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Carro elétrico não polui? Jura?

O conto do carro elétrico Ele polui bem menos que motores a diesel e gasolina, dizem defensores. É mesmo? Será que não esqueceram de incluir na conta a produção e reciclagem das enormes baterias, questiona o jornalista de economia Henrik Böhme.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Que malvados esses fabricantes de automóveis! Desde que a acusação de formação de cartel foi feita contra o setor, até então modelo, a malícia corre solta na direção de Wolfsburg, Stuttgart e Munique. O que é compreensível, pois a credibilidade das montadoras já andava cambaleante desde o chamado dieselgate. Elas próprias não dão um pio. Também isso é compreensível, pois as investigações das autoridades antitruste estão no início e o que vale, também neste caso, é a presunção da inocência. Além disso, uma palavra mal colocada pode custar milhões. É provável que, daqui a pouco, só advogados falarão. Henrik Böhme é jornalista da redação de economia da DW Já os inimigos dos automóveis e, em especial, dos motores de combustão estão em festa. Eles veem o seu maior inimigo, esse odiado poluidor movido a combustíveis fósseis, perto do fim. Pois é. Só que, no fundo, é a mesma história já vista no imbróglio da mudança da matriz energética alemã. Trata-se de um poço sem fundo bilionário. E tudo comandado pelo Estado, ou seja, subvencionado a altos custos. E, mesmo assim, fabricantes alemãs de células solares vão à falência, uma atrás da outra. Já as turbinas eólicas ninguém quer ter perto de casa, muito menos novas redes de distribuição de energia. A questão central é: de onde virá a energia quando todas as usinas nucleares estiverem desligadas na Alemanha? Na substituição dos motores a combustão pelos elétricos, a história se repete. Aqui, a questão é: se o motor de combustão for proibido, em que carro vamos andar? No carro elétrico, é óbvio!, diz o senso comum, sem refletir. E é aí que a porca torce o rabo. Ninguém sabe dizer se isso vai um dia funcionar, pois o balanço ambiental do carro elétrico é terrível. Só depois de oito anos de condução, um Mercedes Classe E alcança o impacto ambiental de um Tesla. Um motor de combustão que necessita de menos de seis litros de gasolina tem um impacto ambiental inferior a um bólido elétrico da Tesla. O motivo: as enormes baterias. Milhões e milhões de carros significam também: milhões e milhões de baterias. E isso, por sua vez, significa que matérias-primas como lítio e sobretudo cobalto serão necessárias. E de onde vem o cobalto? Em grande maioria do Congo, um país arrasado pela guerra civil e a corrupção. Sobretudo crianças retiram esse minério da terra, e elas trabalham em condições desumanas. Só que, sem o sujo cobalto do Congo, não há os limpos carros elétricos na Europa. E isso não é tudo. A fabricação das baterias libera venenos e partículas finas – e também toneladas de CO2. Quando chegam ao fim da vida útil, as baterias precisam ser recicladas. Do contrário são um dejeto perigoso. Talvez o carro elétrico seja apenas uma tecnologia intermediária. E quem sabe a célula de combustível não acabe virando o propulsor do futuro. Talvez, talvez. Hoje, porém, ninguém pode saber se um dia será assim. Nenhum especialista em carros, nenhum chefe de pesquisa e desenvolvimento de montadora. Ninguém pode dar uma resposta honesta a essa pergunta. Talvez seja necessário encarar a mudança energética no trânsito por um outro viés: mais bondes e ônibus elétricos nas cidades. Por que não eletrificar as autobahns e ligar caminhões e ônibus nas catenárias? Nenhuma novidade, pois tudo isso já existiu. O problema: quando se vê a maneira diletante como a Alemanha gerencia sua mudança da matriz energética, acabam-se as esperanças de que mudança no trânsito dê certo. E muito menos se os malvados da máfia das montadoras continuarem dando as cartas. Com dados DW

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CIA e a arte moderna como catequese

A arte moderna como arma da CIA A Agência Central de Inteligência usou-se da arte moderna americana, incluindo as obras de artistas como Jackson Pollock, Robert Motherwell, Willem de Kooning e Mark Rothko, como uma arma na Guerra Fria.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Quadro expressionista abstrato premiado. Vemos um quadro sem nada, exceto com alguns rabiscos numa tela. É exatamente o que o capitalismo quer que você tenha em mente, “nada”, e para o capitalismo isso é “liberdade”. Durante décadas nos círculos de arte isso ou era um boato ou uma piada, mas agora confirma-se como um fato. Na forma de um príncipe da Renascença, exceto por agir secretamente, a CIA fomentou e promoveu a Pintura Expressionista Abstrata Americana em todo o mundo por mais de 20 anos.A conexão é improvável. Este foi um período, na década de 50 e 60, em que a grande maioria dos americanos não gostava ou mesmo desprezava a arte moderna, o presidente Truman resumiu o ponto de vista popular ao dizer: “Se isso é arte, então sou Hottentot”. Para os próprios artistas, muitos eram ex-comunistas que mal eram aceitos na América da era mccarthista, e certamente não o tipo de pessoas que normalmente recebiam apoio do governo americano.Por que a CIA passou a apoiá-los? Por que na guerra de propaganda contra a União Soviética, esse novo movimento artístico poderia ser apresentado como prova da criatividade, da liberdade intelectual, e o poder cultural dos EUA. A arte russa, presa na camisa de força ideológica comunista, não poderia competir. A existência dessa política, presente em rumores e contestada por muitos anos, agora foi confirmada pela primeira vez por um ex-oficiais da CIA. Desconhecida para os artistas, a nova arte americana era secretamente promovida sob uma política conhecida como “longa coleira”, acordos semelhantes aos do apoio indireto da CIA ao jornal Encounter, editado por Stephen Spender. A decisão de incluir a cultura e a arte no arsenal da Guerra Fria nos EUA foi tomada assim que a CIA foi fundada em 1947. Consternada com o apoio que o comunismo ainda tinha entre muitos intelectuais e artistas no ocidente, a nova agência organizou uma divisão, os Inventários Ativos de Propaganda(Propaganda Assets Inventory), que em seu auge pôde influenciar mais de 800 jornais, revistas e formadores de opinião pública. Eles brincavam dizendo que era como uma caixa de música Wurlitzer: quando a CIA apertava o botão, podia-se ouvir qualquer música tocando pelo mundo inteiro. O próximo passo decisivo veio em 1950, quando a Divisão de Organizações Internacionais (IOD) foi instituída por Tom Braden. Foi este escritório que subsidiou a versão animada de A Revolução dos Bichos de George Orwell, que patrocinou artistas americanos de jazz, recitais de ópera, a programada turnê internacional da Orquestra Sinfônica de Boston. Seus agentes foram colocados na indústria cinematográfica, em editoras, assim como escritores viajantes para os celebrados guias Fodor. E, agora sabemos, ela promoveu o movimento de vanguarda anárquico conhecido como Expressionismo Abstrato. Inicialmente, mais tentativas abertas foram feitas para apoiar a nova arte americana. Em 1947, o Departamento de Estado organizou e pagou por uma exibição internacional chamada “Avançando a Nova Arte Americana”, com o escopo de refutar sugestões soviéticas de que a América era um deserto cultural. Mas o show causou indignação em casa, levando a Truman e sua observação sobre Hottentott e um congressista amargurado a declarar: “Eu sou só um americano idiota que paga impostos para este tipo de lixo”. A turnê teve que ser cancelada. O governo dos EUA agora enfrenta um dilema. Esse filistinismo, combinado com as denúncias histéricas de Joseph McCarthy de que tudo o que era de vanguarda ou não ortodoxo era profundamente embaraçoso. Ele desacreditou a ideia de que a América era uma sofisticada e culturalmente rica democracia. Ele também impediu o governo dos EUA de consolidar uma mudança de supremacia cultural de Paris para Nova Iorque desde 1930. Para resolver esse dilema, a CIA foi chamada. A conexão não é tão estranha quanto pode parecer. Neste momento a nova agência, composta principalmente por graduados de Yale e Harvard, muitos dos quais colecionavam arte e escreviam romances em seu tempo livre, eram um refúgio do liberalismo quando comparado com um mundo político dominado por McCarthy ou com o FBI de J. Edgar Hoover. Se havia uma instituição política que estava em posição de celebrar uma coleção de leninistas, trotskistas e alcólatras que compunham a Escola de Nova Iorque, esta era a CIA. Até agora não houve nenhuma evidência em primeira mão para provar que esta ligação foi feita, mas nela, pela primeira vez alguém oficial no caso quebrou o silêncio. Sim, como foi dito, a agência viu o Expressionismo Abstrato como uma oportunidade e sim, a agência correu com ele. “No que diz respeito ao expressionismo abstrato, eu adoraria ser capaz de dizer que a CIA inventou isso apenas para ver o que acontece em Nova York e no centro SoHo amanhã!”, brincou. “Mas eu acho que o que fizemos realmente foi reconhecer a diferença. Foi reconhecido que o Expressionismo Abstrato era o tipo de arte que fez realismo socialista olhar ainda mais estilizado e mais rígido e confinado do que era. E essa relação foi explorada em algumas das exposições. “De certa forma o nosso entendimento foi ajudado porque Moscou naqueles dias era muito cruel na sua denúncia de qualquer tipo de não-conformidade com os seus próprios padrões muito rígidos. Assim, pode-se de forma adequada e precisa raciocinar que qualquer coisa que eles criticavam muito e com mão pesada valia a pena ser apoiado de uma forma ou de outra”. Para prosseguir em seu interesse clandestino na vanguarda esquerdista da América, a CIA tinha que ter certeza de que seu patrocínio não poderia ser descoberto. “Questões desse tipo só poderiam ter sido feitas em dois ou três removes”, o Sr. Jameson explicou, “de modo que não haveria qualquer questão de ter que limpar Jackson Pollock, por exemplo, ou fazer qualquer coisa que possa envolver essas pessoas com a organização. E não

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Anti-Vírus gratuito no Android

Sem instalar nada: veja como usar o novo antivírus nativo do Android Antivírus para Android é um tema polêmico. Muitos usam, mas outros tantos juram que o sistema é seguro o bastante desde que usado com precauções básicas, e que, portanto, esse tipo de aplicativo é inútil. Agora, porém, existe uma alternativa do próprio Google que pode acalmar os dois públicos.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] A empresa sabe que os malwares para Android são uma realidade, e por isso criou o Google Play Protect. Anunciado durante o Google I/O neste ano, o sistema é integrado ao Android e funciona, na prática, como um antivírus, observando os apps que estão instalados no celular, procurando comportamentos estranhos e analisando atualizações para descobrir possíveis vírus infiltrados no dispositivo. Apesar de o sistema ter sido criado para vigiar os apps do Google Play, o sistema também permite que apps instalados por fontes alternativas sejam enviados ao Google para análise, o que, em tese, beneficia o ecossistema inteiro, permitindo que a empresa detecte ameaças vindo de outras lojas ou de APKs baixados aleatoriamente pela internet. Como o Android varia muito de celular para celular, existe a possibilidade de que o recurso funcione de um modo diferente no seu smartphone. Para referência, as dicas abaixo foram testadas usando um Nexus 5x rodando a versão beta do Android O; o Google, no entanto, afirma que o recurso também deve funcionar em versões anteriores do sistema. Veja os resultados mais recentes Se você entrar em “Configurações” > “Segurança e local” > “Google Play Protect”, verá um resumo das últimas análises feitas pelo Google entre os seus aplicativos. Se o seu celular não possui esse caminho, você pode tentar entrar em “Configurações” > “Google” > “Segurança” > “Google Play Protect”. Veja na página do aplicativo no Google Play Ainda não está disponível para todo mundo, mas o Google também postará o resultado de suas análises na própria página do app na loja. Aos poucos, o recurso será distribuído para toda a base de usuários. Veja antes de atualizar seus apps Alguns aplicativos são lançados como inofensivos, ganham a confiança do usuário e do próprio Google para só depois começar a agir de forma maligna com uma atualização futura. Por isso, o Google Play Protect também analisa as atualizações de apps. Assim, na sua lista de atualizações pendentes no Google Play também deverá constar um alerta de que tudo está em ordem. Esta função também deve demorar um pouco mais para estar disponível para todos.

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As 10 obras mais importantes de Pablo Picasso

Quem gosta de arte tem o seu, ou os seus artistas preferidos, e entre eles, as obras mais admiradas.  Guernica (1937) Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia, em Madrid Embora eu seja um fanático por Caravaggio, reconheço em Picasso um dos quatro maiores artistas da história. Tanto pela qualidade, multiplicidade de meios,e pela quantidade da produção. Como tal, me arvoro o prazer de selecionar os meus dez Picassos preferidos. Dessas, sete eu tive o prazer de as contemplars ao vivo. Les Demoiselles d’Avignon (1907) Museu de Arte Moderna, em Nova York. A Vida (1903) Cleveland Museum of Art, nos Estados Unidos Autorretrato (1907) Galeria Nacional de Praga, na República Tcheca Banhista Sentada (1930) Museu de Arte Moderna, em Nova York Dora Maar com Gato (1937) Leiloada em 2006 por 95,2 milhões de dólares, acervo particular desconhecido. Maternidade (1901) Vendida por 24 milhões de dólares em Nova York em 1988. A coleção particular desconhecida. Natureza-Morta Com Crânios de Touros (1942) Museu Kunstsammlung, na Alemanha O Sonho (1932) Comprada por 120 milhões de euros pelo colecionador norte-americano Steven A. Cohen. Até hoje o valor mais alto paga por uma obra de Picasso. Three Musicians (1921) Museu de Arte da Filadélfia

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