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J.G de Araujo Jorge – Pressentimento

Pressentimento J.G de Araujo Jorge O fim do nosso amor pressenti – na agonia das tuas próprias cartas, rápidas, pequenas… – se nem tantas, com carinho imenso te escrevia tão poucas me chegavam por reposta apenas… Nas cartas que a sofrer, te escrevia, às dezenas adiava a realidade sempre, dia a dia, procurando iludir em vão as minhas penas muito embora eu soubesse o quanto me iludia! Hoje… já não foi mais surpresa para mim, dizes (como quem tem piedade), que é melhor não continuarmos mais… e tens razão: é o fim… Há muito eu o esperava e o pressentia no ar… Chegou… que hei de fazer?… Foi bom… Seria Pior se ele não viesse nunca… e eu ficasse a esperar…

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