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Cláudio Manoel da Costa – Versos na tarde – 28/12/2016

Soneto Cláudio Manoel da Costa¹ Para cantar de amor tenros cuidados, Tomo entre vós, ó montes, o instrumento; Ouvi pois o meu fúnebre lamento; Se é, que de compaixão sois animados: Já vós vistes, que aos ecos magoados Do trácio Orfeu parava o mesmo vento; Da lira de Anfião ao doce acento Se viram os rochedos abalados. Bem sei, que de outros gênios o Destino, Para cingir de Apoio a verde rama, Lhes influiu na lira estro divino: O canto, pois, que a minha voz derrama, Porque ao menos o entoa um peregrino, Se faz digno entre vós também de fama. ¹ Cláudio Manoel da Costa * Mariana, MG – 05 Junho 1729 + Ouro Preto,MG – 04 Julho 1789 [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

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