O PIB Pífio e desculpas amarelas

nesse patamar de ruínas chamado Brasil...

De um lado, a forte recessão na Argentina e a desaceleração da economia global, sob o espectro da guerra comercial entre Estados Unidos e China, tornaram o ambiente externo menos favorável ao PIB brasileiro.
O não crescimento econômico vai trazer dificuldade de desenvolvimento ao Brasil é certo. Que a responsabilidade de mudar esse panorama é de quem está governando é fato. OS 0,4 % de crescimento muda o que? Parem de arranjar culpados para tudo, já estamos em agosto e no mínimo os “çábios” e os “falastrões” deveriam ter começado a fazer alguma coisa.

Cada vez que a crise desce mais um pouco nesse patamar de ruínas chamado Brasil, percebemos o quanto a corrupção não era somente um desvio de conduta reservado àqueles menos aptos a assegurarem a limpidez de seus comportamentos. O discurso corrente já foi o de que apenas “alguns eram corruptos”. Aos poucos, começamos a vislumbrar que quase todos eram partícipes dos esquemas corruptivos, e pior, que os esquemas corruptivos faziam parte do modus operandi da República brasileira.

No romance “Luz em Agosto”, de Willian Faulkner, o romancista estadunidense narra as estórias entrecruzadas de Lena Grove e Joe Christmas. Lena é uma branca, grávida, ludibriada pelo pai de seu filho, que disse a ela que iria para longe buscar um novo emprego e que, quando encontrasse, mandaria buscá-la. Não honrando sua palavra, Lucas Burch — pai da criança, que depois mudaria seu nome para Joe Brown para não ser encontrado — dispensou Lena ao acaso fortuito.

A história política brasileira se assemelha em alguns aspectos desse enredo. Lena representa a potencialidade que nosso povo possui. Lena é a nação brasileira, que caminha a pé entre as estradas da realidade política, uma grávida prestes a conceber uma nova geração de mentalidade diversa do rigorismo tolo do reacionarismo militarista e da atabalhoada crença relativista do socialismo moderno.

Àqueles que estão empregados, recebendo bons salários, especialmente no setor público, cabe a tarefa de arranjar trabalho para os desempregados. Há uma contradição de fundo aí.

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