Arquivo

Bernardo Atxaga – Versos na tarde – 25/08/2015

A vida é a vida Bernardo Atxaga¹ A vida é a vida, não as suas consequências. Não a casa sólida construída no topo de uma montanha, ou as taças e as medalhas banhadas a ouro amontoadas nas suas prateleiras. A vida não é isso. A vida é a vida. Não as viagens até cidades longínquas ou as crianças, homens e mulheres nelas mal ou esplendidamente fotografadas. A vida não é isso. A vida é a vida. Não a chuva no telhado, ou o granizo nas janelas, ou a neve, ou a lua silenciosa, ou a luz, tão magnífica, dourada no Verão e prateada no Inverno. A vida não é isso. A vida é a vida. Não a mulher ou o homem que te sussurram ao ouvido, não os nossos pais, ou filhos, não os nossos irmãos ou irmãs ou amigos, velhos ou novos. A vida não é nada disso. A vida é a vida. ¹ Joseba Irazu Garmendia * Asteasu, País Basco, Espanha – 27 de julho de 1951 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

Leia mais »

Collor chama Janot de fascista, sujeitinho a toa e diz que ele tenta constranger Senado

Quero ver essa valentia quando “elle” estiver “hospedado” na Papuda. Não há mais como voltar ou jogar a sujeira para debaixo do tapete. As máscaras caíram e está todo mundo nu. Todos salafrários, só querem salvar suas peles. O povo! A o povo que se dane. Mas, o mais trágico é a inquietante pergunta: Onde está a tal da oposição? Será que também tem rabo preso neste lamaçal? O acórdão que está sendo urdido é tão escancarado, que é de se estranhar o tamanho do silêncio. José Mesquita   O senador Fernando Collor de Melo (PTB-AL) voltou a atacar, nesta segunda-feira (24), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, durante discurso na tribuna do Senado. Collor chamou Janot de “figura tosca” e o acusou de “arbitrariedade” na denúncia apresentada no âmbito da Operação Lava Jato contra ele e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, por corrupção e lavagem de dinheiro. O senador voltou a reclamar por não ter sido ouvido pelos investigadores antes de a denúncia ser entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF). Collor também chamou Janot de “sujeitinho à toa, sem eira nem beira” e disse que o procurador-geral é um “fascista da pior extração”. “Ele está esterilizando, e ele conhece bem isso, os poderes da República que garantem a nossa democracia”, completou.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] “Há meses venho denunciando o perfil dessa figura tosca de Janot. A começar pelos sucessivos vazamentos de informação que correm em segredo de Justiça. […] Até hoje sequer fui ouvido para esclarecer mentiras e embustes politicamente arquitetados pelo senhor Janot. Meu depoimento foi marcado e por duas vezes desmarcado, na véspera dos mesmos”, disse Collor. “Não poderia deixar de trazer essa incoerência e arbitrariedade do procurador-geral da República. […] Depois de tanto arbítrio, onde foi parar o direito de ampla defesa? Onde foi parar o contraditório? E a presunção de inocência?”, questionou. Collor e Cunha foram denunciados na última quinta-feira (20) por Janot por suposto envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras investigado na operação. O procurador-geral pediu a condenação dos dois sob a acusação de terem cometidos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. De acordo com as investigações, Collor teria recebido, entre 2010 e 2014, R$ 26 milhões como pagamento de propina por contratos firmados pela BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. Ele nega. Collor encerrou seu discurso com uma citação do filósofo grego Plutarco: “Nada revela mais o caráter de um homem do que seu modo de se comportar quando detém um poder e uma autoridade sobre os outros: essas duas prerrogativas despertam toda paixão e revelam todo vício”. A assessoria de Rodrigo Janot informou que o procurador-geral da República não iria comentar o caso. Esta não foi a primeira vez que Collor atacou Janot da tribuna do Senado. No dia 5 de agosto, o senador xingou o procurador-geral da República em discurso. “Afirmações caluniosas e infames! Filho da puta”, afirmou Collor em tom mais baixo, mas que foi captado pelo microfone. O senador criticava o despacho do procurador, que negou a devolução de seus carros de luxo. Collor afirmou que eles foram comprados por empresas legalmente constituídas e das quais é sócio majoritário. Em documentado enviado ao Supremo Tribunal Federal, Janot disse que não há razão para devolver os carros de luxo — uma Lamborghini, uma Ferrari, um Bentley e um Land Rover — apreendidos mês passado na casa do senador. Janot também afirmou que o grupo do parlamentar recebeu R$ 26 milhões de propina no período entre 2010 e 2014. Collor afirmou que as empresas não são de fachada e foram legalmente constituídas. As parcelas de pagamento dos carros que estariam em atraso seria uma questão comercial. “Não podendo, jamais, em tempo algum, sob risco de grave ação judicial a quem afirme que tal atraso se deve a falta de recursos escusos.” Jornal do Brasil

Leia mais »

Acordo de buscas entre Google e Twitter se estendem ao desktop

O Google e o Twitter anunciaram nesta sexta-feira que sua parceria para colocar tuítes em resultados de busca online se estende aos desktops. A confirmação veio em uma troca de tuítes entre as duas gigantes americanas da internet. “Olá @twitter, festa da busca na nossa casa. Vamos nos encontrar no desktop?”, convidou o Google, ao que o Twitter respondeu: “com certeza, @google. Nós levaremos os tuítes”. Em maio, as duas empresas acordaram colocar tuítes nos resultados de busca móvel do Google, e o mesmo irá se aplicar aos desktops em breve. Ambas as empresas tinham um acordo semelhante em 2009, mas os tuítes desapareceram dos resultados de busca do Google em 2011. O acordo pode ajudar o engajamento no Twitter, que teve um pequeno crescimento comparado a outras redes sociais. Isto também traz conteúdo novo e comentários do Twitter para consultas de pesquisa do Google. “É um ótimo jeito de encontrar informação em tempo real quando algo está acontecendo”, afirmou Ardan Arac, do Google, quando o anúncio foi feito em maio. “Nós estendemos isso agora ao desktop também, e em inglês em qualquer lugar”, afirmou Arac em uma atualização nesta sexta-feira. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

Leia mais »

Conheça a seita religiosa investigada pela Policia Federal

Ontem (17), uma operação da Polícia Federal realizada em Minas Gerais, Bahia e São Paulo prendeu seis líderes da seita. As investigações apontaram que os dirigentes da organização estariam mantendo pessoas em regime de escravidão nas fazendas do Sul de Minas. Os fiéis ainda entregavam todos os seus bens à instituição sob a promessa de viverem em uma comunidade onde tudo é dividido por todos. Na última segunda-feira (17), a Polícia Federal (PF) deflagrou a operação “De Volta Para Canaã”, que investiga líderes da seita religiosa Jesus, a Verdade que Marca. Os envolvidos (já foram expedidos 129 mandados judiciais) responderão pela prática dos crimes de redução de pessoas à condição análoga à de escravo, tráfico de pessoas, estelionato, organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro em três estados brasileiros: Minas Gerais, Bahia e São Paulo.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] A VICE colheu depoimentos exclusivos de uma ex-frequentadora e de uma fiel que até hoje segue os passos da igreja evangélica. Os investigadores da PF estimam que o patrimônio recebido em doações feitas pelos fiéis chegue a pouco mais de R$ 100 milhões. Estabelecimentos comerciais, como postos de gasolinas e restaurantes pertencentes aos líderes, que supostamente colocavam tudo em nomes de “laranjas”, também estão sendo investigados. Entre os líderes detidos, está o vereador do Partido Trabalhista Cristão (PTC) Miguel Donizete Gonçalves, de São Vicente de Minas (MG). Procurado pela VICE, seu advogado, Ronaldo Ramos, informou não ter nada a declarar sobre o caso por enquanto. Canaã, segundo o Velho Testamento da Bíblia, era a terra prometida por Deus a seu povo. Um lugar que emanava “leite e mel”. Um paraíso. Daí o nome da operação da PF (não tem nada a ver com o Síntese). “Ele chegou a bater no meu rosto algumas vezes quando eu não concordava com alguma coisa”, relata Sônia* sobre um religioso da seita. O ano era 2001 quando Sônia* ouviu o programa de rádio da igreja pela primeira vez. Frequentadora havia pouco tempo, logo recebeu o convite de Cícero Vicente Araújo, o pastor Araújo – um dos principais líderes – para morar no templo da Lapa, bairro da cidade de São Paulo. “Interrompi os estudos e larguei o trabalho. Dediquei-me à obra na igreja morando em um galpão. [Havia] quartos separados para irmãos e irmãs”, conta a ex-fiel. “No começo, achei a melhor coisa da minha vida. Experiência incrível. Até começarem as duras correções às quais éramos submetidos.” Além de ter a obrigação de orar o tempo todo e confessar coisas do passado, Sônia revela que chegou a ser agredida fisicamente por um evangelista. “Ele se chamava Ivan. Hoje, parece que está nas fazendas ou na Bahia. Ele chegou a bater no meu rosto algumas vezes quando eu não concordava com alguma coisa.” O pastor Araújo, a quem Sônia via como um pai – e que no começo chegou a ajudá-la até mesmo comprando roupas –, não tomava atitudes e “fingia não saber de nada”. “Éramos como uma família, e o respeitava como pai. Fico triste em saber que ele se tornou essa pessoa inescrupulosa. [Ele] se preocupava, mas, depois que a esposa faleceu e ele começou a comprar fazendas, virou outra pessoa. Acho que o dinheiro subiu muito à cabeça.” Até o fechamento desta reportagem, a VICE não conseguiu falar com representantes em São Paulo da igreja Jesus, a Verdade que Marca. OSTENTAÇÃO Em entrevista à TV Alterosa, um dos delegados responsáveis pelo caso informou que o luxo fazia parte da rotina da alta cúpula da igreja. “As investigações apontam que os dirigentes ostentam carros luxuosos, moram em mansões suntuosas e estão adquirindo um patrimônio considerável”, detalhou o policial. Assim como inúmeros relatos chocantes espalhados pela internet, em que pessoas dizem ter doado casas, carros e dinheiro para a seita, Sônia explica que por muito tempo trabalhou sem registro e sem receber um centavo. Chegou até a vender trufas na rua. “Era para o bem comum e da igreja. Com o dinheiro das vendas, eles compraram mais comércios e, nessa época, já estavam adquirindo fazendas em Minas Gerais. Moravam mais lá do que aqui, em São Paulo.” “Essa história do chip é a pura realidade. Só a igreja que se separa e não usa essa porcaria. A própria Dilma já anunciou”, explicou Carol Dèll Boar, fiel da igreja, sobre uma das pregações de Araújo, supondo que o governo controlaria todos com um chip. Em nota oficial, a PF aponta que os líderes religiosos estariam mantendo pessoas em regime de escravidão nas fazendas onde desenvolviam suas atividades e rituais religiosos. “Os fiéis, ao ingressarem na seita, eram convencidos a doar seus bens sob o argumento da convivência em uma comunidade onde tudo seria de todos e, em seguida, obrigados a trabalhar sem qualquer espécie de pagamento”, detalha o documento. Sônia comenta que o pastor Araújo propagava a ideia de um biochip que amaldiçoaria dissidentes. “Ele falava: ‘Se você sair da comunidade evangélica Jesus, A Verdade que Marca, maldições virão até você. [Você] será marcado pelo chip e também nunca conseguirá se firmar em lugar nenhum. Porque a verdade só está lá’.”. Fiel da igreja e defensora ferrenha do pastor Araújo, Carol Dèll Boar, confirma isso. “Essa história do chip é a pura realidade. Vai chegar no Brasil. Só a igreja que se separa e não usa essa porcaria. A própria Dilma já anunciou.” Sônia explica melhor o assunto: “Olha, esse negócio do chip é velho. Ele pregava muito sobre isso, e foi aí que as fazendas cresceram”. Segundo a ex-integrante, Araújo alertava os fiéis que o governo instalaria um chip em todo mundo para ter controle sobre a vida das pessoas. “Em 2005, começou a loucura total. Com medo, o povo largou casa, vendeu tudo, abandonou as famílias e foi pras fazendas. Só via gente comprando roupas e estocando coisas que pudessem levar para o mato. Até lanterna, botas…” “Eles sabem que serão perseguidos, mas estão dispostos a morrer por Cristo”, afirma a fiel Carol Dèll Boar, sobre as pessoas que hoje vivem

Leia mais »