Desde a década de 1980, cada década tem sido mais quente que a anterior. A ONU alertou que as emissões precisam cair 7,6% ao ano para salvar o planeta.
As Nações Unidas alertaram na quarta-feira que a década passada foi a mais quente já registrada, com 2019 confirmado como o segundo ano mais quente da história.
O ano mais quente já registrado foi 2016.
“Desde a década de 1980, cada década tem sido mais quente que a anterior”, disse a Organização Meteorológica Mundial (OMM) em comunicado, acrescentando que “essa tendência deve continuar”.
As conclusões da OMM são baseadas nos principais conjuntos de dados de todo o mundo.
“O ano de 2020 começou de onde parou 2019 – com clima de alto impacto e eventos relacionados ao clima”, disse o chefe da OMM Petteri Taalas. “Infelizmente, esperamos ver muito clima extremo ao longo de 2020 e nas próximas décadas, alimentado por níveis recordes de gases de efeito estufa que retêm o calor na atmosfera”.
Taalas apontou especificamente para os incêndios que assolam a Austrália, que mataram pelo menos 28 pessoas, deslocaram dezenas de milhares e mataram até 1 bilhão de animais.
A ONU disse que as emissões feitas pelo homem precisam diminuir 7,6% ao ano até 2030 para limitar o aumento da temperatura a 1,5 graus Celsius (2,7 graus Fahrenheit), uma promessa que muitos países assinaram no acordo climático de Paris.
A manutenção do registro climático moderno começou em 1850. Segundo Taalas, a temperatura média global aumentou 1,1 graus Celsius desde então.
Como a maior parte do calor do mundo é armazenada em seus oceanos, a vida marinha e os ecossistemas foram os mais atingidos, evidenciados pela morte em massa de peixes e pelo amplo branqueamento de corais.
“No atual caminho das emissões de dióxido de carbono, estamos caminhando para um aumento de temperatura de três a cinco graus Celsius até o final do século”, disse Taalas.
Greta Thunberg lidera protestos contra mudanças climáticas