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Albano Martins – Poesia – Versos na tarde – 26/04/2017

Dois Poemas Albano Martins ¹ Em que idioma te direi este amor sem nome que é servo e rei? Como o direi? Como o calarei? É como se a noite se molhasse repentinamente, quando choras. É como se o dia se demorasse, quando te espero e tu te demoras. (in «Outros Poemas», 1951/52; «Vocação do Silêncio», Poesia – 1950-1985) ¹ Albano Dias Martins * Fundão, Portugal – 6 de agosto de 1930 [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Os Traidores Têm Baixo QI, Diz Estudo

De acordo com o autor do estudo, o especialista em psicologia evolutiva da London School of Economics, Satoshi Kanazawa, pessoas inteligentes estão mais propensos a valorizar a exclusividade sexual do que as pessoas menos inteligentes. Esta foto é sua? Por favor entre em contato. Kanazawa analisou duas grandes pesquisas americanas a National Longitudinal Study of Adolescent Health e a General Social Surveys, que mediam atitudes sociais e QI de milhares de adolescentes e adultos.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Ao cruzar os dados das duas pesquisas, o autor concluiu que as pessoas que acreditam na importância da fidelidade sexual para uma relação demonstraram QI mais alto. Kanazawa foi mais longe e disse que outra conclusão do estudo é que o comportamento “fiel” da pessoa mais inteligente seria um sinal da evolução da espécie em si. Sua teoria é baseada no conceito de que, ao longo da história evolucionária, os homens sempre foram relativamente polígamos, e que isso está mudando. Para Kanazawa, assumir uma relação de exclusividade sexual teria se tornado então uma novidade evolucionária e pessoas mais inteligentes estariam mais inclinadas a adotar novas práticas em termos evolucionários – ou seja, a se tornar mais evoluídas. Para o autor, isso se deve ao fato de pessoas mais inteligentes serem mais abertas a novas ideias e questionarem mais os dogmas. Mas segundo Kanazawa, a exclusividade sexual não significa maior QI entre as mulheres, já que elas sempre foram relativamente monogâmicas e isso não representaria uma evolução uma vez que a monogamia feminina é, ainda nos dias atuais, considerada uma imposição social e a evolução se dá quando o indivíduo tem a liberdade de fazer algo, todavia o considera não praticável, e assim toma a livre vontade de não fazê-lo. Trecho extraído do artigo Personality and Individual Differences

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Vargas Llosa: Nove livros de leitura obrigatória

Vargas Llosa Indica Os 9 Livros Que Todos Deveriam Ler Como quase todos os escritores, Mario Vargas Llosa é um leitor apaixonado. Passou quase toda a sua vida entre a leitura e a escrita, por isso também é um grande conhecedor da literatura universal. Alguns livros o marcaram a tal ponto que hoje os reconhece como textos que toda pessoa deveria ler. São nove e aqui veremos quais são: [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] 1- A Senhora Dalloway, de Virginia Woolf Vargas Llosa diz sobre este livro que: “O embelezamento sistemático da vida graças a sua refração em sensibilidades deliciosas, capazes de sugar de todos os objetos e de todas as circunstâncias a beleza oculta que possuem, é o que dá ao mundo de ‘A Senhora Dalloway’ a sua milagrosa originalidade”. 2- Lolita, de Vladimir Nabokov A respeito desta obra, o vencedor do Prêmio Nobel afirma: “Humbert Humbert conta esta história com as pausas, suspense, falsas pistas, ironias e ambiguidades de um narrador consumado na arte de reavivar a curiosidade do leitor a cada momento. Sua história é escandalosa mas não pornográfica, nem sequer erótica. Uma piada incessante das instituições, profissões e afazeres, desde a psicanálise – uma das bestas negras de Nabokov – até a educação e a família, permeiam o diálogo de Humbert Humbert”. 3- O Coração das Trevas, de Joseph Conrad Sobre esta obra, Vargas Llosa indica: “Poucas histórias conseguiram expressar de forma tão sintética e subjugante como esta o mal entendido nas conotações metafísicas individuais e nas suas projeções sociais”. O filme “Apocalipse Now” está baseado nesta maravilhosa obra da literatura universal. 4- Trópico de Câncer, de Henry Miller Foi um dos livros mais controversos de sua época e ainda hoje continua despertando fortes polêmicas. A seu respeito, Vargas Llosa comenta: “O narrador-personagem de Trópico de Câncer é a grande criação da novela, o êxito supremo de Miller como novelista.” “Esse “Henry” obsceno e narcisista, depreciativo do mundo, solícito apenas com seu falo e suas tripas, tem, frente a tudo, um verbo inconfundível, uma vitalidade rabelesiana para transmutar em arte o vulgar e o sujo, para espiritualizar com seu grande vozeirão poético as funções fisiológicas, a mesquinharia, o sórdido, para dar dignidade estética à grosseria”. 5- Auto de Fé, Elias Canetti Esta obra, escrita por outro Prêmio Nobel, é uma das favoritas de Vargas Llosa: “Ao mesmo tempo que os demônios da sua sociedade e de sua época, Canetti se serviu também dos que habitavam somente a ele. Barroco emblema de um mundo a ponto de explodir, a sua novela é ainda assim uma fantasmagórica criação soberana na qual o artista funde suas fobias e apetites mais íntimos com os sobressaltos e crises que fissuram seu mundo”. 6- O Grande Gatsby, de Francis Scott Fiztgerald Sobre O Grande Gatsby, Vargas Llosa aponta: “A novela toda é um complexo labirinto de muitas portas e qualquer uma delas serve para entrar na sua intimidade. Quem abre esta confissão do autor de O Grande Gatsby se presta a uma história romântica, dessas que faziam chorar”. 7- O Doutor Jivago, de Boris Pasternak Uma extensa obra até a qual, sem dúvida, muitos chegaram graças ao cinema. Um clássico de clássicos sobre o qual o Premio Nobel Peruano comenta: “Sem essa confusa história que os manipula, atordoa e finalmente despedaça, as vidas dos protagonistas não seriam o que são.” Este é o tema central da novela, o que reaparece, vez trás outra, ao longo da sua tumultuada peripécia: o desamparo do indivíduo frente à história, sua fragilidade e impotência quando se vê preso no remoinho do “grande acontecimento”. 8- O Leopardo, de Giuseppe Tomasi de Lampedusa Vargas Llosa é contundente no seu comentário sobre esta obra: “Como em Lezama Lima, como em Alejo Carpentier, narradores barrocos que se assemelham porque também construíram uns mundos literários de beleza escultural, emancipados da corrosão temporal. Em ‘O Leopardo’ a varinha mágica executa aquela trapaça, mediante a qual a ficção adquire fisionomia própria, um tempo soberano diferente do cronológico, é a linguagem”. 9- Opiniões de um Palhaço, Heinrich Böll “‘Opiniões de um Palhaço’, sua novela mais célebre, é um bom testemunho dessa sensibilidade social escrupulosa maníaca. Trata-se de uma ficção ideológica, ou como diziam ainda na época em que apareceu (1963), ‘comprometida’. A história serve de pretexto para um julgamento religioso muito severo e moralista do catolicismo e da sociedade burguesa na Alemanha Ocidental do pós-guerra”, sentencia o afiado escritor. Imagem cortesia de dadevoti Texto original em espanhol de Edith Sánchez

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Uma nova Assembleia Constituinte?

O problema; quem possui idoneidade para a convocar? Quatro dos constituintes de 88 sem deputados com mandato e estão na delação da Odebrecht. O que esperar de uma Constituição Federal cujo membro da Comissão de Redação final – o então constituinte Nelson Jobim – confessou de público que alterou a redação de dois artigos da CF, e que jamais revelaria quais foram?[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] O que esperar de uma Constituição Federal que entre seus membros constituintes havia Senadores Biônicos? Tal presença de constituintes “Biônicos” fere a legitimidade da CF/88, pois tais biônicos foram indicados pelo, e no, regime ditatorial, o que levou alguns teóricos a dizer que a Constituição Brasileira não foi a nossa primeira constituição histórica, na terminologia definida por Hans Kelsen2. O que esperar da única Constituição do mundo que tem prefácio, nominado de preâmbulo, no qual já há uma declaração de laicidade, e aí já batendo de frente com o definido no Art.5º, VI? A Constituição deveria ter sido elaborada por uma Assembleia eleita exclusivamente para a elaborar, tal como acontecera em Portugal, quando foi elaborada a Constituição de 1976, após a Revolução dos Cravos com a queda da Ditadura de Salazar, ou se, pela ausência de uma ruptura institucional profunda, deveria ser elaborada pelo Legislativo. Uma Emenda Constitucional imposta pela ditadura de 1964, consagrou esta segunda corrente, assim, e por isso, o Congresso eleito em 1986 exerceu, de fato e de direito, poder constituinte, e poder constituinte originário, a exemplo do que ocorrera quando da elaboração da Constituição de 1946. Na Espanha, a Constituição de 1978 foi elaborada pelas Cortes Constitucionais. Em 2018 a esfrangalhada, rasgada, pisoteada, humilhada e avacalha Constituição Federal da República Federativa do Brasil completará 30 anos de existência, estuprada com nada menos de 95 Emendas. “Há duas formas de ruptura da ordem constituída de um país: a revolucionária, imposta pela violência, e a que decorre do contínuo esgarçamento do tecido constitucional, mediante emendas em profusão que a desfigurem e a façam perder o sentido de unidade”3. O poder legislativo prenhe de ladrões, corruptos e pestilentos das piores espécies, vêm legislando em causa própria. transformando a CF/88, em uma colcha de retalhos, corporativista, imperial, hermeneuticamente ao sabor dos ditames de cada magistrado – tais dubiedades se presta à decisões monocráticas de ministros do STF – , cartorial e eivada de “boutades” voltadas para os interesses dos legisladores e seus financiadores. Como se encontra redigida, temos uma CF/88 detalhista e retalhista, que não bastasse tratar de coisas tão inacreditáveis como roubos de margarina à revogação, claramente inconstitucional, do Princípio da Presunção de Inocência; da indenização de seringueiros ao tempo da 2ª Guerra Mundial até normatização de vaquejadas. Os malucos que a redigiram em 1987 e a promulgaram em 1988, a fizeram para evitar que um novo regime de exceção não encontrasse mais facilidade para se impor. Eis a origem da aberração. A Constituição Federal têm em comum com todas as anteriores, desde a primeira em 1891, o fato de também não ter sido originária. Se faz, portando a necessidade de uma nova Assembleia Constituinte Originária Ou uma nova Assembleia Constituinte¹ ou o caos tornar-se-á incontrolável. ¹Um plebiscito decidiria se os eleitores querem uma nova constituinte, pois somente o povo possui legitimidade para convocar uma Assembleia Constituinte, em virtude de nenhum poder possuir, atualmente, idoneidade moral para tal. Os candidatos à constituintes seriam eleitos com o mandato, de todos, durando somente até a promulgação da nova Constituição, e, após a promulgação, ficariam impedidos de disputarem eleições para quaisquer cargos, nos três poderes, por oito anos. PS. Nenhum parlamentar com mandato vigente, em nenhuma esfera dos três poderes e os que tiveram seus mandatos cassados em qualquer época, poderiam ser candidatos a constituintes. 2 Hans Kelsen – Praga, 11 de outubro de 1881 – Berkeley, 19 de abril de 1973 – jurista e filósofo austríaco, considerado um dos mais importantes e influentes estudiosos do Direito. 3 Reginaldo de Castro, ex-presidente nacional da OAB

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