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Bill Gates: Quem sofrerá mais as consequências da mudança climática?

Filantropo fala dos desafios que devem ser superados nas regiões mais pobres do planeta. O filantropo americano Bill Gates, fundador da Microsoft, publicou um artigo na Project Syndicate sobre as mudanças climáticas e os desafios para combater a pobreza. Há alguns anos, Melinda e eu visitamos um grupo de produtores de arroz em Bihar (Índia), uma das regiões do país mais propensas a sofrer de inundações. Eles eram extremamente pobres e dependentes do cultivo de arroz para alimentar e sustentar suas famílias. Todos os anos, quando chegavam as chuvas das monções, os rios experimentaram uma inundação e ameaçaram inundar suas fazendas e arruinar suas culturas. Ainda assim, eles estavam dispostos a apostar tudo na possibilidade de que sua exploração fosse travada. Uma aposta que muitas vezes foi perdida. Com as colheitas arruinadas, eles fugiram para as cidades em busca de empregos estranhos para alimentar suas famílias. No entanto, eles estão retornando no ano seguinte, com frequência mais pobres do que quando tinham marchado – prontos para replantar. A nossa visita foi uma poderosa lembrança de que os agricultores mais pobres do mundo vivem em uma corda bamba sem redes de segurança. Eles não têm acesso a sementes melhoradas, fertilizantes, irrigação e outras tecnologias benéficas, como os agricultores dos países ricos, nem ter segurado as suas culturas para proteger contra perdas. Um único golpe de má sorte – a seca, inundações ou doença é o suficiente para fazê-los cair ainda mais na pobreza e na fome.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Agora a mudança climática irá adicionar um novo tipo de risco para suas vidas. O aumento das temperaturas nas próximas décadas vai causar grandes perturbações na agricultura, especialmente nos trópicos. Culturas não vão florescer por causa da escassez de água ou o excesso dela. Com um clima mais quente, pragas prosperam e destruir as culturas. Também os agricultores dos países mais ricos vão experimentar mudanças, mas tem as ferramentas e suporte para administrar esses riscos. Agricultores mais pobres do mundo vêm para trabalhar todos os dias e na maioria dos casos com as mãos vazias. Essa é a razão por que, de todas as pessoas que sofrem as consequências das alterações climáticas, é provável que mais sofram. Estou otimista, no sentido de que, se agirmos agora, poderemos evitar os piores impactos da mudança climática e alimentar o mundo. Há uma necessidade urgente de os governos a investir em novas inovações em energia limpa, reduzir drasticamente as emissões de gases de efeito estufa e frear altas temperaturas. Ao mesmo tempo, temos de reconhecer que é tarde demais para parar todos os efeitos de temperaturas mais elevadas. Mesmo que o mundo descobrisse na próxima semana uma fonte de energia limpa e barata, que levaria tempo para abandonar os hábitos de uso de combustíveis fósseis e mover-se para um futuro livre de carbono. É por isso que é fundamental que o mundo investir em medidas para ajudar os mais pobres a se adaptar. Na carta anual deste ano, Melinda e eu apostamos que a África poderá se alimentar nos próximos quinze anos. Mesmo com os riscos da mudança climática, é uma aposta que eu mantenho. Sim, os agricultores pobres têm um tempo difícil. Suas vidas são quebra-cabeça com muitas peças para encaixar corretamente: a partir do plantio das sementes corretas e do uso de fertilizantes até a formação adequada e um lugar para vender sua colheita. Se uma parte falhar, suas vidas podem desmoronar. Eu sei que o mundo tem o que é preciso para ajudar a colocar as peças no lugar e enfrentar as ameaças às quais eles estão atualmente expostos e terão de enfrentar no futuro. A coisa mais importante é que eu sei que os agricultores também o têm”. JB

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Descoberto na Inglaterra ‘Stonehenge’ cinco vezes maior que original

Pedras de 4,5 mil anos estão enterradas a um metro de profundidade. Monumento pode ser maior estrutura neolítica da Grã-Bretanha. Simulação do Ludwig Boltzmann Institute da localização das pedras encontradas (Foto: Ludwig Boltzmann Institute/BBC) Arqueólogos acreditam que cerca de cem monolitos descobertos a poucos quilômetros do misterioso monumento arqueológico de Stonehenge poderiam ser a maior estrutura neolítica da Grã-Bretanha. saiba mais Misterioso, sítio de Stonehenge é opção de passeio desde Londres Milhares se reúnem para celebrar verão no hemisfério Norte As pedras de 4,5 mil anos, algumas com mais de 4 metros de altura, estão enterradas a cerca de um metro de profundidade e foram identificadas com o uso de um radar no “Super-henge” de Durrington Walls, um enorme círculo de pedras, muito maior do que Stonehenge, na mesma região do monumento. O monumento, que teria 1,5 km de circunferência e 500 m de diâmetro, é de uma “escala extraordinária” e único, de acordo com os pesquisadores. A área de Durrington Walls teria cinco vezes o tamanho de Stonehenge. O grupo de cientistas do Stonehenge Hidden Landscapes está trabalhando em um mapa subterrâneo da área há cinco anos. Arqueólogos buscam pedras próximo a Stonehenge (Foto: BBC) O novo monumento fica a apenas três quilômetros de Stonehenge e, acredita-se, era um lugar destinado a realização de rituais. As pedras foram erguidas ao lado de uma vala circular escavada na terra, formato característico dos henges, nome dado a um tipo específico de aterro do Período Neolítico que consiste em um área terraplanada em forma circular ou oval com uma vala interna cercando outra área circular de cerca de 20 m de diâmetro. Os cientistas descobriram que as pedras ficavam de pé, no que poderia ser um monumento mais impressionante que o vizinho. “Achamos que não há nada como isso no mundo”, disse o pesquisador que liderou o grupo, Vince Gaffney, da Universidade de Bradford. “Isso é completamente novo e a escala é extraordinária.” Uso de radar permitiu mapear estrutura sem fazer escavação. “A presença do que parecem ser pedras, cercando o local de um dos maiores estabelecimentos neolíticos da Europa, acrescenta um novo capítulo à história de Stonehenge.” As descobertas estão sendo anunciadas no primeiro dia do Festival de Ciência Britânico, na Universidade de Bradford. BBC

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Qual o maior escândalo financeiro do Brasil? E no mundo? Seria o Petrolão

O papo rolou na academia de ginástica que frequento. Só ouvi, não dei pitaco na hora, mas me estimulou o tema sobre o qual escrevo. Primeiro temos que saber se esse escândalo foi investigado ou não. Não sou historiador, mas me arrisco a falar dos escândalos no Brasil e no mundo contemporâneo. Na academia foi citado o Petrolão como o maior do mundo. Creio que essa conclusão seja por conta da mídia brasileira, que foca na corrupção na Petrobrás a todo instante. Mas como os números não mentem jamais, não tenho dúvida de que o maior escândalo de corrupção do mundo foi a quebradeira americana em 2008, conhecido como a “Bolha imobiliária”, que fez o governo americano injetar cerca de U$ 7 trilhões de dinheiro público em empresas privadas. Os EUA jogaram no lixo aqueles manuais que pregam ao mundo que mercado se basta e resolve todos os problemas e foram lá salvar as empresas privadas com dinheiro do contribuinte. E ainda continua, nos EUA, um silêncio total sobre o escândalos. Ninguém sabe ninguém viu! Com certeza para preservar a imagem das empresas, salvar os empregos e recuperar o mais breve a economia. No Brasil, pelo contrário, a mídia e a oposição tentam enlamear, o tempo todo, a imagem da Petrobrás, inclusive a prisão dos executivos das empresas é transmitida ao vivo. Vale lembrar que nenhuma empresa americana, GM, Citybank por exemplo, tem a importância para o país como a Petrobrás tem para o Brasil. A Petrobrás além de abastecer o país há 62 anos de derivados de petróleo, financia, sozinha, com os impostos que paga, 80% das principais obras do país contidas no PAC. E o Brasil é o 2º parque de obras do mundo só perdendo para a China. Talvez por isso a oposição irresponsável queira paralisar a empresa! Os EUA em 2008, aplicaram os contratos de Leniência que eles mesmos criaram para manter as empresas envolvidas nos escândalos de corrupção funcionando, preservando assim os empregos e não prejudicando a economia do país. Aqui, nossos “paladinos da moral e da honestidade”, capitaneados pelo chefe da operação Lava Jato, juiz Sérgio Moro, que inclusive estudou nos EUA, contradizem-se sobre os contratos de Leniência. Moro se diz a favor e a Força Tarefa que compõe a operação é contra. Resultado: a Petrobrás está parando! Obras paralisadas como as duas refinarias do nordeste (Maranhão e Ceará) que nos dariam a autossuficiência no refino de petróleo; o Comperj, o setor mais lucrativo do setor petróleo, com projeto reduzido excluindo justamente o petroquímico; estaleiros fechando, fornecedores suspendendo a produção voltada para a indústria de petróleo e milhares de trabalhadores perdendo seus empregos. Se a economia brasileira está ladeira abaixo, as finanças da família de Sérgio Moro vão bem obrigado, esse juiz, federal de 1ª instância, recebe 77 mil de salário, o dobro do que recebe um ministro do STF; além disso, não sabemos quanto recebe, e não deve ser pouco, sua mulher; que advoga para o PSDB e para empresas petroleiras estrangeiras concorrentes diretas da Petrobrás. Mas voltando à história dos escândalos: creio que o maior escândalo de corrupção no Brasil que não foi investigada foi a “Privataria Tucana”, inclusive virou livro. Empresas como a Vale do Rio Doce, Usiminas, CSN, a Embratel e o monopólio estatal do petróleo, da cabotagem entre outros, tudo isso foi doado a empresários nacionais e internacionais e houve até ações entre amigos nessas privatizações. Há outros escândalos muito maiores que o Petrolão cujas punições vão ficar só no imaginário, pois ou não são investigados ou correm em sigilo de justiça, como o Zelotes, Swissileaks, Trensalão, Fifa e a sonegação da Globo no Imposto de Renda da transmissão da Copa do Mundo de 2002. Esses entreguistas enganam o povo afirmando que a corrupção na Petrobrás é grande, na verdade eles só querem mesmo é desmoralizar a empresa e enfraquecer o governo federal, viabilizando assim a entrega de nosso pré-sal aos gringos, inclusive tramita agora no senado a PL 131, do senador do PSDB, José Serra, passando para a mão dos estrangeiros nosso ouro negro. *Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).

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Refugiados na Europa: a crise em mapas e gráficos

Refugiados na Europa: a crise em mapas e gráficos Alemanha continua a ser destino mais popular para refugiados Fotos: AP/Reuters/EPA As solicitações de asilo para a Europa se multiplicaram neste ano – só a Alemanha e a Hungria, por exemplo, já receberam mais pedidos nos últimos meses do que em todo o ano passado. No total, 438 mil refugiados pediram asilo em países do bloco até o fim de julho deste ano – comparados com os 571 mil para 2014. De acordo com números divulgados pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), a Alemanha continua sendo o destino mais procurado por imigrantes que chegam à Europa. Foi o país que recebeu o maior número de pedidos de asilo, com mais de 188 mil até o fim de julho deste ano – 15.416 a mais do que o ano passado todo. Mas a Hungria já ocupa o segundo lugar, com mais e mais imigrantes recorrendo ao país para entrar na Europa Ocidental pelo meio terrestre – a estação de trem de Budapeste chegou a fechar no início da semana, com milhares de imigrantes acampando do lado de fora à espera de um trem para o oeste do continente europeu. Leia mais: Refugiados chegam à Alemanha após calvário pela Hungria e Áustria Leia mais: Em cinco pontos – Qual a solução para a crise de refugiados na Europa? Na noite desta sexta-feira, a Hungria afirmou que mandaria ônibus para transportar os mais de mil imigrantes que haviam iniciado uma marcha rumo à Áustria. E, apesar de a Alemanha ter o maior número de solicitações de asilo, a Suécia fica no topo dessa lista quando os números são considerados proporcionalmente à população – são oito pedidos de asilo a cada mil habitantes suecos. De onde vêm os imigrantes? O conflito na Síria continua sendo o maior motivador dessa onda migratória. Mas a violência constante no Afeganistão e na Eritreia, assim como a pobreza no Kosovo também têm levado pessoas dessas regiões a procurar asilo em outros países. A União Europeia deve ter uma reunião de emergência em Bruxelas no fim deste mês – o bloco tem sido criticado pela inércia diante da crise da imigração. Uma proposta para cotas de distribuição de refugiados foi rejeitada e a tensão tem crescido por causa do sobrecarregamento de alguns países que recebem um grande número de refugiados. O Reino Unido, por exemplo, rejeitou o sistema de cota e, de acordo com números oficiais, aceitou 216 refugiados sírios desde janeiro de 2014 no esquema de “Realocação de Pessoas Vulneráveis” – foram cerca de 4.300 sírios aceitos nos últimos quatro ano, segundo o governo britânico. A Hungria construiu um muro de 175km ao longo de toda a fronteira com a Sérvia para tentar diminuir o fluxo de pessoas buscando asilo no norte da Europa. Apesar do grande número de pessoas pedindo asilo em outros países, a quantidade de pessoas que são acolhidas por eles é bem menor. Em 2014, países da União Europeia ofereceram asilo a 184.665 refugiados. No mesmo ano, mais de 570 mil imigrantes entraram com pedido de asilo nesses países – é importante pontuar, porém, que o processo para solicitar asilo pode demorar, então alguns dos refugiados contemplados no ano passado podem ter entrado com o pedido muitos anos antes. Como imigrantes chegam à Europa? A Organização Internacional de Migração (IOM, na sigla em inglês) estima que mais de 350 mil imigrantes tenham sido registrados nas fronteiras de países europeus entre janeiro e agosto de 2015, comparados com os 280 mil do ano todo de 2015. Esses números podem ser ainda maiores. A força externa de fronteira europeia, Frontex, monitora as diferentes rotas de imigração e contabiliza as pessoas que chegam às fronteiras do continente. A rota do Mediterrâneo oriental superou a rota central como a mais comum usada neste ano – sendo que os sírios são, de longe, o maior grupo de imigrantes. Dos mais de 350 mil imigrantes registrados neste ano nas fronteiras europeias, quase 235 mil chegaram na Grécia e cerca de 115 mil chegaram na Itália. Outros 2.100 desembarcaram na Espanha. A maioria dos que vão para a Grécia tentam fazer isso por uma viagem mais curta da Turquia para as ilhas de Kos, Chios, Lesbos e Samos – essas rotas costumam ser feitas em condições precárias, em barcos pequenos ou botes de madeira. Mortes A viagem da Líbia para a Itália é mais longa e perigosa. De acordo com a IOM, mais de 2,5 mil imigrantes morreram tentando fazer essa travessia neste ano – e, no total, 2.643 pessoas morreram no Mediterrâneo em 2015. Os meses de verão no hemisfério Norte são, em geral, os com o maior número de vítimais fatais, já que é o período mais comum para imigrantes tentarem chegar à Europa. O pior mês do ano em termos de números de mortos, porém, foi abril, quando um barco carregando 800 imigrantes virou no mar da Líbia. O fato de ele transportar muito mais pessoas do que a capacidade permitia é uma das razões para a tragédia.

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