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Ronaldo Costa Fernandes – Versos na tarde – 22/04/2016

O tempo Ronaldo Costa Fernandes ¹ O tempo e sua matéria a máquina dos meus humores tão rica e mineral enquanto lá for a sonata dos desatinos orquestra o boi que se estende no varal. O tempo e sua miséria, deus negro que não encontra o sono. O tempo e sua morfologia feita de nada e de tudo como alguém que anda com os calcanhares para a frente. O tempo e sua bílis negra, atrabiliário e perverso, monstro do Loch Ness, ó profundeza feita de vazio. O tempo e sua caixa de música o lugar dos sons prisioneiro, o que se escuta é o silêncio das horas lambendo o ar rarefeito. O tempo — animal que não envelhece, nós é que passamos por ele como alguém que acena de um ônibus para a imobilidade saudosa de um bar à beira da estrada. ¹ Ronaldo Costa Fernandes * São Luiz.Ma. – 1952 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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STF autoriza quebra de sigilos bancário e fiscal do presidente do DEM

Agripino Maia e familiares são investigados por corrupção e lavagem de dinheiroJornal do Brasil Quebra de sigilos atingem Agripino, o filho e mais 14 pessoas, entre familiares e funcionários O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu ao pedido da Procuradoria-Geral da República e autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), do filho do parlamentar, o deputado Felipe Maia (DEM-RN) e de mais 14 pessoas — entre familiares e assessores de Agripino — em inquérito que investiga um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] No pedido de abertura do dia 5 de outubro de 2015, a PGR afirmou que o parlamentar é acusado de receber dinheiro da empreiteira OAS nas obras da Arena das Dunas, em Natal, estádio construído para Copa do Mundo de 2014. As suspeitas surgiram em depoimentos de investigados na Operação Lava Jato, mas a PGR pediu que o inquérito não fosse remetido ao ministro Teori Zavascki, relator dos processos oriundos da operação no Supremo. Para a procuradoria, as acusações não estão relacionadas com os desvios de recursos da Petrobras, principal linha de investigação da Lava Jato. No final do ano passado, um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras) apontou depósitos fragmentados e movimentação atípica, de acordo com a Folha de S.Paulo. O documento aponta, por exemplo, seis depósitos em espécie no valor de R$ 9.900 cada, totalizando R$ 59,4 mil, além de outros 44 depósitos em envelope no caixa eletrônico, cada um com R$ 2.500, totalizando R$ 110 mil em outubro de 2010.

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Arte – Grafite – África

Grafite pintado em aldeias da África para despertar nas crianças o respeito e amor pelos animais. Autor não identificado [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Japão planeja primeiro trem ‘invisível’ do mundo para 2018

Famoso pela extensa malha ferroviária e pela alta tecnologia neste tipo de transporte, como o trem-bala, o Japão ganhará agora o primeiro trem “invisível” do mundo. Modelo será revestido de materiais super-refletores e transparentes, permitindo que comboio se encaixe de forma harmoniosa na paisagem urbana ou rural. Image copyright Kazuyo Sejima and Associates Projetado pela premiada arquiteta japonesa Kazuyo Sejima, a novidade está prevista para entrar em funcionamento a partir de 2018 e faz parte das comemorações de 100 anos da empresa ferroviária Seibu Railway. Esta será a primeira incursão da arquiteta na concepção de um trem. “A maior diferença com a arquitetura padrão é que o trem é capaz de percorrer uma variedade de locais”, disse Sejima em um comunicado enviado à BBC Brasil.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] “O trem expresso (da linha Seibu) passa por cenários variados, das montanhas de Chichibu ao centro de Tóquio, então pensei que seria bom se ele pudesse gentilmente coexistir com esta variedade de paisagens”, explicou. O modelo imaginado por Kazuyo será revestido de materiais super-refletores e transparentes, permitindo que o comboio se encaixe de forma harmoniosa na paisagem urbana ou rural. A locomotiva, segundo o protótipo divulgado para a imprensa, terá um formato arredondado, muito parecido com uma bala de revólver. Interior Mas não é somente a aparência externa que a arquiteta quer revolucionar. Ela diz estar desenvolvendo um interior muito diferente do que existe hoje no sistema ferroviário. “Também gostaria que fosse um trem no qual um grande número de pessoas pudessem relaxar com conforto, da sua própria maneira, como se estivessem em uma sala de estar”, sugeriu a japonesa. “Assim eles poderiam pensar: ‘Não vejo a hora de subir nesse trem de novo’.” Ao todo, serão sete trens com oito vagões cada que passarão pela remodelação. Kazuyo Sejima ganhou ‘Nobel da Arquitetura’ em 2010 e projetou prédios para várias cidades do mundo – Foto de Aiko Suzuki Para chegar ao conceito, Kazuyo formou uma equipe, composta principalmente de funcionários mais jovens de Seibu Railway e de outras empresas do Grupo Seibu, da qual ouviu ideias e coletou informações. Partindo do ponto de vista do usuário, a arquiteta resolveu projetar então um trem “nunca visto antes”. Arquiteta premiada Kazuyo Sejima é conhecida por seus desenhos minimalistas e modernos, que incorporam superfícies brilhantes, como metais e vidros. A superfície reflexiva que ela pensa em implantar nos trens da Seibu, por exemplo, já foi utilizada por ela anteriormente em edifícios, como o Museu Louvre-Lens, na França. A japonesa, junto com seu sócio na empresa de arquitetura SANAA, Ryue Nishizawa, foi ganhadora do prêmio Pritzker, considerado o Nobel da arquitetura. Entre os diversos trabalhos de destaque da dupla estão o Novo Museu de Arte Contemporânea de Nova Iorque; o Pavilhão Serpentine, em Londres; o Centro Rolex de Ensino Experimental, em Lausanne, na Suíça; e o prédio da Christian Dior em Tóquio. Ewerthon Tobace/BBC

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Mitsubishi admite ter fraudado dados de consumo em mais de 600.000 veículos

 A Mitsubishi Motors, sexta maior empresa automobilística do Japão, admitiu, na manhã desta quarta-feira, ter manipulado os dados de testes de emissões de gases de até 625.000 veículos com o objetivo de apresentar taxas de consumo de combustível melhores do que as obtidas na realidade. O presidente da Mitsubishi Motors, Tetsuro Aikawa.  Tratou-se, segundo o presidente da companhia, Tetsuro Aikawa, de uma ação “premeditada”. Não só se falsificaram os resultados dos testes, como também nem sequer seguiram os protocolos definidos pela legislação japonesa. O escândalo afeta quatro modelos de carros pequenos. Dois deles são da própria Mitsubishi, o eK Wagon e o eK Space, e os outros dois (DayZ e DayZ Roox) foram produzidos para a Nissan. A fraude foi descoberta por esta última empresa, também japonesa, que percebeu que os seus dados sobre emissão de gases não batiam com os da Mitsubishi. Os números da Nissan mostravam que a eficiência energética se situava em torno de 7% abaixo do informado pela Mitsubishi. Depois de realizar uma investigação interna, o fabricante concluiu que os dados haviam sido manipulados. MAIS INFORMAÇÕES Montadoras serão a bola da vez? Futuro sem motorista Volkswagen perde 7,2 bilhões de reais pelo caso das emissões “Pedimos as nossas mais sinceras desculpas a todos os clientes afetados”, disse Aikawa, em entrevista coletiva dada ao lado do ministro dos Transportes do país asiático. “Um dos nossos clientes, a Nissan, descobriu as diferenças entre os dados divulgados e os reais e nos pediu para corrigirmos os nossos números”, acrescentou. “Continuaremos a investigar para saber o que aconteceu e quem são os responsáveis”. Akinawa destacou também que “considerando a gravidade do caso”, a empresa irá rever todos os dados sobre consumo de energia de outros veículos exportados para outros países, cujos procedimentos para testes variam conforme a legislação local. A Mitsubishi afirmou em nota que o problema foi detectado nos veículos produzidos desde meados de 2013 e que está avaliando se os veículos vendidos fora do Japão também foram afetados. Trata-se de modelos pequenos, com motores à gasolina de até 660 centímetros cúbicos, que obtiveram grande sucesso no mercado japonês, mas cuja receptividade foi fraca em outros países. Aikawa pediu desculpas aos consumidores e aos acionistas, prometeu pagar indenizações e anunciou a suspensão da produção e da venda desses modelos. A fraude nos testes se deu por meio de uma alteração da pressão do ar utilizada nos pneus, o que repercutiu nos dados sobre consumo de combustível divulgados pela empresa para as autoridades japonesas, informa Kyodo. A empresa não precisou quantos funcionários poderiam estar envolvidos no escândalo, mas prometeu criar uma comissão independente para investigar o caso. Aikawa afirmou que não tinha conhecimento dessas práticas, mas assumiu a responsabilidade pelos números finais desses testes. Questionado sobre a possibilidade de se demitir de seu cargo, o executivo afirmou que se concentrará primeiramente em “saber o que aconteceu”. As ações da empresa japonesa caíram mais de 15% no fechamento da Bolsa de valores de Tóquio, o equivalente a cerca de 1 bilhão de euros (cerca de quatro bilhões de reais), antes mesmo de que a companhia anunciasse as dimensões de um escândalo que tem grandes semelhanças com o que atingiu a alemã Volkswagen no ano passado. Foi a maior queda de suas ações na Bolsa desde 2004, quando a empresa se encontrava à beira da falência. No ano passado, a Mitsubishi vendeu pouco mais de um milhão de veículos. As ações da empresa japonesa caíram mais de 15% no fechamento da Bolsa de valores de Tóquio No último mês de outubro, depois de realizar um levantamento entre as empresas do setor, o Governo do Japão afirmou que nenhum dos principais fabricantes de veículos do país havia fraudado o software de controle de emissões de gases tóxicos de seus veículos. Em 2014, os fabricantes sul-coreanos Hyundai e Kia já haviam concordado com o pagamento de uma multa de 100 milhões de dólares (cerca de 360 milhões de reais) para que se pusesse fim a uma investigação nos EUA relativa à adulteração –para baixo—dos dados de consumo dos carros vendidos em 2013 e 2014, mas o anúncio da Mitsubishi se dá em um momento bastante complicado para a indústria automobilística, submetida a controles mais rígidos desde a explosão do caso Volkswagen, em setembro do ano passado. Os números disponíveis até agora indicam que a dimensão deste segundo escândalo é significativamente menor: 625.000 veículos atingidos, ante 11 milhões no caso da montadora alemã. No ano passado, a Mitsubishi vendeu um milhão de veículos, além dos componentes que fornece para outras empresas automobilísticas. O grupo japonês apresentará seu balanço na semana que vem. ElPais

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Por que impeachment pode ser ‘bênção disfarçada’ para PT

O processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, um capítulo amargo na história do Partido dos Trabalhadores depois de 13 anos no poder, poderia servir como uma espécie de “bênção disfarçada” para a legenda. Para filósofo, ‘estrago para o PT seria muito maior sem o impeachment, pois correria o risco de ficar infinitamente mais impopular permanecendo no poder em meio a um cenário de crise econômica’ – Image copyright AFP Especialistas ouvidos pela BBC Brasil acreditam que a percepção de que o processo tem contradições, em especial a presença do polêmico presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, no comando da votação autorizando o início do processo de impeachment, oferece ao PT a chance de explorar uma imagem de “vítima” – ainda que condicionada a um arrefecimento da Operação Lava Jato nas investigações de denúncias envolvendo o partido e de acusações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “O impeachment acaba sendo o resultado mais confortável para o PT. Tira Dilma de cena e praticamente coloca Lula em campanha, reforçado pela imagem de que houve abusos no processo”, acredita Rodrigo Nunes, professor de filosofia política da PUC-Rio. “O partido, claro, tem problemas, incluindo possíveis dissidências. Mas o estrago para o PT seria muito maior sem o impeachment, pois correria o risco de ficar infinitamente mais impopular permanecendo no poder em meio a um cenário de crise econômica.” Autocrítica A ideia de que um governo Michel Temer também terá problemas de popularidade, a começar pelas pesquisas mostrando rejeição ao vice de Dilma, passando pela provável adoção de medidas impopulares para tentar estabilizar a econômica, também reforça o argumento de que a volta brusca à oposição poderá ser benéfica para o PT. Eventual retorno ‘brusco’ à oposição daria tempo ao partido para eleições municipais – Image copyright Reuters “Possivelmente, é melhor para o PT virar oposição agora”, diz a jornalista britânica Jan Rocha, autora de uma “biografia” do partido em inglês. “O PMDB vai ter dificuldades para governar, até porque também tem rejeição popular.” “As pessoas se sentem traídas pelo PT, mas não estão se bandeando para o PMDB. Isso não quer dizer que o PT não tenha um enorme desafio pela frente, é preciso que isso fique bem claro, mesmo agora que pesquisas mostrem Lula liderando intenções de voto para 2018.” Embora o PT hoje corra o risco de uma derrota eleitoral contundente nas eleições municipais, analistas acreditam que o partido ganhou tempo para tentar fazer o que Alfredo Saad-Filho, professor do Departamento de Estudos em Desenvolvimento da Universidade de Londres, chama de autocrítica. “O impeachment tira pressões do PT e é uma possibilidade bastante plausível que a liderança do partido buscará o discurso de que o PT sofreu uma injustiça. Porém, como parte do processo de rearticulação de sua base de apoio, é muito mais sólido que o partido avalie o que deu errado em sua administração. Se o PT não fizer isso, corre o risco de perder sua relevância.” Especialistas acham que ex-presidente ainda exerce grande influência sobre PT, mas não são unânimes em avaliar se isso é bom ou ruim para o partido. Image copyright AFP Fator Lula E como fica o fator Lula no processo de reorganização do partido? Os especialistas concordam que o ex-presidente ainda exerce grande influência sobre o PT, mas não são unânimes em avaliar se isso é bom ou ruim para o partido. Para Jan Rocha, Lula “é valioso para o PT e é inteligente. Ele pode se reinventar, e as pesquisas mostram que mesmo as acusações contra ele não o impediram de voltar a ser uma figura nacional”. “O partido não pode ignorar isso, mas é preciso fazer algo mais do que se colocar no papel de vítima. Será necessária uma mensagem positiva.” Saad-Filho vê Lula como a maior liderança política no Brasil, mas também como um problema para o PT. “No que diz respeito ao surgimento de outras lideranças no partido, Lula foi desastroso, porque hoje não tem substituto.” “Ele não está ficando mais jovem e, mesmo que volte à presidência, não pode esperar que tenha o mesmo sucesso (do primeiro mandato). A longo prazo, a presença de Lula é limitante tanto para o PT quando para a esquerda brasileira”. Já Rodrigo Nunes vê em Lula uma chance de sobrevida para o partido: “É possível que a legenda sobreviva como algo sustentado pelo carisma de Lula e inspirado pelo imaginário varguista”, explica o professor, referindo-se à volta de Getúlio Vargas à Presidência, em 1951, após ter sido deposto em 1945. Fernando Duarte/BBC Brasil em Londres

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