Spinoza – Frase do dia – 13/09/2015
“A repressão implica restringir o Estado até que fique pequeno demais para abrigar homens de talento.” Spinoza
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Diego Riveira – Mural Sleep, 1932 [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]
Salman Khan agitou o mundo da educação com aulas em vídeo e exercícios grátis na web Seu método cativou o Google, Bill Gates e Carlos Slim. Existe um punhado de filantropos fora de série e existe Salman Khan, analista de um hedge fund de origem humilde que, em 2008, recém-casado, prestes a ser pai e adquirir uma casa própria, depositou todo o seu futuro e suas abundantes economias em um sonho: tornar a educação grátis acessível a todos em qualquer lugar do mundo. “Vamos esperar um ano para ver se conseguimos financiamento”, conta em palestras ter dito a sua mulher. “É a maior rentabilidade social que alguém poderia conseguir”. Hoje, esse homem, filho de mãe indiana e pai bengalês, tem 26 milhões de alunos em 190 países. Seu sucesso, a Khan Academy, é uma plataforma online multilíngue sem fins lucrativos que conquistou o próprio Bill Gates e é sustentada por outras generosas fortunas que contribuíram para fazer dele o professor do mundo. MAIS INFORMAÇÕES O gigante mundial da educação privada é brasileiro Brasil: dois modelos de educação, dois modelos de sociedade Uma professora modelo dentro de um sistema nada exemplar Nascido em Nova Orleans em 1976 e criado em um lar que se mantinha com o necessário, Khan ganhou fama de revolucionário com um sistema surgido de sua própria experiência e de umas poucas certezas. O engenheiro elétrico, matemático e especialista em TI formado em Harvard e no MIT (Instituto Tecnológico de Massachusetts) acredita que cada estudante é único e possui ritmos de aprendizagem únicos que o sistema prussiano de ensino, essencialmente passivo, não consegue satisfazer. O que ele propõe é uma espécie de escola ao contrário: aprender em casa, com aulas gravadas em vídeo e exercícios pertinentes, e fazer as lições em sala de aula. Dessa forma, o estudante que não entendeu um conceito, e que, na sala de aula, talvez se sinta coibido e desista de pedir ajuda, não tem mais que rebobinar a lição quantas vezes precisar até dominá-la. E o professor, que dispõe de um programa para acompanhar os progressos e tropeços de cada aluno em casa, pode investir seu tempo em resolver lacunas. A escola tradicional “te castiga por experimentar e fracassar” e isso faz os déficits de aprendizagem irem se ocultando, costuma dizer Khan. Sua proposta é justamente o contrário: “Monte na bicicleta e caia. Faça isso pelo tempo que for necessário até dominá-la”. “Se deixá-lo trabalhar em seu ritmo”, diz, “de repente o aluno começa a interessar-se e a progredir”. Khan aprendeu isso com sua prima Nadia, uma menina inteligente de 12 anos que, em 2004, tinha dificuldades em matemática. Ele vivia em Boston e Nadia, em Nova Orleans, mas o analista decidiu dar aulas por telefone quando descobriu que a jovem tinha perdido toda confiança em si mesma por causa dos tropeços com os números. “Era lógica, criativa e esforçada”, explica em seu livro Um Mundo, Uma Escola (The One World Schoolhouse Simplesmente resistia à conversão de unidades e, sem essa base, era incapaz de continuar assimilando conceitos matemáticos. Ex-analista de um ‘hedge fund’, seu lema é: “Suba na bicicleta e caia até dominá-la” Nadia – hoje a um passo de entrar para a faculdade de Medicina – deve ter falado muito bem de seu primo, porque de repente Khan se viu ensinando a uma quinzena de filhos de familiares e amigos. Como o telefone não era prático, tentou sessões em grupo pelo Skype, mas não era tão eficaz. Justamente quando pensou em largar tudo, um amigo sugeriu: “Por que não faz vídeos e posta no YouTube?”. O sonhador Khan deu-lhe ouvidos. Preparou aulas muito singelas com apenas três grandes protagonistas: o cursor sobre um quadro-negro virtual, as imagens que ilustram os conteúdos, e uma voz muito enfática, a sua. “Aconteceu algo interessante”, relatava Khan, com grandes dose de teatralidade nas palestras Ted de 2011.“Disseram que me preferiam no YouTube do que em pessoa. Faz muito sentido. Podiam parar ou repetir à vontade sem precisar perguntar e envergonhar-se”. O mesmo ocorreu a milhares de internautas. As aulas de álgebra e pré-álgebra feitas para seus tutelados se converteram em trending topic. Por alguma razão, um professor não licenciado tinha descoberto a forma de cativar a estudantes, adultos sem formação, jovens com problemas… “Meu filho de 12 anos tem autismo e muita dificuldade com matemática. Tentamos de tudo, vimos de tudo, compramos de tudo. Encontramos por acaso seu vídeo sobre decimais e ele entendeu”, escreveu um pai agradecido. “Então passamos para as terríveis frações. Ele entendeu. Não podemos acreditar. Está tão emocionado”. Khan propõe uma espécie de escola ao contrário: aprender em casa e fazer a lição em sala de aula No início de 2009, mais de 100.000 pessoas acompanhavam seus vídeos e pediam aulas de outras matérias. Muito satisfeito, começou a flertar com a ideia de deixar a Wohl Capital Management e criar uma escola mundial gratuita. Não que não gostasse de seu trabalho. “Era intelectual e financeiramente gratificante”, conta em seu livro. “Mas estava envolvido em uma vocação que vi como algo muito mais valioso”. Khan e sua esposa, médica internista, deixaram a compra da casa para mais tarde e investiram tudo no projeto, confiantes de que chamariam a atenção de algum filantropo. Passados nove meses, a academia, com o quartel-geral no quarto de hóspedes de sua casa no Silicon Valley, crescia sem parar em número de alunos, mas não em doações e para consolidá-la era necessário aperfeiçoar o software, contratar engenheiros, especialistas para abranger da Física, até a Biologia ou a História da Arte. Khan, que já tinha se tornado pai, começou a pensar que o melhor que podia fazer era voltar a sua antiga vida. Mas em 2010 sua sorte mudou. A primeira boa notícia chegou por Ann Doerr, esposa do multimilionário John Doerr, investidor em empresas tecnológicas: uma dupla transferência de 10.000 e 100.000 dólares (350.000 reais). A segunda também veio dela, por SMS: Bill Gates estava contando em uma palestra que tinha descoberto na Internet a khanacademy.org,
Pontes milenares na China [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]
Em tempos de crise, conseguir um emprego público é como ganhar na loteria Em julho, o estado de Minas Gerais anunciou 32 vagas para seu Tribunal Regional do Trabalho. E recebeu 134.270 inscrições para o concurso. Não há nada de excepcional em relação a Minas Gerais nem ao seu TRT. No entanto, como o desemprego está aumentando e o Brasil está caminhando para a pior queda desde a Grande Depressão – o Standard and Poor’s acabou de rebaixar sua nota de crédito para o grau especulativo – conseguir um emprego público é como ganhar na loteria. Ele vem com um salário desproporcional, estabilidade vitalícia e benefícios que podem incluir motoristas e voos gratuitos. “O setor público oferece estabilidade: você passa no concurso e tem um emprego para o resto da vida”, disse Guilherme Alves, 21, que estava estudando o entorpecedor juridiquês em Brasília em um das centenas de cursinhos dedicados a preparar alunos para passar em um concurso estatal. “É ótimo”.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O salário médio dos secretários no governo central do Brasil é 49 por cento maior, em relação ao PIB per capita, que o do México e quase o dobro que o dos países que pertencem à Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico. O funcionário típico do governo brasileiro ganhou 42 por cento a mais no ano passado do que o trabalhador comum. Fortes distorções Um motivo de os empregos governamentais serem “banhados a ouro” foi um programa criado há cinquenta anos para convencer brasileiros qualificados a abandonarem as praias do Rio de Janeiro e se mudarem para o árido cerrado da nova capital, Brasília. Isso exacerbou fortes distorções na economia: os brasileiros pagam impostos surpreendentemente altos para financiar um setor estatal inchado que oferece serviços públicos deficitários. O setor privado também ficou sufocado. “Nós não conseguimos pagar o aparato estatal que construímos”, disse Gil Castello Branco, secretário-geral da Associação Contas Abertas, que supervisiona os gastos do governo. Depois que o rebaixamento da nota de crédito do Brasil foi anunciado, noticiou-se que o governo está pensando em congelar o salário dos servidores públicos. Por enquanto, juízes e parlamentares podem chegar a ganhar 30 vezes o salário médio do setor privado, além de regalias. O Brasil emprega menos servidores públicos per capita do que os EUA, a França ou a Alemanha. Mas tem muito menos recursos, de maneira que menos dinheiro vai para os serviços públicos, disse David Fleischer, professor emérito de Ciência Política da Universidade de Brasília. Pensão vitalícia No ano passado, o governo federal gastou 20,6 por cento do PIB em salários, benefícios e despesas administrativas, restando apenas 1 por cento para investimentos, de acordo com a Associação Contas Abertas. Atrair os brasileiros capacitados para a nova capital com salários altos também provocou outros desequilíbrios. Uma pensão para agricultores, que contribuem minimamente à previdência social, foi instaurada em meados dos anos 1980. As filhas solteiras de militares falecidos recebem uma pensão vitalícia, então muitas convivem com seus parceiros sem se casar, disse Fleischer. Tudo isso distorceu fortemente as condições do setor privado, de acordo com José Pastore, ex-professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo e ex-membro do Conselho de Administração da Organização Internacional do Trabalho. “As prioridades estão desequilibradas”, disse Pastore em uma entrevista por telefone. “O setor privado emprega o grosso da força de trabalho e não tem os cursos nem os incentivos oferecidos aos funcionários públicos”. Direito indiscutível Na tentativa de reduzir o déficit orçamentário, de mais de 8 por cento do PIB, no início deste ano o governo cortou alguns benefícios de trabalhadores e pensionistas. Em agosto, a presidente Dilma Rousseff prometeu acabar com 10 dos 39 ministérios existentes. Mas essas medidas provavelmente não farão muita diferença. “O impacto fiscal não é muito grande, é mais simbólico”, disse Raul Velloso, da ARD Consultores Associados, uma firma de consultoria empresarial com sede em Brasília. Embora o governo tenha conseguido estipular um teto para o total de gastos da folha de pagamento dos servidores públicos, muitos dos benefícios trabalhistas e despesas obrigatórias fazem parte da lei, o que deixa pouco espaço de manobra, disse Dyogo Oliveira, secretário executivo do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, em uma entrevista. Implementar padrões para medir o desempenho também é difícil, disse ele. “O direito à estabilidade no trabalho está na Constituição, é indiscutível”, disse ele. Por Raymond Colitt
Volkswagen Beetle 1949 [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]
Os tradicionais cata-ventos estão com os dias contados. Isso porque, a empresa espanhola Vortex Bladeless desenvolveu um novo sistema que dispensa as lâminas e utiliza a agitação da própria torre para gerar energia elétrica. Batizados como Vortex Mini (uso doméstico) e Vortex Gran (uso industrial), os dois dispositivos garantem eficiência, sustentabilidade e economia na fabricação. Ao invés de capturar energia pelo movimento circular de uma hélice, os inovadores equipamentos aproveitam o fenômeno aerodinâmico da vorticidade. Nessa teoria, o vento que flui ao redor de um objeto produz pequenos vórtices, suficientes para uma estrutura fixa oscilar e entrar em ressonância com a corrente de ar. Esse efeito é encarado pelos engenheiros e arquitetos como um problema, pois criam uma espécie de redemoinho que pode desestabilizar as construções. No caso da nova tecnologia, no entanto, os engenheiros criaram um design para que os vórtices percorram os cones em sua totalidade, sincronicamente. Como os aparelhos são feitos com materiais leves e resistentes – fibra de carbono e de vidro –, as agitações são maximizadas e, consequentemente, gera-se mais energia. Já na base das turbinas foram instalados dois ímãs que funcionam como motores, pois à medida que as oscilações ocorrem, eles se repelem e puxam o mastro de um lado para o outro, intensificando o movimento. Essa energia cinética é depois convertida em energia elétrica por meio de um alternador, que também multiplica a frequência de vibração do objeto. As vantagens do Vortex Mini e do Vortex Gran são diversas. Segundo a empresa Vortex Bladeless, o fato de não possuírem componentes mecânicos barateia a fabricação em pelo menos 51%, em comparação aos modelos convencionais. Com isso, minimiza-se em até 40% a pegada de carbono (a quantidade de gás gerada na produção). Além disso, a ausência de engrenagens, parafusos e partes móveis, que são facilmente desgastadas, reduz em 80% os custos com a manutenção. Apesar das novas turbinas absorverem 30% menos de vento que aos equipamentos de pás, isso é compensado pela instalação de um maior número em um mesmo espaço, já que podem ser colocadas próximas uma das outras. São também silenciosas e representam risco inferior aos pássaros. Ainda em fase de testes, a nova tecnologia já arrecadou US$1 milhão em investimentos públicos e privados na Espanha. A Vortex Bladeless pretende lançar seu primeiro produto até o fim deste ano. Acompanhe neste vídeo como a estrutura funcionará: [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]
Uma autoridade americana disse à BBC que os Estados Unidos já identificaram pelo menos quatro ocasiões em que o grupo autodenominado “Estado Islâmico” usou gás mostarda em ataques na Síria e no Iraque. De acordo com ele, o governo americano está cada vez mais convicto de que o grupo radical está produzindo e usando armas químicas. Segundo a fonte, o chamado gás mostarda – que, em temperatura ambiente, é líquido – está sendo usado na forma de pó. Na fronteira entre Turquia e Síria, o repórter da BBC Ian Pannell encontrou indícios que sustentam essa afirmação. Leia mais: BBC mostra destruição na Síria que refugiados deixam para trás OS EUA acreditam que o grupo tem uma célula dedicada a construir essas armas e está provavelmente adicionando-as a explosivos convencionais, como morteiros.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] “Eles estão usando mostarda”, disse a autoridade americana. “Sabemos que estão. Vimos eles fazendo isso em pelo menos quatro situações diferentes nos dois lados da fronteira, no Iraque e na Síria.” Quando essa armas explodem, a poeira de gás mostarda causa bolhas em quem está exposto a ela. Leia mais: ‘Espetáculo de cadáveres em praias europeias’ era previsto, diz brasileiro da ONU Militantes do ‘Estado Islâmico” controlam grandes partes do território da Síria e do Iraque – Image copyright AP O que é o agente mostarda? O termo “gás mostarda” costuma ser usado para descrever o agente, mas ele é líquido em temperatura ambiente. Ás vezes, ele tem cheiro – como alho, cebola e mostarda -, às vezes não. Pode ser amarelo claro ou marrom. As pessoas podem ser expostas através de contato pela pele, olhos e respiração, se ele for lançado no ar como vapor. Se estive em estado líquido ou sólido, além do contato com a pele pode haver consumo. A substância causa bolhas na pele e nas mucosas. Apesar de a exposição ao gás não costumar ser fatal, não há tratamento ou antídoto, o que significa que ele precisa ser removido do corpo completamente. A autoridade disse que a inteligência americana acredita que a explicação mais plausível para o uso deste tipo de arma é que os militantes estejam fabricando o gás mostarda. “Avaliamos que eles têm uma pequena célula ativa de pesquisa em armas químicas e que estão se esforçando nisso”, disse. A autoridade disse que não é difícil aprender a fabricar gás mostarda. Leia mais: ‘Que diferença faz morrer na Síria ou no mar?’, diz refugiado que tentou nadar até a Grécia É pouco provável que militantes tenham encontrado o agente químico no Iraque, de acordo com ele, porque o Exército americano provavelmente teria descoberto durante o período em que manteve presença ostensiva no país. A fonte também praticamente descartam a hipótese de os militantes terem roubado os químicos do governo da Síria antes que o regime fosse forçado a a entregá-las, após ameaça de ataques aéreos americanos em 2013. Contato com gás mostarda pode causar irritação nos olhos e bolhas na pele. Image copyright Getty Oficialmente, o governo dos EUA continua dizendo que investiga as denúncias de uso de armas químicas no Iraque e na Síria, mas a fonte disse à BBC que muitas agências de inteligência agora acreditam que há evidências suficientes para confirmar as denúncias. A fonte pediu para não ser identificada porque não está autorizada a falar sobre isso oficialmente. Acordo A Síria deveria ser um local livre de armas químicas após um acordo feito com apoio da ONU. O governo do país entregou mais de 1.180 toneladas de agentes tóxicos e químicos para a Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ). O processo começou em outubro de 2013 e terminou em junho do ano passado. Mais de 200 mil pessoas morreram de que o início da guerra civil na Síria, após protestos antigoverno no início de 2011. Uma pequena parcela teria morrido devido ao uso de armas químicas. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]
Escultura de Enrique Carbajal – Cidade do México Clique sobre a imagem para ampliá-la [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]
Katrin Klingeberg e Sebastián Montes – Guitar Duo – Oblivion de Astor Piazzolla [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]