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Afonso Henriques Neto – Versos na tarde – 11/06/2015

Exercício Afonso Henriques Neto ¹ empurre as mãos lentamente através da pele do rio até tocar o coração da beleza (ruína do tempo impenetrável) depois as retire lentamente como se puxasse do infinito a respiração da criança nascendo De Piano Mudo (1992) ¹ Afonso Henriques Neto * Belo Horizonte, MG – 1944 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Operação Lava Jato: Líder do governo no senado recebeu r$ 200 mil de lobista

A candidatura ao Senado de 2010 do líder do governo, Delcídio Amaral (PT-MS), registrou três doações eleitorais, no total de R$ 200 mil, de duas empresas do lobista Júlio Camargo que receberam R$ 67 milhões da construtora Camargo Corrêa “sem terem realizado qualquer serviço”. DELCÍDIO RECEBEU R$ 200 MIL DE JÚLIO CAMARGO NAS ELEIÇÕES 2010. FOTO: JOSÉ CRUZ/ABR O dado consta do laudo pericial da Polícia Federal que cruzou “doações de cunho político” feitas pela empreiteira – acusada de cartel e corrupção na Lava Jato -, com valores recebidos em contratos da Petrobrás e os pagamentos por consultorias e serviços, a partir de 2006. A primeira doação para a campanha de senador de Delcídio ocorreu em 28 de julho de 2010, valor R$ 100 mil, pagos pela empresa Treviso do Brasil Empreendimento. Poucos dias depois, em 13 de agosto, foram feitos dois repasses que somaram mais R$ 100 mil: um de R$ 50 mil da Treviso e outro de R$ 50 mil da Piemonte Empreendimentos. As duas empresas pertencem ao lobista Julio Gerin Camargo, apontado como operador de propinas no esquema de cartel e corrupção na Petrobrás, desbaratado pela Lava Jato a partir de março de 2014. Ele representava comercialmente a Camargo Corrêa e empresas internacionais – como o grupo japonês Mitsui, envolvido no inquérito que investiga o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Segundo afirmou o ex-presidente da Camargo Corrêa Dalton Avancini, em acordo de delação premiada, Piemonte e Treviso receberam da empreiteira valores mesmo “não tendo sido prestado qualquer serviço”. “Somando-se o total pago à empresa Treviso, com o total pago à empresa Piemonte, obtêm-se o montante de R$ 67,7 milhões pagos nos anos de 2010 e 2012”, informa o laudo 1047/2015. Subscrito pelo perito criminal federal Ivan Roberto Ferreira Pinto, o documento usou dados de contabilidade da empresa, em poder da PF, e de levantamento comercial e eleitoral. Foram registrados ainda pagamentos de valores para candidatos a prefeito e vereador no Mato Grosso do Sul, em 2012, feitos pelas duas empresas do lobista, que totalizaram R$ 320 mil. O senador admitiu que foi ele quem pediu tais contribuições. Avancini e outro alto executivo da Camargo Corrêa, Eduardo Leite (ex-vice-presidente), foram presos em novembro de 2014 pela Lava Jato. Após fecharem acordo de delação premiada, em abril, cumprem prisão preventiva em casa. Em seus termos de delação, eles confessaram envolvimento no esquema de cartel e corrupção e apontaram outro executivo da Camargo Corrêa, Marcelo Bisordi, como responsável pelos assuntos de doações aos partidos políticos. Avancini e Leite apontaram os nomes do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e do ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa como pessoas que pediram doações para a Camargo Corrêa para a campanha de 2010. Ao todo, a Camargo Corrêa registrou o repasse de R$ 183 milhões em “doações de cunho político” entre 2008 e 2013 – destinadas a candidaturas e partidos da situação e da oposição -, mostra o laudo. O líder do governo no Senado não é alvo da Lava Jato. Seu nome chegou a ser citado nas delações, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que não havia elementos, em março, para abrir naquele momento um inquérito. Ex-ministro de Minas e Energia no governo Itamar Franco, entre 1994 e 1995, Delcídio foi também diretor de Gás e Energia da Petrobrás, no governo Fernando Henrique Cardoso, e ex-funcionário da Shell, na Holanda. Aliado do ex-governador do Mato Grosso do Sul Zeca do PT, é também próximo do ex-diretor de Internacional da estatal Nestor Cerveró – preso desde janeiro, em Curitiba. Ex-PT O laudo destaca ao todo R$ 1 milhão em doações da Piemonte e Treviso à candidaturas nas eleições de 2010 e 2012. Entre elas, além de Delcídio, está a então candidata ao Senado por São Paulo, pelo PT, Marta Suplicy. Sem partido atualmente, a ex-prefeita da capital paulista recebeu R$ 100 mil. Foi uma doação de R$ 50 mil da Piemonte e R$ 50 mil da Treviso, ambas no dia 13 de agosto – mesma data que Delcídio recebeu iguais valores das duas empresas. Após 33 anos de militância no PT, a senadora oficializou no final de abril sua saída do partido com uma carta na qual afirmou ter ficado constrangida com o “protagonismo” da legenda em “um dos maiores escândalos de corrupção que a nação brasileira já experimentou”. “Mesmo após a condenação de altos dirigentes, sobrevieram novos episódios a envolver a sua direção nacional”, afirmou a senadora, referindo-se indiretamente ao mensalão, revelado em 2005, no governo petista de Luiz Inácio Lula da Silva, e ao escândalo de corrupção na Petrobrás, desbaratado em 2014, no governo de Dilma Rousseff. Marta e Delcídio também aparecem no laudo da PF nas doações oficiais registradas pela Camargo Corrêa em sua contabilidade. Marta recebeu R$ 2,5 milhões, em quatro doações de R$ 500 mil cada, entre 20 de julho e 22 de setembro. Delcídio recebeu R$ 500 mil no dia 20 de julho. As doações registradas são oficiais, afirma a Camargo Corrêa, e feitas dentro da legalidade. Investigadores da Lava Jato, no entanto, têm elementos para apontar que os pagamentos legais aos partidos serviram para ocultar propina desviada da Petrobrás. No esquema, que já chegou ao um rombo reconhecido pela estatal de R$ 6 bilhões, PT, PMDB e PP controlavam diretorias da estatal, por meio da qual arrecadavam de 1% a 5% em contratos que eram fatiados por 16 empresas cartelizadas, entre elas a Camargo Corrêa. COM A PALAVRA, AS DEFESAS Por meio de sua assessoria de imprensa, o senador Delcídio Amaral (PT-MS), alega que “as doações de 2010 foram devidamente registradas na prestação de contas do senador Delcídio e julgadas legais pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), conforme registros públicos”. “Com relação aos candidatos de 2012 as doações, também legais, foram feitas por solicitação do senador Delcídio Amaral.” COM A PALAVRA, A CRIMINALISTA BEATRIZ CATTA PRETA Julio Camargo nunca foi lobista. Quanto ao contrato mencionado, já declarou os fatos em colaboração, e ratifica que atuou

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Será este o ônibus do futuro?

O canadense Charles Bombardier projeta objetos. Objetos fantásticos, como um juiz de hóquei robótico, um rebocador que cria ondas para torneios de surfe e montanhas-russas magnetizadas onde os passageiros se sentam em esferas metálicas que flutuam sobre o circuito. Por isso, eis aqui alguém capaz de repensar com competência o conceito de transporte. Ônibus canadense faria recarga ao se deslocar pelas ruas e teria wi-fi por painéis solares Antes talvez seja importante ressaltar que Bombardier não é nenhum visionário maluco. Seu sobrenome e seus primeiros anos de carreira pertencem à gigante canadense responsável pela fabricação de aviões, trens e outros veículos. Ele é também um designer influente e um investidor conhecido.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O jornal Globe & Mail, de Toronto, publica muitas das ideias de Bombardier na seção “Prototypes”, e foi a publicação que pediu a ele que reinventasse os ônibus para uma das cidades mais movimentadas do Canadá. O resultado é o Xoupir (pronuncia-se “zupir”), uma fantasia elétrica que pode finalmente tornar o ato de andar de ônibus em algo sexy. Recarga sob o asfalto Designer Charles Bombardier já atuou na empresa da família, fabricante de aviões e trens Motores elétricos moveriam as quatro rodas na traseira de estilo Batmóvel, e o ônibus recarregaria as baterias através de uma rede sem fio e por bobinas de indução escondidas sob o asfalto – ligadas apenas quando o veículo passasse sobre elas. Painéis solares instalados no teto forneceriam energia para a estação WiMax a bordo, uma unidade que ofereceria wi-fi ultrarrápido para os passageiros e qualquer outra pessoa localizada a um raio de 1,5 quilômetro. As janelas modificariam sua transparência de acordo com o tempo, enquanto o corpo do ônibus, forrado com diodos orgânicos emissores de luz, poderia exibir uma série de anúncios para os pedestres e motoristas ao redor. É claro que a passagem seria paga com um aplicativo de smartphone ou um leitor biométrico. Tecnologias já existentes Mas talvez o aspecto mais audacioso do Xoupir seja este: ele é inteiramente baseado em tecnologias já existentes. É verdade que a indução não é o método de recarga elétrica mais eficiente e ainda não existem ruas largas o suficiente para permitir a instalação de bobinas sob sua superfície. Mas uma autoridade municipal poderia, um dia, abrir corredores e faixas exclusivas com esse tipo de pavimentação. E a possibilidade de oferecer wi-fi e anúncios poderia gerar parte do financiamento necessário. Pode ser que o transporte público do futuro não se pareça em nada com o Xoupir, mas certamente terá muitos de seus componentes. Fonte:Globe & Mail/BBC

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Duas visões: O Brasil deve reduzir a maioridade penal?

De volta aos holofotes com o início dos trabalhos de uma comissão especial na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira, a proposta de emenda constitucional para reduzir a maioridade penal no Brasil ainda está longe de ser alvo de consenso no país. Tema divide especialistas, parlamentares e lideranças políticas Tramitando em regime de urgência no Congresso, a medida, que promete grandes impactos na legislação e na sociedade, divide especialistas, parlamentares e lideranças políticas. A sessão da comissão especial foi interrompida por protestos contrários à proposta e adiada para quarta-feira que vem. O parecer do relator da PEC 171/93, o deputado federal Laerte Bessa (PR-DF), deverá pedir a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos de forma geral, cumprindo pena em locais separados dos presos comuns, além de orientar a realização de um referendo para consultar a população. Bessa tem usado como argumento uma pesquisa do Datafolha de abril deste ano, que ouviu 2.834 pessoas em 171 municípios e concluiu que 87% dos brasileiros são a favor da redução. Leia mais: Na contramão do Brasil, EUA reduzem punição a jovens infratores Leia mais: #SalaSocial: Policiais fazem campanha contra redução da maioridade penal Para ser aprovada, a proposta precisa ser colocada em votação pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que vem se manifestando a favor da medida. Cunha já afirmou que pretende colocar o tema para votação em Plenário em 30 de junho. Após votações em dois turnos tanto por deputados quanto por senadores, a PEC não precisa de sanção da presidente Dilma Rousseff, que tem se colocado abertamente contrária à alteração na Constituição. Entre os especialistas, há divisão quanto à eficácia da medida para reduzir a criminalidade, os impactos da alteração em outras leis, como exploração de menores, além da compra de bebidas alcóolicas e o direito de dirigir. Outros pontos polêmicos são o ingresso num sistema carcerário já superlotado, a possibilidade de contato com a “escola do crime” dentro dos presídios, questões sociais em torno da criminalidade infanto-juvenil e a necessidade de punição mais severa do que a prevista atualmente para crimes graves como latrocínio, homicídio e estupro. A BBC Brasil ouviu especialistas com experiência na área do direito infanto-juvenil para discutir se o país deve ou não reduzir a maioridade penal. Veja seus principais argumentos: A favor: ‘Adolescente infrator opta por ter arma na mão’ Para o promotor Thales Cesar de Oliveira, é importante reduzir a maioridade penal para coibir o crime, aumentando nos jovens o temor pela lei. Ele é promotor da Infância e Juventude do Ministério Público de São Paulo há 25 anos e desde 1990 atende uma média de 1,5 mil adolescentes infratores por ano. “Todo adolescente tem plena consciência do que está fazendo. Ele sabe que furtar, roubar, estuprar e matar são crimes, e comete o ato infracional ciente de que está fazendo algo errado, mas ao mesmo tempo ciente da sua impunidade. Ao ser pego, emite aquela frase conhecida, ‘sou menor’, como um alerta, de que sabe que está protegido”, diz. Para promotor favorável à medida, ‘é erro ver menor infrator como vítima’ “É um erro passar a mão na cabeça do adolescente infrator e vê-lo como vítima, como alguém que não teve outra opção por conta da pobreza ou da exposição ao tráfico, por exemplo. O adolescente infrator não é o que pede esmola no sinal, é o que opta por ter uma arma na mão. Claro que pais ausentes, periferia, favela, violência aumentam as chances, mas há os que optam pelo trabalho”, indica. “Nos meus 25 anos no MP concluí que a grande maioria desses adolescentes tinha plena consciência ao fazer a coisa errada e muitos sabiam que nada aconteceria. Conto nos dedos quantos cometeram crimes por questões sociais, de sobrevivência. A mãe, do lado, sempre desmente. Diz que havia arroz e feijão na mesa, e que não permitia a entrada de nada roubado em casa. O crime acontece por opção mesmo e tem que ser punido”, avalia. Quanto ao impacto futuro da PEC na redução da criminalidade e o argumento dos grupos contrários à medida – de que em vez de diminuir a maioridade penal o governo deveria investir mais em educação -, o promotor defende um “pacote de mudanças”. Leia mais: Armas de fogo matam 116 por dia no Brasil, diz estudo “Espero que reduza (a maioridade), sim, mas aí tenho que concordar que são necessários investimentos em escola integral, desfavelização, educação como um todo, políticas públicas, sociais. Se o Brasil não fizer este pacote de mudanças, das quais a PEC é apenas uma, corremos o risco de, daqui a dez anos, estarmos discutindo a redução da maioridade para 14 anos”, adverte. Oliveira rejeita um dos maiores argumentos contrários à PEC, de que o ingresso dos jovens no sistema carcerário significaria colocá-los em contato com a “escola do crime”, aumentando a criminalidade a longo prazo. Para ele, essa “escola” está “aqui fora, e não dentro das cadeias”. Contra: ‘Ao sair da cadeia, jovem cometerá mais crimes graves’ O advogado Ariel de Castro Alves é especialista em Políticas de Segurança Pública pela PUC-SP, ex-conselheiro do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) e fundador de órgão semelhante na OAB nacional. Para ele, a resposta para a criminalidade infanto-juvenil e a violência no Brasil não passa pela redução da maioridade penal. Protesto contra redução da maioridade penal na Câmara; para especialista, aprovação da medida seria um retrocesso Entre os principais motivos estariam a incapacidade do sistema carcerário de receber esse novo contingente, além dos riscos de efeito reverso, por acreditar que a medida, a longo prazo, aumentaria a criminalidade ainda mais. Ele também argumenta que a alteração é inconstitucional. “Por piores que sejam as condições, nas instituições de internação esses menores têm uma chance maior de recuperação. Nos presídios, superlotados e dominados pelo tráfico, essa possibilidade será muito menor. Além disso, a alteração deste artigo é inconstitucional, por tratar-se de cláusula pétrea, de direitos essenciais, e em caso de aprovação no Congresso, caberá ao Supremo Tribunal

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Economia: Em sete anos, PIB do Brasil cresceu mais que o de potências e países do Brics

Aumento de 22% superou EUA e Alemanha, além de países como África do Sul e Rússia Mesmo com as crises internacionais e o baixo preço do petróleo que persiste desde os últimos meses de 2014, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve uma alta de 22,63% entre o período de 2007 e 2014, batendo tanto potências econômicas como Estados Unidos (8,15%) e Alemanha (4,99%), quanto países do Brics, como África do Sul (14,6%) e Rússia (11,4%), segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI). Resultado de políticas de investimentos constantes, principalmente após o estouro da bolha financeira de 2008 que causou grave crise em países do mundo todo, o PIB Real do país saltou de R$ 1,018 trilhão em 2007 para R$ 1,248 trilhão no ano de 2014, enquanto potências como França, Japão e Reino Unido registraram aumento de menos de 4% de seus PIB’s em suas respectivas moedas locais.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] A medição usando o PIB Real, que elimina a distorção produzida pela variação dos preços causada pela inflação e indica o valor real de crescimento da economia é mais segura para medir o aumento (ou diminuição) da produção real de um país do que se fosse usado seu PIB nominal, que desconsidera os aumentos de preço por conta da inflação. Segundo dados do FMI, o Brasil foi o segundo país com maior crescimento de seu PIB Real no período, perdendo apenas para a China (aumento de 80,13%), em um grupo que reúne potências econômicas mundiais como Estados Unidos (8,15%), Alemanha (4,99%) e Reino Unido (3,68%), que ocupam as posições seguintes à do Brasil, enquanto França (2,21%) e Japão (0,64) completam os que tiveram crescimento positivo. As outras duas nações estudadas, que completam o grupo de nove países, tiveram diminuição de sua produção, por enfrentarem grave crise financeira. São elas: Espanha (-4,97%) e Portugal (-7,33%). No recorte de países de mercado emergente, o Brasil é o terceiro com maior crescimento, perdendo apenas para a China e a Índia (59,52%), estando à frente de África do Sul (14,6%), enquanto a lanterna Rússia teve crescimento de apenas 11,4%. Os dados levam em conta a produção em moeda local de cada país, eliminando assim possíveis variações cambiais em relação ao dólar. Fonte: Jornal do Brasil

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