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Ooka Makoto – Versos na tarde – 15/09/2015

Canção da chama Ooka Makoto ¹ Os que me tocam dão um grito, aterrados. Ignoro, no entanto, se sou quente ou fria, pois não estou um segundo em nenhum sítio, nem é nada o que fui há um instante. O meu modo de partir é o incêndio. Luto contra o escuro, mas não chego a lado nenhum: só regresso ao obscuro. Temem-me sempre porque, por alguma razão desconhecida, procuro o papel, a madeira e a carne, roço-me por eles, acaricio-os, vou comendo-os e eu mesma pereço nas suas cinzas. Sim, sou desprendida até à medula. Os que me tocam dão um grito: sei que para os homens o meu amor é um escândalo. ¹ Ooka Makoto * Mishima, Shizuoka, Japão – 16 de fevereiro de 1931 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Mais tributos e cortes: a austeridade que o brasileiro vai pagar

O Tico e o Teco ai abaixo, continuam insistindo em enxugar gelo, e querem que os Tapuias coloquem o braço na seringa. Na semana passada, o governo enviou ao Congresso um Orçamento com déficit de R$ 30,5 bilhões para 2016. E disse que não tinha outro jeito. Agora, encontrou um jeito. Quando você diz uma coisa que não é, você está morto.” Everardo Maciel. Tentando recriar a CPMF e dizendo que é para cobrir deficit da previdência é uma mentira! Antes, a mentira era para aplicar em saúde. Nada de corte de ministérios e cargos de confiança. Nada de impostos sobre os fabulosos lucros dos bancos. Nada sobre cortar embaixadas e estruturas ineficientes e desnecessárias mantidas no Brasil e no exterior. Para corte de ministérios é estimado uma economia de R$ 200 milhões. Quanta mentira! José Mesquita – Editor   O Governo Dilma Rousseff anunciou nesta segunda-feira que pretende recriar a CPMF (o imposto sobre movimentações financeiras) pelo período de quatro anos, congelar os reajustes dos servidores públicos federais por sete meses e cortar em quase 30% os investimentos no programa Minha Casa Minha Vida. As medidas fazem parte de mais uma etapa do pacote de ajuste fiscal, que tem como objetivo transformar o déficit nas contas públicas de 30,5 bilhões de reais do Orçamento de 2016, em um superávit de 60,4 bilhões de reais. O anúncio, feito pelos ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento) ocorreu após longas reuniões emergenciais convocadas nos últimos três dias. MAIS INFORMAÇÕES Você viajará menos e vai lidar com juros altos por mais tempo Lições da crise econômica Brasil e países vizinhos se protegem da crise com dívida em moeda local Dilma cortará 10 dos 39 ministérios Rombo nas contas provoca cortes em saúde, educação e programas sociais A pressa para apresentar medidas que ajudem a fechar as contas do Governo vem na sequência do rebaixamento da nota de risco do Brasil por parte da agência Standard& Poors na semana passada e o temor de que outras agências internacionais façam o mesmo nos próximos dias. A iminência de um déficit para o ano que vem foi um fator decisivo para que a S&P tirasse o “selo de bom pagador” do Brasil. Assim, a conta do ajuste acabou ficando para os cidadãos.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] A nova CPMF precisará ser aprovada pelo Congresso Nacional. E, caso passe pelo crivo dos deputados e senadores, será destinada apenas para a Previdência Social, e não terá o foco principal na saúde, como era a CPMF que vigorou entre 1997 e 2007. Seu valor será de 0,2% de todas as movimentações financeiras realizadas no Brasil. A estimativa do Governo é arrecadar com ela 32 bilhões de reais, segundo estimativas da equipe econômica. Na Câmara, é certo que enfrentará resistências para conseguir 308 votos necessários para aprovar a proposta, conforme o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse a jornalistas. “Além do governo estar com uma base muito frágil, o tema, por si só, já é polêmico. Se o governo perdeu a CPMF numa época em que estava forte, chegou a ganhar na Câmara e perdeu no Senado, não é agora que o governo está com uma base muito mais fraca que vai conseguir”, afirmou. Cunha ainda disse que considerou o plano apresentado pela equipe econômica de “pseudocortes”, porque boa parte das medidas dependem de aprovações no Legislativo. Na verdade, das 16 alternativas de cortes e aumento de receitas apresentadas como a saída da crise, 15 precisam ser analisadas pelos congressistas. A única que não passará por votações na Câmara e no Senado é a redução de ministérios de 39 para 29. Até por isso, nos próximos dias, representantes da gestão Rousseff irão iniciar uma série de negociações com parlamentares para pedir ajuda na aprovação da medida que ainda será enviada ao Legislativo. A própria presidenta iniciou durante um jantar na noite desta segunda-feira diálogos com governadores de partidos aliados para pedirem que eles a ajudem a convencer os parlamentares de seus Estados. Quando foi extinta, em 2007, a CPMF era destinada principalmente para a saúde e para a previdência. Seu valor era de 0,38% em cima das movimentações bancárias. Agora será de 0,20%. Ou seja, a cada 1.000 reais movimentados, 2 reais cairão diretamente nas contas do Governo. A escolha pelo retorno desse tributo, conforme o ministro Levy, é que ele é mais “democrático” porque abrange toda a sociedade, sem sobrecarregar um ou outro setor. “Diante de todas as alternativas de tributos, a prorrogação da vigência da lei da CPMF seria o caminho que traria menor distorção à economia, com menor impacto para se levantar uma receita desse vulto e o mais distribuído, que incide de maneira equitativa em todos os setores”, afirmou o ministro Levy. A escolha exclusiva para a previdência social é por conta do rombo nessa área. Conforme as contas governistas, dos 58 bilhões de déficit em 2014, o buraco passará para 117 bilhões no ano que vem. Salários congelados Com relação ao congelamento dos vencimentos do funcionalismo público, o objetivo é economizar cerca de 7 bilhões de reais. O Governo agora terá de renegociar com os servidores as propostas de reajustes que já havia apresentado para um período de quatro anos. Para o ano que vem, a estimativa era que o aumento chegasse aos 10,5% a partir de janeiro. De acordo com o ministro Barbosa, para se chegar a essa economia, será necessário estender esse prazo para agosto. Sobre o Minha Casa Minha Vida, um dos programas-vitrine de Rousseff, o corte será de 4,8 bilhões de reais, quase 30% do que estava previsto para 2016. Por enquanto foi o único programa social em que o Governo admitiu realizar reduções no investimento. Para que esse corte não fosse maior, a gestão destinará parte dos recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para esse projeto. Levy e Barbosa dividiram a apresentação das medidas para reequilibrar as contas públicas em duas partes. Na primeira, trataram do corte de gastos, que pode

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Ministro do STF diz que Brasil deve ‘legalizar a maconha e ver como isso funciona na vida real’

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso acredita que a descriminalização do consumo da maconha é “um primeiro passo” que pode levar “a uma política de legalização (das drogas) e eliminação do poder do tráfico”. “A minha ideia de não descriminalizar tudo não é uma posição conservadora. É uma posição de quem quer produzir um avanço consistente”, disse o ministro. Image copyright Ag Brasil Em entrevista exclusiva à BBC Brasil, ele explicou por que decidiu neste momento defender apenas a liberação do consumo de maconha, adotando uma posição divergente da do ministro Gilmar Mendes, relator do caso que avalia a descriminalização do uso de drogas. Mendes votou por descriminalizar todos os entorpecentes. Barroso disse que adotou uma posição “um pouco menos avançada” porque acredita que assim “teria mais chance de conquistar a maioria” do tribunal. “Tem que avançar aos poucos. Legalizar a maconha e ver como isso funciona na vida real. E em seguida, se der certo, fazer o mesmo teste com outras drogas”, afirmou. Como hoje ainda há muita resistência contra a liberação das drogas, o ministro considera que, se o STF decidir por descriminalizar tudo, “existe o risco de haver uma reação da sociedade contra a decisão, o que os americanos chamam de backlash”.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Leia mais: Liberar porte de drogas sem diferenciar traficante e usuário pode gerar injustiça, diz ativista Leia mais: Porte de drogas para uso pessoal deve ser crime? Conheça argumentos a favor e contra “A minha ideia de não descriminalizar tudo não é uma posição conservadora. É uma posição de quem quer produzir um avanço consistente”, afirmou. A decisão de Barroso de limitar seu voto à maconha surpreendeu os defensores da liberação das drogas porque ele é considerado um dos ministros mais progressistas do tribunal. Por outro lado, ele teve uma posição considerada mais ousada que Gilmar Mendes ao propor que seja usado como parâmetro objetivo para distinguir usuários de traficantes o limite de porte de 25 gramas. Mendes também considera importante ter um parâmetro, mas diz que é função do Congresso decidir. O objetivo de criar esse critério é reduzir a prisão de usuários, principalmente no caso dos mais pobres, pois hoje a diferenciação entre os dois tipos de porte (de usuários e traficantes) depende muito da avaliação subjetiva de policiais. Até agora, apenas três ministros votaram – Edson Fachin também defendeu liberar apenas o consumo da maconha. Após o voto de Barroso, o julgamento foi novamente suspenso na última quinta-feira por um pedido de vista do ministro Teori Zavascki. Decisão de Barroso de limitar seu voto à maconha surpreendeu os defensores da liberação das drogas porque ele é considerado um dos ministros mais progressistas. Image copyright Thinkstock Os 11 ministros estão analisando um Recurso Extraordinário que questiona se o artigo 28 da Lei de Drogas é inconstitucional. Esse artigo prevê que é crime adquirir, guardar ou transportar droga para consumo pessoal, assim como cultivar plantas com essa finalidade. O julgamento não analisa a questão da venda das drogas, que continuará ilegal qualquer que seja o resultado. O recurso foi movido pela Defensoria Pública de São Paulo em favor de um réu pego com 3 gramas de maconha na prisão. A Defensoria argumenta que a lei fere o direito à liberdade, à privacidade, e à autolesão (direito do indivíduo de tomar atitudes que prejudiquem apenas si mesmo), garantidos na Constituição Federal. Barroso concordou com esses argumentos, mas como o caso concreto trata do porte de maconha, considerou que não era o momento de incluir no seu voto outras drogas. Leia abaixo os principais trechos da entrevista concedida por telefone dos Estados Unidos, onde ele participa de um evento com ministros de cortes supremas de diversos países na Universidade Yale. BBC Brasil – Por que o senhor considera que neste momento só se deve descriminalizar a maconha? Luís Roberto Barroso – Por três razões principais. A primeira delas, técnica, é que o caso concreto envolve o consumo de maconha. É mais típico no Supremo, nos casos em que se quer dar repercussão geral (quando uma decisão sobre um caso concreto passa a valer para todo mundo), que você se atenha a formular a tese jurídica em relação à situação concreta que está sendo discutida. Eu não disse que é constitucional criminalizar as outras drogas. Apenas disse que, como o caso era maconha, eu não me manifestaria sobre as outras. A segunda razão, um pouco decorrente da primeira, é que a maior parte das informações que os ministros receberam ou pesquisaram eram referentes à maconha – os memoriais dos amici curiae (instituições que se inscrevem para opinar no julgamento), as experiências dos outros países que foram examinadas. Portanto, não tínhamos estudado especificamente a situação do crack, por exemplo. A terceira razão, possivelmente uma das mais importantes, é que eu não sei bem qual é a posição do Tribunal. Nós temos um estilo de deliberação em que as pessoas não conversam internamente. Eu achei que uma posição um pouco menos avançada teria mais chance de conquistar a maioria. Também tive a preocupação de nós não perdermos a interlocução com a sociedade, que não apoia majoritariamente a descriminalização das drogas. Mas eu acho que em relação à maconha é possível conquistar, nesse momento, com explicações racionais, essa adesão da sociedade. Ao passo que, em relação às drogas mais pesadas, isso seria mais difícil. Minha posição é que a descriminalização em relação a outras drogas deve ser feita mediante um debate consistente, entre pessoas esclarecidas e informadas, de modo a conquistar a adesão da sociedade, em lugar de funcionar como uma imposição arbitrária do tribunal. Racionalidade, seriedade no debate e consistência nos argumentos produzem melhores resultados que palavras de ordem. BBC Brasil – Mas apesar de o fato concreto ser sobre maconha, na prática está se questionando a constitucionalidade de um artigo que trata de todas as drogas. Não seria uma oportunidade de tratar o tema de forma mais ampla? Barroso – Essa não é uma ação direta de inconstitucionalidade, é um

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Facebook anuncia medidas contra racismo na Alemanha

Em meio à crise migratória, rede social quer lançar campanha contra discurso de ódio e promete força-tarefa para lidar com conteúdos sensíveis. Governo vinha pressionando empresa a apagar comentários xenófobos. Sob pressão, o Facebook anunciou nesta segunda-feira (14/09) medidas contra a xenofobia e o racismo na rede social na Alemanha. Entre as propostas, está uma força-tarefa com organizações alemãs para lidar com comentários de ódio. Segundo o Facebook, o objetivo é, ao lado de empresas, organizações e partidos políticos, “trabalhar em soluções adequadas para combater a xenofobia e o racismo”. A Alemanha vem sendo palco de cada vez mais atos contra requerentes de asilo e refugiados em meio à crise migratória que atinge a Europa. O país espera receber 800 mil migrantes neste ano. O Facebook busca uma parceria com o Serviço Multimídia de Autocontrole Voluntário (FSM, na sigla em alemão), uma das organizações líderes em segurança na internet na Alemanha, para a denúncia de conteúdos questionáveis na rede social.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Segundo informações do próprio FSM, o grupo tem anos de experiência com “conteúdos online controversos e a difícil avaliação entre liberdade de expressão e proteção de direitos previstos na Constituição, como a dignidade humana”. Além disso, o Facebook pretende se engajar mais no “contradiscurso”, ou seja, o discurso de ódio deve ser combatido com argumentos mais racionais através de uma ampla campanha a ser lançada pela rede social, com a participação de especialistas internacionais. “Mídias sociais podem ser usadas de forma eficaz para discutir e questionar pontos de vista como a xenofobia”, disse em comunicado o Facebook, antes de uma reunião com o ministro da Justiça alemão, Heiko Maas, em Berlim. Segundo Eva-Maria Kirschsieper, representante do Facebook na Alemanha, a maioria dos 27 milhões de alemães que usam a rede social o fazem de maneira muito positiva. “Muitos grupos organizam ajuda humanitária para novos refugiados através da nossa plataforma”, disse. “Mas uma minoria divulga conteúdos que superam o nível de liberdade de opinião aceitável.” O Facebook afirmou que, antes de apagar conteúdos, vai avaliar a questão da liberdade de opinião e os possíveis efeitos na sociedade. Os comentários denunciados serão analisados por funcionários de língua alemã. DW

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Do Bergoglio conservador ao Francisco liberal

 Jorge Mario Bergoglio não voltou para a Argentina desde que foi eleito papa em 2013, mas isso não foi um problema. Quase todas as personalidades argentinas viajaram para o Vaticano para cumprimentá-lo e tirar fotos.  O Papa felicita dois recém-casados que trabalham em uma ONG de palhaços que atua em hospitais. / GIUSEPPE FELICI (ALAMY)  E muitos que o visitaram garantem que há enormes diferenças entre o Bergoglio que foi e o Francisco que é, que sua mensagem atual é muito mais liberal. Outros, talvez os que mais de perto o conhecem, afirmam, no entanto, que apesar de um caráter que é sem dúvida mais cordial agora, suas convicções continuam sendo as mesmas. Quando alguns de seus velhos conhecidos lhe perguntam sobre essa mudança, ele responde com um sorriso zombeteiro: “É que é muito melhor ser Papa do que arcebispo de Buenos Aires”.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] A ideia mais difundida entre os que o visitam na Santa Sé é que Bergoglio se libertou, que antes tinha de fazer pactos internos dentro da Igreja argentina e que agora, logicamente, tem muito mais poder e liberdade. Também há quem acredite que, na realidade, sempre foi um conservador, um peronista de direita, mas que se deu conta, graças a um pragmatismo e a uma visão política que nunca lhe faltaram, que o que agora convém à Igreja é uma mudança de mentalidade, mais compreensão em questões como o aborto, o divórcio e a homossexualidade nas quais antes se mostrava extremamente duro. Qualquer que seja a opção, a verdade é que conquistou inclusive seus detratores mais ferozes. Adolfo Pérez Esquivel, prêmio Nobel da Paz em 1980 por seu papel contra as ditaduras latino-americanas e um dos maiores expoentes da teologia da libertação, está entusiasmado com a nova face de Bergoglio. “Antes, como chefe da Igreja argentina, representava muita gente, e também os mais conservadores. Agora pode dizer como papa o que antes guardava para si. Além disso, o mundo muda, a igreja muda, e o Papa também. Ele fez isso pela via da espiritualidade. Está causando uma grande surpresa para todos. Provocou uma esperança que há muito tempo não se via na igreja universal”, explica Pérez Esquivel, que se emociona quando ressalta o apoio do Papa aos mais desfavorecidos ou sua “encíclica impressionante” contra as multinacionais. Bergoglio, como arcebispo em Buenos Aires, em 2005 ENRIQUE MARCARIAN (REUTERS) Horacio González, diretor da Biblioteca Nacional e líder da Carta Aberta, um grupo de intelectuais kirchneristas, foi duríssimo em suas críticas a Bergoglio quando estava em Buenos Aires. Agora se rendeu: “Realizou uma transmutação político-religiosa fascinante. Antes o víamos como um grande opositor do Governo, representante dos setores mais conservadores, do peronismo de direita. Agora Francisco está próximo à teologia da libertação que Bergoglio combateu. Mudei minha avaliação sobre ele com uma certa dor pessoal; agora estou de alguma forma pensando contra minha própria convicção. Mas não acredito que a transmutação de Bergoglio seja uma mudança tática. O mundo mudou, e ele faz a leitura do abismo que se abre diante da enorme crise ética da humanidade”. Dois dos argentinos que afirmam que Bergoglio não mudou são o monsenhor Marcelo Sánchez Sorondo, secretário da Pontifícia Academia das Ciências, e a jornalista Elisabetta Piqué, autora do livro Francisco. Vida e Revolução, no qual se baseia o filme sobre o Papa que estreia agora. Ambos são, além disso, amigos do “padre Jorge”. Segundo Sánchez Sorondo, Bergoglio continua sendo o mesmo: “Não mudou. Continua sendo contra o aborto, mas adverte os cristãos de que não se pode ser contra o aborto e a favor de jogar 70.000 bombas no Iraque. Mas isso o Papa sempre disse. Ele é a mesma pessoa, o que é mais curioso é que no Governo agora todos sejam amigos de Francisco”. Piqué reforça que Bergoglio “sempre teve a mesma atitude aberta e de inclusão com homossexuais e divorciados que se casaram novamente, e de misericórdia com as mulheres que passaram pelo drama do aborto”. A jornalista dá uma prova: “Não se pode esquecer que, quando era arcebispo de Buenos Aires, setores conservadores do Vaticano o questionaram por ser morno em todas essas questões, ou por ordenar aos padres de sua diocese que não se negassem jamais a batizar filhos de mães solteiras”. El País

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