Arquivo

Guilherme de Almeida – Versos na tarde – 26/12/2015

Nós Guilherme de Almeida¹ Fico – deixas-me velho. Moça e bela, partes. Estes gerânios encarnados, que na janela vivem debruçados, vão morrer debruçados na janela. E o piano, o teu canário tagarela, a lâmpada, o divã, os cortinados: – “Que é feito dela?” – indagarão – coitados! E os amigos dirão: – “Que é feito dela?” Parte! E se, olhando atrás, da extrema curva da estrada, vires, esbatida e turva, tremer a alvura dos cabelos meus; irás pensando, pelo teu caminho, que essa pobre cabeça de velhinho é um lenço branco que te diz adeus! ¹Guilherme de Andrade e Almeida * São Paulo, SP -24 de Julho de 1890 d.C + São Paulo, SP – 11 de Julho de 1969 d.C Advogado, jornalista, poeta, ensaísta e tradutor brasileiro. Entre outras realizações, foi o responsável pela divulgação do poemeto japonês haikai no Brasil. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

Leia mais »

Design – Bota feminina

Bota confeccionada a partir de material reciclável – latas de refrigerantes Exposição dedicada a roupas e calçados em Atenas, Grécia. Foto Yiorgos Karahalis/Reuters [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

Leia mais »