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Cora Coralina – Versos na tarde – 24/04/2016

Não Sei Cora Coralina¹ Não sei…Se a vida é curta Ou longa demais para nós, Mas sei que nada do que vivemos Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas. Muitas vezes basta ser: Colo que acolhe, Braço que envolve, Palavra que conforta, Silêncio que respeita, Alegria que contagia, Lágrima que corre, Olhar que acaricia, Desejo que sacia, Amor que promove. E isso não é coisa de outro mundo. É o que dá sentido a vida. É o que faz com que ela Não seja nem curta, Nem longa demais, Mas que seja intensa, Verdadeira, pura. ¹Cora Coralina * Goiás, GO -20 de Agosto de 1889 d.C + Goiânia,GO – 10 de Abril de 1985 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Brasil: Um país bipolar

O que me espanta nas manifestações dos diversos grupos de Tapuias não é a classe sócio econômica dos participantes. O estranhamento é termos pessoas “tão bem educadas” lutando contra princípios democráticos e expressando ódio por meio de cartazes e palavras de ordem, além do que circula nas redes sociais. Espanta muito perceber que “pessoas bem educadas” possam pensar que os problemas políticos do país são ocasionados por uma única pessoa ou partido. Eu honestamente esperava muito mais de pessoas “tão bem educadas,” porém a origem de todas as decepções é um excesso de expectativas. Achar que um grupo tem mais direito que o outro é um erro gravíssimo! Somos todos iguais em Direitos. O Brasil está bi polarizado e esse tipo de desagregação só traz prejuízos para os dois lados. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Sociedades médicas lançam campanha para evitar ‘overdose’ de exames

Quantos mais exames o médico pede, mais você está protegendo sua saúde? Pode não ser bem assim. Sociedades médicas brasileiras – de Cardiologia e de Medicina de Família – estão trazendo para o Brasil uma campanha internacional que tenta mostrar os riscos do que chamam de “epidemia de diagnósticos”. Campanha internacional tenta mostrar riscos de ‘epidemia de diagnósticos’ Image copyright Thinkstock Ela seria causada por um excesso de exames, que poderia levar a uma “overdose” de tratamentos desnecessários e, em alguns casos, danosos. Mas como saber se uma prescrição está correta? A ausência de uma resposta exata gera discussão entre médicos e dúvidas entre pacientes. “Com exames mais sofisticados, os diagnósticos e tratamentos aumentaram. Mas a mortalidade não caiu para nenhum tipo de câncer, nem para doenças cardiovasculares, segundo pesquisas. Certos procedimentos têm efeitos colaterais piores que algumas formas das doenças”, afirma André Volschan, coordenador do Centro de Estudos do Hospital Pró-Cardíaco, no Rio de Janeiro.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Entusiasta da campanha “Choosing Wisely” (escolhendo com sabedoria), iniciada nos Estados Unidos em 2012, Volschan afirma que procedimentos só se justificam se puderem aumentar a expectativa ou a qualidade de vida do paciente. “A cada mulher salva da morte por câncer de mama, muitas outras sofrem biópsias, que são procedimentos invasivos. Intervenções devem ser bem avaliadas, pois levam a problemas permanentes, como impotência sexual.” No entanto, há quem discorde das ideias da campanha. O presidente da Sociedade Brasileira de Patologia, Clóvis Klock, é taxativo sobre a importância dos exames: “Temos que trabalhar com o máximo possível de prevenção, especialmente a do câncer. Falsos positivos são evitados com investigações posteriores mais complexas, como biópsias”. Klock opina que o rastreamento das doenças, feito de acordo com faixas etárias e perfis adequados, só gera benefícios: “Através de técnicas mais precisas de diagnóstico e cirurgia, cura-se muito mais câncer que há 30 anos”. Entusiasta da campanha, André Volschan diz que muitos procedimentos têm efeitos colaterais – Image copyright Fernanda Portugal Lista de exames Para evitar mal-entendidos entre os médicos, a campanha no Brasil, que ganhou o apoio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), adotou a estratégia da norte-americana, impulsionada pelo Conselho Americano de Medicina Interna. A ideia não é impor condutas aos doutores, mas estimular as sociedades médicas a criarem suas listas de procedimentos a serem evitados. Em sua lista, a Sociedade Brasileira de Cardiologia recomenda que seja deixada de lado uma intervenção que movimenta um mercado de US$ 10 bilhões por ano: a colocação de “stents” em pacientes assintomáticos – pequenos tubos que abrem vasos entupidos por placas de gordura no coração. “O procedimento é invasivo, obriga a pessoa a ficar usando remédios e não previne infartos, mesmo em quem tem grande placa. O ‘stent’ só é indicado para melhorar a qualidade de vida de quem tem dor em repouso e outras situações específicas, como no pós-infarto”, explica o cardiologista Luís Cláudio Correia, do Hospital São Rafael, em Salvador (BA). Segundo Correia, um dos responsáveis por trazer para o Brasil os conceitos da “Choosing Wisely”, 50% das intervenções coronárias nos Estados Unidos são inadequadas ou incertas. “O excesso é uma forma que alguns profissionais têm de parecerem competentes. É também uma questão mercantilista. Vivemos de procedimentos realizados. Às vezes, a remuneração por exame é baixa, então muitos são pedidos, o que é uma distorção”, critica Correia. Para ele, dar garantias a um paciente de que determinado tratamento vai prevenir problemas graves, como infartos, é “medicina baseada em fantasia”. “Precisamos ser mais científicos, o que requer a humildade de reconhecer que não temos controle sobre o destino, mas capacidade de reduzir a probabilidade de eventos adversos”. “O trabalho agora é envolver sociedades de outras especialidades, para que façam suas listas”, diz o clínico-geral Guilherme Barcellos, coordenador do Programa de Medicina Interna Hospitalar do Hospital Divina Providência, em Porto Alegre (RS), e que também trouxe conceitos do “Choosing Wisely” ao Brasil. Pesquisador da Fiocruz, Josué Laguardia diz que está em desenvolvimento uma página do “Choosing Wisely Brasil”, onde haverá informações sobre o uso inadequado de procedimentos diagnósticos. Cardiologista Luís Correia diz que excesso de exames é forma de médicos parecerem competentes – Image copyright Fernanda Portugal Consulta rápida Para Volschan, os motivos que levam o médico a pedir exames são as incertezas sobre o diagnóstico e o prognóstico. Além disso, ele cita as consultas rápidas, a exigência dos próprios pacientes, o medo de perder o “cliente” para um concorrente e de ser processado por não pedir os exames. A campanha, diz Volschan, não pode ser entendida como uma recomendação de abandonar a medicina preventiva. “O que buscamos é o uso dos exames de forma racional. Medicina não é assinar pedidos de ressonância.” Conversa Uma saída para o dilema pode ser a conversa franca entre médico e paciente para que, juntos, tomem decisões. Em seu consultório no Rio, o angiologista e cirurgião vascular Eduardo Fávero dedica tempo à troca de ideias. “As pessoas sempre pedem exames. É mais fácil, porém errado, preencher uma guia em dez segundos do que explicar, em dez minutos, por que determinado teste não é indicado”, afirma. Quando não se pode escapar dos testes, ele busca o mais adequado. “Há muitas doenças que podem ser acompanhadas por meio de ultrassonografia em vez das tomografias, para as quais se toma contrastes, que são tóxicos para os rins”, exemplifica. Uma doença de manejo discutido é a embolia pulmonar, cujo tratamento inclui substâncias que aumentam o risco de sangramento. “Há questionamento sobre a necessidade de se tratar embolias de pequena repercussão clínica, porque as hemorragias teoricamente são mais perigosas do que a doença em si”, afirma Volschan. Com a tomografia computadorizada de tórax, a incidência do problema aumentou 80%, dos anos 1980 para os 2000. “Na teoria, quando há mais pessoas se tratando, a mortalidade cai. Mas esta taxa continuou igual, e as complicações por sangramentos aumentaram 70%.” Fernanda Portugal/BBC

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‘Grande farsa’ ou ‘fim de ciclo’? Brasilianistas divergem sobre peso histórico de decisão da Câmara

A decisão da Câmara de autorizar a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff gerou reações divergentes entre estudiosos do Brasil nos Estados Unidos. Interpretação do episódio vai depender do que ocorrer com presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e vice-presidente, Michel Temer Num ponto, porém, analistas ouvidos pela BBC Brasil parecem concordar: a interpretação histórica do episódio dependerá do que ocorrer com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e com o vice-presidente, Michel Temer. Para James Green, professor de história brasileira da Brown University, a leitura histórica da votação da Câmara dependerá do julgamento de Cunha e dos membros da comissão do impeachment acusados de corrupção. Cunha é réu na Lava Jato, acusado de receber dinheiro desviado da Petrobras. Ele nega ter cometido crimes.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Green argumenta que uma eventual condenação de Cunha mostraria à população que o principal articulador do impeachment é corrupto e não tinha credibilidade para conduzir o processo. Assim, segundo Green, se o presidente da Câmara e os outros deputados forem condenados, os brasileiros entenderão o impeachment de Dilma como “uma grande farsa”, “uma manobra parlamentar para derrubar uma pessoa a quem eram contra”. Racha O professor foi um dos signatários de um manifesto que provocou um racha na última conferência da Brazilian Studies Association (Brasa), em Rhode Island (EUA), no início do mês. O documento diz que “há sério risco de que a retórica anticorrupção esteja sendo utilizada para desestabilizar um governo recém-eleito democraticamente, agravando a série crise política e econômica do país”. Após a aprovação do abaixo-assinado pela maioria dos presentes, alguns membros da associação descontentes pediram para se desfiliar. Green diz que, como em outros momentos da história brasileira, classes políticas e econômicas contrárias a Dilma têm orquestrado uma “conciliação” para barrar as investigações da Lava Jato. Encaminhado o impeachment de Dilma, ele diz acreditar que o próximo objetivo do grupo será “pôr Lula na cadeia” para evitar que ele se candidate em 2018. ‘Fim de ciclo’ Para João Augusto de Castro Neves, “os livros vão ver 2016 com o fim da república nova” João Augusto de Castro Neves, diretor de América Latina da consultoria Eurasia em Washington, também diz que a interpretação da votação na Câmara dependerá dos próximos eventos. Neves cita a possibilidade de que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condene a chapa Dilma-Temer por irregularidades e invalide a vitória da dupla. Se isso ocorrer, ele diz que “muitos nem lembrarão do impeachment” no futuro. Para ele, se o impeachment se consumar, será o fim de um ciclo iniciado em 1985, quando a ditadura se encerrou e começou um período em que os três maiores partidos brasileiros (PMDB, PSDB e PT) chegaram à Presidência. “Os livros vão ver 2016 como o fim da República Nova”, diz ele, “mas ainda não sei bem como o começo do quê”. “Não acho que para a história vá ficar a questão da pecha do golpe. Certamente haverá uma parcela que acredite nisso, mas acho que será uma minoria, assim como só uma minoria chama o golpe de 1964 de revolução”, diz. Para Matthew Taylor, professor de relações internacionais da American University, “uma das grandes perguntas agora é qual será a ressaca na segunda-feira”. “Não é um golpe, mas ao mesmo tempo será que a justificativa para a remoção é tamanha para justificar uma manobra que foi criada para situações excepcionais?”, questiona. Para Taylor, também não está claro se a crítica à legitimidade do processo permitirá a Dilma reconstruir seu apoio no Senado e barrar o prosseguimento do impeachment. Risco Para Taylor, se a abertura do processo for encarada nos próximos meses como abusiva, os responsáveis poderão ser punidos nas urnas Ele lembra que, se o Senado autorizar a abertura do processo nas próximas semanas, Dilma será afastada até a votação definitiva sobre o impeachment, que pode ocorrer em até seis meses. Nesse período, Temer assumiria a Presidência e poderia negociar com o Congresso para garantir que o desfecho do processo lhe seja favorável. “Isso significa que ela perderia grande parte dos poderes que precisaria para se reconstruir, seja o de atração de partidos aliados, seja o de poderes midiáticos ou a capacidade de usar a presidência como palco.” Para Taylor, se a abertura do processo for encarada nos próximos meses como abusiva, os responsáveis poderão ser punidos nas urnas. “Esse é o grande risco para a oposição.”

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Via láctea ‘pode ser buraco de minhoca para viagens no tempo’

Nossa galáxia pode ser, em teoria, um grande túnel semelhante a um buraco de minhoca (ou túnel de viagens no espaço e no tempo), possivelmente “estável e navegável” e, portanto, “um sistema de transporte galático”. É o que sugere um artigo publicado no periódico Annals of Physics. O estudo – que, ressaltam os cientistas, ainda é uma hipótese – é resultado de uma colaboração entre pesquisadores italianos, americanos e indianos. Para chegar a essas conclusões, os estudiosos combinaram equações da teoria da relatividade geral, desenvolvida por Albert Einstein, com um mapa detalhado da distribuição de matéria escura (que representa a maior parte da matéria existente no Universo) na Via Láctea.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] “Se unirmos o mapa da matéria escura na Via Láctea com o modelo mais recente do Big Bang para explicar o Universo e teorizarmos a existência de túneis de espaço-tempo, o que obtemos é (a teoria) de que nossa galáxia pode realmente conter um desses túneis e ele pode ser do mesmo tamanho da própria galáxia”, disse Paolo Salucci, um dos autores do estudo e astrofísico da Escola Internacional de Estudos Avançados de Trieste (Sissa, na sigla em italiano). “Poderíamos até viajar por esse túnel, já que, com base em cálculos, ele seria navegável. Assim como o visto recentemente no filme Interestelar.” Ainda que túneis desse tipo tenham ganhado popularidade recentemente com o filme de ficção científica, eles já chamam a atenção de astrofísicos há muito tempo, explica comunicado do Sissa. Salucci afirmou não ser possível dizer com absoluta certeza que a Via Láctea é igual a um buraco de minhoca, “mas simplesmente que, segundo modelos teóricos, essa hipótese é possível”. O cientista explicou que, em teoria, seria possível comprovar essa hipótese fazendo uma comparação entre duas galáxias – aquela à qual pertencemos e outra parecida. “Mas ainda estamos muito longe de qualquer possibilidade real de fazer tal comparação.” Matéria escura  Estudos prévios já haviam demonstrado a possível existência desses buracos de minhoca em outras regiões galáticas. Segundo o estudo do Sissa, os resultados obtidos agora “são um importante complemento aos resultados prévios, confirmando a possível existência dos buracos de minhoca na maioria das galáxias espirais”. O estudo também reflete sobre a matéria escura, um dos grandes mistérios da astrofísica moderna. Essa matéria não pode ser vista diretamente com telescópios; tampouco emite ou absorve luz ou radiação eletromagnética em níveis significativos. Mas a misteriosa substância compõe 85% do universo. Salucci lembra que há tempos os cientistas tentam explicar a matéria escura por meio de hipóteses sobre a existência de uma partícula específica, o neutralino – o qual, porém, nunca foi identificado pelo CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear, que pesquisa o Bóson de Higgs, a chamada “partícula de Deus”) ou observado no Universo. Mas há teorias alternativas que não se baseiam nessa partícula. “Talvez a matéria escura seja uma ‘outra dimensão’, talvez um grande sistema de transporte galático. Em todo o caso, realmente precisamos começar a nos perguntar o que ela é.” BBC

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Brasil: a caminho de uma narco Repúlica

O Brasil está a caminho de uma “mexicanização”. Uma narco-república. E é irreversível. Não há interesse da elite que controla o narcotráfico, e está infiltrada em todos os poderes da federação, em instrumentalizar as forças armadas para cumprirem na totalidade sua missão constitucional. A escalada de violência é o legado que deixa o crime organizado, principalmente nas grandes ciodades do país, e aos poucos vai tomando conta do tráfico nas pequenas cidades do Brasil. É patente a incapacidade do Estado para resolver esse dilema o que deixa a população completamente frustrada, vendo seus filhos sendo arrastados para o mundo das drogas. Estamos a caminho de não resolver esse dilema, enquanto a sociedade não fizer desse problema a questão principal do debate de fundo sobre sobre educação, pobreza, saúde e uma política de Estado que crie oportunidades para todos, com uma decisão fundamental: República X narco-Estado. Ps. E todos continuam impunes. A mídia venal só destaca os miseráveis das bocas de fumo. Nunca desce, a mídia venal, ao asfalto. No geral, uns mais, outros menos, compactuam com esse silêncio conivente. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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