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Virna Texeira – Versos na tarde – 14/05/2015

Muros Virna Texeira ¹ Depois do portão as lágrimas deságuam ¹ Virna Gonçalves Teixeira * Fortaleza,CE. Poeta, tradutora e médica neurologista. Publicou Visita (2000) e Distância (2005), ambos pela Ed. 7 Letras [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Facebook restringe aplicativos e aumenta privacidade de usuários

O Facebook adotou uma nova versão da Graph API com o objetivo de aumentar o controle e a privacidade dos usuários, restringindo os dados que aplicativos integrados ao Facebook podem acessar. Uma das mudanças mais significativas é que agora um aplicativo não pode mais obter a lista de amigos. A Graph API é o canal de comunicação que aplicativos usam para acessar os dados do Facebook. Quando você joga Candy Crush ou acessa o Tinder, é por meio da Graph API que esses aplicativos obtêm suas informações e publicam postagens. Na nova versão 2.0 da Graph API, a lista de amigos é simplesmente inacessível. Mesmo que o usuário autorize o app a obter sua lista de amigos, o aplicativo só vai receber uma lista contendo os amigos que também possuem o app e que também autorizaram a obtenção da lista. A mudança é positiva para os usuários, mas desenvolvedores estão reclamando. No site StackExchange, um desenvolvedor usando o nome “Daniel” disse que a mudança é uma “dolorosa perda de funcionalidade básica”. Outro programador fez piada, dizendo que a API deveria ser chamada de “ClosedGraph” (“Graph Fechado”), em referência ao nome original da API (“Open Graph”, “Graph Aberto”). A nova API ainda exige que desenvolvedores de determinados apps obtenham autorização do Facebook para receber certos dados.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Em nome da segurança e da privacidade, as mudanças concentram ainda mais as informações no Facebook, que não tem de lidar com restrição alguma. FBI tenta esconder uso de ‘stingray’ para monitoramento da rede celular A possibilidade de monitoramento da rede de celular com o uso de torres falsas é conhecida há muitos anos, mas a polícia norte-americana está, supostamente, tratando o assunto como segredo. Os sistemas de monitoramento são popularmente conhecidos como “StingRays”, mas o termo correto é “IMSI catcher” ou “capturador de IMSI”. O sistema “StingRay” original é fabriicado por uma empresa chamada Harris Corporation e comercializado para uso policial. O assunto ganhou notoriedade em março de 2014 com uma reportagem da revista “Wired”. A polícia norte-americana instala os equipamentos em locais públicos sem autorização da Justiça, segundo a revista. Um documento vazado na web e datado de 2012 sugere que o FBI está orientando promotores a pedir o arquivamento de processos caso seja exigida uma explicação detalhada do funcionamento dos sistemas de monitoramento. A medida parecia ser extrema demais. Mas o assunto deixou de ser brincadeira em abril depois de uma situação um tanto absurda. Lauren Trager, uma promotora no estado de Missouri, pediu o arquivamento do processo contra uma mulher acusada de auxiliar uma quadrilha como motorista do veículo de fuga. Só que a mulher, Wilqueda Lillard, já havia confessado fazer parte do crime e ia inclusive participar como testemunha de acusação. Tudo mudou quando os outros três envolvidos no esquema pediram explicações a um detetive da polícia sobre uso do monitoramento da rede celular por um “stingray”. O detetive se recusou a dar qualquer informação, citando um acordo com a unidade de inteligência da polícia. O processo contra eles foi arquivado. Wilqueda, então, mudou de ideia e disse que era inocente, levando a promotoria a desistir também do caso dela. Em uma nota enviada ao site “Ars Technica”, Trager negou que o arquivamento do caso tenha qualquer relação com a tecnologia empregada na investigação. O especialista em segurança Bruce Schneier recentemente criticou as autoridades pela postura em relação ao monitoramento da rede de telefonia móvel e uso de capturadores de IMSI. Esses equipamentos podem ser obtidos por menos de US$ 2 mil (cerca de R$ 6 mil) e, segundo Schneier, é preciso que a existência deles se torne pública para que as pessoas fiquem ciente dos riscos e a indústria tome medidas preventivas. “Temos que parar de fingir que essa capacidade é exclusiva da polícia e reconhecer que estamos todos em risco por causa dela. Se continuarmos permitindo que nossas redes celulares sejam vulneráveis a capturadores de IMSI, então todos estamos vulneráveis a qualquer governo estrangeiro, criminosos, criminoso, hacker ou amador que construa um”, explicou Schneier. Fonte: Portal G1

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Rede Globo continua blindando Eduardo Cunha

Alguma surpresa? Globo e Cunha são unha e carne. Para a Globo, Cunha é fundamental para deixar o governo sempre sob ameaça do impeachment, de um lado, e travar qualquer debate sobre democratização da mídia, de outro. Para Cunha, a Globo é fundamental para lhe blindar de qualquer denúncia. TV GLOBO: Jornal Nacional atua como assessor de imprensa de Eduardo Cunha Presidente da Câmara é acusado de arquitetar requerimentos de informações sobre empresa contratada pela Petrobras que teriam sido feitos como forma forçar pagamento de propinas; jornal ‘esconde’ a notícia. Apresentador William Bonner leu a notícia sem a ênfase tradicional dada às notícias que envolvem o PT Um dos fatos jornalísticos importantes na quarta-feira (6) foi o cumprimento de um mandado de busca e apreensão no gabinete do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A diligência foi pedida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e autorizada pelo ministro do STF Teori Zavascki, dentro do inquérito que investiga o suposto envolvimento de Cunha na Operação Lava Jato.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Cunha esta sendo acusado de ter arquitetado a elaboração de dois requerimentos de informações sobre uma empresa contratada pela Petrobras que, segundo delação do doleiro Alberto Youssef, teriam sido feitos como forma de pressão para o pagamento de propinas. Os pedidos foram apresentados na Câmara em 2011 pela hoje prefeita de Rio Bonito (RJ), Solange Pereira de Almeida, na época suplente de deputado. Mas registros eletrônicos mostram Cunha como autor desses requerimentos. Durante delação premiada, o doleiro Alberto Youssef afirmou que Cunha receberia propinas sobre um contrato de aluguel de navio-plataforma das empresas Samsung e Mitsui com a Petrobras. Disse que quem intermediaria o pagamento ao PMDB seria Júlio Camargo, representante das empresas. E que as empresas suspenderam o pagamento da comissão a Camargo, o que interrompeu os pagamentos ao PMDB. Youssef disse que Eduardo Cunha pediu “a uma comissão do Congresso para questionar tudo sobre a empresa Toyo, Mitsui e sobre Camargo, Samsung e suas relações com a Petrobras, cobrando contratos e outras questões (…) este pedido à Petrobras foi feito por intermédio de dois deputados do PMDB”. Segundo o doleiro, seria para fazer pressão sobre as empresas para retomar os pagamentos. O que reforçou as suspeitas do Ministério Público Federal foi o fato de que os requerimentos mencionados por Youssef de fato foram apresentados na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara por Solange Almeida. Ela assumiu ser a autora do requerimento, mas demonstrou não dominar o assunto, parecendo não ser ela a mentora do requerimento. Tanto Solange como Cunha admitiram que assessores do atual presidente da Câmara ajudaram a elaborar e redigir o documento. As propriedades digitais do arquivo com o texto do requerimento que estava no site da Câmara, onde aparecia o nome do autor do documento: Eduardo Cunha. Esta notícia levou Cunha a demitir o diretor do Centro de Informática da Casa, Luiz Antonio Souza da Eira. Já ex-diretor, Eira prestou depoimento ao Ministério Público, que teria sido a gota d’água para pedir o mandato de busca e apreensão. Essa é a notícia, e seria salutar que o Jornal Nacional, depois de narrar os fatos, objetivamente ouvisse a versão de Cunha. Mas o jornal inverteu as bolas. Colocou como protagonista da notícia não o fato, mas a defesa de Cunha, a começar pelo título “Presidente da Câmara classifica busca de documentos desnecessária”. O texto sucinto, bastante ameno, foi apenas lido batido pelo apresentador William Bonner, sem infográficos explicativos que contextualizem os fatos, sem imagens da operação de busca, sem declarações de viva voz de Cunha, nem de nenhum membro do Ministério Público. Completamente diferente de como são noticiadas outras ações da Operação Lava Jato quando os alvos foram pessoas ligadas ao PT. Na prática, o jornal minimizou a notícia e praticamente fez o texto que a assessoria de imprensa do deputado faria. Um vexame jornalístico. A diferença de tratamento no noticiário para fatos idênticos – e que teriam maior dimensão pelo cargo que Cunha ocupa –, conforme o alinhamento político com os interesses da emissora, demonstra a clara parcialidade do jornalismo. Persegue os “desafetos” que pensam e agem diferente dos interesses da emissora, enquanto protege os “amigos”, alinhados com os interesses empresariais, econômicos e de poder. Cunha tornou-se “amigo” da mídia oligárquica ao declarar-se contrário a qualquer marco regulatório para democratizar as comunicações. Tem colocado em votação a pauta conservadora e reacionária pedida em editoriais do jornal O Globo, como o Projeto de Lei 4.330, da terceirização ilimitada, que precariza os direitos do trabalhador. E promoveu uma sessão solene na Câmara para bajular os 50 anos de fundação da TV Globo, apesar de a emissora ter apoiado a ditadura, que chegou a fechar o Congresso por mais de uma vez. Além disso, volta e meia, tem espezinhado o governo Dilma com uma pauta oposicionista bem ao agrado do jornalismo que a Globo vem praticando. Não é a primeira vez que o JN protege Cunha de desgastes políticos, minimizando uma notícia desfavorável a ponto de praticamente retratá-lo como vítima acima de qualquer suspeita. Na noite do último dia 28, quando a Folha de S.Paulo publicou o documento citado acima, o telejornal deu vexame semelhante em uma matéria com o título “Cunha nega autoria de requerimento sob suspeita na Operação Lava Jato”. Em entrevista ao programa Fantástico no ano de 2011, a então entrevistadora Patrícia Poeta perguntou à presidenta Dilma Rousseff sobre “toma-lá-dá-cá” nas relações com parlamentares. Talvez encontrasse respostas nas atuais relações fraternas de Eduardo Cunha com a emissora em que trabalhou. Por:Miguel do Rosário

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