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Raul de Leoni – Versos na tarde – 24/03/2016

História antiga Raul de Leôni ¹ No meu grande otimismo de inocente, Eu nunca soube por que foi… um dia, Ela me olhou indiferentemente, Perguntei-lhe por que era… Não sabia… Desde então, transformou-se de repente A nossa intimidade correntia Em saudações de simples cortesia E a vida foi andando para frente… Nunca mais nos falamos… vai distante… Mas, quando a vejo, há sempre um vago instante Em que seu mudo olhar no meu repousa, E eu sinto, sem no entanto compreendê-la, Que ela tenta dizer-me qualquer cousa, Mas que é tarde demais para dizê-la… ¹Raul de Leôni Ramos * Petrópolis-RJ, 30 de outubro de 1895 d.C + Itaipava-RJ, 21 de novembro de 1926 d.C Bacharel em Direito, poeta, diplomata e político. Importante nome na poesia simbolista brasileira, é considerado ao lado de Augusto dos Anjos, como uma das figuras notáveis do soneto brasileiro. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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“Estado Islâmico” quer uma Europa anti-islâmica, alertam especialistas

Ao defenderem a lógica do “nós contra eles”, dos muçulmanos contra os cristãos, jihadistas do EI e ultradireitistas europeus operam espécie de coalizão tácita e funesta. Protesto contra refugiados sírios em Praga Aconteceu o que todos esperavam: apenas algumas horas após os sangrentos atentados em Bruxelas, nesta terça-feira (22/03), o “Estado Islâmico” (EI) reivindicou a responsabilidade pelos atos. Num comunicado, a milícia terrorista agradeceu à “equipe de segurança do califado”, que partiu “para o ataque aos cruzados, que não cessam de fazer guerra ao islã e seus adeptos”. O grupo jihadista advertiu a Bélgica e outras “nações de cruzados” unidas na luta contra o EI que outros “dias negros virão”. E o que virá será ainda mais devastador, pois “Alá capacitou nossos irmãos a instilar medo e terror nos corações dos cruzados”.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Com declarações como essas, o EI quer mostrar ao mundo que seus seguidores estão por toda parte; que são a ponta de lança de um movimento generalizado; que se trata de uma luta dos fiéis contra os infiéis, os kuffar. Uma luta que eles travam na Europa e também em outras partes do mundo – um mundo preto e branco, do “nós” contra “eles”, muçulmanos contra não muçulmanos. Dividir para vencer A meta é exatamente essa, explica Günter Meyer, do Centro de Pesquisas sobre o Mundo Árabe, em Mainz. “O EI aposta numa polarização e radicalização das relações entre a população muçulmana e a não muçulmana, para assim recrutar mais adeptos; desestabilizar as sociedades europeias e, deste modo, chegar mais perto da meta de disseminação do califado.” Após atentados como os de Bruxelas ou de Paris, sobretudo os migrantes e refugiados ficam preocupados em se tornarem menos bem-vindos em certos setores das sociedades europeias. Pois, na esteira de seus atentados, o EI também se aproveita do debate sobre os refugiados na Europa. Isso ocorreu, por exemplo, depois dos atentados de 13 de novembro de 2015 em Paris, quando quis-se dar a impressão de que entre os terroristas se encontrava um refugiado. A intenção era colocar sob suspeita generalizada todos os migrantes sírios chegados à Europa nos meses anteriores. Assim, os franceses e o resto do mundo deveriam passar a ter medo dos muçulmanos, medo de tudo o que associam com o islã. No entanto, nem depois dos ataques a Paris nem depois dos atentados em Bruxelas apareceram provas de que houvesse uma ligação direta entre os refugiados e os criminosos, lembra Ska Keller, porta-voz da bancada do Partido Verde no Parlamento Europeu. Atentados de 22 de março chocaram a Bélgica e a Europa Jihadistas e ultradireitistas: uma cooperação funesta Muitos partidos políticos da Europa defendem uma política de imigração rígida, e encontram cada vez mais respaldo graças aos ataques terroristas fatais. A postura anti-islâmica de parcelas crescentes da população europeia, fomentada por populistas e extremistas de direita, em especial no debate sobre os refugiados, faz exatamente o jogo do EI. Pois os jihadistas querem que os muçulmanos não encontrem um lar na Europa, mas só com o EI. E eles parecem estar tendo sucesso, à medida que os partidos europeus críticos ao islã vão avançando. O populista Alternativa para a Alemanha (AfD), por exemplo, obteve mais de 10% da preferência eleitoral nas eleições legislativas estaduais. Na França, a Frente Nacional (FN) de Marine Le Pen chegou a 28% no primeiro turno das eleições municipais de 2015. Mas também em outros Estados europeus as legendas nacional-conservadoras e direitistas que exigem maior rigor na política de imigração ganham cada vez mais respaldo popular. Isso poderá ter consequências fatais para o Ocidente, alerta Günter Meyer, do Centro de Pesquisas Árabes. Pois, quando até mesmo muçulmanos dispostos à integração ou já integrados enfrentam rejeição ou são discriminados e atacados, torna-se grande o perigo de que jovens islâmicos respondam com ódio ao ódio que parte sobretudo dos radicais de direita. A França e a Bélgica já experimentaram isso. O número de jihadistas belgas que viajaram para a Síria, lá se submeteram a treinamento e então retornaram é grande – em números absolutos e sobretudo proporcionalmente à população total. “Mas também em outras partes há ambientes jihadistas crescentes. Isso vai criar muitos problemas nos próximos anos, não só na Bélgica”, prevê o especialista em islã Guido Steinberg, do Instituto Alemão de Relações Internacionais e Segurança (SWP), sediado em Berlim. É preciso fazer-se algo. Presídios são comprovadamente celeiros de radicalização religiosa Trabalho espiritual nas prisões e escolas O salafismo, que se alastra rapidamente, oferece uma nova inspiração religioso-ideológica a muçulmanos frustrados, discriminados e rejeitados. “Desse modo, os jovens são confrontados com uma nova perspectiva de futuro, em que podem subir de underdog para top dog“, explica Meyer. Os conhecimentos teológicos de muitos desses jovens são fracos, portanto “eles são dependentes de outros, tornando-se vítimas fáceis para os salafistas que lhes pregam o ‘único islã verdadeiro’.” A biografia dos autores dos atentados contra o semanário satírico francês Charlie Hebdo, do Club Bataclan e também em Bruxelas mostra, além disso, que seu processo de radicalização começou na prisão. “Por isso é indispensável também uma intensificação da assistência espiritual islâmica nas prisões, até agora basicamente negligenciada. Só assim vai se evitar que elas se transformem em celeiros do jihadismo”, pleiteia o especialista do Centro de Pesquisas sobre o Mundo Árabe. Para ele, o trabalho contra o terrorismo de fabricação doméstica deve começar nas escolas, com aulas de religião muçulmana. Elas “devem comunicar aos jovens a necessidade de encararem as promessas dos salafistas com o necessário ceticismo, em especial quanto ao uso de violência e à propagação do Ocidente como imagem do inimigo”. Por outro lado, certas camadas da população não muçulmana também têm que cumprir sua parte, acrescenta Günter Meyer. “É necessária uma educação política reforçada, tanto na luta contra a islamofobia como nova forma de racismo, como no bloqueio aos partidos populistas anti-islâmicos.” DW

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Mito ou verdade? 10 alertas sobre computadores que circulam na internet

Retirar o pendrive sem ejetá-lo estraga o computador? O computador pode explodir se ficar sob o sol? Macs são à prova de vírus? (Foto: Reprodução) Essas e outras dúvidas surgem constantemente na internet e usuários encontram diversos argumentos na rede que podem não estar corretos. Abaixo você confere a verdade sobre algumas histórias relacionadas ao universo de computadores e notebooks. Computador no sol É comum encontrar quem questione se a exposição direta do computador ao sol pode danificar algum componente. A claridade não interfere no funcionamento do computador, mas o calor em temperaturas altas pode contribuir com o superaquecimento de peças quando a máquina estiver rodando programas e jogos pesados, por exemplo. Retirada do pendrive Retirar o pendrive sem configurar o computador para ejetá-lo com segurança pode sim danificar as saídas USB e também o utensílio de armazenamento. Isso acontece porque a corrente elétrica que passa do computador para o pendrive é cortada abruptamente quando a retirada é feita de forma incorreta. Assim, em casos raros, há a chance de queimar o dispositivo. O mesmo vale para HDs externos. HD cheio e computador lento Ao ter um computador com mais de 80% do seu espaço interno ocupado, ele pode apresentar lentidão para a execução de tarefas comuns. O motivo para isso deve-se ao fato de que a máquina precisa dedicar mais memória RAM para fazer a leitura de todos os softwares e arquivos presentes. Protetores de tela descartáveis Nos monitores antigos que não utilizavam telas LED ou LCD, uma das funções dos protetores de tela era atualizar as imagens do computador quando ele não estivesse sendo usado para que o aparelho não fosse danificado ao exibir uma mesma imagem durante muito tempo. Com o avanço da tecnologia, essa função tornou-se desnecessária. Além disso, a melhor dica é programar o monitor para entrar em modo de repouso quando não houver atividade durante alguns minutos, assim economiza-se energia elétrica. Imãs perigosos O magnetismo emitido pelos imãs pode danificar algumas peças que podem ser atraídas pelo objeto e, dessa forma, se deslocarem, desencaixarem ou quebrarem. O HD, por exemplo, é suscetível a esse tipo de dano. Isso, no entanto, só acontece se o objeto tive poder de magnetismo forte ou estiver bem próximo do dispositivo. Imãs de geladeiram não são tão ameaçadores nesse caso. Espaço desnecessário Ao contrário do que é difundido em fóruns e sites, o monitor não precisa da mesma área de ventilação de outras peças do computador. No entanto, isso pode variar de acordo com o modelo. A maioria dos produtos atuais pode ser encaixada na parede com suportes simples e dispensa espaço extra. Consumo de energia Se você deixa seu computador ativado durante semanas para evitar que ele precise ser ligado e desligado todos dias com a intenção de economizar energia, saiba que você está fazendo tudo errado. Além de gerar maior desgaste aos componentes que estão em funcionamento constante, o computador consome energia elétrica ao ficar ligado. O ato de ligar e desligar não gera grande consumo de energia que justifique a prática. Celulares próximos Além de alguns barulhos que caixas de som antigas podem fazer graças a interceptação das ondas de rádio dos celulares, os aparelhos telefônicos são inofensivos à saúde de computadores e notebooks. Bateria descarregada Não há motivos para deixar a bateria do notebook descarregar completamente antes de ligar o notebook a uma fonte de energia elétrica. Esse procedimento, inclusive, pode encurtar a vida útil do componente. O mesmo vale para baterias de celular e tablets que utilizam ion-lítio. Macs com vírus Não há qualquer indício que aponte para a inexistência de softwares maliciosos para computadores da Apple. Há até mesmo programas de proteção aos computadores da marca e também formas de descobrir se a máquina está infectada com algum malware. Rodrigo Loureiro/Olhar Digital

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Por que a Bélgica tornou-se um alvo terrorista?

A Bélgica vive um pesadelo do qual não sabe como fugir. O país que há apenas dois anos vivia quase alheio às medidas de segurança habituais em outros Estados – entre eles a Espanha – tornou-se um dos principais cenários doterrorismo na Europa. Trabalhadores do aeroporto de Bruxelas se abraçam depois dos atentados. O. Hoslet EFE. MAIS INFORMAÇÕES França reforça sua segurança após os ataques terroristas em Bruxelas Tintim e Manneken Pis: as ilustrações de apoio após os atentados de Bruxelas Polícia belga detém jihadista que escapou após atentados de Paris Quatro dias depois de ter recebido com alívio a prisão de Salah Abdeslam, arquiteto dos atentados de 13 de novembro em Paris, o terror ataca novamente Bruxelas com um atentado cujas consequências ainda são difíceis de prever.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O atentado ao Museu Judaico de Bruxelas, em maio de 2014, foi o primeiro alarme. Com ele as autoridades belgas descobriram que a capital da Europa era alvo terrorista e a segurança começou a ser reforçada em locais estratégicos. Mas os ataques, realizados então por um jihadista francês, estavam longe de ser um episódio isolado. Com esse acontecimento, a Bélgica descobriu com espanto que era o país da UE mais afetado por um novo fenômeno: o dos chamados combatentes estrangeiros, jovens com nacionalidade europeia que abandonam lugar de origem para se juntar à guerra síria. Com cerca de 500 pessoas que em algum momento viajaram ao Iraque ou à Síria, o país, de 11,2 milhões de habitantes, era o que tinha o maior número de jihadistas per capita na Europa. A presença de núcleos radicais no país não era inteiramente nova ou exclusiva de Bruxelas. Em setembro de 2014, a justiça de Antuérpia fez um mega julgamento de 46 fundadores e membros da Sharia4Belgium, uma organização terrorista responsável pelo recrutamento e formação desses jovens que tomavam parte de um conflito tão alheio ao seu cotidiano quanto o sírio. Mas, longe de conter a ameaça, os problemas se multiplicaram a partir daquele momento. Uma equipe da polícia fora do edifício onde Salah Abdeslam foi preso. Carl Court Getty Images O ápice dessa enorme incidência terrorista em Bruxelas foi mostrado com toda a sua crueza nos atentados de 13 de novembro, que provocaram a morte de 130 pessoas em Paris. Rapidamente a investigação mostrou que esses ataques foram tramados em grande parte em Bruxelas, orquestrados por jovens europeus de origem muçulmana. O epicentro é um bairro de forte concentração árabe que, desde então, ganhou relevância internacional. Trata-se de Molenbeek, o refúgio onde Abdeslam se tornou um radical e onde foi finalmente preso na sexta-feira. Esse bairro, a poucos minutos do centro histórico de Bruxelas, mostrou alguma ligação com muitos dos ataques que atingiram a Europa nos últimos anos, inclusive o de 11 de março de 2004 na Espanha. Desde os atentados de Paris, Bruxelas descobriu que também era alvo direto de um massacre semelhante ao da capital francesa. Os indícios de que algo parecido estava sendo organizado levou as autoridades belgas a tomar uma decisão inédita em dezembro: o fechamento preventivo, durante vários dias, do metrô, das escolas, centros comerciais, instalações esportivas e outros lugares públicos. O que não aconteceu na época ocorreu, com especial virulência, nesta terça-feira. O grande paradoxo –e motivo de alarme para as autoridades belgas– é que os ataques atingiram os dois núcleos mais vigiados da capital belga desde 13 de novembro: o aeroporto de Zaventem, o maior do país e um dos mais movimentados Europa, e a área onde estão localizadas as principais instituições da UE, conhecida como o Schuman. Todos esses organismos (a Comissão Europeia, o Conselho Europeu, o Parlamento Europeu, o serviço diplomático…) contam com dispositivos de segurança reforçados, inclusive com a presença de militares nas instalações. O mesmo acontece com as duas estações de metrô dessa zona central: Maelbeek (a que sofreu a explosão nesta terça-feira) e Schuman. As autoridades belgas terão dificuldade para superar o estigma –justificado ou não– que lhes persegue desde os ataques de Paris: que a capital belga é um autêntico berço do jihadismo. E que essa ameaça terrorista se enraizou em boa medida pelas costas dos serviços de inteligência do país. Um alto funcionário da luta europeia contra o terrorismo considera infundadas as acusações e acrescenta que a Bélgica comunica a outros países –principalmente a França– um bom número de informações relacionadas com o terrorismo. Apesar disso, foram precisamente as autoridades francesas que enfatizaram que a captura de Abdeslam teve muito a ver com o envolvimento direto de sua polícia na investigação belga dos ataques de 13 de novembro. Esse enorme esforço não conseguiu evitar o que na Bélgica é considerado como “o dia mais negro do país desde a Segunda Guerra Mundial”. El País

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