Pesquisadores americanos farão um estudo em João Pessoa, na Paraíba, para investigar o possível elo entre zika e microcefalia.
O Brasil confirmou mais de 500 casos de microcefalia desde o início do surto de zika vírus, no início do ano, e investiga outros 3.900 casos suspeitos.
Os virologistas americanos começaram a treinar dezenas de pesquisadores brasileiros em João Pessoa, na Paraíba, para coletar dados de centenas de mulheres brasileiras e seus bebês.
Para estudar a possível ligação entre zika e microcefalia, os pesquisadores iniciarão o que é chamado de “estudo controlado”, que envolve comparar casos de pessoas com as doenças e outras saudáveis para identificar as causas.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”]
Nesta segunda-feira, o CDC formou oito times de pesquisadores brasileiros e americanos, que iniciarão, a partir de terça, uma busca por pelo menos 100 mães que tiveram filhos com microcefalia desde o início da epidemia na região.
Os pesquisadores irão coletar amostras de sangue das mães e de bebês para identificar sinais de infecções pelo zika vírus, examinar sintomas de microcefalia nos bebês e coletar informações detalhadas das mães.
Os pesquisadores também irão investigar outros possíveis fatores que podem ter relação com a doença congênita.
Eles farão as mesmas perguntas a centenas de mães com bebês saudáveis a título de comparação.
A esperança é que o estudo traga evidências mais concretas sobre o elo entre zika e microcefalia ou identifique outros fatores que podem ser responsáveis pelas má-formações nos bebês.
“O que realmente queremos fazer é entender melhor a dimensão, o escopo e as causas da microcefalia”, disse a pesquisadora Erin Staples, líder do estudo.
Ela estima que levará três a quatro semanas para coletar os dados, mas não deu uma previsão de publicação dos resultados.
Fontes: NPR – CDC arrives in Brazil to investigate zika outbreak