir da frente de batalha. Na medida do possível, tudo deve ser filtrado: o fedor da morte e sobretudo o sangue, o sofrimento e as lágrimas da população civil não devem invadir as casas dos cidadãos dos EUA (e dos habitantes do mundo inteiro) como na época da guerra no Vietnã. Mas o problema central mais difícil de resolver era outro: como demonizar o Iraque de Saddam Hussein, que ainda há alguns anos era considerado digno aos olhos dos EUA, agredindo o Irã que brotara da revolução islâmica e anti-americana de 1979 e inclinado a fazer proselitismo no Oriente Médio. A demonização teria sido muito mais eficaz se ao mesmo tempo a sua vítima fosse angelical. Operação nada fácil, e não apenas pelo fato de no Kuwait ser dura e impiedosa a repressão de todas as formas de oposição. Havia algo pior. Para executar as tarefas mais humildes os imigrantes eram sujeitos a uma “escravatura de fato” e uma escravatura de fato que muitas vezes assumia formas sádicas: não despertou particular emoção casos de “servos arremessados a partir do terraço, queimados ou cegados ou espancados até a morte ” (Macarthur 1992, pp. 44-45). E ainda assim… Generosamente ou fabulosamente recompensada, uma agência de publicidade encontra remédio para tudo. Essa denunciou o fato de que os soldados iraquianos cortavam as “orelhas” dos kuwaitianos que resistiam. Mas o golpe de teatro desta campanha era outro: os invasores haviam irrompido num hospital, “removendo 312 bebês das suas incubadoras e deixando-os morrer no chão frio do hospital de Kuwait City” (Macarthur 1992, p 54). Proclamada repetidamente pelo presidente Bush, confirmado pelo Congresso, endossado pela imprensa de referência, e até mesmo pela Anistia Internacional, esta notícia tão horripilante, mas mesmo assim circunstanciada para indicar com precisão o número

Leia mais »

Ocidente X Oriente Médio: uma sucessão de erros

O que fez o ocidente errar tanto, ao interpretar o Oriente Médio? Qual é o ‘estado da nação’ – ou mais corretamente, da ‘nação’ do Oriente Médio árabe – no final de 2013?[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Todos já sabemos que não é bom; e não queremos nos somar à (muitíssimo deslocada) melancolia, listando males (erosão dos seus vários modelos de governança – no Golfo, na Turquia, da Fraternidade Muçulmana (Ikhwani), etc.); a falência de estruturas de pensamento e de instituições nacionais; a implosão das identidades; a disfuncionalidade generalizada dos sistemas de estado; o rompimento do contrato social e o surgimento de insurreições anti-‘sistema’ de vários tipos. Queremos, isso sim, perguntar “O que se vê aqui?” E tentar descobrir por que o ‘ocidente’ errou tanto ao interpretar o Oriente Médio. É questão oportuna – sobretudo quando uma sucessão de notáveis figuras ‘ocidentais’, algumas delas institucionais[1] já dizem (depois de dois anos de guerra e sofrimentos) que a melhor solução na Síria, afinal, pode ser que o presidente Assad permaneça no poder.  Por que, afinal, tanta coisa foi tão mal interpretada, com tanta frequência, e com resultados tão danosos? Para entender melhor o que acontece recentemente, devemos talvez relembrar um momento anterior do trauma regional. Não é comparação ponto a ponto com o que se tem hoje, mas ajuda a explicar, nos parece, a crise atual. Aquele momento tem a ver com o que os historiadores chamam de “A Grande Transformação” que começou na Europa no século 17. Apoiou-se sobre uma filosofia moral que entendia que o bem-estar humano dependeria da operação eficiente dos mercados. Intimamente relacionada a essa ideia havia outra, tomada dos Puritanos Ingleses, com raízes profundas na história anglo-saxônica. E que via a “mão invisível” da Providência também em ação na política, como na economia; e essa “mão invisível” (se deixada operar por sua conta) interferiria para prover outro efeito ‘ideal’. Segundo essa noção, a luta e as disputas para contenção política entre as tribos anglo-saxônicas no início de suas sociedades, de algum modo deram origem a uma harmonia espontânea e à ordem política. (Mais mito, que verdade). Mas foi dessa noção de ‘mercado’ político – onde a competição se tornaria ordeira e harmoniosa mediante a intrusão da “mão invisível”, que os Puritanos Ingleses tiraram a crença segundo a qual as instituições e as estruturas democráticas anglo-saxônicas representariam a culminação da liberdade pessoal e da justiça – e de que essas estruturas brotaram espontaneamente. Essas ideias foram integralmente trazidas para a América, e continuam influentes ainda hoje. Esse modo de pensar enormemente poderoso dominou a política ‘ocidental’ por mais de 300 anos. E à altura dos anos 1920s, sua penetração no Oriente Médio já levara a região à ‘beira’ do desastre; a região já estava em crise, mantendo-se por um fio. Como na Europa, antes, o duro impacto da engenharia social e do deslocamento de populações, como aquele estilo de pensamento exigia (criar mercados eficientes), foi realmente traumático. A ênfase na industrialização e no deslocamento populacional foi de tal ordem que, no século 19, já havia levado a Europa a revoluções sangrentas. Essas ideias ocidentais, inclusive a noção de que a reforma econômica seria mais plenamente alcançada mediante a secularização, foram abraçadas com zelo de ‘convertidos’ pelos líderes da Turquia, Pérsia e Egito. Aproximadamente cinco milhões de muçulmanos europeus foram arrancados das próprias casas entre 1821 e 1922, enquanto o ocidente prestigiava principalmente os cristãos nos estados-nações dominados por cristãos nas antigas províncias ocidentais otomanas. A determinação do [partido] Jovens Turcos [orig. Young Turks[2]] para implantar na Turquia uma cópia da modernização secular ‘de mercado’ custou preço terrível. Morreram 1 milhão de armênios e 250 mil assírios; e 1 milhão de anatolianos gregos ortodoxos foram expulsos. Suprimiu-se a identidade curda, e o Islã foi suprimido e demonizado por Kemal Ataturk. Instituições islâmicas foram fechadas e o califato, instituição que existia há 1.400 anos, foi abolido. Tudo isso para criar um estado-nação centralizado, suficientemente poderoso para implantar uma ‘moderna’ estrutura de mercado liberal. Menos visível, mas também muito lesivo, foi o desenraizamento de homens e mulheres de suas comunidades, a desincorporação cultural, de laços e valores tradicionais. Desorientados, des-culturalizados e deixados à deriva, muitos deslizaram ou na direção do socialismo radical ou da revolução islâmica. Reagrupando-se depois da 1ª Guerra Mundial (chamada então “Grande Guerra”, que só passou a chamar-se “primeira”, quando eclodiu a “segunda” [NTs]), as ‘grandes potências’ criaram sistemas de ‘blocos de poder em competição’ (demarcando diferenças étnicas, sectárias ou tribais e empurrando-as umas contra outras) por toda a região, para reforçar a influência europeia. Mas as ‘autoridades’ daí resultantes, sem qualquer base em qualquer coisa que se assemelhasse a alguma forma de contrato social, só puderam ser mantidas no poder mediante o uso massivo de forças de segurança e de repressão contra centros de poder rivais. Não surpreendentemente, nos anos 1920s muitos jovens buscavam pensamento novo – e tornaram-se ferozes opositores do ‘sistema’. Ao longo dos últimos 30 terríveis anos, o ‘ocidente’ (e, outra vez) seus ‘interesses’ regionais aliados, permaneceram presa de um conjunto igualmente poderoso de ideias – a orientação neoliberal do conservadorismo norte-americano (e a orientação tradicional do conservadorismo norte-americano sempre foi principalmente isolacionista e não intervencionista).  Na última década, essas poderosas ideias, buscadas pelo ‘ocidente’ e seus aderentes na região, provaram-se altamente daninhas. Não se trata só dos milhões de refugiados saídos do Afeganistão, Iraque, Palestina e Síria, nem das guerras e sofrimentos, mas, mais significativamente (e outra vez), o que se tem aí é um episódio do pensamento político segundo o qual as pessoas foram ‘individualizadas’, extraídas da comunidade, dos valores tradicionais, da conexão com o local, das respectivas identidades e, assim, foram separadas das fontes da autoestima. Esse, de fato, sempre foi um dos principais objetivos da globalização: para conseguir alcançar uma ‘modernidade’ globalizada, os aderentes desse tipo de pensamento deixaram-se levar pelo ímpeto de fazer tabula rasa – varrer, ‘limpar’ -, e ‘dar um reset’ na psicologia humana, enfraquecer o condicionamento pela tradição, para preparar a humanidade para

Leia mais »

A rede que liga o filho de Trump ao Kremlin

O último escândalo em torno do presidente dos EUA envolve um filho dele, um cantor de música pop e uma advogada, entre outros. Donald Trump e seu filho mais velho, Donald Trump Jr: participação ativa na campanha do pai à presidência. Quem é quem na rede de contatos criada a partir de um concurso de Miss Universo em Moscou. As alegações de conluio com a Rússia continuam a assombrar o presidente americano, Donald Trump. As descobertas mais recentes envolvem seu filho mais velho, Donald Trump Jr.: ele admitiu ter se encontrado com a advogada russa Natalia Veselnitskaya em junho do ano passado, com o objetivo de obter informações que poderiam incriminar Hillary Clinton. O encontro foi organizado pelo profissional de relações públicas britânico Rob Goldstone. Nos e-mails publicados por Trump Jr., Goldstone diz que a ideia era do cantor de música pop russo Emin Agalarov. Quem são essas pessoas e que laços as unem? Donald Trump Jr. Don Jr., como é conhecido nos EUA, vai fazer 40 anos este ano. Ele nasceu em Nova York, filho de Donald Trump com sua primeira esposa, a modelo tcheca Ivana Marie. Como seu pai, ele estudou na Wharton School da Universidade da Pensilvânia. Formou-se em economia e depois tirou um ano “sabático”, que passou caçando e pescando no Colorado. Ele relatou ter lutado com problemas de álcool em sua juventude. Donald Trump Jr. negou que advogada russa tenha lhe fornecido informações incriminatórias sobre Clinton Voltou a Nova York em 2001, aos 24 anos, e se juntou ao império de negócios de seu pai. Don se tornou vice-presidente executivo da Trump Organization, onde é responsável pela construção de hotéis, casas de férias, campos de golfe e outros projetos, tanto nos EUA como no exterior. Quando se trata de sua vida pessoal, Don seguiu os passos de seu pai, se casando com uma modelo: Vanessa Haydon, em 2005. Eles têm cinco filhos. Donald Trump Jr. apoiou fortemente a campanha presidencial do pai. Ele provocou controvérsia por postar uma foto comparando imigrantes sírios com pastilhas envenenadas. Ele antes também havia sido criticado por fotos mostrando-o com um leopardo que matou enquanto caçava em 2010. Outra foto o mostrava segurando o rabo ensanguentado de um elefante. Depois que Trump assumiu o cargo, ele declarou que entregaria as rédeas de suas empresas aos filhos Don e Eric. Os dois estão atualmente planejando a construção de uma série de hotéis de padrão intermediário nas cidades onde seu pai ganhou mais votos, de acordo com o site de notícias Business Insider. Natalia Veselnitskaya A advogada de 42 anos nascida na Rússia começou a carreira no escritório de um procurador nos arredores de Moscou. De acordo com um artigo do New York Times, ela ganhou reputação como uma adversário temível, intimidando dentro e nos corredores do tribunal, onde era conhecida por ameaçar rivais com a ira do governo. Natalia Veselnitskaya disse que encontro com filho de Trump foi “privado” Veselnitskaya representou por muito tempo a família Katsyv, mais conhecida por Pyotr D. Katsyv, que foi secretário de Transportes de Moscou por mais de 12 anos e agora é o vice-presidente das Ferrovias Russas. Ela também desempenhou um papel fundamental na elaboração de uma solução para o seu filho, Denis Katsyv, acusado de cumplicidade na lavagem de milhões de dólares em Nova York. A empresa de Denis Katsyv, Prevezon Holdings, recentemente resolveu o caso pagando multa de 6 milhões de dólares. Veselnitskaya nega ter qualquer ligação com o Kremlin. Ela também negou ter oferecido qualquer informação incriminatória sobre Hillary Clinton e disse que seu encontro com Donald Trump Jr. foi “privado” e “não era, de alguma forma, relacionado” à campanha de Trump. Nos últimos anos, ela tem trabalhado como lobista contra a chamada Lei Magnitsky, que tem como alvo funcionários russos, bloqueando a entrada deles nos EUA e congelando seus ativos. Donald Trump Jr. disse que ela tentou discutir este tema quando o encontrou em junho, fazendo-o acreditar que a suposta informação sobre Hillary fosse apenas um pretexto para que ela conseguisse o encontro. Rob Goldstone Goldstone é um profissional de relações públicas que dirige a empresa Oui 2 Entertainment. Ele diz ter trabalhado com celebridades como Michael Jackson, BB King e Richard Branson. Nascido no Reino Unido, também trabalhou como jornalista. Relações públicas britânico Rob Goldstone Em 2013, Goldstone ajudou a família Trump a organizar o concurso de Miss Universo em Moscou e serviu como um dos juízes da competição. Ele também representou o cantor pop russo Emin Agalarov, que ele cita no e-mail para Donald Trump Jr: “Emin acabou de ligar e pediu para contatá-lo com algo muito interessante”, escreveu ele. “O procurador ‘máximo’ da Rússia se reuniu com [o pai de Emin] Aras e, no encontro, se ofereceu para fornecer à campanha de Trump alguns documentos oficiais e informações que incriminariam Hillary e seus negócios com a Rússia.” Emin Agalarov Nascido no Azerbaijão, foi um músico popular na antiga União Soviética. Também é conhecido como filho do magnata do mercado imobiliário Aras Agalarov. A empresa de seu pai tem laços estreitos com o Kremlin, segundo a revista Forbes. Emin estudou na Suíça e nos EUA e foi casado com Leyla Aliyeva, a filha do presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, até seu divórcio em 2015. Cantor de música pop Emin Agalarov O pai do cantor, Aras Agalarov, teria pago bilhões a Trump pelos direitos de realizar o concurso de beleza em Moscou. Os Trump e os Agalarovs continuaram em contato depois que o projeto terminou – Donald Trump participou de um videoclipe de Emin, em 2013, e felicitou o jovem músico pelo seu 35° aniversário em dezembro de 2014 em um vídeo publicado na internet. As duas famílias também planejam construir uma Trump Tower em Moscou, embora o projeto esteja parado. Comentando sobre o encontro entre Don e Veselnitskaya, Aras disse que a história foi “inventada” e que ele não conhece Goldstone “tão bem”. “Eu acho que isso é algum tipo de ficção. Não sei quem está inventando isso”, disse à rádio russa Business FM. ” O que Hillary

Leia mais »

Risos, gargalhadas e semiótica

Amigos para sempre? Este hábito de rir em conjunto exige um avançado conhecimento em semiótica, neurolingüística corporal, línguas antigas e antropologia cultural, o que confunde as pessoas nas redes sociais. [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

Leia mais »

Temer o Menor Presidente do Brasil

Inevitável. De vice decorativo a rodapé da história. Até 2018 arrastaremos esta corrente que corresponde a Temer, seu governo inútil, este Congresso corrupto, Lula sonhando com sua volta e Aécio delirando na sombra e brigando com o Perrela. Se Deus for realmente brasileiro, começaremos em 2019, um novo tempo sem esta escória que hoje habita nosso cenário político. Um Brasil sem Temer, Aécio e Lula, é o que precisamos. [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

Leia mais »

Usina Nuclear de Angra dos Reis: Putin quer meter a colher

Mas nem que a vaca voe do lado de abaixo do equador, a turma “arriba” do Rio Grande irá permitir.José Mesquita – Editor Putin pleiteia aumentar papel russo no complexo nuclear de Angra dos Reis Em Moscou, Temer promete esforço para acordo do Mercosul com bloco que inclui Rússia O presidente russo, Vladimir Putin, apoiou nesta quarta-feira os projetos das grandes estatais russas no Brasil, nos setores de transporte, energia e exploração espacial, após se reunir no Kremlin com seu homólogo Michel Temer.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Uma declaração conjunta – em que ambos os líderes manifestaram a intenção de “reforçar o diálogo estratégico” em política internacional – e quatro documentos de colaboração interagências foram o resultado da visita do presidente brasileiro à Rússia no âmbito de uma viagem à Europa cujo próximo destino é a Noruega. Temer foi recebido também pelo chefe de Governo Dmitri Medvedev, ao qual ressaltou a importância de aumentar os investimentos russos no país, que atualmente equivalem a um valor acumulado de 1,5 bilhão de dólares (cerca de cinco bilhões de reais). Putin e Temer analisaram a colaboração entre os dois países, com especial atenção, segundo o presidente russo, aos “problemas de natureza econômica”. O volume comercial bilateral caiu 11% em 2016, mas aumentou 30% no primeiro trimestre deste ano, segundo Putin (de acordo com Temer, houve um aumento de 40% nos primeiros cinco meses). Em 2012, a Rússia e o Brasil haviam concordado em incrementar seu comércio bilateral para 10 bilhões de dólares (33 bilhões de reais), mas a meta não foi alcançada. O intercâmbio não chegou a superar os 6,5 bilhões de dólares e baixou para 4,3 bilhões em 2016, segundo o jornal russo Nezavísimaia Gazeta. A Rússia e o Brasil colaboram no âmbito do grupo de países Brics, formado também pela Índia, China e África do Sul, mas o tema não foi especialmente exaltado. Putin e Temer “decidiram reforçar o diálogo estratégico entre os dois países em temas de política exterior, no âmbito da ONU, Brics, G20 e outros fóruns internacionais”, diz o comunicado conjunto. Em matéria energética, o líder do Kremlin declarou que existem “projetos com perspectivas no campo da energia atômica” e lembrou que o Rosatom (consórcio de energia nuclear com autoridade de ministério) venceu, no início deste ano, a concorrência internacional aberta pelas Indústrias Nucleares do Brasil (INB) para o fornecimento de urânio. A Rosatom “está disposta e gostaria também de receber a tarefa de construir um depósito do combustível nuclear utilizado na usina nuclear de Angra dos Reis”, disse Putin. Por sua vez, a empresa de construção de máquinas Silovie Mashini instalou cinco novas usinas hidrelétricas e tem a intenção de produzir peças turbinas de gás no Brasil. O presidente russo também disse que as empresas de transporte russas “estão dispostas a participar da realização do novo programa do Brasil para modernizar a infraestrutura nacional”, lembrando que uma empresa de transporte ferroviário russa já iniciou as conversas para a construção e exploração de um setor da Ferrovia Norte-Sul. Atualmente, já trabalham no Brasil as petroleiras Gasprom e Rosneft, ambas controladas pelo Estado russo. A primeira tem interesse em fornecer gás liquefeito de petróleo ao Brasil e importar equipamentos para a obtenção de gás na plataforma continental, assim como para a construção de depósitos de armazenamento subterrâneos para esse combustível, segundo a informação difundida pelo Governo russo por ocasião da visita de Temer. A Rosneft realiza explorações na bacia do rio Solimões, na Amazônia. No campo da exploração do espaço, Putin mencionou o telescópio russo para detecção de lixo espacial inaugurado no Brasil. Recordou que aqui funcionam quatro estações terrestres do Glonass, o sistema russo de navegação global por satélite, e disse que há estudos sobre a possibilidade de realizar lançamentos conjuntos em base brasileira, além da produção de foguetes portadores de classes leve e média. Putin se mostrou otimista quanto à manutenção das alianças tecnológicas existentes e à criação de outras, mencionando a colaboração entre o centro de inovação russo Skólkovo e o brasileiro Tecnopac. Conselho de Segurança da ONU Na nota conjunta, os dois presidentes enfatizam sua idêntica posição sobre a reforma do Conselho de Segurança da ONU e sua disposição em reforçar a cooperação técnico-militar. A Rússia ressalta o desejo de desenvolver suas relações multilaterais com os países da América Latina e do Caribe, enquanto o Brasil expressa a disposição de colaborar com esse objetivo russo. Em suas intervenções no início e no final da reunião do Kremlin, Putin e Temer adotaram posições simétricas – no caso do Brasil, em relação à América Latina e, no caso da Rússia, em relação à União Econômica Euroasiática (UEE, formada por Rússia, Belarus, Cazaquistão, Quirguistão e Armênia). A Rússia e o Brasil expressaram sua intenção de trabalhar pela rápida assinatura de um memorando de cooperação comercial e econômica entre a UEE e os Governos dos países do Mercosul. No próximo semestre, quando ocupar a presidência do bloco sul-americano, o Brasil fará todo o possível para que a Rússia assine um acordo de colaboração com a UEE, afirmou Temer. Entre os quatro documentos firmados, há um memorando de colaboração econômica e investimento, um plano de consultas entre os Ministérios das Relações Exteriores e um memorando entre a Receita Federal do Brasil e o Serviço Federal Alfandegário da Rússia (SFA) para a troca de informações sobre o transporte de mercadorias, além de um protocolo para troca de informações e ajuda mútua no âmbito do sistema de tarifas da UEE. ElPais

Leia mais »

BND grampeou a Casa Branca

Angela Merkel, quando descobriu que havia sido grampeada pelo Obama condenou – hahahah – a atitude do “Nigeriano Haviano” com esse cinismo: “Espionagem entre amigos é algo que não dá [para aceitar]” José Mesquita – Editor Serviço secreto alemão espionou Casa Branca, diz revista “Der Spiegel” diz ter tido acesso a documentos que comprovam que agência de inteligência da Alemanha monitorou, durante anos, conteúdo de e-mails e telefonemas de centenas de alvos nos EUA.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Casa Branca teria sido apenas um dos alvos no governo dos EUA O Serviço Federal de Informações da Alemanha (BND) teria espionado centenas de alvos nos Estados Unidos, incluindo empresários americanos e a Casa Branca, segundo reportagem publicada nesta quinta-feira (22/06) pela revista alemã Der Spiegel. De acordo com a revista, o serviço secreto alemão monitorou linhas telefônicas e e-mails nos eUA usando uma lista de cerca de 4 mil termos de busca, os chamados seletores, entre 1998 e 2006. Além da Casa Branca, os alvos incluíam o Departamentos de Estado, a Força Aérea Americana e a Nasa, entre outras instituições governamentais. Centenas de embaixadas estrangeiras em Washington e escritórios de organizações internacionais no país, como o Fundo Monetário Internacional (FMI), também estiveram na mira do BND. Essas informações estariam em documentos, aos quais a revista teve acesso. A descoberta pode causar embaraços para o governo alemão. Em 2013, quando foi revelado o escândalo de espionagem envolvendo a Agência de Segurança Nacional (NSA) dos EUA, da qual o celular da chanceler federal teria sido alvo, Angela Merkel condenou a atitude americana. “Espionagem entre amigos é algo que não dá [para aceitar]”, declarou Merkel na época. A indignação pegou mal meses depois, ao ser revelado que o serviço secreto alemão ajudava a NSA a espionar aliados europeus. E agora, “como mostram os documentos, o BND também não teve inibição alguma no passado para grampear instituições governamentais em Washington”, diz a Der Spiegel. Ao depor como testemunha na audiência final do comitê parlamentar encarregado de investigar o escândalo de espionagem envolvendo a NSA e o serviço secreto alemão, em fevereiro deste ano, Merkel desmentiu alegações de que sabia desde o início sobre a ampla espionagem de aliados por parte da NSA e do BND. Ela admitiu, porém, erros técnicos e organizacionais. O relatório final da investigação deve ser debatido no Parlamento nas próximas semanas, mas o atual escândalo não deve pesar neste inquérito parlamentar. Procurado pela Der Spiegel, o BND se recusou a comentar a suposta espionagem. CN/ots

Leia mais »