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Ada Negri – Versos na tarde – 22/01/2016

Aquele Que Passa Ada Negri¹ O desconhecido que passa e te acha ainda digna de uma fugidia palavra de desejo, Talvez porque na sombra da noite tão doce de Maio Ainda resplendem teus olhos, ainda tem vinte anos a ligeira figura deslizante, Não sabe que foste amada, por aquele que amaste amada, em plena e soberba delícia de amor, E em ti não há membro nem ponta de carne ou átomo de alma que não tenha uma marca de amor. Que tu viveste apenas para amar aquele que te amava, E nem que quisesses podias arrancar de ti essa veste que o amor teceu. Ele, ignaro, em ti já não bela, em ti já não jovem, saúda a graça do deus: Respira, passando, em ti já não bela, em ti já não jovem, o aroma precioso do deus: Só porque o levas contigo, doce relíquia à sombra de um sacrário. ¹Ada Negri * Lodi, Milão, Itália – 3 de Fevereiro de 1870 a.C + Milão, Itália – 11 de Janeiro de 1945 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Genética indica origem polinésia do zika vírus

Pesquisadores do Instituto Pasteur da Guiana sequenciaram o genoma completo do zika vírus. Segundo sua análise genética, o patógeno que se espalha por toda a América é aparentado do vírus que castigou várias ilhas do Pacífico em 2013 e 2014. No ano seguinte apareceram os primeiros casos no Brasil. No país, o número de casos suspeitos de bebês nascidos com microcefalia já chega a 3.893, segundo o mais recente boletim divulgado pelo Ministério da Saúde. Com mais de um milhão de infectados em menos de um ano, os efeitos do zika vírus não costumam ser severos e não vão além de uma erupção no rosto (exantema) e um pouco de febre. Às vezes coincide com o aparecimento de um transtorno autoimune, a síndrome de Guillain-Barré. Em raras ocasiões, este arbovírus (ou seja, que usa antrópodes como vetor de transmissão) pode provocar a morte, mas quase sempre como causa concomitante. O que é aterrador, porém, é que o zika vírus parece não ter compaixão dos não nascidos.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] MAIS INFORMAÇÕES Bebês vítimas do zika têm lesões cerebrais além da microcefalia EUA podem orientar grávidas a não viajarem ao Brasil por surto de microcefalia Microcefalia: a doença que assombra as grávidas no Brasil GRÁFICO Países afetados pelo vírus zika na América Ainda não se estabeleceu uma conexão causal entre o vírus e a microcefalia em recém-nascidos que vem ocorrendo na atual epidemia, mas está longe de ser uma coincidência. No Brasil, até o dia 20 de janeiro, o Governo contabilizava 3.893 casos suspeitos de microcefalia, sendo que na maioria dos casos ainda era investigada a ligação da doença com a contração do vírus. Deste total, 49 bebês morreram por malformação congênita, todos na região Nordeste, sendo que em cinco casos foi confirmada a relação com o zika. Em muitos dos casos detectados, além disso, os ainda pequenos apresentavam graves lesões nos olhos, entre outras lesões cerebrais. Também afetada, a Colômbia desaconselhou as mulheres a engravidarem em 2016, por medo da epidemia de microcefalia. “Esses defeitos são provocados somente pelo zika vírus, a propagação conjunta com outros agentes infecciosos ou por outros fatores? Precisamos pôr em andamento projetos de pesquisa multidisciplinares para resolver essas incógnitas”, diz em uma nota a responsável pelo laboratório de virologia do Instituto Pasteur na Guiana, centro de referência em arbovírus, Dominique Rousset. Rousset e seus colegas já deram o primeiro passo sequenciando o genoma do vírus. No final do ano passado as autoridades sanitárias do vizinho Suriname começaram a detectar os primeiros casos de zika e pediram ajuda ao Instituto Pasteur. Chegaram a seu laboratório amostras de quatro casos que, depois de se descartar que se tratasse de dengue ou chikungunya, deram positivo para esse arbovírus, também transmitido pelo mosquito da febre amarela (Aedes aegypti) e, em menor medida, pelo Aedes albopictus, mais conhecido como mosquito tigre. De uma das amostras os pesquisadores puderam sequenciar o genoma completo. Das outras três, obtiveram informação genética de uma proteína presente no envoltório viral, a camada externa que protege o vírus e que toma emprestada das células que infecta. Com todos esses dados, os cientistas puderam criar uma árvore filogenética da cepa que está castigando as terras americanas. Os resultados, publicados na revista The Lancet, indicam que o zika americano não pertence à linhagem africana (continente onde se descobriu o vírus em meados do século passado), mas ao asiático, de mais recente surgimento. De fato, a análise de seu genoma mostra uma homologia de 99,7% com a cepa responsável pelo surto na Polinésia francesa em 2013. Um olhar à árvore filogenética com um mapa do mundo na mão convida a desenhar a rota que o zika vírus seguiu ou, melhor dizendo, seus vetores, os mosquitos. A origem do genótipo asiático remonta a 1966, com os primeiros casos na Malásia. Mas a cepa americana atual é muito aparentada com a que apareceu na ilha de Yap, nas Carolinas, em 2007. Depois foi a vez da Tailândia e Camboja. Mais tarde, e quase saltando de ilha em ilha, o zika vírus alcançou as Ilhas Salomão, Vanuatu, Ilhas Cook e a Polinésia Francesa, até chegar à ilha de Páscoa. Os casos seguintes já se deram no continente americano. MIGUEL ÁNGEL CRIADO/ElPaís

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O que pensa Bernie Sanders, socialista que ameaça Hillary Clinton

O senador americano Bernie Sanders está, segundo algumas pesquisas de opinião, chegando perto – e, em algumas contagens, até mesmo passando – sua rival Hillary Clinton na disputa pela vaga do Partido Democrata na disputa pela Presidência dos Estados Unidos. Bernie Sanders quer taxar ricos para financiar seus projetos na presidência. Image copyright Reuters Mas o que pensa o político de 74 anos do Estado de Vermont? Abaixo, alguns argumentos defendidos pelo pré-candidato, no momento em que os EUA se aproximam das eleições primárias. A primeira delas ocorrerá em Iowa em 1º de fevereiro: 1. Ele é socialista. Sanders disputa sob a denominação de “socialista democrata”, mas em sua longa carreira política, ele passou a se sentir confortável com o temo “socialista” (“Sou socialista e todo mundo sabe disso”).[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Ele classifica sua ideologia política da seguinte forma: “Socialismo democrático significa que nós devemos criar uma economia que funcione para todos, não apenas para os muito ricos”. A briga de Sanders por tratamento igual para pobres e classe média, e contra a “classe bilionária”, é tema central em sua campanha, e o manto socialista o tem posicionado mais à esquerda de Hillary. 2. ‘As mudanças climáticas são reais’. Depois que a Agência de Administração Oceânica e Atmosférica dos EUA afirmou que 2015 foi o ano mais quente já registrado, Sanders tuitou: “O debate acabou. As mudanças climáticas são reais e causadas por atividade humana”. Ele quer taxar emissões de carbono, cortar os subsídios aos combustíveis fósseis e investir em tecnologias para energia limpa. 3. ‘O ensino superior deve ser de graça’. “A universidade é o novo ensino médio”, escreveu Sanders em artigo no jornal Washington Post, argumentando que a igualdade de classes será impossível se a maioria dos americanos não tiver acesso ao ensino universitário. Ele montou um plano para tornar gratuitas as mensalidades por intermédio da taxação dos mercados financeiros em Wall Street. 4. Posse de armas é “estilo de vida que não deve ser condenado”. Sanders tem um passado dúbio quanto ao controle de armas, o que se explica pelo fato de ele vir de Vermont, Estado pró-armas e onde “99% das pessoas que caçam obedecem à lei”, segundo o senador. Ele apoia a checagem universal de antecedentes para compradores de armas, mas prefere o meio-termo no lugar de um amplo controle de armas. 5. ‘Vidas de negros importam’. Embora Sanders tenha sido vaiado em um evento de sua própria campanha por membros do grupo Black Lives Matter, ele vem se encontrando com ativistas e concorda que a alta taxa de desemprego e encarceramento entre afro-americanos é uma evidência de racismo sistêmico nos Estados Unidos. Ele defende a reforma da Justiça criminal como saída para o problema. 6. Ele não aceita recursos dos chamados super PACs. Sanders se orgulha de que os doadores de sua campanha são majoritariamente indivíduos, que contribuem, em média, com US$ 27. Ele chama de “desastrosa” a decisão da Suprema Corte Americana que deu aos super PACs, comitês que recolhem doações em nome dos candidatos, o direito de arrecadar dinheiro de corporações e sindicatos. “Não acho que bilionários devam ter o poder de comprar políticos”, ele disse. 7. ‘O salário mínimo deveria ser US$ 15 por hora, em vez dos atuais US$ 7,25′. Sanders afirma que ninguém que trabalhe 40 horas por semana deveria viver em condição de pobreza. No entanto, economistas republicanos e democratas se mostram preocupados com a possibilidade de que tamanho aumento salarial tenha consequências problemáticas para cidades pobres e negócios em dificuldades. 8. ‘Americanos estão cansados do bipartidarismo‘. Por décadas, Sanders tem criticado tanto o partido Republicano quanto o Democrata, afirmando que os dois estão atados ao dinheiro das corporações. Sanders foi eleito para o Senado como independente, e muitos disseram que a rejeição do senador aos dois partidos o deixa isolado e sem força. Sanders argumenta que seu perfil alternativo é que faz crescerem suas bases. Bernie disputa com Hillary Clinton a nomeação do Partido Democrata para a corrida presidencial – Image copyright Reuters 9. Ele prefere viajar de classe econômica. Fotos de Sanders voando nas fileiras do fundo de um um voo comercial se tornaram virais e seus seguidores têm espalhado hashtags como #SandersOnAPlane para mostrar que o pré-candidato é um homem comum, que não desperdiçaria o dinheiro de quem paga impostos. Muitas imagens de Sanders viajando no assento do meio no avião renderam memes com Hillary e o republicano Donald Trump em jatinhos privados. 10. ‘Os EUA deveriam adotar o sistema universal de saúde, pago pelo governo federal‘. Sanders regularmente expõe sua admiração pelos sistemas de saúde do Canadá e dos países escandinavos. 11. ‘US$ 1 trilhão de gastos em infraestrutura’. Sanders quer criar empregos com pesados investimentos em estradas, pontes, sistemas de tratamento de água, ferrovias e aeroportos, que gerariam, segundo ele, 13 milhões de novos postos em cinco anos. 12. ‘Taxar os ricos’. Sanders quer pagar a maior parte de suas propostas com a criação de uma série de impostos e taxas, a maioria dos quais incidindo sobre os americanos ricos: gestores de fundos hedge, especuladores em Wall Street e grandes empresários. 13. ‘A invasão ao Iraque jamais deveria ter acontecido’. Sanders votou contra a guerra iniciada em 2002 e afirma que não mudou de opinião. Ele chama a invasão de “a pior estupidez da política externa na história do país”. 14. ‘Nada de tropas em terra na Síria ou no combate ao Estado Islâmico’. Sanders acredita que a diplomacia deve sempre vir primeiro na política externa e afirma que os países do Oriente Médio devem liderar o combate na região contra o Estado Islâmico. 15. ‘Estilo pessoal é perda de tempo‘. Se os Obamas são chamados de o mais estiloso casal presidencial desde os Kennedys, a Casa Branca de Sanders seria certamente mais relaxada. A esposa do candidato, Jane O’Meara, afirmou que se o marido “tem sete suéteres, isso significa que três estão sobrando”. Questionado por estar sempre descabelado, Sanders foi duro: “A mídia frequentemente gasta mais tempo preocupada com cabelo do

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Mensagens mostram parlamentares do DEM e do PSDB pedindo recursos a dono da OAS, diz jornal

Mensagens obtidas pela Polícia Federal em celulares do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro mostram solicitações de doações eleitorais de ao menos três parlamentares da oposição: o presidente nacional do DEM, senador Agripino Maia (DEM-RN), o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o deputado Jutahy Júnior (PSDB-BA). As informações são da Folha de S. Paulo. Número identificado pela PF como do senador Agripino Maia enviou uma pergunta ao celular do empreiteiro: “Com quem o Romero, tesoureiro do partido, deve se contactar para transmitir os dados do DEM nacional? Grato por tudo”. De acordo com a reportagem, em 31 de julho de 2012, número identificado pela PF como do senador Agripino Maia enviou uma pergunta ao celular do empreiteiro: “Com quem o Romero, tesoureiro do partido, deve se contactar para transmitir os dados do DEM nacional? Grato por tudo”.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Ainda segundo a Folha, depois, um funcionário da OAS também envia uma comunicação a Léo Pinheiro, que aparenta ser uma resposta ao pedido do DEM. “Dr. Leo. Já falei com o Romero e combinamos dia 10/8 – 250 e 10/9 – 250”. O diretório nacional do DEM declarou à Justiça Eleitoral, em 2012, ter recebido duas doações da Construtora OAS, no valor total de R$ 500 mil, nos dias 10 de agosto e 10 de setembro. A reportagem afirma que foi encontrado também um suposto pedido de Agripino Maia de agosto de 2014, mas a PF não identificou o interlocutor de Pinheiro nesta mensagem. Segundo a Folha, de Rodrigo Maia, há pedido de doação, encontros e conversa sobre projetos do Congresso. “A doação de 250 vai entrar?”, escreveu um número identificado como o do deputado do DEM, em 17 de setembro de 2014. Em 26 de setembro, ele reitera: “Se tiver ainda algum limite pra doação, não esquece da campanha aqui”. À Justiça Eleitoral o diretório nacional do DEM declarou ter recebido em doações R$ 2,3 milhões da construtora OAS em 2014. Nenhum dos depósitos, porém, ocorreu depois de 17 de setembro —todos os seis repasses ocorreram no mês de agosto. A reportagem destaca também que, em outra ocasião, em julho de 2014, Léo Pinheiro encaminha para o dono da UTC uma mensagem que ele teria recebido do deputado do DEM. “De: Rodrigo Maia. Você poderia pedir ao Ricardo Pessoa pra me receber? Ele está em São Paulo”. Pessoa respondeu que telefonaria para ele no dia seguinte. No mesmo mês, o então presidente da OAS encaminha para um destinatário desconhecido uma outra mensagem supostamente recebida de Rodrigo Maia. “Saiu MP nova. Trata de programa de desenvolvimento da aviação regional. Prazo de emenda até 8/8”. Léo Pinheiro completa com um comentário: “Vamos preparar emendas”. A Folha de S. Paulo fala também que o deputado Jutahy Júnior enviou duas mensagens em 2014 abordando o tema doações, segundo a PF. A primeira é um pedido, em 29 de setembro: “Caso seja possível gostaria da sua ajuda para Varjão [funcionário da OAS] completasse o combinado. Desde já agradeço a grande ajuda que vcs deram para minha campanha. Do amigo Jutahy”. Antes dessa solicitação, em 14 de setembro um funcionário de Léo Pinheiro lhe informou que naquele dia o empreiteiro falaria com Jutahy. A segunda mensagem do deputado tucano, um agradecimento, em 3 de novembro daquele ano: “Entreguei hoje minha prestação de contas da minha campanha sem débitos. Mais uma vez obrigado pela grande ajuda de vcs. Abrç amigo do Jutahy”. Jutahy declarou à Justiça Eleitoral, em 2014, o recebimento de uma doação de R$ 30 mil da OAS. De acordo com a reportagem o senador Agripino Maia confirmou ter procurado Léo Pinheiro para pedir doações eleitorais. De acordo com ele, a OAS colabora, há várias eleições, com o DEM e todos os outros partidos. “A OAS doou para diversos diretórios nossos. Todas os repasses são absolutamente legais e constam nas prestações de contas. Ainda assim, o DEM está à disposição para fazer qualquer esclarecimento necessário”, afirmou. >> Veja aqui a reportagem

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As diversas terminologias no universo Hacker

Há duas semanas comentamos sobre alguns dos hackers mais destemidos da história em face dos seus surpreendentes feitos. Por Marcelo Crespo¹ Naquela ocasião deixamos claro que, apesar da nomenclatura utilizada – hacker – não se trata propriamente de um consenso, sendo, então, o objeto deste texto algumas explicações sobre as designações mais comuns. Inicialmente é preciso esclarecer que a cultura hacker teve início nas décadas de 60 e 70 como um movimento intelectual para a exploração do desconhecido, documentando os mistérios desvendados e fazendo o que nem todos eram capazes no que se refere à tecnologia. Nesta perspectiva, muitas subculturas hacker se desenvolveram independentemente e paralelamente em muitas universidades como Stanford, MIT, CalTech, Carnegie Mellon, UC Berkeley, e outras.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Todavia, foi com a conclusão do projeto Advanced Research Projects Agency – ARPANET que se concretizou a ligação entre esses campi de forma que se tornaram aptos a compartilhar suas experiências e conhecimento. Pode-se dizer, então, que daí surgiu o cenário ideal para o desenvolvimento robusto da cultura hacker. O termo hacker, então, inicialmente não se destinava a definir criminosos, mas curiosos estudantes das ciências da computação, tendo cabido à mídia em geral a disseminação desta expressão com a conotação pejorativa. E ela, apesar de contestada, segue mundialmente conhecida e amplamente utilizada. Feitos estes esclarecimentos iniciais, passamos a detalhar as nomenclaturas mais presentes no nosso cotidiano. HACKERS. É o nome genérico dado a pessoas que normalmente cometem ilícitos no âmbito digital embora, originalmente, não fosse esta a conotação dada à palavra. O termo adveio do termo em inglês to hack que significa “fuçar”, “bisbilhotar” e foi, inicialmente empregado para identificar os estudantes do Massachusetts Institute of Technology – MIT que passavam as noites em claro averiguando os sistemas computacionais e suas falhas. Um trecho de um jornal do MIT datado de 1963 é tido como a primeira aparição do termo “hacker” na história.Uma pesquisa nas páginas do MIT demonstra que eles levam muito a sério a questão de não utilizar o termo “hacker” para designar criminosos,  o que pode ser verificado em Interesting Hacks To Fascinate People: The MIT Gallery of Hacks, que é uma verdadeira galeria de feitos (não criminosos). Lá no MIT, inclusive, há uma frase em neologismo com o latim – Hackito Ergo Sum (“hackeio, logo existo”) – em alusão ao pensamento de René Descartes “Ego cogito ergo sum” (penso, logo existo). CRACKERS. Podem ser considerados os verdadeiros criminosos da rede porque a eles se atribui as atividades verdadeiramente ilícitas de acesso não autorizado a sistemas, especialmente considerando-se as explicações acima e também porque, em inglês, to crack significa quebrar (os sistemas; a segurança dos sistemas). Por tal razão também se costuma dizer que nem todos os hackers são crackers, mas todos os crackers são hackers. Há rumores de que o termo tenha surgido em 1985, mas não há informações seguras quanto a isso. WHITE/BLACK HATS. Nada mais são que outras formas de se referir aos “bons” e “maus” hackers. As expressões significam, em tradução livre, “chapéu branco” e “chapéu preto”, e indicam, respectivamente, os bons e os maus, aqueles que fazem o bem e os que praticam ações delitivas. Os termos vêm dos antigos filmes de caubói (Western), onde os heróis trajavam os chapéus brancos e os vilões, os chapéus pretos. CARDERS. São os responsáveis por criar, adquirir, vender e trocar os dados relativos aos cartões de crédito até por isso são considerados fraudadores, estelionatários. Muitas vezes utilizam os “drops”, verdadeiros “laranjas” que são as pessoas responsáveis por receber os produtos adquiridos ilicitamente com os cartões de crédito alheios. O carder não necessariamente acessa os sistemas sem autorização, sendo que por vezes essa tarefa é dividida com os crackers até porque quanto a este tipo de criminalidade é comum a existência de uma verdadeira organização criminosa, com divisão de tarefas, metas e lucros obtidos. PHREAKERS. O termo é derivado de “Phone” (fone) + “Freak” (“aberração”, “inusitado”) e foi inicialmente utilizado para as pessoas que utilizavam engenharia reversa do sistema telefônico de tons para rotear chamadas de longa distância, o que lhes permitia fazer chamadas gratuitas. Para que conseguissem isso, utilizavam geradores de tons que tinha a forma de caixas azuis, as blue boxes. Mas este modelo de atuação chegou ao fim em razão do crescente uso de sistemas computadorizados e, então, ficaram conhecidos por outras práticas, como a instalação de escutas telefônicas, a clonagem e o desbloqueio de celulares. Comumente são pessoas que já trabalharam no ramo da telefonia e, por isso, conhecem as vulnerabilidades sistêmicas. SPAMMERS. São os responsavéis não apenas pelo envio massivo de spam (as mensagens não solicitadas e que podem, inclusive, veicular vírus) mas também pela captação e venda de listas de endereços de emails.Os endereços de email geralmente são captados pelo envio de “correntes” que são rapidamente reproduzidas pelas pessoas, que não se atentam que grande parte destas são exclusivamente destinadas a angariar os endereços de emails não ocultados pelos que encaminham as correntes (normalmente se pode ocultar os emails anteriores os apagando do corpo do email anterior e utilizando a função de cópia carbono oculta).Etimologicamente o termo SPAM é um neologismo surgido a partir de spiced ham, sendo este a marca de presunto temperado e enlatado da empresa norte-americana Hormel Foods, desde 1937 (marca grafada com todas em maiúsculas – SPAM). Mas o que isso tem a ver com as mensagens indesejadas? São duas as razões: a) durante a Segunda Guerra Mundial muitos alimentos eram racionados mas, por alguma razão, o SPAM nunca foi incluído no racionamento, razão pela qual as pessoas ficaram fartos dele. Isso ocorreu especialmente no Reino Unido; b) O grupo de comediantes britânicos Monty Python, em um quadro de seu programa de televisão, na década de 1970, encenou cena surreal em um restaurante que servia todos os seus pratos com SPAM. A garçonete descreve para um casal de clientes os pratos repetindo a palavra “spam” para sinalizar a quantidade de presunto que é servida em cada prato. Enquanto ela repete “spam” várias vezes, um grupo de

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