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Brecht – Versos na tarde – 17/04/2016

De que Serve a Bondade Bertold Becht¹ 1 De que serve a bondade Quando os bondosos são logo abatidos, ou são abatidos Aqueles para quem foram bondosos? De que serve a liberdade Quando os livres têm que viver entre os não-livres? De que serve a razão Quando só a sem-razão arranja a comida de que cada um precisa? 2 Em vez de serdes só bondosos, esforçai-vos Por criar uma situação que torne possível a bondade, e melhor; A faça supérflua! Em vez de serdes só livres, esforçai-vos Por criar uma situação que a todos liberte E também o amor da liberdade Faça supérfluo! Em vez de serdes só razoáveis, esforçai-vos Por criar uma situação que faça da sem-razão dos indivíduos Um mau negócio! Bertold Brecht, in ‘Lendas, Parábolas, Crónicas, Sátiras e outros Poemas’ Tradução de Paulo Quintela ¹ Bertold Becht * Augsburg, Alemanha – 10 de Fevereiro de 1898 d.C + Berlim, Alemanha – 14 de Agosto de 1956 de 1956 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Cinco alternativas ao Whatsapp que sempre usaram criptografia

O serviço de troca de mensagens mais usado do mundo obteve boa publicidade com o anúncio de que passaria a usar criptografia de ponta a ponta. Mas nem de longe ele foi o primeiro. E não é o mais seguro. Depois que o serviço de troca de mensagens Whatsapp passou a usar criptografia, um usuário mais desavisado pode até pensar que se trata de algo novo no mundo da tecnologia da informação. Só que não: a criptografia é usada desde os primórdios da computação, e antes do Whatsapp já havia outros serviços de troca de mensagem mais preocupados com a segurança das informações transmitidas por seus usuários.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] A decisão do Whatsapp parece se inserir num contexto maior: o da batalha entre autoridades americanas e gigantes da tecnologia da informação em torno da privacidade dos usuários. O ponto alto dessa disputa foi o recente caso envolvendo a Apple e o FBI, que exigia que a empresa de tecnologia desbloqueasse o celular de Syed Rizwan Farook, um dos autores do recente atentado em San Bernardino, na Califórnia. A Apple se negou a fazê-lo, colocando em primeiro lugar a privacidade do usuário, e foi elogiada por outras gigantes do setor, como Google e Twitter, e também pelo Facebook, a quem pertence o Whatsapp. (Com a ajuda de um prestador de serviços externo, o FBI enfim obteve acesso aos dados no smartphone de Farook, encerrando a querela com a Apple.) A criptografia de ponta a ponta usada pelo Whatsapp significa que apenas as duas pessoas envolvidas na comunicação podem ter acesso ao conteúdo dela. Mesmo chegando tarde, trata-se de uma boa notícia para os usuários do serviço. Ainda assim, vale lembrar alguns que já usavam criptografia bem antes do Whatsapp. Wickr Fundada em 2011, a empresa é uma das pioneiras entre os apps que usam criptografia de ponta a ponta e com mensagens autodestrutivas. A ONG americana Fundação Fronteira Eletrônica (EFF, na sigla em inglês) comparou diversos aplicativos de troca de textos e atribuiu ao Wickr nota 5 de no máximo 7 no quesito segurança de mensagens. A Wickr defende que a privacidade de dados é um direito humano universal e, por isso, emprega uma criptografia multicamada, com base no algoritmo AES256, que é padrão na indústria. Telegram Os responsáveis pelos atentados terroristas de 13 de Novembro em Paris teriam usado esse serviço de mensagens instantâneas. No tocante ao serviço básico, a EFF dá nota 4 de no máximo 7 ao Telegram. Já os chamados chats secretos receberam a maior nota: 7. O aplicativo usa duas camadas de segurança: a criptografia servidor-cliente para os chamados “chats na nuvem” (que permitem armazenamento na “nuvem”) e a criptografia cliente-cliente para os chats secretos. Os chats secretos do Telegram utilizam criptografia de ponta a ponta, não deixam rastros nos servidores da empresa, possuem mensagens autodestrutivas e não permitem encaminhamento para outros usuários. A única coisa que os chats secretos não permitem é o armazenamento na nuvem, ou seja, as mensagens apenas existem nos celulares dos usuários. A criptografia do Telegram é baseada no algoritmo AES256, no RSA 2048 e na troca de chaves seguras Diffie-Hellman. iMessage A reputação da Apple como defensora da criptografia e da privacidade vem de longa data. Em 2013, um relatório interno da DEA, agência antidrogas dos EUA, afirmava ser impossível interceptar mensagens do aplicativo iMessage entre dois aparelhos da Apple. O iMessage, serviço de mensagens instantâneas da Apple, foi apresentado em 2011 com criptografia de ponta a ponta. Tanto ele como o serviço de chat e vídeo Facetime receberam nota 5 de 7 na tabela da EFF. Signal O Signal, da Open Whisper Systems, é um aplicativo de código aberto que oferece chamadas de voz e mensagens instantâneas criptografadas tanto para aparelhos Android como iOS. Em 2015, a Whatsapp fechou uma parceria com Open Whisper Systems para utilizar o protocolo do Signal. A criptografia de voz original do Signal se baseia no protocolo de troca de chaves seguras ZRTP (Protocolo de Transporte em Tempo Real Zimmermann), um método que protege contra ataquesman-in-the-middle (MiTM, literalmente homem no meio, em referência ao ato de grampear um telefonema). O Signal recebeu a nota máxima da EFF: 7 de 7. Silent Phone O aplicativo de segurança Silent Phone se diferencia por oferecer tanto o software quanto o hardware. Segundo o fabricante, o telefone Blackphone é o primeiro celular do mundo que foi desenvolvido como um smartphone privado. Da mesma forma que o Signal, o Silent utiliza a tecnologia ZRTP para a proteção contra a espionagem e chamadas de voz seguras pela internet. O protocolo ZRTP foi desenvolvido por Phil Zimmermann. No início da década de 1990, o inventor americano desenvolveu o Pretty Good Privacy (PGP) ou “privacidade muito boa”, o software de criptografia de e-mails mais empregado no mundo. O Silent ganhou nota 7 de 7 da EFF. Whatsapp O serviço de mensagens instantâneas mais popular do mundo tem 1 bilhão de usuários e eles devem ter ficado contentes com a introdução da criptografia completa para todos os conteúdos. Na lista da EFF, o Whatsapp recebeu 6 de 7 pontos. Assim como o Wickr, o aplicativo também utiliza o algoritmo de criptografia AES256, assim como uma função de dispersão criptográfica HMAC em combinação com uma chave secreta. Em comparação, o chat do Facebook, que é dona do Whatsapp, recebeu somente 2 dos 7 pontos atribuídos pela ONG americana. DW

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O navio invisível a radares encomendado pela Marinha dos EUA

O navio é maior e pode armazenar mais munição do que as embarcações de guerra usadas até agora pela Marinha americana. O USS Zumwalt durante um teste no dia 21 de março nas águas do rio Kennebec, no Maine, noroeste dos EUA (Foto: AP)  Ao mesmo tempo, ele é identificado pelos radares como se fosse um mero barco de pesca. Trata-se do USS Zumwalt (modelo DDG 1000), que começou a ser projetado na década de 1990 e é o primeiro de uma “nova geração de navios de guerra que devem se ajustar ao atual cenário político mundial”, afirma o fabricante, Bath Iron Works, em seu site. A embarcação de 14,5 mil toneladas e 185 metros passou por uma primeira prova em dezembro de 2015, navegando pelo rio Kennebec, no Estado do Maine.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Lawrence Pye, pescador de lagostas no local, disse à agência de notícias AP que seu radar captou a presença de um barco pesqueiro de apenas 12 a 15 metros de comprimento. “(Mas) quando você começa a se aproximar (do navio), vê que é simplesmente gigantesco”, disse o pescador. Clandestino O casco angular do navio é a chave para que a grande embarcação não seja detectada pelos radares (Foto: Getty) O USS Zumwalt é 29 metros maior que outro navio de guerra semelhante, o Arleigh Burke (DDG 51). Mas ele também é 50 vezes mais difícil de ser detectado em comparação aos atuais navios de guerra graças à sua forma angular, declarou o capitão James Downey ao jornal Portland Press Herald. Downey é o chefe do programa DDG 1000 para o Departamento de Defesa dos Estados Unidos. O objetivo desse design “oculto” é que o navio possa navegar sem ser facilmente detectado em águas menos profundas, perto da costa. “Isto permite que ele chegue em segurança onde os DDG 51 não conseguiam, como o Golfo Pérsico, perto do Irã, ou o Mar Amarelo, perto da Coreia do Norte”, disse em janeiro de 2015 Ben Freeman, especialista em política externa e assessor da consultoria Third Way, em um artigo publicado na revista especializada National Defense. O navio de guerra foi batizado em homenagem ao almirante Elmo Zumwalt, chefe de operações navais dos EUA durante a guerra do Vietnã (Foto: Getty) Fabricar um navio bélico com essa capacidade custou cerca de US$ 3,4 bilhões, ou US$ 1 bilhão a mais do que o DDG 51. De acordo com alguns especialistas em engenharia naval, é por isso que o governo dos Estados Unidos desistiu de encomendar 32 navios e reduziu o pedido para apenas três. Mas seu design pontiagudo, de casco mais parecido aos navios de guerra franceses e soviéticos dos séculos 19 e 20, gerou preocupação entre vários especialistas que questionam a estabilidade do Zumwalt. Instável? Em 2007, três membros da Marinha dos Estados Unidos e uma engenheira da Universidade Virginia Tech publicaram um relatório que alertava sobre a instabilidade dos cascos estreitos com uma maior distância por cima da linha de flutuação, como é o caso do Zumwalt. Equipado com tecnologia de ponta, o Zumwalt é campas de lançar projéteis a 7.242 quilômetros por hora (Foto: Getty) “O aumento da altura das ondas (…) conduz a reduções drásticas na estabilidade do casco na parte superior”, sugeriram as conclusões da investigação. “Se as ondas vierem por trás, o navio poderá perder a estabilidade ao recuar e a popa começaria a sair da água, causando a virada (do navio)”, disse o arquiteto civil com experiência naval Ken Brower, à revista National Defense. O Departamento de Defesa dos Estados Unidos garante que todas as embarcações da Marinha são submetidas a uma análise detalhada e que o USS Zumwalt será testado de todas as formas necessárias. Por enquanto, a preocupação do fabricante é que o navio de guerra não seja “oculto” demais. O Zumwalt tem refletores para momentos em que o navio esteja navegando em meio a muita neblina, muito trânsito ou seja necessário que algum radar capte a enorme presença da embarcação. BBC

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Panama Papers: G-20 vai atuar contra os países que não divulgarem informações fiscais

Grupo de países ricos e emergentes pede à OCDE para identificar os não colaboradores. O ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, chega à cúpula do G-20 na sexta-feira em Washington. Foto: MANDEL NGAN AFP Os países do G-20 advertiram esta sexta-feira que tomarão “medidas defensivas” contra os países que não aderirem ao programa de troca automática de informações fiscais. A cúpula de Washington esteve marcada pelo forte vazamento de dados de contas opacas radicadas no Panamá para evitar o pagamento de impostos e pela constatação da fragilidade da recuperação econômica global. O fato até agora não foi suficiente para consolidar a recuperação ou erradicar as artimanhas fiscais.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] MAIS INFORMAÇÕES Vazamento de dados sobre paraísos fiscais expõe envolvidos na Lava Jato Panamá, um país feito por e para os advogados Em meio a escândalo, Obama defende medidas contra evasão fiscal Uma imagem da quinta-feira à tarde serviu para mostrar como a evasão fiscal está espalhada e é sistêmica na economia global. Dos cinco ministros que apresentaram uma iniciativa para saber quem está por trás das empresas, e evitar artimanhas fiscais, dois, o britânico George Osborne e o espanhol Luís de Guindos, tinham membros de seus Governos atingidos pelos Panama Papers. O primeiro-ministro David Cameron admitiu que se beneficiou do fundo de investimento dirigido por seu pai em um paraíso fiscal, enquanto que o ministro da Indústria espanhol José Manuel Soria, renunciou na sexta-feira depois ficar conhecido que foi administrador de uma empresa no paraíso fiscal de Jersey. “Pedimos à OCDE para estabelecer os critérios até nossa reunião de julho para identificar jurisdições não cooperativas”, aponta o comunicado do G-20, o grupo que integra os países ricos e emergentes, e acrescenta que “medidas defensivas” serão estudadas contra esses países. O objetivo dos países é que já exista uma implementação generalizada dessas normas de troca de informações fiscais em 2017 ou 2018. O Panamá, centro do escândalo nos dias de hoje, ainda não se comprometeu oficialmente, embora o secretário-geral da OCDE, Ángel Gurría, disse na quinta-feira à imprensa que tinha recebido informações de que fariam isso. O acordo por uma maior transparência faz parte do pacote de medidas destinadas acombater a erosão fiscal e a transferência de lucros de empresas (Beps, segundo a sigla em inglês deste plano). A parte complicada desta batalha contra as manobras que quer evitar o pagamento de impostos nos lugares onde os rendimentos são gerados é que muitas dessas operações são legais, como revelou na semana passada o presidente dos EUA, Barack Obama. “Esse é o problema”, disse ele. Vazios legais, artifícios contábeis e incentivos fiscais significam uma perda de arrecadação de até 230 bilhões de euros anuais só no imposto de empresas, de acordo com estimativas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Na cúpula de novembro da Turquia, o G-20 aceitou as recomendações da OCDE para combater as ações das multinacionais que procuram enganar o fisco. As principais economias desenvolvidas e emergentes também constaram o crescimento “modesto e desigual” da economia mundial e deram impulso aos estímulos monetários sem procedentes realizados pelos grandes bancos centrais. Amanda Mars/El Pais

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