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Jorge Luiz Borges – Poesia – 11/11/23

Boa noite O nosso Jorge Luiz Borges Amamos o que não conhecemos, o já perdido. O bairro que já foi arredores Os antigos que não nos decepcionaram mais porque são mito e esplendor. Os seis volumes de Schopenhauer que jamais terminamos de ler. A saudade, não a leitura, da segunda parte do Quixote. O oriente que, na verdade, não existe para o afegão, o persa ou o tártaro. Os mais velhos com quem não conseguiríamos conversar durante um quarto de hora. As mutantes formas da memória, que está feita do esquecido. Os idiomas que mal deciframos. Um ou outro verso latino ou saxão que não é mais do que um hábito. Os amigos que não podem faltar porque já morreram. O ilimitado nome de Shakespeare. A mulher que está a nosso lado e que é tão diversa. O xadrez e a álgebra, que não sei. Jorge Luis Borges * Buenos Aires, Argentina – 24 de Agosto de 1899 + Genebra, Suíça – 14 de Junho de 1986

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O mundo de volta à Roma antiga

Independente desse ou daquele povo submetido a esse ou aquele massacre, ninguém vai ter mais consciência de nada. Estamos vivendo a mesma época de Roma antiga. O mundo será disso para um milhão de vezes pior. O que vem pela frente os deuses não querem que eu diga.

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