Urânio: Brasil entra no mercado da venda de material nuclear

Brasil negocia venda de urânio enriquecido

Primeiros compradores seriam China, Coreia do Sul e França; alguns países só querem o urânio, mas País rejeita exportar só a matéria-prima

O governo brasileiro já negocia a venda de combustível para usinas nucleares da China, da Coreia do Sul e da França.

As negociações têm por base a perspectiva de aumento do número de usinas nucleares no mundo e o alto preço alcançado pelo combustível no mercado internacional.

Apesar das negociações, ainda não há uma decisão oficial sobre a produção de urânio enriquecido para a exportação.

O Brasil tem uma das maiores reservas de urânio do mundo e domina a tecnologia de produção do combustível, ainda em pequena escala.

Os contatos com autoridades e empresários da área de energia da China, Coreia do Sul e França aconteceram no final do mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo relatório de viagem a que o Estado teve acesso.

O país apresentou a proposta de venda de elementos combustíveis para as 30 novas usinas em construção na China e para os clientes da multinacional francesa Areva, maior produtora de urânio enriquecido do mundo e parceira na construção de Angra 3.

Os contatos coincidiram com a conclusão de estudo sobre a viabilidade do enriquecimento de urânio no Brasil, feito pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE) e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Marta Salomon/O Estado de S. Paulo


[ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

Share the Post:

Artigos relacionados