Schopenhauer – O que nos resta

Arthur Schopenhauer, é conhecido como um filósofo pessimista e sombrio. Para ele, a solidão e a capacidade de bastar a si mesmo são uma das qualidades mais valiosas para a felicidade de um indivíduo.
“Grandes homens são como as águias – constroem seus ninhos na solidão elevada”.
Viver é sofrer, e não ache que exista uma entidade superior, um deus que ordenou tudo e que dá um sentido para vida.
O que nos move é a nossa Vontade. Ela é um espécie de essência do ser humano, uma energia que está para além da racionalidade. É como se fosse uma energia que nos move a viver e nos impulsiona, lançando-nos no mundo para que possamos fazer o que fazemos e ser o que somos.
Isso nos faz ser únicos. O mundo é a nossa representação. Ninguém vê o mundo como o outro vê, e de uma certa maneira, estamos presos em nossas representações.
Essa vontade que nos faz viver desperta em nos desejos, e quando vamos em busca dos mesmos, e o que pode saciá-los é a satisfação. Porém, quando vamos para o mundo, para nossa representação nada pode saciar, e a vida tornar-se uma constante oscilação entre a ânsia de ter e o tédio de possuir. E a vida é isso: um ciclo que se repete, uma frustação?
Se não tem deus, não tem sentido, não tem satisfação, o que nos resta?

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