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Edgar Lee Masters – Versos na tarde – 09/03/2016

A colina Edgar Lee Masters ¹ ONDE estão Elmer, Herman, Bert, Tom e Charley, O irresoluto, o de braço forte, o palhaço, [o ébrio, o guerreiro? Todos, todos estão dormindo na colina. Um morreu de febre, Um lá se foi queimado numa mina, O outro assassinaram-no num motim, O quarto se extinguiu na prisão, E o derradeiro caiu de uma ponte quando [ trabalhava para a esposa e os filhos, Todos, todos estão dormindo, dormindo, [ dormindo na colina. Onde estão Ella, Kate, Mag, Lizzie e Edith A de bom coração, a de alma simples, a alegre, [ a orgulhosa, a feliz? Todas, todas dormindo na colina. Ella morreu de parto vergonhoso, Kate de amor contrariado, Mag nas mãos de um bruto num bordel, Lizzie ferida em seu orgulho à procura do que [ quis seu coração; E Edith depois de ter vivido nas distantes [ Londres e Paris Conduzida a seu pequeno domínio por Ella, [ Kate e Mag, Todas, todas estão dormindo, dormindo, [ dormindo na colina. Onde estão tio Isaac e tia Emily, E o velho Towny Kincaid e Sevigne Houghton, E o major Walker que conversara Com os veneráveis homens da revolução? Todos, todos estão dormindo na colina. Trouxeram-lhes filhos mortos na guerra, E filhas cuja vida tendo sido desfeita, Os filhos sem pais choravam Todos, todos estão dormindo, dormindo, [ dormindo na colina. Onde está o velho violinista Jones Que brincou com a vida durante noventa anos, Desafiando as geadas a peito descoberto, Bebendo, fazendo arruaças, sem pensar na [ esposa nem na família, Nem em dinheiro, nem em amor, nem no céu? Vede! Fala sobre os cardumes de peixes de [ antigamente, Sobre as corridas de cavalo em Clary’s Grove, [ outrora, Sobre o que Abe Lincoln disse Uma vez em Springfield. Tradução: Jorge de Lima ¹ Edgar Lee Masters * Kansas, EUA – 23 de agosto de 1868 D.C + Pensilvânia, EUA – 5 de março de 1950 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Olimpíadas – Medalha de ouro para o Rio, diz ‘Economist’

Prefeitura do Rio de Janeiro cai nas graças da revista inglesa, que elogia a condução dos projetos de renovação de espaços urbanos na Cidade Olímpica. Eduardo Paes, o mais novo queridinho da ‘Economist’ (Foto: Wikipédia) A revista inglesa Economist desta semana chove elogios na prefeitura do Rio de Janeiro pela sua condução de projetos de renovação urbana ligados aos Jogos Olímpicos. “O Rio de Janeiro é um oásis em um deserto político e econômico chamado Brasil”, diz a revista, fazendo um contraponto entre a recessão econômica e o escândalo de corrupção que paralisaram Brasília e os esforços do prefeito Eduardo Paes em preparação aos Jogos. Ao contrário dos atrasos nos preparativos para a Copa de 2014, a revista afirma que as instalações do Parque Olímpico estão praticamente prontas há cinco meses dos Jogos. Também minimiza o impacto das três maiores preocupações com o evento: a poluição na Baía de Guanabara, os atrasos na nova linha de metro ligando Ipanema à Barra da Tijuca e a epidemia de zika vírus. “Paes diz que as competições acontecerão na boca da baía, onde a água é limpa, e que dois eventos-teste correram bem”, diz a revista. Quanto ao metrô, a revista também repete o discurso oficial da prefeitura, que garante que a linha estará pronta em tempo e que 90% do trabalho já foi feito. A Economist acrescenta que as férias escolares irão coincidir com o evento, aliviando os congestionamentos na cidade. Epidemia de Zika  A maior preocupação é o zika vírus, que já infectou cerca de 1,5 milhão de brasileiros desde que foi descoberto pela primeira vez no país no ano passado. O último boletim do governo confirmou 641 casos de microcefalia e os números não param de crescer. No Rio, um terço das habitações carece de saneamento básico, e a população não tem a disciplina para monitorar possíveis criadouros semanalmente. Mesmo diante desse cenário a revista tranquiliza o leitor, lembrando que o evento vai acontecer nos meses frios e secos de agosto e setembro, quando a população do Aedes aegypti tende a cair drasticamente. “Embora as mulheres grávidas e seus parceiros sexuais terão de consultar um especialista, para a massa dos fãs de esportes o  vírus não deve ser uma preocupação”, diz. “Há muito a celebrar sobre as Olimpíadas do Rio”, conclui a revista. “A cidade tem usado os Jogos como um catalisador para uma transformação mais ampla (…) Se a renovação urbana fosse um esporte, o Rio levaria medalha de ouro”. Fontes: The Economist – An Olympic Oasis

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Malaysian Airlines: Dois anos depois, o que se sabe sobre o voo MH 370, desaparecido de forma misteriosa com 239 a bordo

Dois anos após a queda do avião da Malaysian Airlines que fazia o voo MH370 investigadores ainda procuram destroços e pistas das 239 pessoas que estavam a bordo. Expectativa é que buscas sejam concluídas até o meio do anoImage copyright Getty O mistério da localização dos restos do avião parecia estar perto de ser desvendado em julho do ano passado, com a descoberta de uma peça da aeronave na ilha de Reunião – a mais de 3.700 km do lugar em que estavam sendo feitas as buscas. Investigadores franceses confirmaram que o flaperon – parte da asa – encontrado pertencia ao Boeing 777. Mas depois disso não houve mais grandes avanços nas buscas. O voo, que ia de Kuala Lumpur para Pequim, desapareceu em 8 de março de 2014, quando o controle de tráfego aéreo perdeu contato com a aeronave. As buscas, lideradas pela Austrália, estão varrendo uma área de 120 mil quilômetros quadrados de leito do mar a cerca de 2.000 km de distância da costa de Perth, usando drones submarinos e sonares operados por navios especializados. Em dezembro de 2015, autoridades australianas disseram que haviam reduzido a área de buscas – e que estavam confiantes de estar no lugar certo. O vice-premiê da Austrália, Warren Truss, disse que autoridades estavam “otimistas” de que os restos do avião seriam achados. O escopo da busca mudou muitas vezes desde que o avião desapareceu por causa da incerteza sobre seus últimos movimentos, mas a expectativa é que a operação seja concluída – com ou sem o encontro dos destroços – em meados de 2016. Autoridades confirmaram que peça encontra em ilha no Índico era do avião. Image copyright Reuters A busca Pela rota planejada, o avião estaria viajando na direção nordeste, sobrevoando Camboja e Vietnã. Por isso, a busca inicial se concentrou no Mar da China Meridional, ao sul do Vietnã. Mas indícios captados por um radar militar sugeriram que o avião havia mudado sua direção bruscamente, indo para o oeste. As buscas, então, que envolviam dezenas de navios e aviões, se voltaram para o mar a oeste da Malásia. Novas evidências revelaram, em 15 de março de 2014, que o avião fora desviado propositalmente cerca de uma hora após a decolagem. Após a divulgação da última comunicação do MH370 com o satélite, uma semana após o desaparecimento, a busca foi expandida para uma área de cerca de 4,5 milhões de km quadrados, do Cazaquistão, ao norte, até o sul do Oceano Índico. Isso cobria 11% do Oceano Índico e 1,5% da superfície da Terra. No entanto, a partir de 16 de março, imagens de satélites de possíveis destroços e dados de monitoramento de autoridades da Malásia pareciam confirmar que o avião havia caído no Índico, ao sudoeste da Austrália. Em 24 de março, o primeiro-ministro da Malásia anunciou que dados de satélite mostravam que o avião definitivamente havia caído nesta parte do oceano. Outros possíveis destroços foram vistos por satélites mas, em 28 de março, a principal área de busca foi deslocada de novo, para mais perto da Austrália, após análise da velocidade do avião e seu alcance máximo. Entre 5 e 8 de abril, barcos australianos e chineses com equipamento sonar submarino detectaram sinais de ultrassom que acreditavam ser da “caixa preta” do avião. Os sons pareciam ser a maior pista encontrada até o momento e foram usaram para redefinir, mais uma vez, as áreas de busca. Mas de novo, em 29 de maio, houve mudança nos planos: autoridades anunciaram que não haviam encontrado nada e que aquela área poderia ser descartada. Enquanto isso, autoridades da Malásia, com ajuda de especialistas internacionais em aviação e satélites, continuaram tentando desvendar e explicar os movimentos do avião. Os australianos disseram acreditar que o avião estava no piloto automático quando caiu. Em 26 de junho, eles anunciaram uma nova área de buscar perto de Perth. Essa operação começou em agosto e tentar completar uma varredura do leito do oceano. Esta busca está prevista para ser encerrada no meio do ano. Descoberta de destroços Em 29 de julho de 2015, um pedaço de avião de 2 metros foi encontrado por voluntários que limpavam a praia de Santo Andre, na ilha de Reunião, perto de Madagascar, no Oceano Índico. Tanto o primeiro-ministro da Malásia quanto autoridades francesas que participam da investigação confirmaram que os destroços são do avião. Mas as autoridades não modificaram a área de buscas, já que os destroços haviam sido levados por correntes marítimas. Em dezembro, após nova análise de dados, o governo da Austrália se disse confiante de que estaria “procurando na área certa”. Em 27 de fevereiro de 2016, outro pedaço de uma aeronave foi encontrado em um banco de areia em Moçambique. O ministro dos Transportes da Malásia disse que havia uma “alta possibilidade” de o fragmento ser do avião da Malaysian Airlines. A Austrália disse que a localização batia com os modelos de correntes marítimas que mostravam para onde os destroços poderiam ter sido levados, mas investigadores não confirmaram oficialmente que a peça seria do MH370. Quem estava no voo Muhammad Razahan Zamani (abaixo, à direita), 24, e sua mulher Norli Akmar Hamid, 33, estavam em lua de mel. Image copyright Reuters Os 12 tripulantes eram da Malásia, liderados pelos pilotos capitão Zaharie Ahmed Shah, de 53 anos, e o copiloto Fariq Abdul Hamid, de 27. A polícia fez buscas nas casas deles e um simulador de voo foi levado da casa do capitão e remontado para perícia. Havia 227 passageiros, incluindo 153 chineses e 38 cidadãos da Malásia. Sete eram crianças. Também havia passageiros do Irã, EUA, Canadá, Indonésia, Austrália, Índia, França, Nova Zelândia, Ucrânia, Rússia, Taiwan e Holanda. Foi descoberto que dois iranianos estavam viajando com passaporte falso. Mas investigações mostraram que Pouria Nour Mohammad Mehrdad, de 19 anos, e Delavar Seyed Mohammadreza, 29, estavam a caminho da Europa via Pequim e não tinham ligações conhecidas com grupos terroristas. Entre os chineses no avião havia um grupo de 19 artistas proeminentes, que haviam participado de uma exposição em

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