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Lucien Blaga – Versos na tarde – 16/05/2015

Melancolia Lucian Blaga¹ Um vento só seca suas lágrimas frias nas janelas. Chove. Tristezas vagas me assolam, porém toda a dor, que sinto, não sinto, em mim, no coração, no peito, mas sim nas gotas de chuva que escorrem. E enxertado com minha vida o mundo imenso com seu outono e sua noite dói em mim como uma chaga. Para os montes passam nuvens com úberes [ cheios. E chove. De Poemele Luminii (Os Poemas da Luz), 1919 ¹Lucian Blaga * Romênia – 9 de maio de 1895 d.C + Romênia – 6 de maio de 1961 d.C Nota do editor Esta é a segunda vez que um poeta do Leste Europeu ganha destaque no meu blog. Primeiro, foi o polonês Czeslaw Milosz. Agora, vem o romeno Lucian Blaga. Poeta, filósofo, tradutor, romancista, Blaga é um dos principais nomes da literatura romena no século XX. Com quase quarenta livros publicados, ele era de fato um filósofo. Escreveu mais de uma dezena de livros de filosofia, mas o principal de seu trabalho nessa área está reunido em três trilogias: Trilogia do Conhecimento, de 1943; Trilogia da Cultura, de 1944; e Trilogia dos Valores, de 1946. Ps. Comprei os três livros em um sebo no Chiado em Portugal. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Aliança de empresas de comunicação com o Facebook gera ansiedade e esperança

A aliança de nove meios de comunicação com o Facebook para publicar conteúdo diretamente na rede social está gerando ansiedade e esperança no setor, que procura ampliar sua audiência, mas teme perder protagonismo com a distribuição de notícias fora de suas plataformas. Entre os envolvidos na parceria estão o jornal americano “The New York Times“, a emissora “NBC” e o jornal britânico “The Guardian“, que começaram a publicar nesta quarta-feira seus conteúdos dentro do Facebook, não sendo mais necessário deixar a rede social para fazer a leitura das notícias. O acordo, que deve ser estendido para mais empresas em breve, permitirá que os artigos sejam baixados em uma velocidade dez vezes mais rápida nos telefones celulares do que agora. O “Instant Articles” é uma função pensada para dispositivos móveis: os artigos que a imprensa distribuir diretamente pela rede social estarão visíveis no “Feed de Notícias” do aplicativo do Facebook – inicialmente só para iPhones. Nos desktops segue funcionando o sistema de links que leva às páginas dos meios de comunicação. O vice-presidente de Plataformas de Parcerias e Operações do Facebook, Justin Osofsky, explicou à Agência Efe que a leitura de notícias na rede social é “a pior experiência que existe” no “Feed de Notícias” e o motivo dessa movimentação editorial.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] “À medida que mais gente acessa dispositivos móveis, observamos que a experiência de abrir uma notícia precisa de muitas melhorias. Ela é concretamente lenta, leva mais de oito segundos para ser carregada”, acrescentou principal responsável pelo “Instant Articles”, Michael Reckhow. Os meios de comunicação terão a opção de incluir publicidade em seus artigos e manter suas receitas, mas também podem preferir que o Facebook comercialize os anúncios, retendo com 30% da renda obtida com a venda, explicou Reckhow. A rede social também permitirá que as empresas tenham acesso aos dados sobre as pessoas que leem notícias usando as atuais ferramentas do Facebook, facilitando o acompanhamento dos interesses dos usuários. A iniciativa é, na opinião do “The New York Times”, o último exercício de equilíbrio existencial da imprensa, que busca atingir os 1,4 bilhão de usuários ativos do Facebook no mundo, mas também teme que a aliança atrapalhe seus negócios. No entanto, Vivian Schiller, ex-executiva do próprio “The New York Times”, da “NBC” e do Twitter, acredita que os meios de comunicação não têm alternativa. “A audiência está lá (no Facebook). (Ele) É grande demais para ser ignorado”, afirmou em declarações ao “The New York Times”. James Bennett, diretor da revista “The Atlantic”, outro dos nove veículos participantes da iniciativa, reconheceu hoje que a publicação de notícias através do “Instant Articles” significa “perder o controle sobre o sistema de distribuição”. No entanto, ele assinalou que, ao mesmo tempo, os meios de comunicação estão tentando levar suas histórias ao maior número de pessoas possível, algo facilitado pelo Facebook. Para o diretor-executivo do “The New York Times”, Mark Thompson, o acordo oferece a oportunidade de explorar a possibilidade de atrair mais tráfego para o site do jornal através do Facebook. “Essa é uma oportunidade de ampliar e explorar se o Facebook pode se transformar em uma parte até maior do tráfego do Times”, disse Thompson em artigo publicado no site do jornal. Também fazem parte do grupo que usará a ferramenta pela primeira vez o “Buzzfeed”, a “National Geographic” e os europeus “The Guardian”, “BBC”, “Spiegel” e “Bild”. Nas próximas semanas, indicou Osofsky, outros veículos de comunicação começarão a utilizar o “Instant Articles”. “O objetivo é ter a ferramenta pronta para que qualquer meio possa utilizá-la. Estamos fazendo isso para que seja incluído facilmente nos fluxos de trabalho e nos sistemas de conteúdo já existentes”, indicou o vice-presidente. O Facebook trabalhou junto com as empresas para desenhar a ferramenta de publicação: as notícias distribuídas pela rede social terão um formato otimizado e serão personalizáveis. As informações, que serão abertas após um toque, poderão incluir fotos, vídeos, áudios, infográficos e outros elementos, como tweets, vídeos do YouTube ou fotos do Instagram. E poderão ser compartilhadas e comentadas de forma independente. Osofsky esclareceu que as notícias postadas no Facebook não serão exclusivas, podendo também ser encontradas nos sites dos meios de comunicação em seu aspecto tradicional. O Facebook defende que a iniciativa oferecerá às empresas uma oportunidade “monetizar seus conteúdos”. Fonte:EFE/Info

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Ex – Ministro do TCU recebe sem trabalhar

Afastado por corrupção há 9 meses, conselheiro do Tribunal de Contas de São Paulo (TCE-SP) recebe remuneração de mais de R$ 45 mil por mês, mesmo sem trabalhar. Robson Marinho é fundador do PSDB, ex-deputado federal pelo partido e foi chefe da Casa Civil do governo Mário Covas, seu padrinho político. Fundador do PSDB, Robson Marinho continua a receber mais de R$ 45 mil por mês do TCE-SP mesmo sem trabalhar. Por:Fausto Macedo, Agência Estado O conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), Robson Marinho, recebe remuneração de R$ 45,7 mil, mesmo sem trabalhar desde agosto do ano passado. Apesar de a Justiça ter determinado o afastamento ‘sem prejuízo dos vencimentos’, Marinho extrapola em R$ 15,3 mil o teto salarial fixado em R$ 30,4 mil no artigo 37 da Constituição Federal. A legislação federal permite que o servidor exceda o teto somente se tiver direito a verbas indenizatórias, o que não é a natureza de nenhum contracheque do conselheiro. Marinho possui duas fontes de renda. Recebe seu salário como conselheiro via Tribunal de Contas – no valor de R$ 30,4 mil – e também um vencimento a título de pensão parlamentar via administração geral do Estado – estimada em R$ 15,3 mil.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O conselheiro foi deputado estadual pelo MDB de 1975 a 1983 e deputado federal pelo PSDB entre 1987 a 1991. Marinho, de 64 anos, também foi chefe da Casa Civil do governo Mário Covas (PSDB), seu padrinho político. Em 1997, o tucano o nomeou para o TCE. O Estado tentou falar com o conselheiro afastado. Seu assessor, o procurador José Eduardo de Mello Barbosa, afirmou que o assunto é “um problema particular do conselheiro”. Ele disse que não tinha informações sobre o recebimento dessas importâncias por parte do conselheiro afastado. “Aqui (no gabinete do TCE) nós não temos essa informação. É um problema particular do conselheiro. Não temos acesso. Não tenho condições nem competência, nem avaliação sobre o que ele pode ou não pode receber”, afirmou Barbosa. Corrupção Robson Marinho está afastado de suas funções desde agosto do ano passado, por ordem judicial. O conselheiro está sob suspeita de ter recebido na Suíça US$ 2,7 milhões em propinas da multinacional francesa Alstom, entre os anos de 1998 e 2005. A Promotoria acusa Marinho de enriquecimento ilícito, sustenta que ele lavou dinheiro no exterior e afirma que o conselheiro de contas participou de um “esquema de ladroagem de dinheiro público”. O afastamento de Marinho foi decretado pela juíza Maria Gabriella Spaolonzi Pavlópoulos, da 13.ª Vara da Fazenda Pública da Capital. O Tribunal de Justiça do Estado manteve a decisão de primeiro grau. A Justiça considera que todos os elementos colhidos aos autos tornam plausíveis os indícios “de que a idoneidade de Marinho não se apresenta compatível com o quanto necessário para o exercício da função de conselheiro do Tribunal de Contas”. A permanência de Marinho no cargo “poderá comprometer, inclusive, a regularidade da instrução processual”. Eduardo Bittencourt Carvalho, conselheiro aposentado do TCE, também está recebendo além do teto salarial permitido pela Constituição. Longe do tribunal desde abril de 2012, Carvalho possui salário de R$ 30,4 mil referente ao cargo de conselheiro e recebe também R$ 15,3 mil a título de pensão parlamentar. Carvalho foi deputado estadual pelo PL por dois mandatos: de 1983 a 1987 e de 1987 a 1991. O ex-conselheiro não foi localizado pela reportagem. Ele é alvo de uma ação de improbidade movida pela Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo, sob acusação de enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro. Carvalho amealhou patrimônio estimado em R$ 50 milhões no exercício do cargo de conselheiro de contas, segundo investigação da Procuradoria e da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público. A ação foi aberta em março de 2014 apor ordem do juiz Alexandre Jorge Carneiro da Cunha Filho, da 1.ª Vara da Fazenda Pública da Capital.

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Ao conceder HC a preso por tráfico, Barroso critica política de drogas

Pessoas flagradas com quantidades pequenas de maconha, sendo réus primários, não devem ficar presas preventivamente. A decisão é do ministro do Supremo Tribunal Federal Federal Luís Roberto Barroso, que revogou a prisão preventiva de um acusado de tráfico, encontrado com 69 gramas da erva e encarcerado há sete meses no Presídio Central de Porto Alegre.Barroso afirmou que maconha não torna o usuário um risco para terceiros. Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF Ao proferir o Habeas Corpus 127.986,o julgador afirmou que a maconha não transforma o usuário em um risco para terceiros e que o pior efeito de drogas como a maconha incide sobre as comunidades dominadas pelo crime organizado. Para Barroso, a ilegalidade e a repressão tornam este mercado atraente e faz com que paguem aos jovens salários maiores do que os que obteriam em empregos regulares. “Enviar jovens não perigosos e, geralmente, primários para o cárcere, por tráfico de quantidades não significativas de maconha, é transformá-los em criminosos muito mais perigosos”, complementou o julgador. Mudança de rumos Ao proferir sua decisão, o ministro do STF criticou a política de combate às drogas do Brasil e ressaltou o fato de vários países do mundo mudarem suas ações para resolver esse problema.[ad name=”Retangulos – Direita”] “Hoje, diversos estados americanos já descriminalizaram o seu uso. Alguns países da Europa seguiram o mesmo caminho”, afirmou. Segundo Barroso, o Brasil deveria rever certos pontos de sua política de combate às drogas. “A política de criminalização e encarceramento por quantidades relativamente pequenas de maconha é um equívoco, que prejudica não apenas o acusado, mas, sobretudo, a sociedade”, disse. “O simples fato de o tráfico de entorpecentes representar o tipo penal responsável por colocar o maior número de pessoas atrás das grades (cerca de 26% da população carcerária total), sem qualquer perspectiva de eliminação ou redução do tráfico de drogas, já indica que a atual política não tem sido eficaz”, afirmou o ministro. Por Brenno Grillo/Conjur Clique aqui para ler a decisão.

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