Boa noite
Para Mônica em quimono, no seu quinto aniversário
Masao Kato¹
Como cantar beleza assim tão rara?
Vendo-te – a mais formosa entre as formosas –
adivinho-te o corpo, a carne clara,
no quimono de curvas caprichosas.
Com suas cores suaves, harmoniosas,
listrado em tons que alguém jamais sonhara:
ofusca, em Maio, as cores mais verdosas,
com seu frescor que a nada se compara.
Nele, teu porte sempre calmo e nobre
dá-te ao gesto e às feições toda a expressão:
é um símbolo da graça que te cobre
com o fascínio da velha tradição!
Desejo-te hoje: o sonho já colhido,
e o canto da beleza em teu ouvido!
Trad. do inglês, de Luís Antônio Pimentel
¹Masao Kato
Nota do editor
Tomei conhecimento da nova poesia contemporânea do Japão, através de uma coletânea feita por J.G de Araújo Jorge, no livro ” Os Mais Belos Sonetos que o Amor Inspirou”.
Não disponho de dados biográficos desse poeta japonês.