“PCC financia igrejas e pode influenciar eleição”, afirma ex-desembargador. “PCC financia igrejas e pode influenciar eleição”, afirma ex-desembargador Segundo Wálter Maierovitch, secretário de Políticas Antidrogas da era FHC, facção paulista pode usar “poder intimidatório” para impactar resultados do pleito de outubro. O desembargador aposentado Wálter Maierovitch, que há muitos anos se dedica ao estudo da ação de organizações criminosas, afirma que o fortalecimento da maior facção brasileira, o Primeiro Comando da Capital (PCC), e o acirramento de conflitos entre gangues nos Estados podem impactar as eleições deste ano. A Fórum publicou reportagem, assinada pelo jornalista Ivan Longo, mostrando detalhes sobre a guerra entre facções em diversas regiões de São Paulo e da Região Metropolitana. Em entrevista à BBC Brasil, Maierovitch diz que o PCC ainda não alcançou o peso econômico de antigos grupos mafiosos italianos ou de cartéis colombianos e marroquinos. Entretanto, avalia que a facção paulista vem expandido sua atuação e tem força suficiente para influenciar a votação em outubro. De acordo com o ex-desembargador, há relatos de que o PCC patrocina eventos de igrejas na periferia de São Paulo. Afirma, ainda, que facções criminosas têm interesse em se infiltrar no poder político para costurar acordos que reduzam a repressão policial em certas áreas. Segundo ele, um acordo desse tipo já vigora na periferia de São Paulo. “A polícia não vai à periferia, onde o PCC atua livre, leve e solto. Há uma lei do silêncio na periferia de São Paulo”. Em nota à BBC Brasil, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo contestou as declarações. Ex-professor de Direito Penal da Universidade Mackenzie (SP), Maierovitch se aposentou como desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo em 1998 para assumir a então Secretaria Nacional de Políticas Antidrogas, no governo FHC. Em 1993, fundou o Instituto Brasileiro Giovanni Falcone de Ciências Criminais. O órgão foi batizado em homenagem ao principal juiz da Operação Mãos Limpas, que combateu a rede de corrupção entre grupos mafiosos e políticos italianos nos anos 1990. Ele foi morto em 1992 a mando da “Cosa Nostra”, a máfia siciliana, ao viajar por uma estrada forrada com dinamite. *Com informações da BBC e Terra Foto: Reprodução/TV Cultura
O problema não é o “emBolsonazi” canibal, mas os eleitores dessa criatura.
Bolsonaro pretensioso sempre se intitulou como honesto, usou frases prontas para doutrinar ignorantes e ganhar simpatia de muitos, agora será engolido pela sua hipocrisia. E sua família desesperada para tentar de alguma forma abafar tudo isso irá afundar junto!
Idiotas manipulados no 3º Andar do Planalto Infelizmente, enquanto tivermos candidatos à presidência cujas únicas competências e ambições é compor alianças com quer que seja para se sentar naquela poltrona do terceiro andar do Palácio do Planalto, só teremos idiotas manipulados por espertalhões na presidência da república. Precisamos de um candidato que tenha aquele mínimo de inteligência para saber que precisa montar um grupo de candidatos ao parlamento competentes e honestos – suficientes para formar maioria – para concorrer junto com ele. 2018 é a eleição ideal para isso, pois serão renovados 2/3 do senado. Brasil e a Ditadura da Toga O Bananil é um país (sic) que tem um único poder: da Toga. Eles decidem como querem as leis, a Constituição, e quem deve ser preso ou solto independente de provas materiais. Essa degradação do “Estado Democrático de Direito”, começou com a Inconstitucionalíssima posse do facínora Sarney, transitou na nefasta e seletiva aplicação da absurda da “Teoria do Domínio Fato” no mensalão, e desembocou na Farsa Jato, onde a ausência de “Provas Materiais” é substituída pela inacreditável “Convicção”. Um país (sic) que vive uma ditadura da “Toga” é muito pior do que qualquer outra ditadura, porque tais estão travestidos de impolutos defensores da sociedade. A imbecilidade não é privilégio dos analfabetos funcionais. Pretender chegar ao governo do Bananil, afirmando em patética e ilegal campanha antecipada, que “a redução da inflação é reflexo da miséria e não de ação do governo, e ainda afirmar que só se deve gastar menos do que se ganha”, é condescendência além do suportável que se pode conceder a um farsante doutorado. Qualquer comezinho idiota sabe disso. Henrique “Soros/Bank Boston’s boy” Meirelles é somente mais um néscio chafurdando na pocilga, que faz qualquer coisa pelo poder. PSDB nasceu dentro da briga na quadrilha do PMDB por causa da má divisão de roubo. Rede nasceu dentro do consórcio Natura/Itau Novo nasceu, e já morreu, dentro dos banqueiros insatisfeitos. PT nasceu, via Golbery, para a direita ter um partido de “esquerda” pra chamar de seu. O mais é figuração. De quinta.
Exclusivo: investigação revela exército de perfis falsos usados para influenciar eleições no Brasil Cada funcionário seria responsável por controlar de 20 a 50 perfis falsos | Ilustração: Kako Abraham/BBC São sete da manhã e um rapaz de 18 anos liga o computador em sua casa em Vitória, no Espírito Santo, e dá início à sua rotina de trabalho. Atualiza o status de um dos perfis que mantém no Facebook: “Alguém tem um filme para recomendar?”, pergunta. Abre outro perfil na mesma rede. “Só queria dormir a tarde inteira”, escreve. Um terceiro perfil: “Estou com muita fome”. Ele intercala esses textos com outros em que apoia políticos brasileiros. Esses perfis não tinham sua foto ou nome verdadeiros, assim como os outros 17 que ele disse controlar no Facebook e no Twitter em troca de R$ 1,2 mil por mês. Eram, segundo afirma, perfis falsos com fotos roubadas, nomes e cotidianos inventados. O jovem relatou à BBC Brasil que esses perfis foram usados ativamente para influenciar o debate político durante as eleições de 2014. As evidências reunidas por uma investigação da BBC Brasil ao longo de três meses sugerem que uma espécie de exército virtual de fakes foi usado por uma empresa com base no Rio de Janeiro para manipular a opinião pública, principalmente, no pleito de 2014. A estratégia de manipulação eleitoral e da opinião pública nas redes sociais seria similar à usada por russos nas eleições americanas, e já existiria no Brasil ao menos desde 2012. A reportagem identificou também um caso recente, ativo até novembro de 2017, de suposto uso da estratégia para beneficiar uma deputada federal do Rio. A reportagem entrevistou quatro pessoas que dizem ser ex-funcionários da empresa, reuniu vasto material com o histórico da atividade online de mais de 100 supostos fakes e identificou 13 políticos que teriam se beneficiado da atividade. Não há evidências de que os políticos soubessem que perfis falsos estavam sendo usados. Com ajuda de especialistas, a BBC Brasil identificou como os perfis se interligavam e seus padrões típicos de comportamento. Seriam o que pesquisadores começam a identificar agora como ciborgues, uma evolução dos já conhecidos robôs ou bots, uma mistura entre pessoas reais e “máquinas” com rastros de atividade mais difíceis de serem detectados por computador devido ao comportamento mais parecido com o de humanos. Parte desses perfis já vinha sendo pesquisada pelo Laboratório de Estudos sobre Imagem e Cibercultura (Labic) da Universidade Federal do Espírito Santo, coordenado pelo pesquisador Fábio Malini. “Os ciborgues ou personas geram cortinas de fumaça, orientando discussões para determinados temas, atacando adversários políticos e criando rumores, com clima de ‘já ganhou’ ou ‘já perdeu’”, afirma ele. Exploram o chamado “comportamento de manada”. “Ou vencíamos pelo volume, já que a nossa quantidade de posts era muito maior do que o público em geral conseguia contra-argumentar, ou conseguíamos estimular pessoas reais, militâncias, a comprarem nossa briga. Criávamos uma noção de maioria”, diz um dos ex-funcionários entrevistados. Esta reportagem é a primeira da série Democracia Ciborgue, em que a BBC Brasil mergulha no universo dos fakes mercenários, que teriam sido usados por pelo menos uma empresa, mas que podem ser apenas a ponta do iceberg de um fenômeno que não preocupa apenas o Brasil, mas também o mundo. Segundo Pablo Ortellado, professor do curso de Gestão de Políticas Públicas da Universidade de São Paulo (USP), a suspeita de que esse seria um serviço oferecido normalmente para candidatos e grupos políticos “faz pensar que a prática deva já estar bem disseminada nesse ambiente político polarizado e que vai ser bastante explorada nas eleições de 2018, que, ao que tudo indica, serão ainda mais polarizadas que as últimas de 2014”. Philip Howard, professor do Instituto de Internet da Oxford, vê os ciborgues como “um perigo para a democracia”. “Democracias funcionam bem quando há informação correta circulando nas redes sociais”, afirma, colocando os fakes ao lado do problema da disseminação das fake news, ou seja, notícias falsas. Direito de imagemGETTY IMAGESRobôs estariam tentando manipular opinião pública nas redes sociais no Brasil desde 2012 Exército fake Em 2012, segundo os entrevistados pela BBC Brasil, o empresário carioca Eduardo Trevisan, proprietário da Facemedia, registrada como Face Comunicação On Line Ltda, teria começado a mobilizar um exército de perfis falsos, contratando até 40 pessoas espalhadas pelo Brasil que administrariam as contas para, sobretudo, atuar em campanhas políticas. Inicialmente, a BBC Brasil entrou em contato com Trevisan por telefone. Ele negou que sua empresa crie perfis falsos. “A gente nunca criou perfil falso. Não é esse nosso trabalho. Nós fazemos monitoramento e rastreamento de redes sociais”, afirmou, pedindo que a reportagem enviasse perguntas por email. “Os serviços em campanhas eleitorais prestados pela Facemedia estão descritos e registrados pelo TSE, de forma transparente. Por questões éticas e contratuais, a Facemedia não repassa informações de clientes privados”, respondeu, posteriormente, por email (leia resposta completa na parte final desta reportagem). Empresário criou a página Lei Seca RJ, que alerta motoristas para locais de blitze no Rio | Reprodução/Facebook Trevisan, cujo perfil pessoal no Twitter carrega a descrição “Brasil, Pátria do Drible”, tem quase um milhão de seguidores. Ele ganhou projeção com sua página Lei Seca RJ, criada em 2009. Seguida por 1,2 milhão de usuários, ela alerta motoristas para locais de blitze no Rio. Um ex-funcionário disse ter sido contratado justamente achando que trabalharia administrando o Twitter do Lei Seca RJ. “Era um trabalho bem sigiloso. Não sabia que trabalharia com perfis falsos”, diz. Quando descobriu, conta, passou a esconder de amigos e familiares o que fazia. Hoje, afirma, tem medo de falar, porque trabalhou “para gente muito importante” e teria assinado um contrato de sigilo com a empresa. Políticos Os depoimentos dos entrevistados e os temas dos tuítes e publicações no Facebook levam aos nomes de 13 políticos que teriam sido beneficiados pelo serviço, entre eles os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Renan Calheiros (PMDB-AL) e o atual presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). A atuação era variada. Para Aécio, perfis supostamente falsos publicaram, por exemplo, mensagens elogiosas ao
Só dói quando eu rio Ilustrações de Victor Nizovtsev STF tira de Sérgio Moro denúncias contra Cunha, Geddel e Rocha Loures O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por cinco votos a quatro, nesta terça-feira (19), retirar do juiz federal Sérgio Moro as denúncias contra políticos dos PMDB sem foro privilegiado, acusados junto com o presidente Michel Temer por organização criminosa. Estão no grupo o deputado cassado Eduardo Cunha (RJ), o ex-ministro Geddel Vieira Lima (BA) e o ex-assessor especial da Presidência Rodrigo Rocha Loures (PR). Os processos serão enviados para a Justiça Federal de Brasília, já que prevaleceu o entendimento de que o caso não tem conexão com o esquema de corrupção investigado na Petrobras, foco da Lava Jato. Os três peemedebistas queriam manter as acusações no STF ou, pelo menos, garantir que as denúncias fossem enviadas para uma vara criminal do Distrito Federal, e não para a jurisdição de Moro. O ministro Luiz Fux se declarou impedido e não votou nesse tópico, e Celso de Mello não participou da sessão. “São fatos ocorridos no Congresso Nacional, na Câmara dos Deputados, na articulação política ilícita. Não são fatos diretamente ligados à questão só da Lava Jato, à Petrobras”, disse o ministro Alexandre de Moraes, o primeiro a votar pela retirada dos processos da Vara Federal de Curitiba, responsável pelas ações da Lava Jato na primeira instância. Os peemedebistas foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) junto com o presidente Michel Temer e os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, por organização criminosa. A tramitação da denúncia contra Temer e os ministros foi suspensa por decisão da Câmara dos Deputados. Depois disso, Fachin decidiu desmembrar o processo, enviando para a primeira instância as investigações contra os acusados sem foro privilegiado na Corte. As defesas de Geddel, Cunha e Loures haviam entrado com recurso pedindo para eles a extensão da imunidade conferida a Temer, Padilha e Moreira Franco. No entanto, o STF manteve o entendimento do relator, Edson Fachin, de que seria “inviável” dar a outros acusados a imunidade garantida ao presidente pelo Artigo 86 da Constituição. “É algo absolutamente específico e singular ao presidente da República, não havendo possibilidade de se estender a coautores e partícipes”, afirmou Alexandre de Moraes nesta terça. Também estão implicados nas investigações sobre a suposta organização criminosa do PMDB na Câmara o banqueiro André Esteves e os executivos Joesley Batista e Ricardo Saud, ambos do Grupo J&F. Somente o caso do deputado André Moura (PSC-SE), que figura como investigado no processo, deve permanecer no STF. Em relação à outra denúncia feita contra Temer, também barrada na Câmara, por obstrução das investigações, foi mantido o envio à Justiça Federal de Brasília, determinado anteriormente por Fachin, da parte que envolve Joesley Batista, Ricardo Saud, Eduardo Cunha e Rodrigo Rocha Loures. Com Agência Brasil Mesquita no clima natalino, ou para não dizerem que não escrevo cartinhas singelas; Querido ministro Gilmar “Activia” Mendes. Gostaria de ganhar de natal um “Habeas Corpus” com validade indeterminada e com efeito “Erga Omnes”. Ficarei muito agradecido se meu modesto pedido for atendido. “Dentro de cada começar mora um encanto que nos dá forças e nos ajuda a viver.” Hermann Hesse LESA PÁTRIA TENTA ENGANAR A OPINIÃO PÚBLICA COM EXEMPLOS VINDOS DOS ESTADOS UNIDOS MÁRIO AUGUSTO JAKOBSKIND O lesa pátria Michel Temer está agora comparando a sua ascensão golpista com Presidentes dos Estados Unidos. Usando uma linguagem de farsante, o que não chega a surpreender se for feita uma análise aprofundada sobre o desempenho de seu governo e suas falações, o golpista que coloca em prática a sua “ponte para o futuro” disse em um encontro do seu partido que, “(…) se nos Estados Unidos se dissesse que quando o vice assume a Presidência face a um eventual impedimento do presidente, isto é um golpe, qualquer americano ficaria corado. Mas aqui não, havia uma certa desfaçatez”. Só que o lesa pátria está mais uma vez querendo se legitimar pela mentira como Presidente golpista que é, e não completa o raciocínio para dizer que nos Estados Unidos o vice que eventualmente assume a Presidência executa um programa igual ao do Presidente eleito. Os dois casos mais recentes, o primeiro depois do assassinato de John Kennedy assumiu Lyndon Johnson, que seguiu o programa do político assassinado, o do Partido Democrata. Posteriormente, Gerald Ford ocupou o lugar do renunciante Richard Nixon, que se envolveu em baixarias como no caso Watergate. O vice Ford, ao assumir a presidência seguiu o que foi apresentado na campanha. Se um integrante do Partido do Presidente Democrata decidisse trair e executar o programa dos Republicanos, por exemplo, o que aconteceria? E se eventualmente Donald Trump não completar o mandato, o vice decidisse seguir o programa do Partido Democrata deixando de lado as propostas dos Republicanos, podem imaginar o que aconteceria? E o que fez o lesa pátria Temer colocando em prática a sua “ponte para o futuro” se não trair os eleitores que escolheram nas urnas uma proposta de governo diferente da executada atualmente, que na verdade é um retorno ao passado de Fernando Henrique Cardoso, repudiado nas urnas quatro vezes seguidas. Mas o lesa pátria Michel Temer, mais uma vez tentando enganar a opinião púbica brasileira, demonstra que sua reverência aos Estados Unidos, cujo Departamento de Estado ajudou no golpe, está equivocada. Ao ocupar o governo colocou em prática um programa de governo rejeitado pelos eleitores brasileiros quatro vezes seguidas nas urnas. Se Johnson ou Ford fizessem o mesmo que o mentiroso lesa pátria Temer não teriam condições de seguir como Presidentes. Essa é a verdade que Temer tenta esconder, porque tem consciência que só ocupa o posto que ocupa para executar a famigerada “ponte para o futuro”, uma proposta que por sinal não passa de um programa responsável pelo Brasil recuar pelo menos cem anos e de inteira satisfação dos golpistas, internos e externos, responsáveis pela sua ocupação do governo. Não contente com tantas mentiras
Carpe Diem – Erasmo Carlos e Fernanda Takai Do fundo do meu coração Quem paga imposto? Agrotóxico é Pop Como Isaac Newton perdeu milhões com ações apostando que faria fortuna na América do Sul Direito de imagem GETTY IMAGESO cientista Isaac Newton perdeu dinheiro investindo na companhia Mares do Sul “Posso calcular o movimento das estrelas, mas não a loucura dos homens”, disse Isaac Newton (1643-1727) após perder sua fortuna na bolha financeira criada pela especulação em torno da Companhia dos Mares do Sul- uma companhia público-privada britânica que detinha, na época, os direitos exclusivos de comercialização com a América do Sul. A aposta no comércio com as colônias espanholas arruinou, em 1720, muitos investidores, como Newton, e deu origem ao termo “bolha”. A Companhia dos Mares do Sul (SSC, na sigla em inglês) foi fundada em 1711, supondo-se que a Guerra de Sucessão da Espanha (1701-1714) terminaria com um tratado que permitiria intercâmbios comerciais com as colônias espanholas no Novo Mundo. Até aquela época, a Espanha impedia trocas comerciais entre as colônias na América Latina e outros países. Do total de ações da SSC, 22,5% foram destinados à rainha britânica na época, Ana (1665-1714). Os papéis da empresa, com juros garantidos de 6%, venderam bem graças à promessa de imensas riquezas nos territórios sul-americanos. A prata e o ouro das colônias espanholas na América faziam os europeus sonharem | Foto: Wellcome Images Todo mundo havia escutado falar das minas de ouro do Peru e do México, consideradas inesgotáveis. Circulou, inclusive, um informe que assegurava que a Espanha estava disposta a conceder quatro portos nas costas chilenas e peruanas, o que aumentou a confiança no negócio. Mas o rei espanhol Felipe 5º (1683-1746) nunca teve a intenção de admitir os ingleses em seus portos na América, e o Tratado de Utrecht, celebrado no fim da guerra, em 1713, foi menos favorável do que o esperado. O documento dava ao Reino Unido o direito de ser o único provedor de escravos das colônias espanholas na América do Sul por 30 anos, impunha um imposto anual sobre os escravos importados e somente permitia à empresa enviar um barco por ano para comercializar com México, Peru e Chile. Mesmo assim, a popularidade das ações da empresa continuou em alta. Quando a rainha morreu em 1714, George 1º (1660-1727) assumiu, herdou suas ações e comprou mais. Seu filho, o príncipe de Gales, não apenas foi investidor como também assumiu o comando da SSC em 1715. Com esse respaldo, além de aristocratas, políticos e comerciantes, os servos destas pessoas também puderam investir na companhia. Primeira viagem Direito de imagem GETTY IMAGESO rei George 1º investiu na Companhia dos Mares do Sul A primeira viagem comercial à América aconteceu em 1717 e teve êxito moderado, mas, após uma disputa familiar com o príncipe de Gales, o rei passou a comandar a SSC em 1718, gerando confiança na empresa. Em 1720, o valor das ações da empresa disparou como resultado da proposta que apresentou ao Parlamento de se encarregar da dívida nacional, e com os rumores sobre as riquezas produzidas nas minas de Potosí, na Bolívia, e de que tratados entre Inglaterra e Espanha autorizariam o livre comércio em todas as colônias da Coroa espanhola. Além disso, dizia-se que os moradores do México esvaziariam suas minas de ouro em troca de produtos feitos com algodão e lã, algo que os britânicos podiam prover com abundância. Em resumo, os mercadores da SSC se tornariam os mais ricos da história. Na Câmara dos Comuns do Parlamento britânico, apenas um membro se manifestou contra essas ideias e, mesmo que na Câmara dos Lordes vários tenham também tenham se posicionado assim, eles foram comparados à figura mitológica de Cassandra, aquela que tinha o dom da predição, mas a maldição de não acreditarem nela. O pesadelo de Newton Newton era reconhecido como o principal cientista da época e admirado por haver definido as leis da gravidade, além de ser o chefe da Casa da Moeda britânica. Mas, pelo visto, ser um gênio não é uma garantia de sucesso na bolsa. Ele saiu-se bem com seus investimentos inicialmente. Comprou ações da SSC em fevereiro de 1720, quando seu valor era de cerca de 175 libras (atualmente, 24.170 libras) e as vendeu em maio por quase o dobro. Se tivesse ficando com os lucros, estaria entre os que enriqueceram com a bolha. Mas ele se deixou levar pela onda produzida por uma campanha de marketing extremamente efetiva impulsionada pelo fato de que o governo queria trocar a dívida soberana por ações da SSC. Os detentores de títulos do governo se converteram em acionistas da companhia, e esse nomes da elite conferiram à ela uma aparente legitimidade que atraiu muitos outros compradores. A ambição cegou o público e ocultou a realidade. Em questão de meses, o preço da ação passou de 100 libras para mil libras, apesar de isso não se refletir nos ganhos da companhia: a única ação razão da alta era que alguém estava disposto a pagar mais pelos papéis. Fim de festa Caricatura de William Hogarth mostra à direita o monumento “em memória da destruição da cidade pela Mares do Sul em 1720, com a roda da fortuna ao centro| Foto: Reprodução Em setembro daquele ano, o mercado entrou em colapsou, e as ações da SSC caíram, levando muitos investidores à ruína e provocando estragos na fortuna de Newton. A Câmara dos Comuns ordenou uma investigação que mostrou que ao menos três ministros haviam aceitado suborno para especular e inflar o preço dos papéis. A SSC sobreviveu até 1853, depois de vender a maioria de seus direitos ao governo espanhol, em 1750. Entre 1715 e 1731, foi responsável pelo transporte de aproximadamente 64 mil escravos africanos, para se ter uma dimensão de suas atividades. Mas claro que nem todos investidores saíram perdendo. O compositor anglo-alemão George Handel, que passou a maior parte da vida em Londres, está entre os que tiveram sucesso. Ele comprou ações em 1716, mas as vendeu a tempo
Vou às cores. Ao atelier trabalhar. Afinal, viver sem pintar e sem arte é imprudência. Fui. Às panelas. Vamos? Sinistro, ops!, mini$tro Odebrecht da Saúde vai pra casa todo fim de semana em jatinho da FAB. “TCE dá prazo para Alckmin explicar concorrência de barragem com água imprópria para consumo․” Seria pra fazer uma xepa com a ração do Doria? PSDBdoPT faz convenção e joga a candidatura do Lula – minha nossa. De novo nãããããão – no colo do PT. “Ô povin burro sô!” Sonho de consumo nesse Natal. Trabuco, que nominho mais apropriado, minha nossa, presidente do Bradesco – esse banco deve “apenas” R$ 465 milhões à previdência, e a culpa do rombo é dos Tapuias – cotado para vice de Lula. Perfeito. Trabuco, tiro no pé. Mas que suruba de m*rda é o Bananil. General na ativa e em posto de comando critica o Temer. Passo a ser Temer desde criancinha. O Temer foi eleito. Contudo, expressa a Constituição Federal: A Constituição Federal prevê no seu Art 5º, inciso IV que ” é livre a manifestação de pensamento, sendo vedado o anonimato”. Pelo no dispositivo acima mencionado, o General é um cidadão brasileiro que tem o direito de expressar seu pensamento sobre o que acha como brasileiro. Ele não procedeu no anonimato, ele expressou o que sentiu como brasileiro. Vou mais além, fez o que devia fazer, e muito mais por ser uma autoridade dentro de uma área de segurança estratégica do país, a qual tem grande responsabilidade. A Lei nº 7524/86 é anterior a Constituição Federal e está aquém dela, até porque estamos velejando num país democrático, não podendo existir cabrestos. Deu pra entender né? Na insônia contumaz estava lendo o Sigmund, o Freud: “Seriamos melhores se não pretendêssemos sermos tão bons.” Às panelas. “Vambora”? Zumbis do Planato atacando. 1. Estão disponibilizando – meu Deus. A praga dos verbos terminados em “zar” – cinco ambulâncias para cada deputado que votar pela deforma da previdência; 2. R$500 milhões para as Centrais Sindicais que aderirem; 3. E quem não aceitar a negociata do MiShell nas bancadas de negócios do Congresso, perderá cargos; 4. Os “infiéis” serão expulsos dos partidos dos quais são cúmplices. Frajola sem Piu Piu… Eu vi um juiz, ora se vi! “Não aceito delações vinda de ursos. Essa é uma corte imparcial” Estácio: Demissão em massa sem acordo com sindicato. Ps. Não importa qual seu cargo e função. Caso você não seja patrão, você está na fila. Só questão de tempo e lugar. Lembre-se para reensaiar a dancinha e comprar novas panelas. Sem humor não dá para agüentar o tranco desse hospício. Sinistro Embassaí do PSDBdoPT pede para “andar” e sai do governo. Voto para a Desforma da Previdência na Câmara dos Depufedes Federosos está pagando mais. Sou mesmo um abestado contumaz Pois não é que eu pensava que o concubinato com “Ditadores” Bolivarianos fosse coisa do Lula e da Dilma? Ou será que o MiShell está cancelando os negócios em torno do acordo do gasoduto construído pela Petrobras para trazer o gás boliviano pros Tapuias? Aí sussurra um diabinho – Soros? – na parte posterior do meu pavilhão auditivo. Viram que erudição? Hahaha – “é a economia, estúpido!” E é? Então tá! A silenciosa tomada de poder do ativismo digital Getty Images As redes sociais desencadearam a Primavera Árabe e deram origem ao fenômeno Trump. O escritor Oscar Howell-Fernández analisa em ‘A mão emergente’ os padrões do quinto poder Adam Smith popularizou o termo mão invisível em sua obra-prima A riqueza das nações (1776). A teoria clássica recorre desde então a essa expressão para falar da suposta capacidade do mercado de se autorregular. Dois séculos depois, em A mão visível (1977), de Alfred D. Chandler, afirmava-se que a complexidade das organizações exigia uma hierarquia profissional e bem-estruturada. O empreendedor e consultor Oscar Howell-Fernández (San José da Costa Rica, 1964) acaba de publicar um livro cujo título dá continuidade ao jogo de Smith e Chandler. Em A mão emergente (La mano emergente, no original em espanhol), o autor desenvolve o conceito homônimo. O termo faz alusão a esse tipo de ativismo digital cotidiano gerado pelo uso da Internet, que às vezes faz eclodir grandes mobilizações públicas (como a Primavera Árabe) e em outras se limita ao linchamento público de uma empresa ou pessoa cuja atuação não agradou determinado grupo. A mão emergente, que bebe na efervescência das redes sociais, vem e vai. “Eu as comparo com os vagalumes, que têm um comportamento coordenado”, explica o autor. “O baile de luzes é disparado por certos sinais que alguns deles fazem, há um momento em que chegam a um ponto máximo e então se apagam”. Uma luta pelo poder A ilusão de progresso e riqueza criada por um enfoque no laissez-fairedesenfreado da economia e da política, diz o livro, junto com o surgimento de micropoderes e ativistas digitais no mundo online, deram lugar a uma situação de fim da autoridade que afeta multinacionais, governos e ONGs ao mesmo tempo. Isso mudou as regras do jogo político e empresarial de forma substancial. “A irrupção das redes sociais trouxe consigo a capacidade de chegar a milhares ou milhões de leitores a um custo muito baixo. Isso criou uma certa utopia da comunicação, segundo a qual o indivíduo não está restrito às 20 pessoas com quem consegue falar em um dia, mas tem muito mais possibilidades de ganhar presença também na esfera pública”, explica Howell-Fernández. Assim nascem os micropoderes. “O poder na sociedade é compartilhado, e se você faz parte dele quer dizer que está tirando-o das empresas ou dos governos. Então há uma disputa para ver até onde se pode chegar como indivíduo. O uso de ferramentas digitais pelos governos é parte da estratégia para tentar recuperar terreno nessa discussão”, afirma. “As empresas estavam muito acostumadas a ter muito domínio da comunicação. Agora um grupo de ativistas pode gerar graves problemas de marca de forma relativamente fácil, e por isso perderam poder de influência. Uma forma de recuperar esse terreno é participar, fazer parte da conversa e compreender o que está ocorrendo”, explica. Ativismo diário
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, passou os últimos dias reunindo forças para assumir o comando do PSDB e apaziguar a crise interna vivida pelo partido nos últimos tempos. O motivo não é segredo para ninguém: sua vontade de disputar o Palácio do Planalto em 2018 como o candidato tucano. Alckmin foi diretamente beneficiado pela derrocada política do último colega de partido que tentou o cargo, o senador Aécio Neves (PSDB-MG). O mineiro perdeu seu cacife depois ter sido acusado de pedir R$ 2 milhões ao dono da JBS e de seu primo, Frederico Medeiros, ser flagrado recebendo malas de dinheiro do operador da empresa, Ricardo Saud. Mas e o paulista, em sua segunda disputa, não possui nada para assombrá-lo? Confira 6 episódios que você precisa saber (ou lembrar) sobre Alckmin: 1- Citado por 3 delatores da Odebrecht: O vice-procurador-geral da República, Luciano Mariz Maia, encaminhou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em 22 de novembro, um pedido de abertura de inquérito contra o governador Geraldo Alckmin devido às delações de três ex-executivos da Odebrecht. Benedicto Júnior, Carlos Armando Paschoal e Arnaldo de Souza e Silva disseram que a Odebrecht repassou, por meio de caixa 2, um total de R$ 10,3 milhões para as duas candidaturas de Alckmin ao governo de São Paulo: R$ 2 milhões em 2010 e outros R$ 8,3 milhões em 2014. Embora o ex-procurador-geral Rodrigo Janot tenha solicitado a abertura de inquérito em abril e o ministro Edson Fachin tenha ordenado o envio de documentos para o STJ, responsável pelo julgamento de governadores, até o momento as investigações não foram iniciadas e aguardam, agora, a autorização da ministra Nancy Andrigui. O que o governador disse: Desde que as acusações se tornaram públicas, o governador nega ter recebido doações por caixa dois. 2- Desvio de verba da merenda escolar: A Operação “Alba Branca”, da Polícia Civil e do Ministério Público Estadual de São Paulo, deflagrada em janeiro de 2016, investiga um esquema de fraude na compra de alimentos para merenda de prefeituras no interior de SP e do governo estadual. Segundo integrantes da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), que fizeram delação premiada, políticos tucanos, com cargos de confiança no governo do estado, cobravam propina de contratos feitos entre creches e escolas públicas de ao menos 22 cidades entre 2015 e 2016. O total desviado ainda é desconhecido, mas os delatores contaram que a taxa cobrada variava entre 5% e 25%. Entre os que teriam recebido propina no esquema estão: o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Fernando Capez (PSDB) e o ex-chefe de gabinete da Casa Civil do governo Geraldo Alckmin, Luiz Roberto dos Santos, conhecido como Moita; entre outros. O que o governador disse: Em seu novo site, inaugurado em outubro, Geraldo Alckmin disse que “jamais teve qualquer relação com as fraudes na compra de refeição de escolas”. O governador disse ainda que “o Estado de São Paulo foi vítima no caso”.Em maio de 2016, foi criada uma CPI sobre o caso na Assembleia Legislativa de SP. A comissão, porém, encerrou os trabalhos em dezembro de 2016 sugerindo o indiciamento de 20 pessoas, mas sem responsabilizar nenhum político. A CPI da Alesp, no entanto, pediu o indiciamento de Moita. Geraldo Alckmin é recebido por manifestação que questiona uso da verba de merenda durante visita à CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) em março de 2016. Foto: Luciano Amarante/Folhapress 3- A seca em SP: Entre 2014 e 2015, São Paulo viveu uma das maiores secas de sua história e teve problemas com o abastecimento de água. Foi necessário utilizar água do chamado “volume morto” do Sistema Cantareira por 19 meses. Alckmin nunca fez um decreto oficial de racionamento, mas, em diversas áreas do estado, pessoas relataram dificuldades para utilizar água. O governador só foi admitir o problema publicamente em janeiro de 2015, quase um ano depois do início da crise, durante entrevista coletiva: “O racionamento já existe. Quando a ANA [Agência Nacional de Águas] determina que você tem que reduzir de 33 para 17 [metros cúbicos por segundo a quantidade de água que é retirada das represas] no Cantareira, é óbvio que já está em restrição”. O que o governador disse: Recentemente, em seu novo site,inaugurado em outubro, Alckmin disse que o governo enfrentou a seca sem fazer racionamento. “Foi a maior seca da história e não tivemos racionamento. Fomos administrando”, disse. 4- Escolas ocupadas: Em setembro de 2015, o governo do estado anunciou a intenção de dividir os colégios estaduais de SP por ciclos de ensino. Assim, a maioria das unidades ofereceria aulas de apenas um dos três ciclos do ensino básico – anos iniciais (1º ao 5º) e finais (6º ao 9º) do ensino fundamental e ensino médio. Só que estudantes e professores foram contrários à medida, que implicava na transferência de cerca de um milhão de alunos, e ocuparam 196 escolas para protestar. A PM foi acionada para desocupar algumas unidades e foram registrados vários episódios de violência. Polícia Militar foi acionada para desocupar algumas unidades e foram registrados vários episódios de violência. Após uma série de protestos, Alckmin decidiu suspender a reorganização das escolas e o então secretário estadual da Educação, Herman Voorwald, deixou o cargo. O que o governador disse: Ao suspender a iniciativa polêmica, Alckmin disse: “Entendemos que devemos aprofundar o diálogo. Isso fecha um ciclo que permite a gente ajudar no ensino infantil. Vamos dialogar escola por escola.” PMs “conduzem” aluno em tentativa de desocupação de escola estadual em São Paulo, em dezembro de 2015. Estudantes ocuparam várias unidades em protesto contra medida do governo estadual. Alice Vergueiro/Folhapress 5 – Restrição de acesso a dados públicos: Em outubro de 2015, a Folha descobriu que o governo paulista havia classificado como “ultrassecretos” documentos do Metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU). Antes disso, o portal iGtinha obtido negativas semelhantes de acesso à informações da Sabesp e o jornal O Estado de São Paulo em relação aos dados da Polícia Militar e da secretaria de Administração Penitenciária. Devido ao sigilo imposto, eles não poderiam ser consultados. Em alguns casos, os documentos deveriam ficar restritos por 100 anos. O que o governador disse:Questionado à época sobre