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Blogs: Criador do Word Press Mat Mulleweg aponta o futuro da internet

Mat Mulleweg, o criador do Word Press Brasil responde por 20 milhões dos 200 milhões de visitantes mundiais do WordPress, diz Matt Mullenweg. Rede de amigos vai definir rumos da internet, diz criador dos blogs WordPress. Contatos ‘reais’ são filtros para excesso de informação, diz Matt Mullenweg. Pergunte a Matt Mullenweg sobre o futuro da internet, e ele vai apontar para seus amigos da “vida real”. Segundo o norte-americano de 25 anos, criador da rede de blogs WordPress, a confiança que temos nos contatos que conhecemos pessoalmente vai servir para filtrar a overdose de informação distribuída pela rede. Para o texano de Houston, o Brasil é um país “com energia”. Os brasileiros, segundo ele, são responsáveis por 20 milhões de visitas do total de 200 milhões que os blogs WordPress contabilizam mundialmente. Segundo dados da Associação Brasileira de Provedores de Internet (Abranet), o Brasil tem cerca de 1 milhão de blogs hospedados no WordPress. [ad#Retangulo – Anuncios – Direita]”Há 15 anos, o objetivo da internet era trazer informações, revelar o que não estava acessível”, lembra Matt. Hoje, porém, o desafio é organizar tudo isso, explicou o jovem empreendedor que criou o WordPress aos 19 anos, em parceria com Mike Little. Overdose e criatividade “Temos muita informação, as pessoas estão sobrecarregadas”, disse Matt, citando os milhões de posts novos e vídeos no YouTube que são publicados diariamente. Com cada vez mais informação e dias cheios de compromissos, a tendência vai ser valorizar a rede de contatos – desde as pessoas que você segue no Twitter até os diversos recursos de integração e comunicação do Facebook. “Os filtros são as pessoas que você conhece na vida real, e são filtros fantásticos”, disse Matt. Ele valorizou dois elementos principais para o sucesso de serviços na internet: simplicidade e liberdade de criação. “O que eu adoro no Twitter é isso: ele é uma caixa e um botão. Assim como era o blogger em sua primeira versão”, comparou, lembrando que tanto o microblog quanto o serviço de blogs concorrente do WordPress foram criados pela mesma pessoa: Evan Williams. Em seu notebook, que rodava a versão beta do Windows 7, Matt mostrou exemplos de sites que usam as ferramentas do WordPress para criar diferentes experiências na web. Ele citou sites de jornais norte-americanos, blogs pessoais e até a página do Ministério da Cultura do Brasil como bons exemplos de design e organização da informação. Quando o WordPress foi lançado, em 2003, ele ainda não tinha muitos dos recursos que o tornaram popular hoje – como a personalização de temas e a incorporação prática de plugins. A plataforma ganhou diversas atualizações, representadas por codinomes “emprestados” de músicos de jazz, sendo a 2.8 (“Baker”) a mais recente – lançada em 10 de junho deste ano. Navegadores e comunidade Matt mostrou bom humor ao interagir com o público e falou sobre navegadores de internet para exemplificar as mudanças na rede. Ele perguntou quantas pessoas ali usavam o navegador Firefox. Praticamente todos na plateia levantaram a mão. Em seguida perguntou quantos utilizavam o Firefox sem complementos (add-ons): silêncio no auditório. Ele então comparou brevemente o navegador da Mozilla com o Internet Explorer, da Microsoft. “O que o Internet Explorer está fazendo é incorporar as novidades do Firefox. Eles podem copiar os recursos, mas não podem copiar a comunidade”, disse, em referência aos complementos e plugins criados pelos desenvolvedores para o Firefox. Matt respondeu a perguntas dos participantes sobre os próximos passos do WordPress e não escapou de críticas sobre a ferramenta. Ele reconheceu, por exemplo, que o sistema de buscas ainda é “terrível” – termo usado por um dos participantes. Real e virtual Matt conta que abandonou os estudos quando percebeu que seu interesse maior estava nos blogs e na tecnologia. Mudou-se de Houston (Texas) para San Francisco (Califórnia) e entrou em contato com o “novo mundo”. “Eu não ia visitar os locais turísticos, eu ia visitar o Yahoo”, comparou. “Ia para um café e havia 20 pessoas discutindo blogs e programação. Talvez em toda a Houston você não encontrasse 20 pessoas falando sobre isso”, brincou. No início do WordPress não havia usuários, e Matt transformou seus amigos em “beta testers” para entender como a ferramenta poderia evoluir. Isso foi uma boa maneira de desenvolver a plataforma e torná-la maleável o suficiente para que as pessoas pudessem criar e adaptar o sistema a suas necessidades. Foi adaptando e perseguindo seus interesses, afinal, que o jovem criou o WordPress e a empresa Automattic. Matt, que foi considerado uma das 50 pessoas mais importantes da internet em 2007 pela revista “PC World”, nunca foi um programador. Ele estudava Ciências Políticas na Universidade de Houston e começou a desvendar os códigos da plataforma “b2” (que deu origem ao WordPress) para resolver questões de uma de suas paixões: a tipografia. G1

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Internet, imprensa e transparência digital

Transparência: o grande desafio da imprensa na era digital A transparência parece ser a palavra mágica para o jornalismo do futuro. Num ambiente em que os valores tradicionais como objetividade, imparcialidade, isenção, fidedignidade e veracidade estão sendo submetidos a um processo de intensa relativização, a busca da transparência informativa parece ser uma das poucas coisas sólidas no novo universo jornalístico. A relativização de valores quase seculares no jornalismo é uma conseqüência da avalancha noticiosa gerada pela internet e que está provocando uma diversificação de fontes informativas inédita na história da humanidade. Tudo aquilo que considerávamos sólido e consistente está se desfazendo ante o impacto de novas versões, enfoques e contextos diferenciados. Trata-se de um fenômeno irreversível, que está afetando também outros setores da atividade humana e que é provocado fundamentalmente pela introdução de novas tecnologias de informação. O jornalismo é talvez de todas as áreas que lidam com informações, aquela que mais sofre com as mudanças em curso. Um mesmo fato é transformado em notícia de diferentes maneiras por diferentes veículos de comunicação. A notícia é a representação de uma representação, ou trocando em miúdos: uma pessoa viu um fato e o reproduz para um repórter (primeira representação), que por sua vez conta o que ouviu na forma de um texto ou narrativa oral para publicação num jornal, rádio ou TV (segunda representação). Neste processo temos que levar em conta quem está contando a versão original. Dependendo do fato e da pessoa, a primeira representação pode ter diferentes versões e significados. Por sua vez, o repórter também deve ser contextualizado, porque sua experiência profissional (para dar um único exemplo) vai levá-lo a destacar um fato, entre dezenas, na representação feita pela fonte original da notícia.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Se levarmos em conta que a notícia é cada vez mais um processo de representações sucessivas (fato onipresente no noticiário internacional onde um veículo reproduz o outro) não fica difícil perceber qual a incidência do fator subjetivo, ou seja o contexto de quem reproduz, no produto que chega ao leitor de um jornal ou telespectador de um programa noticioso. A transparência pode ser definida como o conjunto de atributos de uma notícia que permitem identificar o maior número possível de contextos nas sucessivas representações pelas quais a informação passou desde a sua fonte primária até o consumidor final. Transparência é saber, por exemplo, quanto um jornal ou emissora de televisão deve ao governo ou a bancos privados, qual a composição acionária da empresa ou os interesses corporativos e financeiros de seus proprietários, quais as ligações comerciais, institucionais e familiares dos jornalistas que compõem a redação Contextos ocultosde uma televisão ou de uma revista. Isto pode ser essencial para os leitores, ouvintes, telespectadores e usuários de sites na Web identificarem possíveis interesses não revelados nas matérias jornalísticas. Não significa colocar sob suspeita todos os profissionais ou veículos de comunicação, mas sim de constatar as inúmeras variáveis condicionantes no processo de produção de noticias. Os jornalistas e donos de jornais não são culpados pela complexidade das representações informativas, mas podem e devem reduzi-las ao máximo porque isto garante o seu negócio, ou seja a credibilidade do público. Acontece que o sigilo e o corporativismo são as regras hegemônicas na imprensa, em especial a brasileira, onde preocupações mínimas com a transparência, já adotadas em jornais americanos, por exemplo, são olimpicamente ignoradas. Os repórteres devem identificar outros empregos, contratos, clubes e até os empregos de esposas ou parentes próximos. Aqui no Brasil não sabemos nada sobre os donos e os profissionais que produzem as notícias que consumimos diariamente e sobre as quais construímos nossas decisões e representações. Somos portanto alvos perfeitos para a propagação de informações distorcidas e descontextualizadas. E quando os leitores constatam que as noticias estão sujeitas à manipulações não identificadas, quem perde são os jornais. Sem transparência não teremos condições de sobreviver ao caos informativo gerado pela avalancha de notícias na Web. A perspectiva é a formação de enclaves informativos (clusters), nos quais grupos de pessoas criam o seu próprio ambiente para circulação de notícias. Pode ser uma solução de emergência, mas a longo prazo ela gera um problema ainda maior: a ausência de diversificação informativa. Mas sobre isto a gente fala mais adiante. Observatório da Imprensa – Carlos Castilho

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O labirinto da internet e as eleições

Os deputados erraram onde não poderiam. Mas era um erro previsível. A internet é o meio mais perturbador que já surgiu na comunicação. Por João Santana ¹ UM PARADOXO da cultura contemporânea é a incapacidade da maioria dos políticos de entender a comunicação política. Essa disfunção provoca, muitas vezes, resultados trágicos. É o caso da lei votada pela Câmara dos Deputados para regular o uso da internet nas eleições. Se aprovada sem mudanças pelo Senado, vai provocar um forte retrocesso numa área em que o Brasil, quase milagrosamente, se destaca no mundo -sua legislação de comunicação eleitoral. Sim, a despeito da má vontade de alguns e, a partir daí, de certos equívocos interpretativos, o Brasil tem uma das mais modernas legislações de comunicação eleitoral do mundo. O nosso modelo de propaganda gratuita, via renúncia fiscal, é tão conceitualmente poderoso que se sobressai a alguns anacronismos da lei, como o excesso de propaganda partidária em anos não eleitorais ou a ridícula proibição de imagens externas em comerciais de TV. Os deputados decidiram errar onde não poderiam. Mas era um erro previsível. A internet é o meio mais perturbador que já surgiu na comunicação. Para nós da área, ela abre fronteiras tão imprevisíveis e desconcertantes como foram a Teoria da Relatividade para a física, a descoberta do código genético para a biologia, o inconsciente para a psicologia ou a atonalidade para a música. Na comunicação política, a internet é rota ainda difícil de navegar. Somos neogrumetes de Sagres em mares bravios. Não por acaso, o mundo está infestado de curandeiros internáuticos a apregoar milagres. E a mídia potencializa resultados reais ou imaginários – ”Ah, a campanha do Obama!”, “Ah, as eleições no Irã” – sem que se consiga aferir a real dimensão do fenômeno.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Se é perturbadora para nós do meio, por que não o seria para legisladores e juízes? Principalmente para os políticos, que, como se sabe, sofrem desconforto com a comunicação política desde o surgimento dos meios modernos. Desde sua origem nas cavernas, o modo de expressão política tem dado pulos evolutivos sempre que surge um novo meio. De Aristóteles, patrono dos marqueteiros, passando pelos áureos tempos da santa madre igreja, que já deteve a mais poderosa máquina de propaganda política – é a criadora do termo com sua “Congregatio de Propaganda Fide”-, até os dias de hoje, a comunicação politica é feita por meio de uma simbiose entre o que se diz – o conteúdo retórico-persuasivo – e seu suporte de expressão, as ferramentas comunicacionais. Um influenciando o outro e os dois influenciando, sem parar, as sociedades e instituições. Foram enormes os pulos causados pela imprensa, pelo rádio, pelo cinema e pela TV na forma e no modo de fazer política. Mas nada perto dos efeitos que trará a internet. Não só por ser uma multimídia de altíssima concentração, mas também porque sua capilaridade e interatividade planetária farão dela não apenas uma transformadora das técnicas de indução do voto mas o primeiro meio na história a mudar a maneira de votar. Ou seja, vai transformar o formato e a cara da democracia. No futuro, o eleitor não vai ser apenas persuadido, por meio da internet, a votar naquele ou naquela candidata. Ele simplesmente vai votar pela internet de forma contínua e constante. Com as vantagens e desvantagens que isso pode trazer. As cibervias não estão criando só “novas ágoras”. Criam também novas urnas. Do tamanho do mundo. Vão ajudar a produzir uma nova democracia tão radicalmente diferente que não poderá ser adjetivada ou definida com termos do nosso presente-passado, tipo “representativa” ou “direta”. Sendo assim, creio que nossos legisladores não vão querer passar para a história como os que imprimiram um sinete medieval em ondas cibernéticas. Não é só o erro, como já se disse, de encarar um meio novo com modelos de regulação tradicional. É porque a internet, no caso da comunicação política, nasceu indomável. E sua força libertadora tem de ser estimulada, e não equivocadamente reprimida. Já há um consenso do que deve ser modificado na proposta da Câmara. O Senado, que vive profunda crise de imagem, tem um bom tema de agenda positiva. Mas não é por oportunismo que urge corrigir os equívocos da Câmara. É simplesmente pelo prazer de estar conectado com o futuro. Folha de S. Paulo ¹ JOÃO SANTANA, 56, é jornalista, publicitário e consultor político. Já coordenou o marketing de dezenas de campanhas estaduais e municipais (como a de Marta Suplicy em 2008), além de três campanhas presidenciais, no Brasil (Lula em 2006), na Argentina e em El Salvador.

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Twitter obriga a atividade jornalística a mudar o foco

Twitter pressiona uma mudança no foco da atividade jornalística Há menos de um mês alguns parlamentares ingleses estavam passando para seus eleitores e simpatizantes os resultados de uma votação legislativa ignorando o papel da imprensa como mediador entre tomadores de decisões e o público. As sessões do parlamento já são transmitidas ao vivo pelo rádio que é onde a imprensa monitora o trabalho legislativo. Mas o Twitter alterou essas mediação ao estabelecer contato direto entre a fonte da notícia e o consumidor de informações. A moda deve pegar porque os tomadores de decisões têm agora um canal direto com a opinião pública, sem terem que enfrentar os questionamentos e as idiossincrasias da imprensa. Aqui no Brasil já temos quase todos os políticos inscritos pelo Twitter.[ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda] Isto pode aproximar o público dos tomadores de decisões, em especial os membros do poder legislativo, do seu público alvo. Trata-se de uma aproximação de mão dupla porque os eleitores também estão criando os seus canais de cobrança e monitoramento da atividade parlamentar, o que pode contribuir para o saneamento tanto do Senado como da Câmara de Deputados. Mas também vão surgir problemas. No caso dos parlamentares britânicos Tom Watson e Jim Knight, na pressa de avisar seus eleitores, eles acabaram passando resultados equivocados da votação e tiveram que voltar atrás. Outra possibilidade real é o surgimento de uma cacofonia informativa pelo Twitter, tornando necessária uma depuração e contextualização das notícias transmitidas pelo sistema de micro-mensagens. Para os repórteres e editores, a ampliação do uso do Twitter marca mais um passo na direção do fim da era do furo jornalístico. É também um novo empurrão no sentido da transformação dos profissionais em orientadores e contextualizadores das informações passadas ao público pelos tomadores de decisões e formadores de opiniões. A grande diferença é que o foco dos jornalistas deixa de ser a simbiose com o poder político e econômico para voltar-se cada vez mais para o público, reconstituindo aquilo que está na origem do jornalismo, o caráter social da atividade informativa. Carlos Castilho – Observatório da Imprensa

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Por que a inclusão digital fará desaparecer as Lan Houses

Estudo feito pela Cisco em países emergentes mostra que LAN houses vão perder importância e sumir no futuro. Um estudo feito com empresas e usuários de internet em 20 cidades de países emergentes como Brasil, México e Rússia mostra que as LAN houses tendem a perder importância conforme o processo de inclusão digital avança nestes mercados. “As LANs exercem um papel-chave para inclusão digital. Para muitas pessoas, elas são o primeiro contato do usuário com um PC e atuam como formadores de novos internautas. Os estudos conduzidos em países emergentes, no entanto, mostram que conforme o usuário percebe a importância da web tende a comprar um computador para si”, diz o diretor de estratégias para emergentes da Cisco, Henrique Rueda-Sabater, Para Sabater, a pesquisa apontam para o declínio das LAN houses conforme avancem esforços de inclusão digital, como a compra do primeiro PC pelos usuários de menor renda e o treinamento de novos internautas nas escolas e residências. O mesmo estudo mostra que o baixo nível de educação é o principal obstáculo para ampliar o acesso à web nos países emergentes. Quando cidadãos que não usam a internet são perguntados sobre os motivos que os mantêm longe da web a resposta mais recorrente é a dificuldade de lidar com computadores e tecnologia. Em segundo lugar aparece o custo (os usuários não têm dinheiro para pagar pelo acesso à internet) e, em terceiro lugar, a acessibilidade. Ou seja, os usuários encontram dificuldades de acesso à web, como viver numa região sem banda larga ou com poucos computadores disponíveis. da Info [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Jornais e Internet. Mídia impressa perde leitores

Por aqui, nas tabas Tupiniquins, os jornais, jornalões, jornalecos e revistões ainda se acham os donos da bola. Pesquisas, não divulgadas às claras, demonstram que o número de leitores da mídia impressa definha continuamente. E a audiência da TV vai de carona ladeira abaixo. Até quem lê revista de fofocas sabe que a Internet, nos USA, já supera os grandes jornais como fonte de notícias e informação. Pesquisas da Pew Research Center for the People & the Press concluíram que a Internet ultrapassou os jornais. O reino do papel vai sendo entregue às traças. No intervalo de uma ano o percentual dos que buscam na Web notícias e informações, aumentou de 24% para 40%, enquanto o percentual dos quer buscam os jornais como fonte principal de notícias, manteve-se na faixa de 35%. A televisão, segundo as pesquisa ainda se mantem em primeiro lugar com 70% do percentual dos que buscam notícias. Passou, sem qualquer surpresas, os jornais. Em um ano, a fatia dos que recorrem à internet por notícias subiu de 24% para 40%, enquanto os jornais se mantiveram praticamente estáveis em 35%. A TV continua como fonte líder, com 70% dos entrevistados declarando que quando querem procurar por notícias ligam seus televisores. Mas essa liderança da TV não se mantém quando se trata do público jovem. Entre esses há um empate – 59% – entre a busca por notícias entre a internet e a televisão. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Educação – Uso de Blogs é bom para alunos

O uso de blogs em sala de aula é positivo para os estudantes, diz um estudo da Unicamp. A conclusão é da pesquisa de mestrado de Cláudia Rodrigues, do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Segundo a pesquisadora, o uso de tais ferramentas em sala de aula favorece a produção textual e contribui para exercitar nos estudantes o poder de argumentação, além de favorecer o debate. “O estudo ressaltou a necessidade de os professores encontrarem caminhos para explorar o letramento digital em sala de aula”, disse Cláudia, que também é professora de redação do ensino médio, à Agência Fapesp. Para verificar a validade em utilizar blogs para o ensino de escrita, o estudo, orientado pela professora Denise Bértoli Braga, do Departamento de Lingüística Aplicada do IEL, envolveu a produção de 20 blogs por cerca de 240 alunos durante as aulas de produção textual, ministradas em quatro turmas de uma escola de ensino básico. Os alunos produziram os blogs e, em seguida, foram promovidas discussões sobre assuntos diversos que tiveram início em sala de aula e prosseguiram no ambiente digital. Segundo ela, além de serem colocados em contato com diversas opiniões, podendo exercitar a prática da argumentação, os alunos, por conta própria, envolveram professores de outras disciplinas da escola para a coleta de informações que deram origem aos textos publicados nos blogs. “O interesse pela leitura e pela escrita aumentou quantitativa e qualitativamente em proporção às aulas tradicionais. Dos 20 blogs publicados por quatro turmas, quatro tiveram destaque e foram considerados de elevado êxito na proposta”, afirmou Cláudia, destacando que as discussões tiveram maior alcance do ponto de vista temático e também foram estendidas para outros ambientes fora da sala de aula. “Foi nítida a inquietação na sala de aula em relação às pesquisas e busca de dados para os textos. Também foi freqüente a solicitação, por parte dos alunos, da leitura dos textos por seus colegas de classe antes de sua publicação. A maior parte dos estudantes buscou ainda outras fontes de informação além do professor para chegar às conclusões sobre os assuntos abordados”, disse. Domínio da tecnologia Para ela, o fato de envolver a escola em um ambiente tecnológico que já era de domínio dos adolescentes permitiu um alto nível de identificação com a proposta. “Os blogs construídos pelos alunos mostram a familiaridade deles com construções hipertextuais e com integração de linguagens”, disse. “Os alunos se preocuparam mais com a qualidade da escrita e com o desenvolvimento do discurso, uma vez que o professor não é mais o único leitor de seus textos. O blog é público”, contou. A pesquisa sugere que os blogs podem ser utilizados pelos professores de diferentes formas, dependendo da criatividade dos docentes e do casamento de suas intenções pedagógicas com os interesses dos alunos. Segundo Cláudia, que sugere a inserção dos blogs nas aulas de produção textual, o uso desse tipo de tecnologia na escola tem sido quase que inevitável. Por outro lado, o uso dessas “páginas digitais” demanda mudanças sensíveis no perfil do professor. “O professor passa a ser mais um orientador e, embora possa avaliar e dar nota ao blog, na prática ele deixa de ser o leitor alvo dos textos. O blog deve ser visto como mais uma ferramenta à disposição dos docentes, somado ao livro didático e a outras atividades de suporte”, disse. O estudo indicou ainda que, apesar de ser um dos grandes entraves para as propostas pedagógicas na internet, a linguagem própria do mundo virtual, uma espécie de dialeto que os jovens utilizam para expressar suas opiniões, não impediu que os jovens pudessem aprender a língua portuguesa corretamente. Na pesquisa, a produção textual dos alunos não se enquadrou na linguagem conhecida como “internetês”, carregada de abreviações e gírias criadas pelos próprios adolescentes. “Hoje existem diversos gêneros de blogs que envolvem vários tipos de linguagens. O blog educacional tem um perfil diferenciado comparado aos blogs de entrenimento. Antes de qualquer proposta pedagógica, o professor deve sinalizar a seus alunos a riqueza da língua portuguesa e suas múltiplas variações e condições de produção”, disse. da Info

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Blogs, tecnologia e imprensa tradicional

Quais os limites da tecnologia? Quais as vantagens e desvantagens dos avanços tecnológicos para o futuro da mídia e especialmente do jornalismo tradicional? Até onde os blogs definem um novo paradigma de jornalismo? Estas e outros temas correlatos estão em três livros lançado na Inglaterra. Por JOHN LLOYD, autor de “What the Media Do to Our Politics” [O Que a Mídia Faz para Nossa Política] e colaborador do jornal “Financial Times”, onde a íntegra deste texto foi publicada.Tradução de Paulo Migliacci. Os últimos 150 anos foram a era do jornalismo heróico, um período em que os jornalistas desenvolveram sua auto-imagem como responsáveis por corrigir os males da sociedade. O período produziu testemunhas do horror, tais como William Howard Russell, do “The Times”, cujos artigos sobre a Guerra da Criméia ajudaram a destruir um governo e a modernizar o Exército britânico. Houve jornalistas como o escritor francês Émile Zola, que colocaram sua pena a serviço da indignação, diante das falsas acusações movidas contra o capitão Alfred Dreyfus. Já o jornalismo de denúncia ao estilo norte-americano gerou talentos como o de Ida Tarbell, que expôs as práticas da Standard Oil no começo do século 20 -período em que era difícil ver mulheres ocupando posições no jornalismo fora das páginas literárias e de moda.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] E, dos anos 1960 em diante, uma legião de repórteres investigativos justificou sua existência com a criação de um quadro de profissionais intransigentes que exigiam que os poderosos prestassem contas. Esses repórteres foram imensamente beneficiados pela fama e pelo status de Ed Murrow, jornalista de rádio e TV da [rede norte-americana] CBS nos anos 1950, e pelos jornalistas Carl Bernstein e Bob Woodward, do “Washington Post”, famosos por suas reportagens sobre o caso Watergate no começo dos anos 1970. De diferentes maneiras, três livros recentes são produto da transição da era do jornalismo heróico para… O que, exatamente? Por enquanto, o novo modelo não tem nome. As primeiras indicações são de que o melhor termo seja “era demótica”, devido à explosão de blogs, sites de redes sociais, e-mails e textos que a internet propiciou nos últimos dez anos -e tudo isso com uma intensidade não vista nem mesmo no período epistolar mais intenso da era vitoriana. Em “SuperMedia” [ed. WileyBlackwell, 216 págs., 14,99, R$ 53], Charlie Beckett considera a nova era sob esses termos. Antecipa o momento em que essa forma de jornalismo cidadão suplantará o modelo convencional e, em suas palavras, “salvará o mundo”. Em “Can You Trust the Media?” [Você Pode Confiar na Mídia?, Icon Books, 256 págs., 12,99, R$ 46], Adrian Monck, ex-produtor da ITV e da Sky e hoje professor de jornalismo na Universidade Metropolitana de Londres, derruba os mitos da era do jornalismo heróico ao negar esse heroísmo. E os ensaios da coletânea “UK Confidential” [Reino Unido Confidencial, Instituto Demos, Charlie Edwards e Catherine Fieschi (org.), 184 págs., 10, R$ 36] tratam da moderna suposição de que figuras públicas têm pouco ou nenhum direito a uma vida privada. Blogs e nostalgia

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Internet – Migração para a web, provoca demissões nos jornais

Pela agilidade e pela mobilidade a mídia on line vem provocando estragos na mídia tradicional, principalmente entre jornais e revistas. A internet vem colocando a indústria dos jornais de pernas pro ar. A rapidez com que os blogs abordam os assuntos, vem atraindo cada vez mais leitores. E anunciantes, principalmente! Como resultado, as tradicionais redações, vão sendo esvaziadas de profissionais. Demissões de jornalistas batem recordes nos Estados Unidos. Em menos de 60 dias foram anunciadas quase 500 demissões de jornalistas em pelo menos cinco grandes jornais dos Estados Unidos, nos quais as receitas publicitárias caíram cerca de 7%, a maior queda desde 2001. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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