Arquivo

A rede que liga o filho de Trump ao Kremlin

O último escândalo em torno do presidente dos EUA envolve um filho dele, um cantor de música pop e uma advogada, entre outros. Donald Trump e seu filho mais velho, Donald Trump Jr: participação ativa na campanha do pai à presidência. Quem é quem na rede de contatos criada a partir de um concurso de Miss Universo em Moscou. As alegações de conluio com a Rússia continuam a assombrar o presidente americano, Donald Trump. As descobertas mais recentes envolvem seu filho mais velho, Donald Trump Jr.: ele admitiu ter se encontrado com a advogada russa Natalia Veselnitskaya em junho do ano passado, com o objetivo de obter informações que poderiam incriminar Hillary Clinton. O encontro foi organizado pelo profissional de relações públicas britânico Rob Goldstone. Nos e-mails publicados por Trump Jr., Goldstone diz que a ideia era do cantor de música pop russo Emin Agalarov. Quem são essas pessoas e que laços as unem? Donald Trump Jr. Don Jr., como é conhecido nos EUA, vai fazer 40 anos este ano. Ele nasceu em Nova York, filho de Donald Trump com sua primeira esposa, a modelo tcheca Ivana Marie. Como seu pai, ele estudou na Wharton School da Universidade da Pensilvânia. Formou-se em economia e depois tirou um ano “sabático”, que passou caçando e pescando no Colorado. Ele relatou ter lutado com problemas de álcool em sua juventude. Donald Trump Jr. negou que advogada russa tenha lhe fornecido informações incriminatórias sobre Clinton Voltou a Nova York em 2001, aos 24 anos, e se juntou ao império de negócios de seu pai. Don se tornou vice-presidente executivo da Trump Organization, onde é responsável pela construção de hotéis, casas de férias, campos de golfe e outros projetos, tanto nos EUA como no exterior. Quando se trata de sua vida pessoal, Don seguiu os passos de seu pai, se casando com uma modelo: Vanessa Haydon, em 2005. Eles têm cinco filhos. Donald Trump Jr. apoiou fortemente a campanha presidencial do pai. Ele provocou controvérsia por postar uma foto comparando imigrantes sírios com pastilhas envenenadas. Ele antes também havia sido criticado por fotos mostrando-o com um leopardo que matou enquanto caçava em 2010. Outra foto o mostrava segurando o rabo ensanguentado de um elefante. Depois que Trump assumiu o cargo, ele declarou que entregaria as rédeas de suas empresas aos filhos Don e Eric. Os dois estão atualmente planejando a construção de uma série de hotéis de padrão intermediário nas cidades onde seu pai ganhou mais votos, de acordo com o site de notícias Business Insider. Natalia Veselnitskaya A advogada de 42 anos nascida na Rússia começou a carreira no escritório de um procurador nos arredores de Moscou. De acordo com um artigo do New York Times, ela ganhou reputação como uma adversário temível, intimidando dentro e nos corredores do tribunal, onde era conhecida por ameaçar rivais com a ira do governo. Natalia Veselnitskaya disse que encontro com filho de Trump foi “privado” Veselnitskaya representou por muito tempo a família Katsyv, mais conhecida por Pyotr D. Katsyv, que foi secretário de Transportes de Moscou por mais de 12 anos e agora é o vice-presidente das Ferrovias Russas. Ela também desempenhou um papel fundamental na elaboração de uma solução para o seu filho, Denis Katsyv, acusado de cumplicidade na lavagem de milhões de dólares em Nova York. A empresa de Denis Katsyv, Prevezon Holdings, recentemente resolveu o caso pagando multa de 6 milhões de dólares. Veselnitskaya nega ter qualquer ligação com o Kremlin. Ela também negou ter oferecido qualquer informação incriminatória sobre Hillary Clinton e disse que seu encontro com Donald Trump Jr. foi “privado” e “não era, de alguma forma, relacionado” à campanha de Trump. Nos últimos anos, ela tem trabalhado como lobista contra a chamada Lei Magnitsky, que tem como alvo funcionários russos, bloqueando a entrada deles nos EUA e congelando seus ativos. Donald Trump Jr. disse que ela tentou discutir este tema quando o encontrou em junho, fazendo-o acreditar que a suposta informação sobre Hillary fosse apenas um pretexto para que ela conseguisse o encontro. Rob Goldstone Goldstone é um profissional de relações públicas que dirige a empresa Oui 2 Entertainment. Ele diz ter trabalhado com celebridades como Michael Jackson, BB King e Richard Branson. Nascido no Reino Unido, também trabalhou como jornalista. Relações públicas britânico Rob Goldstone Em 2013, Goldstone ajudou a família Trump a organizar o concurso de Miss Universo em Moscou e serviu como um dos juízes da competição. Ele também representou o cantor pop russo Emin Agalarov, que ele cita no e-mail para Donald Trump Jr: “Emin acabou de ligar e pediu para contatá-lo com algo muito interessante”, escreveu ele. “O procurador ‘máximo’ da Rússia se reuniu com [o pai de Emin] Aras e, no encontro, se ofereceu para fornecer à campanha de Trump alguns documentos oficiais e informações que incriminariam Hillary e seus negócios com a Rússia.” Emin Agalarov Nascido no Azerbaijão, foi um músico popular na antiga União Soviética. Também é conhecido como filho do magnata do mercado imobiliário Aras Agalarov. A empresa de seu pai tem laços estreitos com o Kremlin, segundo a revista Forbes. Emin estudou na Suíça e nos EUA e foi casado com Leyla Aliyeva, a filha do presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, até seu divórcio em 2015. Cantor de música pop Emin Agalarov O pai do cantor, Aras Agalarov, teria pago bilhões a Trump pelos direitos de realizar o concurso de beleza em Moscou. Os Trump e os Agalarovs continuaram em contato depois que o projeto terminou – Donald Trump participou de um videoclipe de Emin, em 2013, e felicitou o jovem músico pelo seu 35° aniversário em dezembro de 2014 em um vídeo publicado na internet. As duas famílias também planejam construir uma Trump Tower em Moscou, embora o projeto esteja parado. Comentando sobre o encontro entre Don e Veselnitskaya, Aras disse que a história foi “inventada” e que ele não conhece Goldstone “tão bem”. “Eu acho que isso é algum tipo de ficção. Não sei quem está inventando isso”, disse à rádio russa Business FM. ” O que Hillary

Leia mais »

Eleições 2018 – Crivella X Doria

Crivella – Calo da Globo – aplica mais um cravo na ferradura dos Marinhos. A rasteira do Crivella no Carnaval Globeleza. Fiquemos atentos ao desenrolar da trama. Crivella X João Dólar a caminho da rampa. [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

Leia mais »

O advogado de 85 anos que quer governar o Brasil sem partidos políticos

Modesto Carvalhosa lidera movimento sem partido para “quebrar revezamento de facções corruptas” O advogado Modesto Carvalhosa em seu escritório, em São Paulo. FERNANDO CAVALCANTI Campanha quase quixotesca quer correr por fora na intrincada disputa de um eventual pós-Temer “Queremos mais Brasil, e menos Brasília”, resume Modesto Carvalhosa. Aos 85 anos, o advogado que se formou na área de direito societário, militou na preservação do patrimônio histórico e acabou se especializando no combate à corrupção encabeça um movimento que tem a pretensão de governar o Brasil sem partidos políticos.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Nascida do incômodo com a interminável crise política brasileira, a mobilização começa a partir de um influente mas pequeno grupo de advogados de São Paulo, que pretendem expandir o clamor em torno de uma “candidatura da sociedade civil” à presidência da República para todo o país nos próximos meses. A candidatura de Carvalhosa é apresentada como opção para uma eleição indireta, que só será realizada pelo Congresso Nacional caso Michel Temer não termine o mandato, uma opção que o Planalto quer evitar a todo custo ainda no comando de uma cambaleante coalizão que exibe lastro no Legislativo. O advogado, que apesar da idade avançada apresenta uma vitalidade impressionante, se baseia no Pacto de São José — mais precisamente no seu artigo 23 — para defender a possibilidade de se candidatar sem ter filiação partidária. O pacto, fruto da Comissão Americana de Direitos Humanos (1969), prevê que “a lei pode regular o exercício dos direitos e oportunidades [de votar e ser eleito] exclusivamente por motivo de idade, nacionalidade, residência, idioma, instrução, capacidade civil ou mental, ou condenação, por juiz competente, em processo penal”. Como não há previsão de limite por conta de situação partidária no pacto internacional, não haveria impedimento para uma candidatura “civil”, avaliam os apoiadores de Carvalhosa, apesar de a legislação eleitoral brasileira dizer que “para concorrer às eleições, o candidato deverá (…) estar com a filiação deferida pelo partido no mínimo seis meses antes da data da eleição”. Independentemente da viabilidade da tal candidatura civil — que depende da queda do presidente — Carvalhosa enxerga no movimento uma forma de abrir perspectivas para o país, cujos partidos e políticos perderam seja lá o que ainda tinham de admirável após a Operação Lava Jato. “A decisão do Tribunal Superior Eleitoral [que absolveu a chapa Dilma-Temer] não melhora a estabilidade do Temer. Ela aprofunda sua ilegitimidade”, avalia Carvalhosa, que enxerga o Judiciário arrastado para uma crise que já reunia o Executivo, o Legislativo e o Ministério Público, ferido pela forma como o acordo de delação da JBS foi fechado — a cúpula da empresa ganhou perdão judicial mesmo após confessar crimes. “É preciso restabelecer a honra do país, que está afetada em todos seus segmentos institucionais, e a autoestima da população, que está humilhada.” Para o advogado, só “gente de fora” pode “quebrar esse revezamento de facções corruptas que se sucedem”. Propostas A proposta, que soa quase quixotesca na intrincada crise política com tantos interesses na mesa, é baseada, diz ele, numa avaliação de cenário internacional. Emmanuel Macron se elegeu na França por um partido criado meses antes da eleição, desbancando as legendas tradicionais. Nos Estados Unidos, Donald Trump se impôs como outsider ao Partido Republicano. Carvalhosa defende que a sociedade civil brasileira tem nomes para assumir o país, “três ou quatro de alto nível para cada cargo”, e sua candidatura já teria inclusive o apoio de renomados economistas e políticos, entre eles ex-ministros, mas que ainda não se sentem confortáveis para expor seus nomes. Por enquanto, os nomes de maior vulto são os de Hélio Bicudo, um dos signatários do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, o ex-ministro da Justiça José Carlos Dias e o ex-ministro do Superior Tribunal Militar Flávio Bierrenbach. Os defensores de sua candidatura, que têm se articulado em busca de apoio para divulgar a ideia, também esperam o engajamento de movimentos como o Vem pra Rua, entre outros surgidos durante o período de ocaso do Governo Dilma Rousseff. Além de escantear os partidos políticos, o movimento em torno de Carvalhosa se estrutura em cima de bases como a diminuição de cargos de confiança para no máximo 100 (hoje são cerca de 100.000) e reformas política e da administração pública, por meio de uma constituinte. O advogado defende o teto para limite de gastos e a reforma trabalhista, mas acha que a reforma previdenciária tem de voltar a seu leito inicial, para afetar estados e municípios, “mas não com aquela aberração de que você tem de trabalhar 450 anos para ter um salário mínimo”. “A ideia é restaurar a confiabilidade do Governo e recuperar o papel do chefe de Estado”, sintetiza. Militância O homem que hoje pleiteia liderar a sociedade civil contra um mundo político-partidário em crise começou a atuar como advogado em 1958, no ramo do direito societário. Na década de 1970, liderou um movimento para impedir a destruição do edifício histórico do Colégio Caetano de Campos, em São Paulo. A partir de então, se engajou na defesa do patrimônio histórico, e presidiu o Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico de São Paulo) de 1984 a 1987. O tema da corrupção entraria em sua vida na década seguinte, quando participou de uma comissão especial do Governo Itamar Franco para verificar as ramificações do escândalo dos Anões do Orçamento, sobre fraudes no Orçamento da União. O advogado conta que trabalhou durante todo o ano de 1994 “dentro do Palácio do Planalto”, de onde tirou a inspiração para seu Livro negro da corrupção (Paz e Terra), agraciado com o Prêmio Jabuti. Uma das conclusões daquela comissão de notáveis foi de que deveria haver uma quebra das relações entre o agente público e o contratante da obra, o que ocorreria por meio da implantação de um sistema chamado performance bond, “Se isso tivesse sido adotado em 1994, talvez nós tivéssemos um novo quadro no setor de obras públicas.” Mas nada daquele diagnóstico foi aplicado — o que Carvalhosa põe

Leia mais »

Corrupção – Frase do dia – 31/05/2017

O ladrão, nos rouba dinheiro, carro, celular, relógio e até eletrodomésticos. O político nos rouba, Bem Estar, Saúde, Educação, Segurança, Transporte, Emprego. Somos escolhidos pelo primeiro ladrão, mas nós é que escolhemos o segundo. [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

Leia mais »

Aécio Neves – Eleições 2018 e a ruína do império de um político

Como o império político de Aécio ruiu em Minas Gerais Aécio: de presidenciável aclamado a rejeitado no próprio estado. REUTERS Traições, alianças rompidas, censura e crise econômica minaram hegemonia local do ex-governador.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Há quatro anos, o maior líder político mineiro das últimas duas décadas dava sua primeira cartada para lançar-se à tão sonhada Presidência da República. Aécio Neves acabava de ser eleito presidente nacional do PSDB, com quase 100% dos votos. O ato simbólico de largada para assumir a cadeira que o avô Tancredo Neves esteve prestes a ocupar no período da redemocratização encobria, no entanto, a incipiente perda de força do tucano em seu reduto eleitoral. A gravação de Joesley Batista, que flagra Aécio pedindo propina de 2 milhões de reais, é apenas o golpe de misericórdia sobre o corroído capital político que restava ao ex-presidenciável depois de ter sido engolido pelas delações da Odebrecht na Operação Lava Jato. Desde que iniciou o primeiro mandato como governador, em 2003, o neto de Tancredo adotou um perfil distinto do avô, que notabilizou-se pela liderança personalista. Embora tentasse se vender como estadista, Aécio tinha como virtude a repartição do poder em diversas frentes, sobretudo no interior de Minas Gerais. “Aécio é um facilitador, nunca foi protagonista”, afirma o cientista político Rudá Ricci. Com maioria na Assembleia Legislativa e o controle do orçamento, o governador conseguia direcionar recursos para núcleos sob sua influência no estado, que reuniam não só a base aliada, mas também políticos identificados com o governo federal. A afinidade com a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não demonstrava puramente o estilo pacificador, mas também uma estratégia para ampliar seu campo de atuação. “O aecismo, que se formou em torno de um quebra-cabeça, tinha a capacidade de aglutinar forças antagônicas. Dava poder a partidos de oposição e conciliava famílias rivais pelo interior. Depois de sua experiência como deputado federal, Aécio levou a pequena política do baixo clero do Congresso para o estado. Essa estrutura lhe garantiu por muitos anos um status de intocável”, analisa Ricci. A favor do tucano também pesava a juventude e a projeção nacional que ganhara como presidente da Câmara dos Deputados. “Depois de Tancredo, Aécio foi o primeiro representante do executivo mineiro com envergadura de presidenciável”, diz Bruno Reis, professor de ciências políticas da Universidade Federal de Minas Gerais. “Ele simbolizava as pretensões da elite e dos setores econômicos.” Para consolidar sua força, a verve aglutinadora de Aécio alcançou proezas que o conduziram ao pedestal de um semideus. Primeiro, uniu PSDB e PT para emplacar o desconhecido Márcio Lacerda, do PSB, na prefeitura de Belo Horizonte. Em seguida, garantiu a eleição de Antonio Anastasia, sem nenhum lastro na política, como seu sucessor no governo enquanto se lançava ao Senado. A esta altura, ele já havia protagonizado os fenômenos “Lulécio” e “Dilmécio”, em que vários prefeitos do interior apoiavam o PSDB no estado e, ao mesmo tempo, o PT, no plano nacional. As seguidas mostras de domínio nas entranhas mineiras o deixaram confiante para resgatar o ex-ministro Pimenta da Veiga do ostracismo e escolhê-lo para a sucessão de Anastasia em 2014. Segundo antigos aliados, esse teria sido o erro capital de sua trajetória política. A escolha foi vista como uma traição ao deputado federal Marcus Pestana, regente de um importante núcleo eleitoral na Zona da Mata mineira e candidato natural ao governo. “O Aécio não traiu somente o Marcus Pestana, mas toda a rede que ele liderava no interior, que foi rapidamente desarticulada. Na campanha, havia prefeitos ligados ao Pestana posando para fotos com o Fernando Pimentel [candidato do PT que acabou superando Pimenta da Veiga no primeiro turno]. Foi um erro grosseiro de cálculo político”, afirma Ricci. Para Bruno Reis, “as conquistas que obteve em Minas subiram um pouco à cabeça de Aécio, que cedeu à tentação de tirar um nome do bolso do colete para se manter influente no governo”. Não bastassem o esfacelamento da base no interior, o fracasso com Pimenta da Veiga e as humilhantes derrotas nos dois turnos em Minas Gerais para Dilma Rousseff na disputa presidencial, o senador teve de lidar com o acirramento da crise econômica que, ainda no governo de Anastasia, havia iniciado o processo de deterioração do aecismo. Em pouco mais de uma década à frente do executivo, a administração que propalava o famoso “choque de gestão” fez de Minas o segundo estado mais endividado do país e perdeu o fôlego para investimentos em áreas-chave como saúde, segurança e educação. “O modelo do Aécio se restringia às relações econômicas e negligenciava as políticas. A partir do momento em que se fecha a torneira e o dinheiro acaba, essa estrutura não se sustenta mais”, avalia Ricci. Do Congresso, em meio à guerra declarada com o PT e a concentração de esforços para derrubar Dilma, Aécio tampouco conseguia atender às demandas estaduais com emendas parlamentares, o que desagradava ainda mais os apoiadores que seguiam ao seu lado após a derrota. “Aécio sempre foi um insider da política, de postura centrista”, diz Reis. “Ao partir para o ataque contra o PT, ele saiu de seu hábitat e fez do impeachment a última cartada pela presidência. Mas, como tinha retaguarda vulnerável, acabou se expondo demais.” Nesse ponto, a corrida presidencial deixou feridas jamais escancaradas em seu berço eleitoral. Contando com a mão de ferro da irmã Andréa Neves, que desempenhou o papel informal de articuladora política durante o governo, Aécio domava a grande imprensa mineira de acordo com seus interesses. Tinha relacionamento próximo com proprietários de meios de comunicação, como Flávio Jacques Carneiro, antigo dono do jornal Hoje em Dia, que, segundo delação de Joesley Batista, teria se reunido com o empresário para tratar de propinas destinadas à campanha do tucano. O bom trânsito na imprensa do estado, historicamente alinhada a governos de diferentes orientações partidárias, somado à dependência das verbas de publicidade estatal, construiu uma blindagem praticamente impenetrável em torno de Aécio. Vários jornalistas mineiros despedidos durante a proeminência do aecismo atribuem

Leia mais »