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Procura-se: homem, solteiro

Cada vez mais empresas usam anúncios direcionados para encontrar profissionais Direito de imagemGETTY IMAGES Como headhunters podem estar perseguindo você no Facebook [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]Há quatro meses, a neozelandesa Lisa Dorahy navegava pelo Facebook quando viu um anúncio de emprego surgir em seu feed de notícias. Ela não estava à procura de um novo trabalho e aquela era uma das poucas vezes em que Dorahy, uma ocupada mãe de três crianças, teve tempo de dar uma passeada pelas redes sociais. Mas o post que procurava por uma assistente em meio-período em uma empresa de recrutamento parecia perfeito para ela. Ela clicou no link e se candidatou. Três dias depois, foi chamada para uma entrevista, e na semana seguinte já começava no novo emprego. Hoje, Dorahy entende que o anúncio tinha como alvo alguém exatamente com seu perfil. Recrutamento seletivo Certas redes sociais contam com um movimento diário de 1 bilhão de usuários, o que atrai os headhunters – Direito de imagemALAMY Anúncios de emprego no Facebook não são um fenômeno recente – você certamente já viu algum em sua página. Mas é possível que você também tenha notado anúncios para funções ou setores normalmente fora da sua área de atuação. Isso provavelmente resulta da busca de headhunters por pessoas com habilidades e experiência como as suas, com base em informações que o Facebook “aprendeu” sobre você a partir do seu comportamento no site. À medida que mais headhunters começam a usar esse recurso, alguns especialistas também alertam sobre o outro lado da moeda: a possibilidade de que o Facebook também seja usado para que os headhunters obtenham informações que podem servir para discriminar e eliminar possíveis candidatos, como idade, etnia, religião e gênero. Tudo funciona da seguinte maneira: o Facebook Ads é um serviço que permite que empresas paguem para postar anúncios no feed de notícias ou nas laterais do feed dos usuários da rede social. Quando publica um anúncio, a empresa pode escolher o tipo específico de pessoa que ela quer atingir, com base em dados como idade, gênero, interesses, etnia, religião e muito mais. A BBC Capital entrou em contato com o Facebook, mas a empresa se recusou a comentar sobre a prática de recrutamento seletivo na plataforma. Mas o Facebook não é a única rede social que permite publicidade direcionada. Qualquer plataforma que colete dados sobre seus usuários pode oferecer esse serviço. O Google+ ou o Instagram (que pertence ao Facebook) são dois exemplos, enquanto o LinkedIn permite a headhunters criar anúncios com base na idade e no sexo, mas não na etnia nem na orientação sexual do usuário. Um bilhão de possibilidades Segundo Jorgen Sundberg, especialista em marketing digital, 10% dos headhunters britânicos fazem anúncios direcionados – Direito de imagemLINK HUMANS Jorgen Sundberg, fundados da agência de marketing digital Link Humans, em Londres, acredita que 10% das 20 mil empresas de recrutamento da Grã-Bretanha estejam usando os anúncios direcionados do Facebook para encontrar profissionais. “Dentre todas as empresas de tecnologia, o Facebook é, indiscutivelmente, o que possui mais informações sobre qualquer pessoa”, explica Sundberg. Um porta-voz do Facebook afirmou que a empresa não divulga dados sobre o número de headhunters que utilizam a ferramenta, e se recusou a comentar mais sobre o assunto. “Com 1,13 bilhão de usuários ativos por dia, o Facebook é um lugar onde você pode encontrar candidatos para todo tipo de emprego”, afirma Tony Restell, sócio da agência de mídias sociais Social-Hire, com sede na Grã-Bretanha. “Analistas do mercado financeiro têm as mesmas chances de querer se conectar com amigos do que motoristas de caminhão. Por isso, o Facebook tem uma penetração enorme em vários setores da economia.” Essa grande variedade de usuários faz com que os anunciantes sejam específicos e precisos ao buscar seus alvos. Quando não o fazem, acabamos recebendo aqueles anúncios que não fazem o menor sentido para nós. Mas, segundo Restell, o Facebook não quer dar margens a erros. A empresa compensa os anunciantes oferecendo preços mais baixos se a audiência estiver interessada no post, enquanto cobra mais daqueles cujos anúncios não são populares. Procura-se: homem, solteiro A headhunter Emily Richards usa o Facebook para 30% das vagas que tem para preencher – Direito de imagemGRAHAM WARMAN PHOTOGRAPHY A neozelandesa Emily Richards, chefe de Dorahy na firma de recrutamento Human Connections Group, usa o Facebook para preencher um terço das vagas disponíveis na empresa. Por cerca de US$ 14 (ou R$ 46), um anúncio pode atingir até 10 mil pessoas, dependendo do perfil desejado – algo que, para Richards, é uma opção com uma ótima relação custo/benefício. Mas a empresária também se diz “totalmente ciente” da capacidade das companhias de usar o direcionamento para acabar eliminando certos perfis “indesejados”. “Se colocada nas mãos erradas, a ferramenta pode ser extremamente prejudicial para a igualdade de gêneros, a igualdade racial e tudo aquilo para o qual trabalhamos tanto para evitar.” Com o objetivo de testar a precisão de um anúncio direcionado, a BBC Capital fez uma simulação no Facebook. A primeira opção foi apenas por homens com idades entre 18 e 25 anos, morando em Nova York. Em seguida, excluímos todos os que têm filhos ou que são casados ou comprometidos. É possível até fazer escolhas por apenas algumas etnias. Excluímos ainda todos os vegetarianos, veganos e pessoas que “curtem” chocolate. O anúncio final para uma “Superestrela das Redes Sociais” foi logo aprovado pelo Facebook e publicado para cerca de 430 mil homens jovens, solteiros, sem filhos e carnívoros. O que diz a lei Davida Perry, sócia do escritório de advocacia Schwartz & Perry, de Nova York, acredita que a prática de direcionar anúncios de emprego através do Facebook Ads pode levar à violação de várias leis. Nos Estados Unidos, uma lei federal proíbe que o recrutamento seja feito de maneira a discriminar pessoas por sua idade, raça, religião, sexo, estado civil, saúde e orientação sexual. Portanto, mesmo que os anúncios não sejam necessariamente discriminatórios, o processo de direcionamento – através de selecionar certos perfis e excluir outros –

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A lista Fachin: por que não descobriram antes?

Os nomes vazados do processo de Fachin Os nomes divulgados pelo jornal O Estado de S. Paulo não podem ser verdade. Se for verdade, não deveria ter sido dito. Em sendo verdade e já tendo sido dito, os que disseram podem proclamar uma convulsão social. E se tudo o que está sendo dito for verdade, por que demorou tanto tempo para ser dito? [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Como pode um país com quase 30 milhões de desempregados ter esperado tanto para ver que uma das razões fundamentais de sua miséria e desemprego com certeza foram por causa desses homens que detêm o poder público e os corruptores da iniciativa privada que roubaram tanto. Se for verdade, tudo o que está sendo dito pode conflagrar um povo com fome, sem saúde pública para assisti-los, sem escolas para seus filhos estudarem, sem segurança pública para garantir o ir e vir. Sendo verdade, os que disseram parecem não querer a paz. Então o que querem esses homens? Por que vazar as informações dos corruptos e não prendê-los, sequestrando seus bens, os colocando em disponibilidade até termos certeza de que são eles mesmos os ladrões, para que posteriormente possamos levá-los às mesmas condições que vivem os desempregados e à margem da sobrevivência? Os miseráveis da Revolução Francesa eram um povo em número infinitamente menor do que os 200 milhões de brasileiros, e se o Brasil tem por volta de 30 milhões de desempregados, e esses desempregados tem pelo menos dois ou três dependentes, são por volta de 120 milhões na miséria ou que vivem quase no limite da sobrevivência. Os franceses tinham seus miseráveis que fizeram a revolução. Mas sendo a França o berço de cultura, até os miseráveis tinham cultura. Aqui, temos um país com apenas 500 anos, pobre, sem cultura, onde este povo marginalizado não tem conhecimento do certo e do errado. É um povo sem instrução e pouca cultura para fazer a definição social da forma violenta necessária para reagir contra esses que são os responsáveis pelas condições de vida do atual momento do Brasil. Que definição ou que expectativa podem dar os sociólogos sobre tal fenômeno? Não se fala mais do anormal ex-governador do Rio de Janeiro. Não pode haver qualquer dúvida de que é um doente que conviveu produzindo outros doentes da corrupção. Há uma definição de que o louco pode fazer outros loucos. Com certeza esse é o caso. O louco, que não conhecia os limites da dignidade, não merece esse povo que não participou das bandalheiras, que não tem o direito de sofrer sem ter o mínimo de reação. Os que estão reagindo pelo povo, com o maior respeito às leis, parecem estar reagindo com um pouco de hipocrisia. A reação a essa gente não pode ser simplesmente a tornozeleira eletrônica. O nível de assalto ao poder público requer uma bola de ferro presa aos pés dos assaltantes do Estado. A reação a essa gente não pode ser o presídio, mas os campos de concentração, vivendo à sorte, com sol e chuva e com todo tipo de intempéries. Se alimentando do que eles mesmos produzem nos campos de concentração. É o mínimo que o povo sofrido pode aguentar sem reagir. > > ‘The New York Times’: Políticos mais poderosos do Brasil na mira da justiça > > ‘El País’: Justiça do Brasil ordena investigação a oito ministros de Temer > > ‘Financial Times’: No Brasil, Justiça ordena investigação a políticos mais poderosos

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Quanto dinheiro o Facebook ganha com você (e como isso acontece)

A maior das redes sociais, o Facebook, está faturando mais do que nunca e a razão desse sucesso não é nenhum segredo: os seus usuários. Direito de imagemAFP Em apenas três meses, entre julho e setembro deste ano, a receita do Facebook foi de mais de US$ 7 bilhões (R$ 22 bilhões), segundo a própria empresa. O valor supera o Produto Interno Bruto (PIB) de mais de 40 países, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Aos 32 anos, Mark Zuckerberg é a face mais conhecida do sucesso das redes sociais. Um quarto da população do planeta é de usuários do Facebook Direito de imagemGETTY IMAGES O número cada vez maior de usuários do Facebook representa novos clientes potenciais de empresas que pagam por espaços publicitários na rede social. Segundo o portal Statista, especializado em estatíticas e bases de dados, de julho a setembro o Facebook teve 1,79 bilhão de usuários ativos – o que equivale a um quarto da população mundial. Quanto o Facebook ganha com você? Se o faturamento trimestral da rede social for dividido pelo número de usuários, chega-se a US$ 4,01 (R$ 12,54) – é o que cada usuário rende em média no período. Quase 90 por cento dos usuários do Facebook acessam a rede social por meio do seu telefone celular – Direito de imagemReuters Se for feita uma projeção anual deste valor, o resultado será US$ 16,04 (R$ 50) – é o que o quanto cada um ajudou o Facebook a ganhar em 12 meses. Houve um aumento considerável em relação ao ano passado, quando esse valor era de US$ 11,88 (R$ 37,6). O valor sobe à medida que cresce o número de usuários do Facebook. No entanto, o valor econômico dos usuários varia geograficamente, de acordo com o faturamento publicitário de cada região. EUA e Canadá são os mercados mais importantes para o Facebook em termos de faturamento com publicidade – Direito de imagemGETTY IMAGES Segundo os balanços divulgados pelo próprio Facebook, entre julho e setembro, cada usuário dos EUA e Canadá representou US$ 15,65 de faturamento (em torno de R$ 50), enquanto na Europa o valor foi de US$ 4,72 (cerca de R$ 15). No resto do mundo (excluindo a região Ásia-Pacífico), a média trimestral foi de US$ 1,21 (pouco mais de R$ 3) por usuário. Publicidade bilionária Do faturamento de US$ 7 bilhões anunciado pelo Facebook, US$ 6,82 bilhões correspondem a publicidade. E dessa publicidade, informa o jornal britânico The Telegraph, 84% são propagandas criadas para serem vistas em telefones celulares. Isso não acontece por acaso. Calcula-se que 90% dos usuários do Facebook acessam suas contas pelo celular. Protesto no Marrocos organizado por meio do Facebook. A rede social se tornou bem mais do que uma plataforma para a publicação de fotos. Atualmente, reflete a profissão e a posição política dos seus usuários – Direito de imagemGETTY IMAGES “Tivemos outro bom trimestre”, disse Mark Zuckerberg ao divulgar os resultados da companhia. Mas por que cada vez mais empresas anunciam no Facebook? Porque a rede social lhes oferece a possibilidade de atingir públicos muito específicos, segmentados por idade, sexo, escolaridade, profissão e mesmo por seus passatempos. Ao abrir uma conta na rede de Zuckerberg, o usuário dá permissão para que sua informação pessoal seja utilizada pela rede. Barack Obama foi o primeiro presidente a explorar o potencial das redes sociais. Ele se encontrou várias vezes com o criador do Facebook, Mark Zuckerberg Direito de imagemGETTY IMAGES Tudo o que é postado permite que a rede social conheça nossos hábitos e gostos. Isso é exatamente o que se oferece aos anunciantes. É por isso que, se você gosta de viajar, certamente vê na página muitas propagandas de companhias aéreas. Se for estudante, talvez veja mais anúncios de fabricantes de computadores. O Facebook deveria pagar aos usuários? O gigantesco faturamento da rede social despertou a discussão sobre se o Facebook não deveria remunerar os usuários de alguma forma. Muitos acreditam que estes mereceriam uma compensação já que sua informação pessoal é vital para a venda de publicidade na rede. “A maior inovação do Facebook não é a rede social, mas o fato de ter convencido as pessoas a darem muita informação em troca de quase nada”, explica Tim Wu, professor de direito da Universidade Columbia, em Nova York. Quer criar uma conta? “É grátis e sempre será”, diz o Facebook. No entanto, não é com dinheiro que pagamos à rede social – Direito de imagemGETTY IMAGES “Se fossemos inteligentes, pediríamos ao Facebook que nos pagasse”, disse Wu em entrevista à revista americana The New Yorker. No livro Bem-vindo ao Futuro – Uma Visão Humanista Sobre o Avanço da Tecnologia (Who Owns the Future?, no original em inglês), o escritor e cientista da computação americano Jaron Lanier chega a uma conclusão semelhante. Para ele, a informação pessoal deve ser tratada com bem que merece ser remunerado. Quando se acessa a página do Facebook, logo abaixo da barra azul onde deve-se escrever e-mail e senha, lê-se: “Sign Up” (“Cadastre-se”). E, logo abaixo, a frase: “It’s free and always will be” (“É grátis e sempre será”). Mas os dois especialistas concordam que os usuários pagam o Facebook com a sua informação pessoal. E é essa a moeda de troca que torna rentável o bilionário modelo de negócio do gigante das redes sociais. BBC

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Trump, Síria, Rússia, Gás, Óleo, Armas Químicas e estórias mal explicadas.

Vamos lá! Pontuando; 1. Trump mandou 59 mísseis mar/terra Tomahawks nos peitos do Assad. 2. Em dois dias o Trump desceu o “big stick” na “titela” do genocida da Síria. Ainda não estou fazendo juízo de valor, não das personas, mas, sim, dos fatos. É o que a mídia informa. 3. Nessa altura o maluco da Coreia do Norte deve estar ‘travado’. O Trump postou no Twitter que se o ‘doidin’ lançar mais foguetes em direção ao Japão, os USA irão atacar aquela ‘po**a’ sozinhos mesmo. Detalhe: durante o ataque à base aérea Síria, Trump estava jantando em sua mansão, na Flórida, com o presidente chinês.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] 4. Os malucos mundo afora haverão de começar a levar o Trumpo a sério. A ‘negada tá se ligando’ que o loirão é meio ‘po**a’ louca. Não duvido nada se surgirem vídeos nas redes sociais, mostrando ‘o paixão Assad’ servindo comida para desabrigados e beijando criancinhas. 5. Não bastasse o ‘imbroglio’ no oriente médio, um provável terrorista, hoje, na Suécia, em Estocolmo, jogou um caminhão sobre pedestres, matando três pessoas e ferindo várias outras. Trump estava certo em relação a Suécia quando comentou há três semanas, sobre o aumento dos crimes na gelada terra dos Vikings. A Suécia sofre com uma onda de crimes e violências, principalmente crimes sexuais, causados por imigrantes. E agora esse possível ataque terrorista. Quero ouvir um sueco se manifestando contra a política das muralhas. 6. Sobre os ataques do Trump na Síria; ele fez exatamente o que disse que não faria; fez exatamente o que tinha dito pro Obama não fazer; e fez exatamente o que a Hilária disse que iria fazer, se eleita. 7. Ora!, quando até a Hilária Clinton concorda com a ação do Trump em atacar o Assad, ai vê-se, os que não absorvemos informações por osmose, e aprendemos a ler o que não está escrito,que tem “alguma coisa errada” nessa “estória”. 8. Acabei ainda não, tolinhos abstraídos do decidido na Conferência de Bretton Woods – USA, New Hampshire, 1944 – , a Arábia Saudita, que no momento está bombardeando o Iêmen porque quer passar por lá, as “pipelines” de gás e óleo que veem do Iêmen pela Síria, para vender para Europa não parar, nem congelar. O Assad não quer deixar esse gasoduto/oleoduto, e chamou o Putin, o Trump de São Petersburgo, para dar “uma mãozinha” no enrosco, e ajudar a defender o cofre do Assad. Detalhe; os russos são os maiores vendedores de gás e óleo para a Europa. Hahahaha! 9. Por outro lado – não esqueçamos que o Putin nasceu na ‘humanitária’ KGB – a ‘versão’ dos russos para “ataque químico do Assad”, hahaha, é que na verdade o Assad atacou uma base dos rebeldes (estado islâmico/al-qaeda/al-nusra) e nessa base, que era um depósito de munições, eles, os grupos acima, estavam produzindo, e estocando armas químicas. Hahahahahaha. Essa é a guerra híbrida. A guerra da informação. 10. Esse cenário, de “quase-3a. guerra-mundial”, é o cenário ideal pro ‘deep-state’ (governo paralelo). Não aumenta, mas também não diminui. Aí fica todo mundo vivendo nesse cenário de tensão quase-guerra. Assim, entre outras coisas, fica mais fácil ainda de manipular a narrativa oficial e controlar a opinião pública. 11. Ao mesmo tempo tem economista que diz que a única maneira de “salvar” esse sistema financeiro atual, usado no mundo inteiro e, baseado em moeda pintada, sem lastro, só papel, é a deflagração de uma guerra mundial – ave Keynes!, e acreditam que o governo paralelo está caminhando para isso. 12. Hipocrisias à parte, milhares de crianças morrem a míngua na África e no resto do terceiro mundo, e centenas já morreram em Aleppo em bombardeios com bombas “aceitáveis”. Guerra com regras e cavalheirismo das liças, é um deslavado cinismo. Para quem perdeu os seus, a dor é a mesma, se por bombas, armas químicas, gás sarin, diarreia ou seja lá o que for. O mundinho se indigna com o uso de armas químicas, entre “cravates noir, champanhe et champion”, claro, mas queda-se silente/conivente com o genocídio pela fome.

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Energias solar e eólica ganham competitividade

Em âmbito global, custos de painéis e turbinas caíram acentuadamente nos últimos anos. Segundo agência internacional, preços devem diminuir ainda mais devido ao progresso tecnológico e à evolução do mercado. Ao longo dos últimos sete anos, os preços dos painéis solares fotovoltaicos baixaram cerca de 80%, e os das turbinas eólicas, entre 30% e 40%. E os valores deverão cair ainda mais em todo o mundo, aponta o relatório The Power to Change, divulgado pela Agência Internacional para as Energias Renováveis (Irena, na sigla em inglês) nesta quarta-feira (15/06) em Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] O custo médio da eletricidade gerada por usinas eólicas localizadas em terra (onshore) poderá se reduzir em 26%, até 2025, e a de painéis solares, em 59%. Isso significa que o preço da eletricidade cairá para 0,04 a 0,05 euro por quilowatt-hora (kWh), na média mundial. Desse modo, as fontes renováveis estarão muito mais em conta do que energia gerada a partir de reatores nucleares e de usinas termelétricas. “Já tivemos uma redução de custos drástica nos últimos anos, e este relatório mostra que os preços deverão cair ainda mais, graças ao progresso tecnológico e à evolução do mercado”, analisa Adnan Z. Amin, diretor geral da agência. “A luz solar e o vento já são as fontes mais baratas em muitos mercados ao redor do mundo. Por razões econômicas, a nova redução de custos reforçará a tendência da passagem da energia gerada por combustíveis fósseis à das fontes renováveis.” Energia eólica tem custos mais competitivos A energia gerada por turbinas eólicas onshore já é muito barata. Segundo o relatório, na média global, a geração de eletricidade a partir de aerogeradores em terra mais modernos custa 0,07 dólar (0,057 euro) por kWh. Os responsáveis pelo estudo calculam que esses custos poderão cair 26% até 2025, devido ao barateamento adicional da produção, construção e manutenção; ao contínuo desenvolvimento do know-how local; e às instalações mais eficientes, com maiores turbinas, torres e rotores. Na média global, um quilowatt-hora de fonte eólica ficaria em apenas cerca 0,04 euro – enquanto a eletricidade gerada pelas novas usinas termelétricas a carvão atualmente custa mais do que o dobro na Europa. Segundo estimativa dos autores, haverá também uma grande redução de custos da energia gerada em parques eólicos localizados no mar (offshore). Os primeiros parques eólicos offshore estão em funcionamento sobretudo na Europa, mas a tecnologia ainda é relativamente recente, e sua participação na capacidade eólica global é de apenas 3%. Em comparação, a produção no mar é ainda relativamente cara, custando mais do que o dobro da geração de energia eólica onshore. Contudo, também aqui, os custos deverão cair de forma substancial, devido ao tamanho maior das usinas e ao aperfeiçoamento contínuo da complexa tecnologia necessária à instalação e manutenção. Com isso, a eletricidade proveniente dos parques eólicos offshore deverá ficar 35% mais barata na média global, estimam os especialistas. Parque fotovoltaico em Templin, na Alemanha Energia fotovoltaica ainda mais em conta A produção de eletricidade por meio da energia solar fotovoltaica vive uma dinâmica quase inacreditável. Em 2010, custava ainda entre 0,25 e 0,35 euro/kWh, porém cinco anos mais tarde já era dois terços mais barata: 0,107 euro por kWh, na média global. Graças a uma produção e a módulos fotovoltaicos mais eficientes, a redução de custos continua em ritmo acelerado: segundo dados da Irena, os custos da energia solar poderão diminuir 59% na média global até 2025, chegando a menos que 0,05 euro/kWh. Para demonstrar quão barata pode ser a eletricidade proveniente da luz solar, os autores mencionam um grande parque solar a ser construído nos Emirados Árabes Unidos. No segundo trimestre de 2016, a operadora de energia de Dubai recebeu uma oferta para produzir lá energia solar por 0,025 euro/kWh, um preço considerado recorde, em nível mundial. As usinas termossolares, por sua vez, ainda não conseguiram acompanhar o boom da energia fotovoltaica. Em vez de converter a luz solar diretamente em eletricidade, elas aquecem água por meio de espelhos, e o vapor resultante aciona um gerador de eletricidade, como numa usina convencional. As usinas termossolares se localizam principalmente em regiões desérticas. A grande vantagem é que também armazenam energia e podem produzir eletricidade durante a noite. Segundo o relatório da agência Irena, aqui os custos podem cair cerca de um terço. Clima precisa da política Analistas da Bloomberg New Energy Finance também apostam numa queda significativa nos preços da energia eólica e solar. Em seu estudo New Energy Outlook 2016, publicado dois dias antes do relatório da agência internacional, eles preveem uma redução de 41% dos custos de produção de energia eólica onshore, até 2040,e de cerca de 60% para a fotovoltaica. Os especialistas acreditam que, até essa data, serão investidos nessas tecnologias renováveis 6,4 trilhões de euros, contra apenas 1,7 trilhão de euros na produção de energia em usinas de carvão e gás. Ao mesmo tempo os especialistas enfatizam que esses números não são suficientes para atingir os objetivos climáticos: para limitar o aquecimento global em 2ºC, os investimentos em energias renováveis deveriam ter um volume aproximadamente 70% maior. Comparada às previsões da Bloomberg, na avaliação da Irena a redução de custos de produção da energia eólica e solar fotovoltaica poderia ser mais rápida. No entanto os especialistas da agência internacional enfatizam repetidamente em seu relatório o termo “poderá”, e a importância da política. “Para continuar com a transição energética, devemos agora colocar o foco político em reduções de custos ainda maiores e, assim, aproveitar as enormes oportunidades econômicas”, aponta Amin, mostrando-se convencido de que a meta é viável. “Os vencedores desta transformação são os consumidores, o ambiente e as gerações futuras.” DW

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Por que grandes marcas estão retirando sua publicidade do Google e YouTube

Investigação de jornal apontou que YouTube veiculava anúncios de vídeos extremistas, o que gerou tensão com anunciantes Direito de imagem GETTY IMAGES O Google, “rei” das ferramentas de busca na internet, não passa pelo melhor momento após algumas das maiores marcas do mundo decidirem retirar a publicidade que faziam no YouTube, a plataforma de vídeos do gigante da tecnologia. A baixa mais recente foi a da rede de supermercados britânica Marks & Spencer, que seguiu a decisão de outras cerca de 250 empresas, como Audi, L’Oreal, Volkswagen, Toyota, McDonald’s, os bancos Lloyds, HSBC e RBS e clientes do Havas Group UK – braço britânico da sexta maior agência de propaganda do mundo -, e a própria BBC.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] A razão comum tem a ver com uma investigação do jornal britânico The Times, que concluiu que anúncios publicitários dessas e de outras empresas eram promovidos em vídeos extremistas de conteúdo político e religioso, o que provocou tensão entre os anunciantes e a companhia de tecnologia. O Google, no entanto, já se movimenta para tentar reverter os danos. Nesta segunda-feira, o diretor do Google na Europa, Matt Brittin, participou da Advertising Week Europe, um dos principais encontros do setor do continente, e anunciou que a empresa assumiu o desafio de tentar reparar prejuízos à reputação após esse caso. “Lamentamos que algo assim tenha ocorrido. Não queremos deixar passar e assumimos a responsabilidade”, disse ele logo no início de sua palestra. Matt Brittin, diretor do Google na Europa, afirmou que a empresa irá buscar reparar danos à reputação Direito de imagemGETTY IMAGES O executivo disse ainda que os anúncios em questão não tiveram visualização significativa. Afirmou que o Google leva o assunto a sério e está investindo milhões de dólares e empregando milhares de pessoas para garantir que a “má publicidade” fique longe da plataforma. Apesar disso, Brittin foi evasivo ao ser questionado se a empresa iria contratar funcionários para a tarefa específica de eliminar vídeos extremistas. Afirmou que a melhor opção é combinar tecnologia inteligente e alertas de usuários sobre conteúdos abusivos. O caso expõe dois problemas difíceis para o Google: identificar vídeos ilegais que deveriam ser removidos do YouTube e determinar quais são legais, mas não adequados para veiculação de publicidade. Segundo o Times, as empresas estavam financiando, por meio de propaganda, não apenas vídeos de conteúdo extremista, religioso e político, como também conteúdo homofóbico, antissemita e apologia ao estupro. O maior desafio será proporcionar mais transparência aos clientes sobre o processo de classificação de vídeos como “seguros para oferecer anúncios”. E delimitar isso não será tarefa fácil. O Google insiste que é uma plataforma de tecnologia, e não uma empresa de mídia Direito de imagemGETTY IMAGES Mas Brittin parece estar seguro de que o Google será capaz de recuperar a confiança das marcas, fazendo uma análise exaustiva de suas políticas e mostrando aos anunciantes como podem controlar o destino de suas mensagens publicitárias. O Google insiste em se firmar como uma plataforma de tecnologia e não uma empresa de mídia, e encontra cada vez mais dificuldade em manter essa distinção. Os meios de comunicação enfrentam normas estritas com relação à publicidade, e tais regulações poderiam chegar ao próprio Google caso a empresa não consiga resolver os problemas atuais. Rory Cellan-Jones/BBC News

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Lixo eletrônico: um mercado com potencial milionário

No Brasil, reciclagem de medidores de energia gera lucro para empresas e meio ambiente Trabalhador separa medidores obsoletos. M. K. CERATTI/B. M. Com que periodicidade você troca de telefone celular? Em 2018, os latino-americanos devem jogar no lixo 4.800 toneladas de lixo eletrônico ou e-waste, 10% do total global, segundo pesquisa da GSMA e do Instituto Universitário das Nações Unidas para o Estudo Avançado da Sustentabilidade (UNU-IAS). O percentual é semelhante ao registrado em 2014, quando a América Latina produziu 3.900 toneladas de resíduos desse tipo. O que chama a atenção é o índice de crescimento anual, 6%, maior do que os 5% do resto do mundo.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Entram nessa conta não só os celulares, computadores e eletrodomésticos, mas também equipamentos cuja existência mal se nota no dia a dia, como os medidores de energia. Embora sejam pequenos, fiquem escondidos nas casas e não contenham metais pesados, os medidores podem causar riscos ambientais e à saúde a partir do momento em que são jogados de qualquer forma em lixões ou aterros sanitários. Em compensação, são totalmente reaproveitáveis e têm potencial lucrativo se descartados corretamente e reciclados, em um esquema denominado logística reversa. Assim foi feito no Brasil, país latino-americano que mais produz lixo eletrônico: 1.400 toneladas em 2014, de acordo com a GSMA e o UNU-IAS. Um trabalho do Banco Mundial e da Eletrobras em seis Estados (Acre, Alagoas, Amazonas, Piauí, Roraima e Rondônia) tornou possível leiloar medidores obsoletos, transformadores, cabos e outros equipamentos a empresas de reciclagem. Com a venda, as operadoras locais de energia arrecadaram 5,4 milhões de reais, a serem revertidos a projetos sociais. A iniciativa faz parte do projeto Energia Mais, cujo objetivo é melhorar a qualidade da transmissão e reduzir os problemas da medição incorreta e do roubo, que custam cerca de 15 bilhões de reais por ano ao Brasil. Rastreáveis “A cada leilão, as empresas recicladoras se comprometeram a destruir os medidores obsoletos, para acabar com qualquer chance de eles serem reaproveitados na própria rede de distribuição, agravando os problemas que eram o alvo do projeto”, explica Christophe de Gouvello, gerente do projeto no Banco Mundial. “O destino final desses elementos se tornou rastreável para termos certeza de que não parariam em um lixão”, acrescenta. Ele ainda destaca o interesse que o mercado de reciclagem teve pelos equipamentos, apesar de eles estarem em Estados distantes da maioria das empresas do setor. Para muitas dessas companhias, os leilões serviram de motivação para se organizar e profissionalizar. Uma delas, a Trafominas, fica em Guaxupé, cidade de 70.000 habitantes em Minas Gerais. O fundador, Geovani Marques, atuava como pequeno comerciante de metais entre o sul do Estado e o norte de São Paulo quando fundou a empresa, em 2007. Ele aprendeu aos poucos que, para poder fechar negócios maiores, teria de reformar a sede e buscar certificações de gerenciamento ambiental. Comprar material não certificado não é mais parte da nossa rotina”, conta Marques, referindo-se a um problema ainda muito comum no setor: o processamento informal ou ilegal de lixo eletrônico (material roubado, por exemplo), que movimenta entre 12,5 bilhões e 18,8 bilhões de dólares anuais no mundo, segundo a Interpol. Hoje, a empresa só processa material que não seja fruto de roubo e tem na reciclagem dos medidores 40% das receitas. O ferro, o cobre, o vidro, o alumínio e o plástico presentes nos equipamentos saem de lá separados e certificados para os compradores de vários tipos de indústrias. Para dar conta do serviço, a equipe passou de 12 a 25 funcionários. Nos países em desenvolvimento, a coleta e a reciclagem de resíduos sólidos emprega mais de 64 milhões de pessoas, aponta o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) no estudo Waste Crime – Waste Risks. É uma atividade econômica que não só gera renda como ajuda a preservar o meio ambiente, segundo esse e outros estudos da ONU sobre o tema. Mas requer mais regulações e investimentos para se fortalecer, inclusive na América Latina. Dos 21 países da região, Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Equador, México e Peru contam com marcos regulatórios para o descarte e tratamento adequado desses resíduos. No entanto, só Costa Rica, México e Brasil dispõem de empresas de reciclagem no padrão internacional R2, que busca proporcionar maior segurança ao ambiente e à saúde dos trabalhadores. Avanços Para Marcio Batitucci, especialista em salvaguardas do Banco Mundial, o projeto com a Eletrobras trouxe avanços importantes que podem ser aplicados a todo o Brasil, onde o tema da logística reversa para eletroeletrônicos ainda gera controvérsia, apesar de o país discutir o tema em seu Plano Nacional de Resíduos Sólidos. E, também, inspirar outros países latino-americanos. “Não se tratou apenas de pegar os equipamentos antigos e entregar para as companhias de reciclagem. Como esse material era de uma empresa pública, precisava ser alienado de forma adequada e não foi só a área de meio ambiente que atuou nisso. Os departamentos legal e de almoxarifado, por exemplo, também participaram”, explica. Se a reciclagem de simples medidores de energia demandou tanto trabalho, imagine o que é preciso para fazer o mesmo com celulares, computadores e outros equipamentos que vão para o lixo todo ano. Mas é um esforço necessário para que os componentes desses produtos não prejudiquem ainda mais o meio ambiente e a saúde dos latino-americanos. Mariana Kaipper Ceratti é produtora online do Banco Mundial

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Segurança Digital

O homem que protege as contas bancárias de milhões de pessoas no mundo Francisco Fernandez e seu negócio são pouco conhecidos, apesar de influentes Direito de imagemANOUK BAUMANN A maioria das pessoas nunca ouviu falar de um suíço chamado Francisco Fernandez, mas dezenas de milhões delas dependem dele para proteger seu dinheiro. Esse homem de 53 anos, que gosta de tocar piano no tempo livre, é responsável pela segurança de US$ 4 trilhões (R$ 12,5 trilhões) de depósitos bancários ao redor do mundo.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Fernandez é o fundador e CEO de uma companhia que é tão pouco conhecida quanto ele – a Avaloq -, mas que vem a ser um dos maiores provedores mundiais de software bancário. Com 2,5 mil funcionários, a empresa tem seus sistemas usados por mais de 450 bancos, incluindo HSBC, Barclays, Royal Bank of Scotland, Deutsche Bank, Société Générale, UBS e Nomura. Como era de se esperar, Avaloq leva a segurança muito a sério, especialmente a proteção de bancos contra ataques cibernéticos. E para garantir que o software seja o mais seguro possível, a companhia tem lançado mão de uma nova abordagem: ela paga empresas israelenses de tecnologia, especializadas na prevenção contra ação de hackers, para atacá-la. Avaloq diz que evita milhares de ataques cibernéticos a cada anoDireito de imagemGETTY IMAGES Defesa ‘à prova de balas’ Fernandez diz: “Os israelenses são muito, muito bons. Eles (jovens profissionais de tecnologia) estão saindo do serviço militar, e são brilhantes”. “Nós frequentemente os designamos para atacar nossos sistemas de forma controlada e, com a ajuda deles, tentamos fazer nossos sistemas à prova de bala.” “Fazemos nosso dever de casa. Segurança é uma coisa constante… Temos milhares de ataques por ano, mas até agora, ainda bem, nunca tivemos uma invasão a nossos sistemas.” Para virar uma companhia que hoje desfruta de receitas anuais de mais de US$ 500 milhões (R$ 1,5 bilhão), a Avaloq percorreu um longo caminho desde 1991, quando Fernandez adquiriu por US$ 200 mil (R$ 624 mil) o departamento de informática do banco suíço BZ Bank. A área tinha apenas cinco funcionários na época, mas Fernandez tinha grandes ambições. A Avaloq usa tecnologia de computação em nuvem para prestar seus serviços Direito de imagemAVALOQ Ele diz que notou há muito tempo que o software usado pela maioria dos bancos do mundo era excessivamente complicado e instável, e ainda assim muito caro. Sua ideia foi produzir um software simples e ao mesmo tempo mais forte e universal, que poderia ser usado por vários bancos. ‘Missão impossível’ Com uma pequena quantia em dinheiro de um único cliente no banco e algum trabalho de consultoria, Fernandez e sua equipe começaram a trabalhar no sistema de software, um trabalho que levou cinco anos. “Desenvolver um sistema bancário global leva tempo”, explica. Quando o software finalmente ficou pronto para ser vendido aos bancos, Avaloq percebeu que o setor bancário suíço, notoriamente avesso a riscos, estava relutante a dar uma chance a uma startup que até então tinha só 20 funcionários. A companhia está baseada em Zurique, na Suíça – Direito de imagemAVALOQ Fernandez diz que muitas pessoas pensaram que seria uma “missão impossível” encontrar um comprador para seu novo software. Mas graças a um contato ele conseguiu mostrar seu programa ao Banco Nacional Suíço (BNS). O banco central do país ficou impressionado o suficiente para comprar o software. Cinco bancos suíços seguiram pelo mesmo caminho nos seis meses seguintes. Depois, os estrangeiros também entraram a bordo. Empresa pertence aos funcionários Hoje a Avaloq oferece dois serviços bancários – a licença para o uso de seu software e um serviço em que ela administra o sistema de informática de um banco. Em torno de 17% dos bancos (que acumulam US$ 700 milhões, ou R$ 2,1 bilhões, em fundos) optam pelo segundo, por meio da tecnologia de computação em nuvem, que permite o acesso remoto a softwares e serviços pela internet. Direito de imagemPAUL ZANREImage captionO negócio suíço é propriedade de seus funcionários A Avaloq faz dinheiro por meio de contínuas taxas de licença. E, excluindo os 10% de ações que pertencem a um banco suíço, a companhia é de propriedade de seus funcionários. De seus 2,5 mil, 500 são programadores. Além da sede em Zurique, a empresa tem escritórios em Edimburgo, na Escócia, e na distante Manila, capital das Filipinas. Em vez de a equipe ganhar bônus individuais por metas pessoais, todos recebem o benefício se a companhia atingir seus objetivos anuais, seja o crescimento da receita ou sua expansão geográfica. Direito de imagemAVALOQImage captionFernandez diz que a história de sua família o ajudou a atingir seus objetivos “O sucesso da Avaloq pode ser atribuído à liderança perspicaz do CEO Francisco Fernandez, e ao Avaloq Banking Suite, o principal software oferecido aos bancos privados”, diz à BBC Antony Peyton, um editor da revista digital Banking Tech. ‘Pais fugitivos’ Fernandez é filho de refugiados espanhóis que fugiram da ditadura do general Franco e se basearam na cidade suíça de Lucerna antes de ele nascer. Ele diz que seu passado teve uma grande influência na sua decisão de assumir o risco de lançar a Avaloq. “Meus pais foram refugiados após a Guerra Civil Espanhola. Aquela cultura, de deixar seu país e ter a coragem de sair de sua zona de conforto, faz parte do meu DNA.” “Quando eu era criança, não podíamos comprar carro, TV ou aquecimento central. Crescer na Suíça foi um grande privilégio, e pude estudar na ETH Zürich, uma das melhores (universidades) no mundo para ciências da computação.” “Eu me sinto privilegiado de ter o posto mais alto na Avaloq, mas não tomo nada como garantido.” Will SmaleRepórter de economia, BBC News

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Macri e Bachelet aproximam o Mercosul e a Aliança do Pacífico em resposta a Trump

Os dois presidentes promovem uma grande reunião para coordenar os dois principais grupos latino-americano. Bachelet e Macri em Colina, no Chile, durante a comemoração do 200º aniversário da batalha de Chacabuco. PRESIDÊNCIA A chegada de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos está provocando um grande movimento de fundo em toda a América Latina. E Mauricio Macri, presidente da Argentina, parece estar no centro desse impulso. Na semana passada, viajou para Brasília e afirmou, com Michel Temer a seu lado, que os dois gigantes sul-americanos dariam um “impulso histórico” ao Mercosul.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Na próxima semana irá à Espanha para, entre outras coisas, acelerar o acordo UE-Mercosul que está parado há 15 anos. Mariano Rajoy – presidente do Governo espanhol – está muito disposto a apoiá-lo nessa tarefa. E na noite de domingo, para finalizar a jogada, Macri foi a Colina, perto de Santiago do Chile, para se encontrar com Michelle Bachelet e lançar a aproximação entre o Mercosul e a Aliança do Pacífico, o outro grande bloco econômico da América Latina liderado por México, Colômbia, Peru e Chile. Enquanto os Kirchner estavam à frente da Argentina e o Partido dos Trabalhadores governava o Brasil, Mercosul e Aliança do Pacífico se olhavam com cautela. O segundo grupo era a estrela em ascensão da ortodoxia e do livre comércio contra o Mercosul mais protecionista. Mas a chegada de Macri, e mais recentemente de Temer, mudou as coisas. O argentino já assistiu como observador a última cúpula, precisamente no Chile, onde foi a grande estrela com o peruano Pedro Pablo Kuczynski, que ainda não tinha assumido, e anunciou sua intenção de fortalecer os laços. A chegada de Trump acelerou os tempos e todos os países da América Latina, que em boa medida vivem da exportação de matérias-primas, buscam alternativas caso Trump cumpra suas promessas e comece a fechar suas fronteiras aos produtos de outros territórios. Macri e Bachelet, que neste momento presidem as duas alianças centrais da América Latina, organizaram para abril uma reunião em Buenos Aires de chanceleres do Mercosul e da Aliança do Pacífico que será um marco e poderia abrir caminho para uma fusão no futuro. Ainda persistem muitas dificuldades pelas diferentes políticas econômicas – o Chile tem acordos de livre comércio com 180 países do mundo, algo semelhante acontece no Peru e na Colômbia, Argentina e Brasil são duas economias muito fechadas e os argentinos viajam a Santiago para comprar roupas mais baratas em redes internacionais, como H&M, que nunca se instalou em Buenos Aires – mas a vontade política de aproximação é muito evidente e a mudança ideológica na Argentina e no Brasil também. Ninguém quer enfrentar diretamente Trump e, na verdade, Macri busca formalmente um bom relacionamento. Esta semana manteve conversas com o vice-presidente Michael Pence. Mas a preocupação é evidente. A América Latina está em pleno giro para a abertura e Trump vai na direção oposta. A declaração conjunta deixa clara a rejeição às políticas dos EUA: “As tendências protecionistas observadas internacionalmente contradizem o esforço para alcançar um crescimento sustentável e o desenvolvimento inclusivo”. O Mercosul acaba de eliminar a única oposição real a essa aproximação com a mais liberal Aliança do Pacífico: a Venezuela de Nicolás Maduro foi suspensa do grupo com o apoio de Temer e Macri, embora o maior promotor de sua expulsão tenha sido o conservador paraguaio Horacio Cartes. Macri e Bachelet se encontraram no Chile por uma questão especialmente simbólica: a comemoração dos 200 anos da travessia dos Andes de General San Martín, que primeiro liderou a liberação de Argentina e depois do Chile com uma ousada operação militar através de uma das cordilheiras mais altas do planeta. Em Colina, onde aconteceu a batalha chave de Chacabuco, Bachelet lançou uma mensagem de unidade contra Trump: “Nos dias em que o planeta vive segregação, xenofobia e protecionismo, Chile e Argentina iniciam um caminho de colaboração”, concluiu. Argentina e Chile são dois vizinhos com relações às vezes complicadas – tiveram disputas no passado pelos territórios na Patagônia – e com dois modelos econômicos quase opostos: o chileno, herdeiro de Pinochet, é muito liberal, com educação universitária pública paga – Bachelet está tendo dificuldades para cumprir sua promessa de aumentar a gratuidade –, aposentadorias privadas e sindicatos fracos. A Argentina tem ensino superior gratuito e aposentadorias públicas e sindicatos onipresentes. O Chile teve uma inflação de 3% em 2016 e a Argentina, de 40%. Mas ambos estão se aproximando gradualmente – o Chile aumenta lentamente o peso do Estado enquanto a Argentina reduz e inicia uma lenta abertura – e deram início a uma nova fase de aproximação. A chegada de Trump está fazendo com que o resto do mundo se una para combater o protecionismo. ElPais

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Georges Soros – Brasil

George Soros’s Brazil to do list. DONE: – Controle absoluto da mídia – Fim do programa nuclear – Neutralizar desenvolvimento do submarino nuclear – Petrobras – Pré-Sal – Mercosul – Banco BRICS – Aquífero Guarani – Bases US Army nas fronteiras Paraguai e Colômbia – Representantes da Banca Internacional no comando da economia – Caos na segurança pública – Incrementar Narcotráfico – Controle de Presídios por facções criminosas – Facções criminosas aliadas às FARCS – Foro de São Paulo controlando políticos – Desmoralização do Poder Judiciário PENDENTS: – Lava-Jato – Amazônia – Anular expertise e credibilidade de empreiteiras brasileiras em concorrências no exterior – Assumir controle da Base de Alcântara – Disseminação de epidemias via vacinas – Manter juros altos para aumentar a dívida pública NEXT: – Não permitir que saibam que controlo centena de ONGS, Os Bilderbergs, financio protestos em todo mundo e mantenho a Human Rights Watch FAIL: – Controle neural de todos que lêem além do que é publicado. [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

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