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Aila Sampaio – Versos

Mentira Aíla Sampaio ¹   O desespero do mar a quebrar nas pedras é não poder tocar o céu e viver essa ilusão que os nossos olhos criaram num ponto distante   Igual é o meu motivo de ser triste: ser lua e saber-te sol viver da tua luz sem poder ver que é em mim que ela inside   De nada adianta eu pensar que és minha fonte de vida se o que eu sonhava – o eclipse – é mentira, tal o encontro do céu com o mar na distraída linha do horizonte.   ¹ Aíla Sampaio * Cariri, Ce. Poetisa e Mestra em Literatura Professora da Universidade de Fortaleza [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

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Orwell e a Eletrobras

Eletrobras dispara até 30% na Bolsa com privatização. Orwell: “A massa mantém a marca, a marca mantém a mídia e a mídia controla a massa” [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

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Libertários e a América Latina

Esfera de influência: Como os Libertários Americanos estão reinventando a política na América Latina. PARA ALEJANDRO CHAFUEN, a reunião desta primavera no Brick Hotel, em Buenos Aires, foi tanto uma volta para casa quanto uma volta olímpica. Chafuen, um esguio argentino-americano, passou a vida adulta se dedicando a combater os movimentos sociais e governos de esquerda das Américas do Sul e Central, substituindo-os por uma versão pró-empresariado do libertarianismo. [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Ele lutou sozinho durante décadas, mas isso está mudando. Chafuen estava rodeado de amigos no Latin America Liberty Forum 2017. Essa reunião internacional de ativistas libertários foi patrocinada pela Atlas Economic Research Foundation, uma organização sem fins lucrativos conhecida como Atlas Network (Rede Atlas), que Chafuen dirige desde 1991. No Brick Hotel, ele festejou as vitórias recentes; seus anos de trabalho estavam começando a render frutos – graças às circunstâncias políticas e econômicas e à rede de ativistas que Chafuen se esforçou tanto para criar. Nos últimos 10 anos, os governos de esquerda usaram “dinheiro para comprar votos, para redistribuir”, diz Chaufen, confortavelmente sentado no saguão do hotel. Mas a recente queda do preço das commodities, aliada a escândalos de corrupção, proporcionou uma oportunidade de ação para os grupos da Atlas Network. “Surgiu uma abertura – uma crise – e uma demanda por mudanças, e nós tínhamos pessoas treinadas para pressionar por certas políticas”, observa Chafuen, parafraseando o falecido Milton Friedman. “No nosso caso, preferimos soluções privadas aos problemas públicos”, acrescenta. Chafuen cita diversos líderes ligados à Atlas que conseguiram ganhar notoriedade: ministros do governo conservador argentino, senadores bolivianos e líderes do Movimento Brasil Livre (MBL), que ajudaram a derrubar a presidente Dilma Rousseff – um exemplo vivo dos frutos do trabalho da rede Atlas, que Chafuen testemunhou em primeira mão. “Estive nas manifestações no Brasil e pensei: ‘Nossa, aquele cara tinha uns 17 anos quando o conheci, e agora está ali no trio elétrico liderando o protesto. Incrível!’”, diz, empolgado. É a mesma animação de membros da Atlas quando o encontram em Buenos Aires; a tietagem é constante no saguão do hotel. Para muitos deles, Chafuen é uma mistura de mentor, patrocinador fiscal e verdadeiro símbolo da luta por um novo paradigma político em seus países. O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, à esquerda, dentro de um carro em direção ao aeroporto, onde pegaria um voo para a Nicarágua nos arredores de San José. Domingo, 28 de junho de 2009. Foto: Kent Gilbert/AP UMA GUINADA À DIREITA está em marcha na política latino-americana, destronando os governos socialistas que foram a marca do continente durante boa parte do século XXI – de Cristina Kirchner, na Argentina, ao defensor da reforma agrária e populista Manuel Zelaya, em Honduras –, que implementaram políticas a favor dos pobres, nacionalizaram empresas e desafiaram a hegemonia dos EUA no continente.Essa alteração pode parecer apenas parte de um reequilíbrio regional causado pela conjuntura econômica, porém a Atlas Network parece estar sempre presente, tentando influenciar o curso das mudanças políticas. A história da Atlas Network e seu profundo impacto na ideologia e no poder político nunca foi contada na íntegra. Mas os registros de suas atividades em três continentes, bem como as entrevistas com líderes libertários na América Latina, revelam o alcance de sua influência. A rede libertária, que conseguiu alterar o poder político em diversos países, também é uma extensão tácita da política externa dos EUA – os think tanks associados à Atlas são discretamente financiados pelo Departamento de Estado e o National Endowment for Democracy (Fundação Nacional para a Democracia – NED), braço crucial do soft powernorte-americano. Embora análises recentes tenham revelado o papel de poderosos bilionários conservadores – como os irmãos Koch – no desenvolvimento de uma versão pró-empresariado do libertarianismo, a Atlas Network – que também é financiada pelas fundações Koch – tem usado métodos criados no mundo desenvolvido, reproduzindo-os em países em desenvolvimento.A rede é extensa, contando atualmente com parcerias com 450 think tanks em todo o mundo. A Atlas afirma ter gasto mais de US$ 5 milhões com seus parceiros apenas em 2016. Ao longo dos anos, a Atlas e suas fundações caritativas associadas realizaram centenas de doações para think tanks conservadores e defensores do livre mercado na América Latina, inclusive a rede que apoiou o Movimento Brasil Livre (MBL) e organizações que participaram da ofensiva libertária na Argentina, como a Fundação Pensar, um think tank da Atlas que se incorporou ao partido criado por Mauricio Macri, um homem de negócios e atual presidente do país. Os líderes do MBL e o fundador da Fundação Eléutera – um think tankneoliberal extremamente influente no cenário pós-golpe hondurenho – receberam financiamento da Atlas e fazem parte da nova geração de atores políticos que já passaram pelos seus seminários de treinamento. A Atlas Network conta com dezenas de think tanksna América Latina, inclusive grupos extremamente ativos no apoio às forças de oposição na Venezuela e ao candidato de centro-direita às eleições presidenciais chilenas, Sebastián Piñera. Protesto a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff diante do Congresso Nacional, em Brasília, no dia 2 de dezembro de 2015. Foto: Eraldo Peres/AP EM NENHUM OUTRO LUGAR a estratégia da Atlas foi tão bem sintetizada quanto na recém-formada rede brasileira de think tanks de defesa do livre mercado. Os novos institutos trabalham juntos para fomentar o descontentamento com as políticas socialistas; alguns criam centros acadêmicos enquanto outros treinam ativistas e travam uma guerra constante contra as ideias de esquerda na mídia brasileira. O esforço para direcionar a raiva da população contra a esquerda rendeu frutos para a direita brasileira no ano passado. Os jovens ativistas do MBL – muitos deles treinados em organização política nos EUA – lideraram um movimento de massa para canalizar a o descontentamento popular com um grande escândalo de corrupção para desestabilizar Dilma Rousseff, uma presidente de centro-esquerda. O escândalo, investigado por uma operação batizada de Lava-Jato, continua tendo desdobramentos, envolvendo líderes de todos os grandes partidos políticos brasileiros, inclusive à direita e centro-direita. Mas o MBL soube usar muito bem as redes sociais para direcionar a maior parte da revolta contra Dilma, exigindo o

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Arte – Gravuras

Xilogravuras & Linocuts Elizabeth Catlett – Survivor,Linocut Bárbara Sotério – Xilogravura Carybé – Xilogravura Edvard Munch – Xilogravuras [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

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