Arquivo

Murilo Mendes – Versos na tarde – 02/12/2015

Obra de Juan Miró A Juan Miró Murilo Mendes¹ Soltas a sigla, o pássaro, o losango. Também sabes deixar em liberdade O roxo, qualquer azul e o vermelho. Todas as cores podem aproximar-se Quando um menino as conduz no sol E cria a fosforescência: A ordem que se desintegra Forma outra ordem ajuntada Ao real – este obscuro mito. ¹Murilo Monteiro Mendes * Juiz de Fora, MG – 13 de maio de 1901 d.C + Lisboa, Portugal – 13 de agosto de 1975 d.C Poeta Mineiro, expoente do modernismo brasileiro.

Leia mais »

Arquitetura – Livraria em igreja medieval

Clique na imagem para ampliar Clique na imagem para ampliar O escritório de arquitetura Merkx + Girod, Holanda, foi o vencedor do prêmio anual “Lensvelt Architect Interior”. O projeto vencedor foi realizado na cidade de Maastritch, cidade holandesa que preserva toda sua arquitetura medieval. Um mosteiro foi adaptado para abrigar uma moderníssima livraria. Mantendo todas as características originais da igreja, construída por volta de 1250 d.C, o enorme pé direito foi utilizado para receber uma estrutura de aço com vários andares, fazendo as vezes de prateleiras e de corredores para a circulação do público. Além de escadas, existem elevadores que permitem acesso aos vários andares dessa prateleira gigante. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

Leia mais »

Em busca da luva perdida: De Proust a Fernando Pessoa

A estudante americana Jennifer Gooch, ficou impressionada, ora vejam só, com a quantidade de luvas descasadas encontradas na cidade para a qual se mudou. Ela é oriunda do Texas, e foi cursar universidade em Pittisburg, Usa. Jennifer e as “descasadas” luvas em seu ateliê, que fica no porão de sua casa. Clique na imagem para ampliar Condoída da solidão a que estavam submetidas as solitárias luvas, que literalmente estavam “na mão”, Jennifer criou um site para que as abandonadas criaturas pudessem ser encontradas por suas (delas) almas gêmeas.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O site é como um portal de relacionamentos comum serviço on-line de encontros amorosos, só que destinado a luvas perdidas. Jennifer, que não conhecia neve até se mudar para Pittisburg, no norte dos Usa onde as nevascas são ferozes, ficou “indignada com a quantidade de luvas perdidas que encontrou pela cidade no último inverno”. Proustianamente passou a se perguntar: “A quem elas pertenciam”? “Será que seus donos não as querem de volta”? “Por que as pessoas não dão a mínima ao passar por tantas luvas perdidas”? Diante de tão complexas inquietações filosófico/existenciais, a condoída donzela, que é mestranda em belas artes pela Carnegie Mellon University, criou o site www.onecoldhand.com. A intenção (sic) é “tentar reunir os pares de luvas perdidas, para acabar com o sofrimento das solitárias luvas”. A primeira luva solitária ninguém esquece. Andando pela cidade, logo que lá chegou, Jennifer deparou-se com uma das primeiras luvas “single”. Segundo a boa samaritana das luvas “era uma de pele de carneiro que alguém havia esquecido em um carrinho de neve”. No local ela deixou um bilhete que dizia: “Perdeu sua luva? Acesse onecoldhand.com.” As luvas encontradas até agora estão exposta na parede do ateliê da artista. Ao todo o “point” já “abriga” 21 abandonadas luvas. Ao lado de cada uma pequena nota contando a pesarosa história das abandonadas, tais como: onde foi encontrada, matéria, cor, tamanho, etc. A artista “casamenteira, fotografa cada abandonada criatura e publica no site ao lado de um bilhete. No site, pode-se ler uma das notas informando que a abandonada luva “foi encontrada por Shaun, terça-feira, 20 de novembro, na Avenida Penn, entre as ruas 28 e 29.” As pessoas que encontrem luvas ou que esteja procurando um par perdido, podem utilizar o site para deixar avisos. Contudo, apesar da excentricidade, a ação da artista não deixa de ser uma interferência instigante no cotidiano plástico da sociedade urbana, que não é percebido pelo olhar apressado dos habitantes. É possível, que assim como outros sites, aparentemente prosaicos, o www.onecoldhand.com seja, em breve, mais um caso de estrondoso sucesso comercial na web. Segundo alguns “buxixos” correntes na rede, Jennifer – aliás, a “alcoviteira” artista que também ainda não tem par – está em, digamos, negociações com empresas da cidade para colocação de caixas coletoras para s abandonadas luvas. Evidentemente, com “merchandise” aplicadas nas laterais, a cuja receita, Jennifer, certamente, “embolsará” uma significativa parcela, para ficarmos na metáfora do vestuário. Trafegando de Proust a Fernando Pessoa, a caridosa americana sentencia: “Se pelo menos uma pessoa encontrar sua luva, tudo já terá valido a pena”! Uáu!

Leia mais »