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Fotografia – A vida como não deveria ser

Você sabe porque algumas de suas roupas custam tão pouco? Suar pelos ricos Issa Gira, de 67 anos, planta algodão há vários anos em Burkina Faso, mas continua lucrando menos de um dólar por dia. Toda a família tem de ajudá-lo na lavoura, inclusive o garoto da foto. O consumidor final nem toma conhecimento das precárias condições em que vivem essas pessoas. Controle do peso Após a colheita, os agricultores de Burkina Faso trazem o produto para os postos de coleta na vila mais próxima. Antes disso, uns ajudam os outros a comprimir o algodão em grandes fardos, para pesá-lo. “Ninguém se preocupa com o cultivo, o primeiro elo da cadeia de produção de roupas”, adverte o fotógrafo. Quase tão valioso quanto ouro Mais de quatro milhões de pessoas trabalham na produção de algodão em Burkina Faso. O algodão é a segunda matéria-prima burquinense mais valiosa, depois do ouro. A Sofitex é uma das três empresas no país que compram o algodão dos agricultores e lhes dá empréstimos. A Sofitex exporta cerca de 540 mil toneladas de algodão por ano. Na foto, agricultores em cima de um contêiner da empresa. Colonialismo moderno “Os subsídios do Ocidente para a produção de algodão levam a dumping nos preços, causando altos prejuízos aos países pobres”, afirma Franko. Para ele, a produção de algodão e de roupas nos países pobres é só outra forma de colonialismo. “As pequenas empresas muitas vezes trabalham como contratadas de empresas maiores. O aluguel é caro para os trabalhadores, por isso eles também dormem no local.” Costureiras em Daca Trabalhadoras cortam tecido em uma fábrica em Daca, Bangladesh, coração mundial da indústria têxtil barata, onde elas ganham em média 2,20 euros por dia. Empresas como H&M, Walt Disney e Lidl têm seus produtos fabricados aqui. A região foi manchete em 24 de abril de 2013, quando o prédio Rana Plaza desabou, causando a morte de 1.129 pessoas. O outro lado da União Europeia “É difícil falar de condições justas de produção mesmo em marcas caras”, diz Franko sobre esta foto, que mostra trabalhadores romenos. “As condições de trabalho nas fábricas de roupas da Romênia são muito melhores que na maioria dos países asiáticos e africanos, mas os salários, de no máximo 200 euros, ainda são extremamente baixos, em certos casos menores que na China. E essa é a União Europeia!” Curta vida útil A indústria da moda passa por uma estagnação em termos de tendências. Por isso, muitas peças de roupa podem ser usadas por mais tempo. Mesmo assim, a cada ano são vendidas mais de 80 bilhões de peças em todo o mundo. A má qualidade e o baixo preço facilitam o descarte. Só nos Estados Unidos surgem a cada ano mais de 15 milhões de toneladas de lixo têxtil. De olho só no preço “O algodão tem uma história negra, e, na minha opinião, os problemas decorrentes de seu comércio nunca foram resolvidos”, lamenta o fotógrafo Jost Franko. Embora se fale muito disso, os consumidores parecem não se preocupar: “Acho que é mais fácil fechar os olhos. Os problemas têm raízes profundas e não são só da indústria têxtil.” Movimento global Fashion Revolution é um movimento global que exige maior transparência, sustentabilidade e ética na indústria da moda. A semana em que se lembra o desabamento do Rana Plaza em Bangladesh foi declarada Semana da Revolução da Moda, com a campanha #whomademyclothes, em que o consumidor é encorajado a questionar “Quem fez minhas roupas” e exigir maior transparência na cadeia de produção de têxteis. Fotografias de Jost Frank [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

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Arquitetura – Templos

Mesquitas em Mali, ÁfricaFotografia: Autor não identificado Fotografia de Peter Menzel Fotografia de JSTOR, via Flickr Fotografia de autor não identificado Fotografia de autor não identificado Fotografia de Inaki Caperochipi [ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”]

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Economia: China despeja investimentos no Brasil

‘China Daily’: China se torna o maior investidor do Brasil até agora em 2017 Investidores gastaram US $ 5,67 bilhões em fusões e aquisições no país O jornal China Daily publicou nesta terça-feira (25) matéria onde conta que a China é o maior investidor estrangeiro do Brasil até o momento neste ano, de acordo com a consultoria Dealogic.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Segundo a reportagem nos primeiros quatro meses e meio de 2017, investidores chineses gastaram US $ 5,67 bilhões em fusões e aquisições, representando 37,5% do investimento total no país. O investimento chinês no Brasil até meados de abril representa quase a metade dos US $ 11,92 bilhões que a China gastou em 2016, destaca o China Daily. O investimento chinês no Brasil até meados de abril representa quase a metade dos US $ 11,92 bilhões que a China gastou em 2016, destaca o China Daily A China foi seguida pela Argentina e Holanda, com US $ 1,6 bilhão e US $ 1,1 bilhão, respectivamente, descreve o diário chinês. O noticiário aponta que o aumento do investimento chinês ocorre em um momento em que o Brasil está melhorando sua balança comercial com a China, graças ao aumento das exportações de ferro e petróleo. A balança comercial positiva do Brasil passou de US $ 1 bilhão no primeiro trimestre do ano passado para US $ 5,5 bilhões no mesmo período deste ano, de acordo com o Ministério da Indústria e Comércio Exterior, finaliza o China Daily. China Daily

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Meio Ambiente – Larva que degrada plástico

Descoberta feita por uma bióloga espanhola pode ser solução para os dejetos plásticos. Larvas abrem seu caminho através do plástico. Larvas da traça-grande-da-cera comem e digerem sacos de polietileno em ritmo acelerado. Cientistas descobrem larva que degrada plástico Federica Bertocchini tem uma profissão interessante e um hobby apaixonante: a bióloga evolutiva é pesquisadora no Instituto de Biomedicina e Biotecnologia da cidade espanhola de Cantabria e apicultora nas horas vagas.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Por mero acaso ela pôde unir sua paixão por abelhas ao seu trabalho de pesquisa. E disso poderá sair uma solução para o problema dos resíduos plásticos. A equipe de pesquisadores liderada por Bertocchini publicou os resultados de sua pesquisa nesta terça-feira (24/04) na revista especializada Current Biology. Não é só Bertocchini que ama suas colmeias. A larva da traça Galleria mellonella também tem uma predileção por elas – mais especificamente pelos favos de mel. É neles que as traças depositam seus ovos, que se transformam em larvas, precisando de seis a sete semanas no estágio de pupa até virarem mariposas. Um dia, a apicultora amadora retirou as indesejadas larvas parasitárias de uma colmeia e as embrulhou num saco plástico de polietileno para jogá-las fora. No entanto, em pouco tempo, as larvas abriram uma saída através da sacola. Isso não é necessariamente uma novidade. Já se sabe há bastante tempo que as larvas da traça-grande-da-cera podem abrir caminho através de sacos plásticos. Em fóruns de proprietários de terrários ou de apicultores encontram-se diversos relatos sobre o assunto. Essas larvas são um alimento popular para répteis e também são usadas como iscas por pescadores. Só come ou também digere? Mas até agora não estava claro se as larvas dessa traça simplesmente comem o plástico, para mais tarde excretá-lo como microplástico, ou se elas são capazes de digeri-lo e realmente degradá-lo. Por exemplo, sabe-se que, além da lã, as traças-das-roupas também gostam de comer vestimentas de tecido misto, mas digerem apenas os componentes de lã do tecido. Nesse processo, elas excretam as fibras de plástico como microplástico. Bertocchini quis entender melhor esse processo. Por meio da análise espectroscópica, ela pôde constatar que a traça de guarda-roupa difere da traça-grande-da-cera, que, aparentemente, não expele nenhum microplástico, transformando quimicamente o polietileno em etilenoglicol. Trata-se de uma pequena molécula, um monômero, ou seja, não é plástico, que consiste de polímeros. Em cooperação com os colegas Paolo Bombelli e Christopher Howe, Bertocchini realizou, em seguida, experimentos em laboratórios bioquímicos da Universidade de Cambridge. Os pesquisadores colocaram cerca de cem larvas de traça-grande-da-cera em sacolas plásticas comuns de supermercado no Reino Unido. Já depois de 40 minutos, perceberam-se furos nos sacos. Após 12 horas, as larvas haviam digerido 92 miligramas do polímero. Segundo Bertocchini, essa é uma taxa de degradação extremamente alta. Em poucas horas, lavas fazem furos no plástico Descobrir a enzima responsável A pesquisadora acredita que as traças-grandes-da-cera possuem uma enzima que quebra ligações químicas presentes tanto na cera de abelha quanto no plástico. “A cera é um polímero, quase um ‘plástico natural’, e possui uma estrutura que se assemelha a do polietileno”, explicou a pesquisadora. As ligações químicas semelhantes da cera e do polietileno foram demonstradas por outro experimento: os pesquisadores esmagaram algumas das larvas da traça-grande-da-cera e colocaram a massa resultante diretamente sobre o saco plástico. Também aí surgiram buracos na sacola. Agora, os cientistas trabalham para identificar essa enzima. Se ela puder ser reproduzida em escala industrial, poderá ser usada para o descarte ecológico de sacos plásticos ou para degradá-los em aterros existentes por meio da aplicação direta da enzima. Observação semelhante foi feita há alguns anos por cientistas chineses com a larva da traça da farinha. Conhecidas por bicho-da-farinha, essas larvas também abrem o seu caminho através do plástico, digerindo o “indestrutível” polietileno, mas com a ajuda de bactérias. E esse processo parece demorar muitos mais do que no caso das traças-grandes-da-cera, vorazes comedoras de plástico que aparentemente utilizam uma enzima. Agora resta descobrir que enzima é essa.

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Macron, Hackers e eleições na França

Campanha de Macron foi alvo de hackers russos, dizem especialistas de segurança Empresa afirma que coletivo Pawn Storm tentou interferir na campanha do candidato à presidência da França. Grupo é suspeito de ligação com os serviços secretos russos. A campanha eleitoral do candidato à presidência da França Emmanuel Macron foi alvo de ciberataques realizados por hackers russos, afirmaram especialistas da empresa japonesa de segurança cibernética Trend Micro nesta terça-feira (25/04).[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Os pesquisadores acreditam que o grupo por trás da ação é um coletivo de hackers conhecido pelos nomes Pawn Storm, Fancy Bear, Tsar Team e APT28 e suspeito de ter vínculos com serviços secretos russos. Eles já haviam sido acusados de ciberataques ao Partido Democrata durante a campanha de Hillary Clinton à Casa Branca em 2016. Segundo o relatório da Trend Micro, os ataques à campanha de Macron consistiram em várias tentativas de phishing, uma técnica utilizada por hackers para roubar informações pessoais de usuários por meio de e-mails fraudulentos ou direcionando o internauta para páginas falsas na internet. De acordo com o jornal francês 20 minutes, entre meados de março e abril, o coletivo russo lançou na internet quatro domínios com endereços similares aos do movimento político “Em Marcha!”, de Macron, na tentativa de enganar os apoiadores e funcionários da campanha que tentavam acessá-lo. A equipe de Macron já havia anunciado em meados de fevereiro ter sofrido “milhares de ciberataques provenientes das fronteiras russas”. O diretor da campanha online do candidato centrista, Mounir Mahjoubi, confirmou a tentativa de espionagem à agência de notícias AP, mas disse que ela não foi bem-sucedida. “É algo sério, mas nada foi comprometido”, garantiu o funcionário. Nesta segunda-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, negara qualquer envolvimento russo na campanha eleitoral francesa. “Que grupos? De onde? Por que a Rússia? Tudo isso lembra as acusações de Washington que permanecem vazias e desonram seus próprios autores”, afirmou. Macron venceu o primeiro turno da eleição presidencial francesa com 24,01% dos votos e enfrentará a populista de direita Marine Le Pen no segundo turno, marcado para 7 de maio. EK/afp/ap/efe/lusa/ots

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