Ex-diretor da Petrobras só voltará a falar após Justiça analisar dois pedidos dos advogados.
Foto:Wilson Dias/Agência Brasil
O ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró permaneceu calado, durante o depoimento de cerca de uma hora, marcado para quarta-feira (28) na sede da PF (Polícia Federal) para descrever a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.
O depoimento acabou por volta das 17h.
Beno Brandão, um dos advogados de defesa de Cerveró, informou que seu cliente não respondeu a nenhuma das perguntas dos dois delegados e, após cada uma das perguntas, se restringia a responder:
“Vou usar o direito de permanecer em silêncio”.
Foram feitas dezenas de perguntas.
Os defensores do ex-diretor informaram ainda que Cerveró só volta a falar depois que a justiça analisar dois pedidos.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”]
O primeiro é levar o processo do Paraná para o Rio de Janeiro, já que a sede da Petrobras fica na capital fluminense.
O outro pedido é a “suspeição do magistrado” que analisa o caso, em que a defesa alega que o juiz Sérgio Moro não seria imparcial para julgá-lo.
Segundo os advogados, Moro não acredita na inocência de Cerveró. Esse pedido será analisado pelo Tribunal Regional Federal de Porto Alegre.
Não há prazo para a Justiça analisar os dois pedidos da defesa de Cerveró.
Esclarecimentos
Hoje, o juiz federal Sérgio Moro determinou que a multinacional responsável por fornecer os navios-sonda à Petrobras, contratada na época em que Cerveró era diretor da área internacional da petroleira sem licitação, dê esclarecimentos sobre o negócio.
A empresa tem dez dias para se justificar.