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Lívio de Oliveira – Versos na tarde – 04/03/2016

As mulheres que quero Lívio de Oliveira¹ Não quero mulheres em preto-e-branco, nem em cinza. Quero mulheres a cores, mulheres com o brilho das manhãs de sol de Tabatinga ou de Honolulu. Mulheres que deitam e dormem, de repente, não se doam, doem-se, doença do tédio. Quero as mulheres verdes, mulheres cor de rosa, mulheres azuis, como o céu do sertão do Cauaçu. Quero a mulher que vibra, a mulher com tremores, a mulher sem pudores, a mulher que me crava os dentes, aquela que parte suas unhas nas minhas costas. Quero a mulher vital, a fatal também, mas mulher de tentos e de tetas suculentas. Quero a mulher-mistério, a mulher que ri, mas que guarda sempre um ar de interrogação e um segredo de mim. Não aceito as mulheres que não seduzem, mulheres sem glamour, mulheres sem fantasias, mulheres sem música, sem poesia, sem uma gula impudica que contamine de desejo todo ser amante. Quero as mulheres que não sejam só cérebro, mas coxas entreabertas, seios em órbita, lábios em rosa, coração explodindo, champagne que explode sobre seu corpo e o meu. Quero mulheres, urgentemente as quero, aquelas que me ninem, como no primeiro dia, que afaguem os meus cabelos, que me façam dormir, que me dêem o seu leite, que me derramem seu vinho, alimentando-me, loucamente, de paixão. Quero mulheres de sangue, mulheres de luta, mulheres que gritem e façam irromper, no ar, a força do seus sonhos, dos seus vícios, desejos, todos. Quero as mulheres que amem as artes, que odeiem o dinheiro, mulheres supérfluas, mulheres manhosas, como gatas no cio. Quero as mulheres vivas, loucas, apaixonadas, prontas para o escândalo do amor. Quero-as, todas, desesperadamente. ¹Lívio de Oliveira * Natal, RGN. – 16 de Agosto de 1969 d.C Advogado e escritor. Começou a escrever, ainda jovem, influenciado por autores como Fernando Pessoa, Manuel Bandeira e Augusto dos Anjos. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Lava Jato: Faltou Nova York

Até agora a PF não conseguiu cooperação com o FBI para invadir o apartamento que o marqueteiro João Santana tem em Nova York. Assessoria do marqueteiro confirmou que não houve buscas no imóvel nos EUA (Fonte: Reprodução/Agência Brasil) A Polícia Federal cercou o marqueteiro João Santana no dia da operação que o levou à cadeia. Houve mandados de busca e apreensão cumpridos em Salvador — no apartamento do Corredor da Vitória, e num condomínio de luxo onde é vizinho de Ricardo Pessoa, da UTC. O juiz Sérgio Moro bloqueou um apartamento dele em Interlagos, em São Paulo. Mas até agora a PF não conseguiu cooperação com o FBI para invadir o apartamento que Santana tem em Nova York. Os investigadores suspeitam que os documentos comprometedores estão lá, num cofre. A assessoria do marqueteiro confirmou que não houve buscas no imóvel nos Estados Unidos. Leandro Mazzini/Opinião&Notícia

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G20: Saída da Grã-Bretanha da UE geraria ‘choque global’

Os ministros das Finanças do grupo que reúne as maiores economias do mundo – o G20 – fizeram um alerta de que a saída da Grã-Bretanha da União Europeia (UE) poderia representar um “choque” para a economia global. Os britânicos devem definir em referendo no dia 23 de junho se saem ou ficam no bloco europeu. O alerta do G20 foi incluído na declaração conjunta divulgada neste sábado após um encontro de dois dias na China, na qual o ministro da Fazenda brasileiro, Nelson Barbosa, esteve presente.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O ministro das Finanças britânico, George Osborne, ressaltou em entrevista à BBC durante o evento, que a questão do referendo é de “extrema gravidade”. “Os líderes financeiros das maiores economias do mundo deram seu veredito unânime dizendo que a saída da Grã-Bretanha seria um choque para a economia global. E se seria um choque para a economia global, imagina o que seria para a Grã-Bretanha”, disse. “Seria uma jornada aventureira pelo desconhecido (…). Isso é extremamente grave”. Osborne negou que o governo britânico tenha pedido para o G20 incluir a questão do referendo em seu comunicado oficial. “Há países na mesa (de negociações), como os Estados Unidos (…) e a China que francamente não fazem o que qualquer um pede para eles fazerem”, disse. Segundo uma autoridade ligada a comitiva britânica, a questão teria sido levantada no encontro do G20 justamente pelos americanos e chineses, além de Christine Lagarde, presidente do Fundo Monetário Internacional (FMI). O premiê britânico David Cameron é a favor da permanência na UE Image copyright Getty O primeiro-ministro britânico, David Cameron, do Partido Conservador, apoia a permanência do país na UE. Há, porém, outros líderes do mesmo partido que são a favor de uma saída do bloco, como o prefeito de Londres, Boris Johnson Para o ex-ministro das Finanças Nigel Lawson, o alerta do G20 não faz sentido porque 15 de seus membros nem sequer fazem parte da UE. “Os britânicos não vão gostar que o G20 diga o que eles devem fazer. E essa ideia de que a saída da Grã-Bretanha da UE pode causar um choque econômico é absurda”, disse. “Quinze membros do G20 estão fora da UE e isso não causou choque econômico. Na realidade, a maior parte deles está indo melhor economicamente do que muitos membros da UE.” Para o líder do Partido Independente do Reino Unido (Ukip), Nigel Farage, que também defende a saída do bloco europeu, o anúncio do G20 “não foi uma surpresa”. “São camaradas se ajudando”, diz ele. “Isso não impressiona os eleitores.” BBC

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Juiz de Nova York dá razão à Apple em caso de desbloqueio de iPhones

Não é o caso de San Bernardino, mas um precedente que chega no momento mais oportuno. Um juiz de Nova York decidiu que a Apple não deve desbloquear um iPhone em um caso de narcotráfico. O processo aberto em um tribunal do Brooklyn em outubro cria um importante precedente para a Apple no caso do celular do tiroteio de San Bernardino. O juiz James Orenstein sustenta que os motivos da procuradoria não são suficientes para forçar a Apple a quebrar a chave de segurança do celular. “Depois de receber os fatos e os argumentos das partes, concluo que nenhum desses fatores justifica impor à Apple a obrigação de dar assistência à investigação do Governo contra sua vontade. Por isso, nego a moção”, declara em um documento de mais de 50 páginas. MAIS INFORMAÇÕES Apple nega ao FBI acesso ao Iphone do atirador de San Bernardino Apple apoia que comissão de especialistas estude limites para criptografia Bill Gates incentiva Apple a colaborar com o FBI em casos de terrorismo Jung Feng, o réu e dono do iPhone, é acusado, junto a outras quatro pessoas, de traficar anfetaminas. Desta vez não se trata de um iPhone 5C, mas de um 5S. Como no caso de San Bernardino, as autoridades foram incapazes de extrair informação do terminal. Os agentes da Agência Americana Antidrogas (DEA) pediram a colaboração do juiz para que a Apple ajudasse no trabalho. Orenstein acredita que a ordem “não se ajusta aos usos e princípios da lei”.[ad name=”Retangulos – Direita”] Em sua opinião, a Apple não é responsável por seus aparelhos serem usados para vender drogas. O veredito se baseia na Lei de Mandatos Judiciais, que remonta a 1789. O juiz aponta que a Apple já colaborou em 70 casos com as autoridades federais, mas que é competência do juiz autorizar sua colaboração. A Apple, por meio de teleconferência com um executivo da empresa, reconheceu que o precedente beneficia a empresa. Juiz opina que Apple não é responsável por seus aparelhos serem usados para vender drogas O Departamento de Justiça se pronunciou a respeito em um comunicado: “Estamos muito decepcionados com a decisão do magistrado, pretendemos falar com ele nos próximos dias. Queremos deixar claro que a Apple consentiu em colaborar para fornecer os dados do celular, como aconteceu tantas outras vezes nas mesmas circunstâncias. Esse telefone (de San Bernardino) pode ter provas que nos ajudarão na investigação do crime. Vamos continuar com o processo para tentar consegui-las”. Nesta terça-feira, o advogado da Apple fará sua primeira vista ao Senado. Bruce Sewell, vice-presidente encarregado dos assuntos jurídicos da empresa, planeja apoiar-se na defesa dos direitos individuais. O diretor compartilhou com a imprensa o rascunho de seu pronunciamento inicial. Além de expressar solidariedade com as famílias das vítimas do tiroteio, declaram que não têm simpatia alguma pelos terroristas. “Temos o maior respeito pela defesa da lei, compartilhamos seu objetivo por um mundo mais seguro. Temos uma equipe inteiramente dedicada a isso que colaborou com o FBI assim que nos chamaram. Demos toda a informação. Inclusive fomos mais adiante colocando à disposição vários engenheiros para aconselhar com diferentes opções”, revela. Ao mesmo tempo, mantém a posição de não criar um sistema operacional modificado: “Criar esse software não só afetaria o iPhone, diminuindo a segurança de todos eles”. Continua nessa mesma linha: “Os hackers e criminosos poderiam usar o código para violar nossa privacidade e segurança pessoal. Abriria um precedente perigoso de violação da privacidade e da segurança dos cidadãos”. El País

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