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Ana Cristina Cesar – Poesia

Que deslize Ana Cristina Cesar Onde seus olhos estão as lupas desistem. O túnel corre, interminável pouco negro sem quebra de estações. Os passageiros nada adivinham. Deixam correr Não ficam negros Deslizam na borracha carinho discreto pelo cansaço que apenas se recosta contra a transparente escuridão.  

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5 projetos científicos de ponta que podem mudar o mundo em breve

O futuro da ciência parece estar muito próximo com projetos como o de redes pesca de lixo espacial ou aranhas que fazem seda que poderá ser usada em violinos. O principal desafio para a rede de ‘pescar’ lixo espacial é estar perfeitamente alinhada com seu alvo Image copyright CENTRO ESPACIAL DE SURREY Todos os anos a Royal Society de Londres destaca exemplos de tecnologias de ponta e soluções científicas que estão prestes a se tornar algo comum na vida das pessoas. Veja abaixo cinco destes projetos mais curiosos da lista de 2016 que já estão prontos para sair dos laboratórios e começar a fase de testes na vida real. 1. Recolhendo o lixo espacial Desde o início da era espacial já foram descartadas 7 mil toneladas de lixo espacial: carcaças de foguetes, satélites desativados, pedaços de vidro, tudo isto está flutuando fora da Terra. A maioria dos objetos lançados no espaço ainda estão orbitando nosso planeta, o que é uma ameaça de colisão com satélites ainda ativos. E satélites são vitais para o funcionamento da internet e de celulares, entre outros usos. E até os menores fragmentos podem ser uma grande ameaça. A Estação Espacial Internacional, por exemplo, vive ajustando sua posição para evitar choques com estes destroços que orbitam a Terra a milhares de quilômetros por hora. Agora a missão RemoveDebris (“Removendo destroços”, em tradução livre) poderá resolver este problema. O projeto, que será lançado no começo de 2017, é o primeiro a testar tecnologias de captura que vão arrastar o lixo espacial de volta para a atmosfera terrestre. “Isto não é ficção científica, é um problema real. Todo o lixo espacial vai, com o tempo, cair devido à gravidade, mas alguns pedaços estão a mil quilômetros acima da Terra e, nesta altura, vão precisar de mil anos. Não temos tanto tempo, podemos ter dez ou 20 anos antes dos problemas mais graves começarem”, afirmou Jason Forshaw, da equipe do projeto que está sendo desenvolvido no Centro Espacial de Surrey, na Grã-Bretanha. O teste desta nova tecnologia é surpreendentemente simples. A vela para recolher lixo será testada no espaço no começo de 2017 Image copyrightCENTRO ESPACIAL DE SURREY O dispositivo usa uma rede espacial, parecida com uma rede de pesca, que é jogada no espaço para capturar o lixo. Uma vez que o lixo está preso na rede, ele pode ser arrastado por uma nave, que funciona como um reboque, e trazido de volta à Terra. O calor da reentrada na atmosfera vai fazer com que o lixo queime. Os pedaços maiores de destroços que não se desintegrarem completamente poderão ser guiados para uma queda controlada no Oceano Pacífico. Outro sistema usa uma espécie de vela, que parece com uma pipa. Esta vela é feita com uma membrana muito fina mas, diferente das velas de barcos, ela é impulsionada por fótons de luz do Sol, ao invés do vento. A missão é puxar e arrastar o lixo para fora da órbita, fazendo ele cair em espiral na atmosfera da Terra. 2. O rastreador de mosquitos 3,2 bilhões de pessoas, quase metade da população mundial, correm o risco de contrair malária, segundo a OMS Os cientistas lutam há décadas contra o mosquito Anopheles. Estes insetos transmitem malária, uma doença que infecta milhões e causa 438 mil mortes por ano no mundo inteiro. E surgiu uma nova ameaça: a resistência a inseticidas nas populações do mosquito pois o uso deles está aumentando e um processo de seleção natural torna os mosquitos mais fortes. A resistência ao inseticida foi relatada já em 60 países e chegou a níveis alarmantes na África Ocidental e Oriental. Compreender o comportamento do mosquito é muito importante para enfrentá-lo. “Estamos usando câmeras infravermelho para rastrear o caminho de voo do mosquito em volta dos mosquiteiros. Esta é a primeira vez que conseguimos gravar em vídeo a movimentação deles em uma escala tão grande”, disse Josie Parker, pesquisadora da Escola de Medicina Tropical de Liverpool. O projeto “Diários do Mosquito” detecta quanto tempo os insetos estão em contato com os mosquiteiros e como o inseticida – que está nas fibras do mosquiteiro – evita que eles piquem a pessoa que está dormindo logo abaixo do tecido. “Eles precisam tocar o mosquiteiro para que o inseticida funcione e um contato muito rápido não é o bastante. Parte de nosso trabalho é determinar quanto tempo eles precisam ficar no mosquiteiro para morrer”, afirmou Parker. As linhas coloridas mostram as trajetórias de mosquitos acima de um mosquiteiro Image copyrightJOSIE PARKER/ESCOLA DE MEDICINA TROPICAL,LIVERPOOL A pesquisa vai abrir caminho para a criação de mosquiteiros mais eficazes além de novas fibras e inseticidas – avanços simples que podem evitar milhares de mortes. “Os mosquiteiros são uma barreira física mas, se eles não forem bons para matar os mosquitos que entram em contato com o tecido, estes mosquitos ainda vão estar esperando do lado de fora e vão te picar quando você acordar.” 3. Os segredos do raio-X em 4D Uma máquina complicada com um nome intrigante: o raio-X síncroton 4D. E o que ele faz também é incrível – permite que os cientistas analisem o coração dos materiais. O síncroton é, em sua essência, um microscópio gigante que funciona com raios de luz dez bilhões de vezes mais brilhantes que o Sol Image copyrightDIAMOND LIGHT SOURCE Eles podem usar o aparelho para analisar magma e aprender mais sobre grandes erupções vulcânicas ou então olhar cristais de gelo para descobrir porque um sorvete tem um gosto melhor que outro. “Usamos uma técnica chamada raio-X em tomografia computadorizada, que trabalha com uma luz muito brilhante, tão poderosa que permite mostrar a estrutura interna dos materiais em três dimensões. Podemos analisar qualquer objeto, a variedade de aplicações é enorme”, disse Kamel Madi, especialista da Universidade de Manchester, onde o aparelho foi desenvolvido. O raio de síncroton é dez bilhões de vezes mais brilhante que o Sol e penetra estruturas sem precisar de cortes. Uma câmera do outro lado registra a informação revelada pelo raio em imagens

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