Na América Latina nós “usufruímos” das tragicomédias produzidas pelo chefe dos Tupiniquins, pelo cocaleiro boliviano e pelo maluquete das Caraíbas.
Pois a Europa não fica atrás em matéria de dirigente que vive metendo, cem trocadilhos, os pés pelas mãos. O neo-fascista Silvio Berlusconi soltou mais uma de suas “pérolas” de chauvinismo explícito.
Declaração de Silvio Berlusconi sobre onda de estupros na Itália gera polêmica e críticas
Conhecido por suas gafes, o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, é alvo de novas críticas em virtude de um comentário infeliz sobre uma onda de estupros em algumas cidades do país. Em Roma e na Sardenha, ilha no Mediterrâneo, foram registrados mais de 60 casos no último mês, quase 30% a mais do que a média.
” Não poderíamos recrutar uma força grande o suficiente para evitar este risco [de estupros]. Teríamos de ter tantos soldados nas ruas quanto mulheres bonitas. Não acho que conseguiríamos ”
Questionado sobre o uso de tropas federais para conter o aumento da violência sexual, o premier disse:
– Não poderíamos recrutar uma força grande o suficiente para evitar este risco. Teríamos de ter tantos soldados quanto mulheres bonitas. Não acho que conseguiríamos.
A declaração foi considerada “irresponsável” pela oposição. Para o líder do Partido Democrata, Walter Veltroni, o premier fez uma “piada de mau gosto perante o drama de tantas mulheres que foram violadas nos últimos dias”.
Nem mesmo a ministra da Igualdade, Vittoria Franco, perdoou o premier.
– Ele foi insolente e disse coisas ofensivas às mulheres – disse. – Berlusconi está dizendo que as mulheres que saem de casa correm o risco de ser estupradas ou atacadas porque não é possível deixar o país seguro.
Confrontado, Berlusconi defendeu-se minimizando o valor da sua declaração e classificando os casos de estupro como “indignos” e “execráveis”.
O Governo anunciou no sábado que reforçará de 3 mil para 30 mil o número de soldados a patrulharem as principais cidades italianas e locais considerados “de risco” como embaixadas e centros que podem estar “na mira do terrorismo”.