Arquivo

T.S.Eliot – Poesia – Poemas – Versos na tarde – 10/05/2017

A canção de amor de J. Alfred Prufrock – Parte III T.S.Eliot¹ Pois já conheci a todos, a todos conheci – Sei dos crepúsculos, das manhãs, das tardes, Medi minha vida em colherinhas de café; Percebo vozes que fenecem com uma agonia de outono Sob a música de um quarto longínquo. Como então me atreveria? E já conheci os olhos, a todos conheci – Os olhos que te fixam na fórmula de uma frase; Mas se a fórmulas me confino, gingando sobre um alfinete, Ou se alfinetado me sinto a colear rente à parede, Como então começaria eu a cuspir Todo o bagaço de meus dias e caminhos? E como iria atrever-me? E já conheci também os braços, a todos conheci – Alvos e desnudos braços ou de braceletes anelados (Mas à luz de uma lâmpada, lânguidos se quedam Com sua leve penugem castanha!) Será o perfume de um vestido Que me faz divagar tanto? Braços que sobre a mesa repousam, ou num xale se enredam. E ainda assim me atreveria? E como o iniciaria? Tradução Ivan Junqueira 1 Thomas Stearns Eliot * Nuneaton, Reino Unido – 22 de novembro de 1819 + Chelsea, Londres, Reino Unido – 22 de dezembro de 1880 [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

Leia mais »

Mídia – Moro – Lula – e Fla Flu

Tenho um amigo jornalista que não me perdoa pelos ataques que faço à mídia em termos gerais. Acontece que a própria mídia faz por onde. Olhem a metáfora implícita na capa dessas nessas duas revistas. Processo Judicial não é um Fla/Flu. Barulho na mídia não tem o condão de transformar suposições em fatos com valor jurídico. Não foi assim, por acaso, que as revistas “Isto É” e “Veja”, desta semana, colocaram nas suas capas Lula e Moro frente a frente em posição de combate. O que faz suscitar a pergunta: se os dois estão em luta, quem será o juiz do processo? Essa é a ‘dúvida’ que só prolifera em um regime de exceção, regime no qual, aparentemente, ainda não estamos vivenciando.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Essas vergonhosas capas colocam com claridade solar que, confessando metaforicamente e de forma mais simplória e descarada, que o que deveria ser tão somente uma etapa em um Processo Judicial, para ela, a mídia, trata-se de um combate entre um juiz, que deve ter atuação de forma imparcial conforme os autos, e um acusado, que deve ter direito a um julgamento justo, como determina a Constituição Federal. Ainda há, os cegos de ódio ideológico e os admiradores de falácias que transformam um mero andamento de um processo, como se uma luta livre fosse ser travada. Respeito, admiro, louvo e cito quem faz o que deve ser feito, da forma que deve ser feito, e não o tenho pelos que têm o discurso diferente da prática. Quando creio que devo dizer sim, digo sim. Quando creio que devo dizer não, digo não. A quem interessa transformar uma simples ação de um ato jurídico em um octógono da selvageria dos combates entre “humanos”? O só limite da competência da 1ª instância, do Juiz Moro, se faz suficiente para perceber que tudo tende a ficar como está; isto é, a não se pensar na conhecida parcialidade política do STF e na estatura funcional dos acusados que presidem os poderes e as chicanas a peso de mais corrupção. Paridades de Armas Ao octógono todos se achegam, com as respectiva torcidas babando na arquibancada. A defesa não quer tumultuar o processo. A defesa tem o mesmo direito da acusação, e isso se chama paridades de armas. Já o juiz, que na realidade não está no ringue, irá perguntar e o réu irá responder, não senhor, sim senhor, ou ficar calado. É isto que irá acontecer neste interrogatório. A mídia por interesses tais, resolveu ser ela a condutora de certezas e a mais verdadeira ferramenta na formação da opinião pública. Tal decisão, manifesta quanto retirou a máscara da incensação quando da aberração da justificativa da “Nuremberguiana” Teoria do Domínio do Fato, em 2005, começando ali um processo de desmonte do Estado Democrático de Direito. O mais espantoso, já merecendo um estudo sociológico específico, é o estado de absoluta negação dos acólitos dos dois “combatentes’. Lamentavelmente muita gente com neurônios aparentemente funcionando, no Brasil, acredita nas notícias “plantadas” pela mídia, conforme navegam os interesse pessoais e corporativos dos barões da mídia. O importante vai ser fazer espetáculos midiáticos, enquanto as milícias, fans, apoiadores, indignados, revoltados, vândalos ou qualquer mais que se adjetive, todos iguais na insanidade e da não percepção de que são ovelhas, comparecem para esquentar o ambiente, queimando pneus, ônibus, quebrando o comércio e agências do BB, CAIXA e outros bancos. O julgamento se tornou secundário e devem fazer comícios políticos para desestabilizar os julgadores e o MPF. O processo é, sim, oportunidade a ambas partes. Ainda que não se presuma a produção de prova negativa, o acusado dispõe o poder postulatório à produção de contra-provas, bem como de simplesmente contrapor as provas produzidas/apresentadas pela acusação. Portanto, oportunidade a ambas partes é, em síntese, respeito ao exercício do princípio processual do contraditório. Ao juiz cabe ouvir as partes, sopesar as acusações, avaliar as provas. Deles é demandado um esforço que devia ser sobre-humano para que se conservassem equidistantes das partes – da acusação e do réu. O que os advogados fazem, habilmente, numa situação que lhes é completamente hostil, é chamar a atenção para eventuais constrangimentos ao direito de defesa. O problema nas redes sociais, e nas rodas sociais, é que poucos detêm nenhum ou parcos conhecimentos de Direito Processual. Em um Processo há três partes; o juiz, o polo passivo e o polo ativo. O juiz é o árbitro que aplica a lei conforme o conteúdo dos autos. Entre Moro e Lula quem perde é o Brasil. “Advirto o leitor que este “capitulo” deve ser lido pausadamente e que desconheço a arte de ser claro para quem não quer prestar atenção” Rousseau” Ps.Eu não tenho ídolos! Entenderam?  

Leia mais »

Tecnologia – Profissões do Futuro

Guia do espaço e designer de órgãos: Organização lista dez profissões do futuro Foi-se o tempo em que as respostas para a pergunta “o que você quer ser quando crescer?” eram apenas “médico”, “advogado” e “professor”. Futuras gerações devem ter opções muito mais criativas, como “guia turístico do espaço” ou “designer de órgãos do corpo”. É o que diz o relatório Tomorrow Jobs, feito em parceira pelo Future Lab, consultoria que tenta prever tendências em 14 áreas, e a Microsoft Surface, área da empresa voltada para estudantes.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] O relatório descreve dez empregos que não existem hoje mas que, segundo a consultoria, existirão em dez anos. “Tenho que ser honesto: alguns empregos desta lista surpreenderam até a gente, e não é muito fácil nos surpreender”, disse à BBC Steve Tooze, futurologista do Future Lab. De acordo com o Departamento de Empregos americano, 65% dos estudantes de hoje irão trabalhar em carreiras que ainda não existem. Veja abaixo os empregos do futuro: Direito de imagemTHINKSTOCK 1. Arqueólogo de lixo espacial Sua tarefa será localizar e explorar destroços de materiais na órbita da Terra. Também farão tours guiados em naves abandonadas e satélites fora de uso, enquanto coletam, arquivam e decifram cada item recuperado. Direito de imagemTHINKSTOCK 2. Especialista em armazenamento de memória O relatório prevê que, no final dos anos 2020, interfaces cérebro-software que antes eram usadas apenas por neurocientistas irão se popularizar. Com isso, as pessoas poderão ler e capturar pensamentos, memórias e sonhos. Esses especialistas teriam a função de ajudar os usuários a aumentar a capacidade de armazenamento de suas mentes. Com isso, elas poderão acessar mais lembranças e experimentá-las quando quiserem. Direito de imagemTHINKSTOCK 3. Estrategistas de recuperação da natureza Com a previsão de que a população da Terra ultrapasse os 9 bilhões, os ecossistemas naturais estarão no limite em 2025. Esse profissional irá reconstruir ecossistemas usando fauna e flora de todo o mundo. A ideia é que ele possa reintroduzir plantas e animais extintos em diversas regiões, além de ajudar os animais a migrarem quando necessário. Direito de imagemTHINKSTOCK 4. Profissional de inovação de bateria O estudo prevê que, em alguns anos, haverá um aumento do uso de energias renováveis, como solar e eólica. Porém, será preciso ter energia armazenada para dias em que não haja sol ou vento Quem fará isso são esses profissionais, que combinarão diferentes elementos para inventar novos tipos de armazenagem de energia. Eles também irão supervisionar a instalação de supercarregadores para lidar com a demanda crescente por energia gerada pelo aumento do uso da “internet das coisas”. Direito de imagemTHINKSTOCK 5. Designer de partes do corpo Futurologistas preveem que, com os avanços da tecnologia, a média de idade dos humanos supere os cem anos. Isso vai acontecer com a popularização das técnicas de substituição de órgãos e tecidos humanos. O designer de órgãos vai projetar membros que combinem com o tom de pele e musculatura, além de criar novas aparências ou aumentar a funcionalidade de membros para determinadas funções ou esportes. Direito de imagemTHINKSTOCK 6. Designer de ambientes virtuais Por volta de 2025, milhões de pessoas passarão uma boa parte do dia trabalhando, jogando ou viajando em ambientes de realidade virtual. Mas essa experiência precisará ser imersiva a ponto que quase não seja possível diferenciá-la do mundo real. Por isso, será preciso ter profissionais como arquitetos e design de interiores que trabalhem apenas no ciberespaço. Direito de imagemTHINKSTOCK 7. Ativista de ética tecnológica Na próxima década, o relatório prevê que a tão esperada era dos robôs finalmente chegará. Eles poderão ser assistentes pessoais, técnicos de trabalhos manuais ou atendentes de serviços aos consumidor, por exemplo. Mas eles roubarão os empregos das pessoas? Quem irá regular isso? É aí que entra a figura do ativista, que atuará junto a governos para decidir o que os robôs podem ou não podem fazer. Direito de imagemTHINKSTOCK 8. Comentarista de cultura digital Acredita-se que o sucesso de redes sociais de apelo visual, como Instagram e Pinterest, mostre que as novas gerações se engajem cada vez mais com a cultura por meio de imagens. Por isso, será necessário ter alguém que transforme cultura e artes em imagens, além de adaptar a cultura de marcas a essa nova realidade. Direito de imagemTHINKSTOCK 9. Biohacker freelance Um ambiente antes restrito a acadêmicos irá se abrir para profissionais que não precisam publicar artigos ou dar aula e, com isso, podem explorar mais sua criatividade. O relatório prevê que, em dez anos, a medicina também passará a se aproveitar de crowdsource e soluções inovadoras na busca de vacinas, antibióticos e curas de doenças. A ideia é que esses profissionais freelance se unam em ambientes online e usem ferramentas de edição de genes, por exemplo, para buscar curas de doenças. Direito de imagemTHINKSTOCK 10. Criação na área de dados da internet das coisas Muita gente não sabe, mas já está usando a internet das coisas, com carros e eletrônicos que têm softwares que coletam dados. A tendência é que isso aumente – seu tênis pode reunir dados sobre sua corrida para você, por exemplo. O profissional dessa área irá unir e interpretar esses dados, de forma a oferecer mais serviços úteis para o consumidor.

Leia mais »