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Plínio de Aguiar – Versos na tarde – 17/05/2015

Crepuscular Plínio de Aguiar¹ Buscamos ser mais que a praia inutilmente. Lemos Auden Pound Meirelles e invejamos bêbados de tempo aquele que observa o relógio. Nada mais forte que a praia do Porto da Barra nada. Nem mesmo o maiô preto que se desmancharia e te deixaria nua no meu desejo, violado de areia e comentários de amigos comigo sentados, paralisados. Buscamos ser mais que a praia, mas estávamos numa teia, vermelha, bombardeados de sol. 1Plínio de Aguiar * Salvador, BA – 1939 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Eduardo Cunha e seu circo de horrores

“A situação está ficando psico escalafobética”, constata o filósofo José Simão, mais sério analista político do país. Está ficando, não, já ficou, meu caro Simão, como você pode constatar ao ver as imagens desta quarta-feira na Câmara, com as cenas dos bate-paus do deputado Paulinho da Força, um dos generais da banda do presidente Eduardo Cunha, baixando as calças diante das excelências que votavam mais um pedaço do ajuste fiscal. Peço até desculpas aos nobres profissionais do picadeiro, por chamar de circo este espetáculo deprimente montado em Brasília, que está atingindo um nível inédito de degradação dos nossos costumes políticos. As votações de ontem mostraram que não temos mais partidos políticos, situação e oposição, esquerda e direita, virou tudo uma mixórdia só. De um lado, importantes líderes do PT, como o deputado Vicentinho, votaram contra o governo; de outro, o PSDB votou em bloco a favor de mudanças no fator previdenciário das aposentadorias, criado no governo de Fernando Henrique Cardoso.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Pairando acima de tudo, pontifica a bancada suprapartidária do baixo clero comandado por Eduardo Cunha. Nada tem de engraçado este circo, apesar das cenas de pastelão protagonizadas por parlamentares e a tropa de choque da Força Sindical, cada vez mais ousada e inimputável na sua tarefa de desmoralizar de vez o Congresso Nacional, diante da atitude passiva de quem deveria zelar pelo respeito às instituições. O pacote do ajuste fiscal amarrado pelo ministro Joaquim Levy está sendo retalhado a cada nova sessão de votação, diante da total ausência de articulação política do governo, agora entregue ao vice Michel Temer. A esta altura do campeonato, já nem sei o que está valendo ou não, mas é certo que o que sobrar do pacote não será suficiente para tirar o país do buraco das contas públicas. O pior, no entanto, ainda está por vir. Sempre dá para piorar, como demonstram as últimas iniciativas de Eduardo Cunha, a começar pelo monstrengo de projeto de reforma política cevada por uma comissão especial montada à sua imagem e semelhança, que obedece unicamente ao seu comando. Trata-se de uma reforma de fancaria para deixar tudo como está, mantendo o que o sistema político brasileiro tem de pior, como o financiamento privado de campanhas, e introduzindo algumas jabuticabas novas apenas para eternizar o poder dos grupos de interesse que já mandam na Câmara. Vai tudo ser aprovado, claro, sem emendas. Só isso não basta. Aliado ao presidente do Senado, Renan Calheiros, também ele investigado pela Operação Lava Jato, Cunha quer aprovar emendas que permitam a reeleição da dupla na presidência das duas Casas do Congresso, na mesma legislatura, o que atualmente é vedado e, ao mesmo tempo, impedir a recondução ao cargo do procurador geral da República, Rodrigo Janot, já decidida pela presidente Dilma Rousseff. Pensando bem, meu caro colega José Simão, isto está ficando mais para casa dos horrores do que circo de cavalinhos, com engolidores de fogo ameaçando queimar a lona da democracia. E vamos que vamos. Para onde? Por RICARDO KOTSCHO

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Eu te escuto, você me escuta. A PF do Paraná e a tragicomédia dos grampos

Os grandes sites deram a notícia sem detalhes, apenas de que tinha sido encontrado um “aparelho de escuta” prédio da superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba. Ponto, mais nada. Só o repórter Diego Ribeiro, do paranaense Gazeta do Povo, foi um pouco além. E vejam que pérolas que grifei: “Um grupo de policiais federais descobriu um grampo ilegal dentro da sede da PF em Curitiba. A descoberta foi feita por acaso, enquanto os policiais conversavam no cafezinho da PF sobre outra escuta ilegal descoberta na carceragem do ano passado. O grampo a que eles se referiam foi descoberto na cela de Alberto Youssef. Na semana passada, um agente da PF admitiu que foi ele quem colocou a escuta. E disse que o fez a mando de três delegados que participam da Operação Lava Jato. Na conversa informal, no cafezinho, os policiais se tocaram de que sempre os agente usam aquele lugar para conversar. E pensaram se não poderia ter alguém ouvindo aquilo ilegalmente. Começaram a procurar e acharam em seguida. A escuta estava em uma caixa de lâmpada de emergência. Imediatamente, os policiais fizeram o registro da descoberta. Nos depoimentos que prestaram, consta que foi descoberto um aparelho “envolto em fita adesiva”, “aparentemente para captação de sinais sonoros” e “aparentando ter microfones nas pontas”. Curiosamente, um adesivo indicava o número “6”.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] A história fica entre a comédia e a tragédia. Quem entraria na sede da Polícia Federal para colocar um “grampo”? O Ed Mort, do Veríssimo? O detetive de infidelidade conjugal? Os repórteres-grampeadores da Veja? A escuta na cela de Youssef era para escutar ele falando com as paredes? Ou para saber se ele falava dormindo? Este policial foi preso? Os delegados que teriam mandado fazer a escuta estão afastados e respondendo a inquérito? E os agentes, assim, casualmente, enquanto comentam o jogo do Barcelona no cafezinho, têm um estalo de Vieira e saem metendo a chave de fenda nas luminárias, com o “palpite” de que ouviam suas conversas amenas no lanche? As imundícies da Lava-Jato não se resume, todos estão vendo, aos corruptos. Quando a sede da Polícia Federal vira palco de bandidagem desta natureza e a imprensa se cala está claro que lá, entre as araucárias, está implantado o vale-tudo. Por:Fernando Brito

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Donos de jornais são mais nocivos que a ditadura

Já que falamos aqui dos jornalistas cooptados por Lula para o seu exército vermelho da comunicação chapa-branca, nada mais natural do que comentar também sobre os patrões da imprensa, vassalos que vivem a soldo do governo desde que o Brasil é república. Quem resumiu muito bem o caráter dos donos de jornais nas últimas década foi o escritor Graciliano Ramos lá pelos anos de 1950, quando era revisor do Correio da Manhã, no Rio, um dos jornais mais influentes do país à época. Avesso a bajulações, sisudo, conciso, amargo e cortante, como se mostra em seus textos literários, Mestre Graça foi convidado por Paulo Bitencourt, o dono do jornal, para fazer uma saudação em nome dos empregados numa data festiva do periódico. Graciliano relutou. Dizia modestamente não ter o dom da oratória. Paulo, porém, insistiu que o alagoano falasse para a plateia que se aglomerava no local da festança aos gritos de “fala”, “fala”, “fala”…, quando o autor de Vidas Secas, profundamente encabulado pelo apupo, interrompeu a animação e iniciou suas primeiras palavras: – “Paulo, de todos os patrões que já tive, você é o menos filho da puta que conheço…” O discurso lacônico do Mestre Graça pode ser a síntese do que o povo brasileiro pensa dos seus empresários da mídia. A história da imprensa no Brasil mostra, pelos menos nas últimas décadas, que alguns donos de jornais foram mais perversos e danosos ao povo brasileiro do que mesmo os tiranos que em momentos diversos ocuparam o poder no país.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Veja alguns exemplos: Carlos Lacerda, na Tribuna da Imprensa, espinafrou Getúlio Vargas até levá-lo ao suicídio, enquanto Samuel Wainer o defendia na Ultima Hora, jornal criado com dinheiro do BB facilitado por Vargas; Assis Chateaubriand, criador dos Diários Associados, achacava empresários e governo para manter o seu poderio de comunicação, como revela Fernando Morais no “Chatô, o Rei do Brasil”; os Frias, do grupo Folha de S. Paulo, mantinham Notícias Populares para empregar policiais da repressão; O Estado de S. Paulo defendeu em seus editoriais a tomada do poder pelo regime militar; e o Roberto Marinho, o mais astuto de todos eles, aliou-se à ditadura para expandir seu império. Como se vê, cada grupo sempre defendeu interesses próprios. Como a televisão, como força popular e de persuasão, ainda engatinhava, os jornais deram as cartas durante muito tempo com a palavra final da verdade. Enquanto um grupo atacava determinado governo, outro defendia para se abastecer das verbas publicitárias e das benesses do submundo oferecidas tanto por governos militares como civis. Dono de jornal nunca teve ideologia nem partido. Ele se movimenta pela conta bancária. Seu interesse, ao contrário do que pensam os ingênuos, nunca foi o de defender os interesses do povo e nem o de estar ao seu lado, mas expandir seus impérios de comunicação para formar um poder paralelo, como fazem até hoje, em proporções menores, os grupos que dominam a comunicação no país. Imprensa independente é balela. A mais independente de todos os tempos, os jornais alternativos editados durante a ditadura, desapareceu com ela. O conteúdo que vendia, a contestação ao regime, acabou. Com o fim do militarismo, a pauta desses jornais se esgotou e eles começaram a ficar iguais à imprensa convencional e, por causa disso, sucumbiram, deixaram de ser alternativos. Mas não devemos confundir imprensa com liberdade de imprensa. Esta deve ser defendida com unhas e dentes contra todas as tentativas de silenciá-la por governos déspotas ou pela esquerda festiva. A imprensa escrita, a do Gutemberg, infelizmente está com os dias contados com o surgimento da globalização que digitaliza a notícia em tempo real. Essa nova geração não quer sujar as mãos com tinta, como faz diariamente o pequeno contingente de velhos e saudosos leitores de jornais. Mas a imprensa brasileira – pelos menos os três grupos mais importantes desse segmento – procura caminhos alternativos ao do papel impresso. E não se engane, durante muito tempo essas organizações ainda vão mandar no país, mexendo no tabuleiro do poder ao seu bel-prazer. E nós, os mortais, ainda seremos manipulados por elas por várias décadas.

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Sabe quem dará uma mãozinha no próximo iPhone? A Samsung

Rival sul-coreana deve ganhar funções ainda maiores no fornecimento de chips de memória RAM à Apple No mundo dos celulares, Apple e Samsung travam um verdadeiro Fla-Flu. Mas a companhia coreana deve estar ainda mais presente na produção dos principais dispositivos da rival americana . Isso porque a Samsung já faz parte do processo de fabricação do iPhone e do iPad, especificamente dos processadores AX. Segundo o Korea Times, a empresa estaria ainda mais envolvida com a produção do próximo, o A9, a fazer parte do possível iPhone 6s ou ainda de um iPad Air 3. Ela seria, sozinha, responsável por metade do fornecimento à Apple. A Samsung já esteve envolvida no desenvolvimento de memória RAM dinâmica (DRAM) para o iPhone anteriormente. Além dela, a Apple já contou também com outros fabricantes como Toshiba, Elpida Memory, Micron e SK Hynix. No início da semana, outra informação divulgada pela publicação coreana afirmou que a Apple estaria recrutando especialistas em chips e baterias da Samsung. A Samsung também será responsável pelo fornecimento de chips à sua conterrânea LG Electronics, que devem equipar os novos LG G4, a serem apresentados em abril. Veja também: Samsung vai lançar novo aparelho Galaxy; confira três coisas que sabemos até agora iPhone 6 ganha espaço na terra da Samsung Apple bate supremacia da Samsung em smartphones [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Invenções Insólitas

Depois implicam com os lusitanos, né? Óculos com funil pra pingar colírio? Pelo nível das inutilidades o cara termina ministro ou aspone de político brasileiro. O japonês Kenji Kawakami, fundador da Sociedade Internacional de Chindogu (cuja palavra é traduzida por ‘ferramentas estranhas’), mostra em Tóquio seus novos inventos, alguns considerados bizarros: óculos com funis concebidos para facilitar o uso de colírios, engenhoca na cabeça que fornece lenços higiênicos e também um despertador dotado com pinos pontiagudos para evitar que um dorminhoco consiga desligá-lo. (Foto: Yoshikazu Tsuno/AFP Photo) [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Ilustrações que incorporam objetos reais do dia a dia

O artista brasileiro Victor Nunes tem uma obsessão: desenhar pessoas e outras coisas utilizando objetos comuns que podem ser encontrados em casa. Chupetas, pipocas, tampas de caneta Bic, alicates de cutícula, apitos, bananas… tudo pra ele serve como base pra criar um desenho. Selecionamos alguns desses desenhos abaixo, mas você também pode ver muitos outros na página dele no Facebook. Confira! Clique sobre as imagens para ampliá-las [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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