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As ideias das companhias aéreas para aumentar a socialização entre passageiros

Se você pudesse escolher qualquer pessoa para se sentar a seu lado em um voo de longa duração, quem seria? Empresas permitem que passageiros escolham quem senta a seu lado com base em interesses comuns Pois saiba que, por mais estranha que a ideia possa parecer, algumas companhias aéreas já estão tornando isso possível, apesar de vários percalços. Mas só se o parceiro de voo de seus sonhos também escolher voar pela mesma empresa e tiver contas nas principais redes sociais. O conceito se chama “social seating” e permite que os passageiros escolham seus companheiros de viagem com base em interesses em comum.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] “Muita gente viaja sozinha e acaba tendo uma experiência pouco sociável”, explica Nick Martin, fundador da start-up de social seating Planely. “As pessoas não gostam de conhecer outras que não têm nada a ver com elas. Mas adoram passar o tempo com quem elas têm afinidades.” Será que essa é a solução para aqueles que sentem falta de uma boa conversa durante as horas de voo? Ou a ideia de um algoritmo escolher quem vai se sentar ao seu lado parece mais um grande experimento social? Iniciativas em teste Ideia das companhias aéreas é oferecer possibilidades de networking e lazer Até agora a maioria de nós está à mercê do acaso: ao escolhermos o assento em um avião nem sempre sabemos que tipo de passageiro teremos ao nosso lado. “O que queremos é aumentar as chances de uma pessoa conhecer outra com quem divida os mesmos interesses, enquanto estão presas naquela lata de sardinhas”, afirma Sergio Mello, cofundador de outra start-up de social seating, chamada Satisfly. Quando esses serviços surgiram, entre 2010 e 2011, a imprensa fez um grande estardalhaço. Mas até hoje poucas pessoas tiveram a opção de escolher quem viaja a seu lado. O que aconteceu? Bem, a Planely não existe mais, pois perdeu financiamento depois de três anos de funcionamento. Outra empresa do tipo, a SeatID, se tornou BookingDirection.com e trata apenas de reservas de hotéis. A Satisfly foi comprada pela agência de viagens online Travelstart. “Talvez tenhamos começado cedo demais, ou talvez não haja tantas pessoas dispostas a experimentar a novidade”, diz Martin. “Mas é algo que poderia funcionar se as próprias companhias aéreas montassem uma boa estratégia.” Uma das primeiras empresas a oferecer a opção de escolher seu companheiro de viagem foi a Malaysia Airlines, em 2011. O projeto, batizado de MHBuddy, incluía a reserva, o check-in e a possibilidade de escolher o assento na página da companhia no Facebook – automaticamente vendo quais amigos estariam no mesmo voo. “Quando lançamos a iniciativa, tivemos mais de 3 mil clientes acessando os aplicativos em apenas um mês”, conta o porta-voz da empresa. Mas, segundo ele, tratava-se de uma experiência sobre a eficiência das redes sociais, e o serviço foi cancelado. A Iberia, a Finnair e a Air Baltic também se arriscaram no mundo do social seating, mas acabaram desistindo. Já a holandesa KLM lançou o Meet & Seat em 2011, e o programa continua funcionando. “Se você se dá bem com os passageiros a seu lado, a viagem é bem mais agradável”, justifica o porta-voz da companhia, Joost Ruempol. Até uma hora antes da partida, o passageiro pode visualizar o perfil dos demais no Facebook e no LinkedIn e escolher ao lado de quem que se sentar. Outra companhia aérea que ainda mantém o serviço é a South African Airways, cujo objetivo é atingir um público mais variado e aumentar sua participação no mercado africano. Leia também: A tecnologia por trás do aeroporto mais movimentado da Europa Networking e amizades Experiência de start-ups mostrou que muitos passageiros escolhem fileiras vazias Mas será que há tanta gente assim disposta a se dar ao trabalho de encontrar um companheiro de voo e a sacrificar a oportunidade de não ter que conversar com ninguém? Desde que a South African lançou seu Social Check-In, em 2013, cerca de 400 passageiros utilizam o serviço por mês. Enquanto existiu, o Planely conquistou 25 mil usuários registrados. A KLM acredita que mais de 65 mil clientes já tenham experimentado o Meet & Seat desde seu lançamento (mais de 30 mil apenas em 2014). Não é muito se comparado aos 26 milhões de passageiros que a empresa holandesa transporta anualmente, mas o serviço vem crescendo e é oferecido para todos os voos com partidas e chegadas no aeroporto de Schiphol, em Amsterdã. Outro filão que promete fazer sucesso é o do networking profissional. A americana Delta lançou o projeto Innovation Class em alguns voos, um programa que coloca seus passageiros ao lado de líderes do setor em que trabalham. A Virgin America também está explorando essa área e, no ano passado, lançou uma rede social exclusiva para quem está a bordo de seus aviões, chamada Here on Biz, que permite que os passageiros conversem virtualmente entre si durante o voo. Ivo Vlaev, psicólogo no Imperial College, em Londres, acredita que a socialização a bordo também pode ser um atrativo para quem viaja a lazer. “Conectar-se com os outros é algo gratificante – é parte do nosso genoma e do genoma da sociedade humana”, afirma. “Estudos recentes revelaram que esse processo de se conectar e ‘pertencer’ é reforçado pelas redes de recompensa de dopamina no cérebro.” Algumas companhias aéreas estão até indo além do networking. No site da AirBaltic, por exemplo, o cliente pode montar seu perfil e acessar e interagir com os demais usuários. A Virgin America está testando algo parecido, usando seu sistema de entretenimento a bordo: ele permite que um passageiro ofereça um drink a outro ou que conversem em um chat de assento para assento. Outras novidades incluem os bares a bordo dos Airbus A380 da Emirates e dos Boeing 787-9 da Virgin Atlantic. Leia também: As dez rotas de avião mais longas do mundo Lado negativo? Mas todos esses serviços ainda estão limitados a algumas companhias aéreas mais inovadoras e são vistos por muita gente como apenas “curiosos”. Segundo Mello, da

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Arquitetura – Alhambra – Espanha

Palácio em Alhambra, Granada, Espanha Catarina de Aragão viveu aqui por pouco tempo quando seus pais conquistaram Granada em 1492,  durante o reinado de Henry VII. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Janot pede ao Supremo análise “urgente” de denúncia contra Eduardo Cunha

Procurador destaca que presidente da Câmara é “extremamente agressivo e dado a retaliações” Rodrigo Janot e Eduardo Cunha em recente cerimônia no STF. Procurador quer urgência na análise da denúncia contra o presidente da Câmara. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a “urgente” análise da denúncia oferecida em agosto contra o presidente daCâmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no âmbito da Operação Lava Jato. Janot afirma ainda que Cunha “sempre se mostrou – não apenas enquanto na Presidência da Câmara – extremamente agressivo e dado a retaliações a todos aqueles que se colocam em seu caminho a contrariar seus interesses”. No início deste mês, o ministro do STF Teori Zavascki afirmou que a denúncia contra Cunha poderia ser analisada até o fim de fevereiro pelo plenário da Corte.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] No último dia 27 de janeiro, Janot contestou argumentos da defesa do presidente da Câmara em documento enviado ao relator Teori Zavascki. Entre outros pontos, os advogados alegavam invalidade de depoimento na delação do ex-executivo da empresa Toyo Setal Júlio Camargo, em que citou propina para Cunha. >> Eduardo Cunha é notificado de pedido de afastamento feito por Janot ao STF >> Cunha: ministro do STF retira sigilo de denúncia Janot destaca que a denúncia contra Cunha “está baseada em inúmeros e robustos elementos que apontam, de maneira uniforme, para o recebimento de valores por parte de Eduardo Cunha”. A defesa do presidente da Câmara pretende derrubar a denúncia alegando que fatos narrados por Julio Camargo foram feitos em “depoimentos complementares”, após a homologação de sua delação premiada. “Se o órgão da acusação considera verdadeiras as informações prestadas nos depoimentos complementares, obviamente, não pode deixar de reconhecer que Júlio Camargo mentiu – ou no mínimo omitiu informações – nos depoimentos anteriores e, assim, descumpriu uma das principais obrigações assumidas no acordo de delação”, diz a defesa. Janot por sua vez argumenta que a omissão inicial de Júlio Camargo foi “justificável”, especialmente porque “Cunha sempre se mostrou – não apenas enquanto na Presidência da Câmara – extremamente agressivo e dado a retaliações a todos aqueles que se colocam em seu caminho a contrariar seus interesses”. Janot reforça ainda que a delação está “emperfeita consonância” com o depoimento do lobista Fernando Baiano, que também citou Cunha como destinatário de propina de US$ 5 milhões. JB

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