Arquivo

Fagundes Varela – Versos na tarde – 21/01/2016

Canção Lógica Fagundes Varela¹ Eu amo, tu amas, ele ama… Teus olhos são duas sílabas Que me custam soletrar, Teus lábios são dous vocábulos Que não posso, Que não posso interpretar. Teus seios são alvos símbolos Que vejo sem traduzir; São os teus braços capítulos Que podem, Que podem me confundir. Teus cabelos são gramáticas Das línguas todas de amor, Teu coração – tabernáculo Muito próprio, Próprio de ilustre cantor. O teu caprichoso espírito, Inimigo do dever, É um terrível enigma Ai! que nunca, Que nunca posso entender. Teus pezinhos microscópios, Que nem rastejam no chão, São leves traços estéticos Que transtornam, Que transtornam a razão! Os preceitos de Aristóteles Neste momento quebrei! Tendo tratado dos píncaros, Oh! nas bases, Nas bases me demorei! ¹Luiz Nicolau Fagundes Varella * Rio Claro, RJ. – 1841 d.C + Niterói, RJ. – 1875 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

Leia mais »

Carnaval é ‘coquetel explosivo’ para espalhar zika, alertam infectologistas

Alta concentração de pessoas em cidades com casos de víus zika preocupa infectologistas. Image copyright AP A passagem de milhares de turistas por capitais com tradicionais carnavais de rua em Estados com alto número de casos de bebês nascidos com microcefalia e suspeita de ligação com o zika vírus pode representar um “coquetel explosivo” e ajudar a espalhar ainda mais a doença pelo país, alerta a coordenadora de virologia clínica da Sociedade Brasileira de Infectologia, Nancy Bellei. Até o momento há 3.530 casos de microcefalia relacionados ao zika em 21 Estados.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Para os especialistas, o Carnaval reúne fatores de risco preocupantes para o aumento da transmissão do zika, num momento em que a epidemia ainda se encontra em curva de ascensão no Brasil. O alerta se soma a um comunicado da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS, escritório regional nas Américas da Organização Mundial da Saúde), que nesta segunda-feira relatou aumento de casos da síndrome de Guillain Barré em países com epidemias de zika. Em julho de 2015, 42 pessoas foram confirmadas com a doença, que causa problemas neurológicos, na Bahia. O “coquetel explosivo” do Carnaval inclui, segundo os infectologistas, as grandes aglomerações de pessoas, em geral com poucas roupas e mais vulneráveis às picadas do Aedes aegypti (mosquito transmissor de dengue, chikungunya e zika), a possibilidade de chuvas, a maior quantidade de lixo nas ruas e, por consequência, mais chance de potenciais criadouros do mosquito. Isso se soma ao maior numero de relações sexuais sem proteção e risco de gestações indesejadas justamente nos locais de maior incidência do vírus relacionado à má-formação fetal, dentre outras consequências ainda pouco conhecidas. Segundo o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, dos 3.530 casos de microcefalia relacionados ao zika em todo o país, 1.236 estão em Pernambuco, primeiro Estado a identificar o aumento do problema, onde foi decretado o estado de emergência desde novembro. Em segundo está a Paraíba, com 569 casos, e em terceiro a Bahia, com 450 ocorrências. O Rio de Janeiro fica em 9º lugar, com 122 casos. A BBC Brasil ouviu infectologistas sobre os alertas e a preocupação com o potencial de aumento da epidemia, e questionou como estão os esforços de prevenção e contenção do problema junto ao Ministério da Saúde e às prefeituras de Recife, João Pessoa, Salvador e Rio de Janeiro – capitais com expressivos carnavais de rua e onde há forte presença do Aedes aegypti e de casos de microcefalia. Alerta, riscos e ‘coquetel explosivo’ Nancy Bellei, coordenadora de virologia clínica da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), cita a preocupação com a transmissão sexual devido a um estudo de 2011 que teria documentado como um cientista americano vindo do Senegal, que passava por um surto de zika, teria transmitido a doença para a mulher, nos Estados Unidos, através do sêmen. “Ainda precisamos de mais estudos sobre a relevância epidemiológica dessa forma de transmissão, mas até pouco tempo também não sabíamos da ligação entre o zika e a microcefalia. É uma doença nova, sobre a qual ainda não se sabe muito. Não precisamos esperar para nos protegermos. Não se pode descartar a chance de termos até um aumento de casos de zika após o Carnaval justamente pelo contato sexual”, diz. Nancy explica que o potencial de propagação do zika devido ao Carnaval também depende da existência do mosquito nos locais de origem dos turistas. “Se a pessoa vai para uma capital com grande Carnaval de rua, é picada e infectada pelo zika e volta para sua cidade mas lá não há o mosquito, ela vai adoecer, se tratar, e tudo bem. Agora, se o local de origem tiver o Aedes, o mosquito pode picar essa pessoa, receber o vírus e introduzir a doença num local até então livre dela”, explica. Segundo a especialista, o Aedes é encontrado em todos os Estados, mas a região Sul estaria menos vulnerável, por ter clima mais frio e tradicionalmente apresentar menor incidência do mosquito. Especialista alerta que foliões que forem para áreas afetadas pelo mosquito Aedes aegypti procurem atendimento se tiverem febre. Image copyright Getty A pesquisadora Elaine Miranda, professora da Escola Nacional de Saúde Pública, da Fiocruz, no Rio de Janeiro, concorda que o alerta é oportuno e diz que, dadas as características de massa de um evento como o Carnaval, quando a capacidade de resposta das unidades de saúde tende a ser superada, é crucial que as cidades estejam preparadas para receber milhares de foliões em meio a uma epidemia em curso. “Medidas de controle já vêm sendo implementadas em todas as capitais referidas. No entanto, a complexidade do controle do mosquito e consequentemente da transmissão do vírus vai muito além de medidas pontuais e pensadas para eventos de massa, tais como o Carnaval”, avalia. Bellei afirma que é primordial que se faça um alerta muito claro. “Eu acho um erro ignorar estes riscos e não fazer um grande alerta. O Brasil tem essa cultura, de que se você fala a verdade está disseminando o pânico. Em outros países é diferente”, diz. Para ela, é importante deixar claro que as pessoas estão viajando para uma área de alta infestação de Aedes aegypti, e que se voltarem para casa com febre sem nenhum outro sintoma de infecção precisam procurar atendimento médico para serem investigadas para dengue, chikunguya ou zika. Precaução e recomendações Na visão das especialistas é importante que as pessoas tentem se proteger e tomem medidas de precaução durante o Carnaval. Elas também cobram medidas do Ministério da Saúde e das prefeituras de grandes capitais acostumadas a receber milhares de turistas. “Práticas educativas e de alertas para os foliões são tão bem-vindas como são estas mesmas práticas para a população em geral. Sem dúvida todos devem ser orientados a agir em seu próprio benefício suscitando, assim, uma mudança de comportamento e consequente redução da vulnerabilidade”, diz Elaine Miranda, da Escola Nacional de Saúde Pública. Para os foliões, as principais recomendações são colaborar no controle do mosquito, evitando deixar água parada, além do uso de preservativos

Leia mais »

Arte: A música clássica pode ser moderna?

Sem um público jovem, o setor de música clássica procura se atualizar.  É preciso desligar a música clássica com o conceito de passado (Foto: Flickr) Anna Goldsworthy, uma pianista australiana e diretora de festivais, escreveu recentemente que teme sobre sua arte. “É difícil escapar o fato de que meu público é muito mais velho do que eu. E eu não tenho confiança de que um novo público vai substituí-lo.” Sua preocupação não é infundada: um estudo de 2010 pelo Escritório Australiano de Estatísticas mostrou que a maior parte do público que atende a concertos tem entre 65 e 74 anos, e o mesmo problema se estende além da Austrália.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Assim, promoters e casas de música clássica estão dispostos a fazer qualquer coisa que atraia um público mais jovem. Há algumas evidências de que seus esforços estão tendo resultados: em 2015, mais de 37,500 pessoas compraram seu primeiro ingresso para o BBC Proms, uma série de concertos em Londres, no teatro Victoria & Albert Hall, que acontece todo verão desde 1895. Mais de 8,600 jovens abaixo de 18 anos foram às apresentações ao longo da temporada. Carnegie Hall, um respeitável teatro de Nova York, viu um público mais jovem do que o normal indo a concertos (de pessoas com média de 58 anos em 2006, para aqueles com 48 em 2014). O meio da música clássica agora consiste, em sua maioria, na reciclagem das obras de homens europeus de séculos atrás. A denominação “clássica” sugere um passado histórico, mas é muito mais do que este rótulo, e reconhecer isso é um primeiro passo para aumentar a audiência. Clive Gillinson, diretor executivo do Carnegie Hall, diz que eles tentam “não rotular a música. Rótulos incomodam, é melhor se as pessoas não souberem o que estão escutando”. A música clássica inclui uma variedade de novos sons e artistas: do minimalismo de Steve Reich à percussão de Inuksuit Ensemble, artistas contemporâneos como Maya Beiser, que transforma expectativas de uma solista ao usar tecnologia em sua técnica de violoncelo, e Max Richter, que mistura violino, orquestra e sintetizadores, não devem ser considerados muito diferentes dos Stravinskys e Schuberts das eras passadas. Artistas assim criam interesse para novos públicos, seja qual for sua idade. E com interesse, vem o costume de explorar a arte, o que vem naturalmente para aqueles que cresceram com YouTube e Spotify. Fontes: The Economist-Can classical music be cool?/Opinião & Notícia

Leia mais »

Justiça aceita denúncia sobre corrupção na Petrobras na era FHC

Denúncia agora se torna uma ação penal com Duque e Barusco como réus. O juiz substituto da 3ª Vara Federal do Rio, Vitor Barbosa Valpuesta, aceitou a denúncia do Ministério Público Federal sobre pagamento de propina da empresa holandesa SBM Offshore a funcionários da Petrobras e confirmou que casos de corrupção na estatal começaram por volta de 1999, no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] A denúncia foi feita pelos procuradores em dezembro e agora se torna uma ação penal, de acordo com reportagem da Folha de S. Paulo. Os réus são os ex-funcionários da Petrobras Jorge Zelada, Renato Duque, Pedro Barusco e Paulo Roberto Buarque Carneiro, e os ex-representantes da SBM no Brasil Julio Faerman e Luís Eduardo Campos Barbosa. Segundo o Ministério Público Federal, pagamentos de propina começaram por volta de 1999, no governo de Fernando Henrique Cardoso O juiz Vitor Valpuesta entendeu que há indícios mínimos do cometimento dos crimes apontados, entre eles corrupção ativa, passiva e evasão de divisas. A decisão de abertura da ação foi tomada no dia 13 de janeiro. De acordo com o Ministério Público Federal, os pagamentos de propina começaram por volta de 1999, no governo de Fernando Henrique Cardoso, e seguiram até até 2012, passando pelos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. O caso começou a ser investigado ainda antes da Operação Lava Jato virar assunto, e por isso corre na Justiça do Rio. JB

Leia mais »