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Sylvia Plath – Poesia – 13/12/23

Boa noite Canção de Amor da Jovem Louca Sylvia Plath¹ Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro Ergo as pálpebras e tudo volta a renascer (Acho que te criei no interior da minha mente) Saem valsando as estrelas, vermelhas e azuis, Entra a galope a arbitrária escuridão: Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro. Enfeitiçaste-me, em sonhos, para a cama, Cantaste-me para a loucura; beijaste-me para a insanidade. (Acho que te criei no interior de minha mente) Tomba Deus das alturas; abranda-se o fogo do inferno: Retiram-se os serafins e os homens de Satã: Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro. Imaginei que voltarias como prometeste Envelheço, porém, e esqueço-me do teu nome. (Acho que te criei no interior de minha mente) Deveria, em teu lugar, ter amado um falcão Pelo menos, com a primavera, retornam com estrondo Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro: (Acho que te criei no interior de minha mente.) Tradução de Maria Luíza Nogueira ¹Sylvia Plath * Jamaica Plain, Massachusetts – 27 de outubro de 1932 + Primrose Hill, Londres – 11 de fevereiro de 1963

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Drogas brancos ricos e negros

No Brasil qualquer dia irá chover pra cima. Quando um negro, pobre e dependente químico está na Cracolândia, a direita e boa parte da nossa classe média defende linchamento no poste; prisão e até morte. Quando surge uma suspeita de Tráfico de Crack por parte de um branco, milionário e influenciador digital, como é o caso do Renato Cariani, a postura deles é “veja bem”; “talvez não seja exatamente isso”; “vamos aguardar a investigação”. Conseguem perceber a diferença? Existe um hiato enorme entre um dependente químico e um possível traficante, mas a direita hipócrita escolhe criminalizar o dependente e proteger quem é acusado de ganhar dinheiro fornecendo a droga. Esse é um exemplo claro de racismo estrutural e da falta de consciência de classe da nossa sociedade.

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