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Clarice Lispector – Prosa na tarde – 05/03/2015

Descoberta do amor Clarice Lispector ¹ “[…] Quando criança, e depois adolescente, fui precoce em muitas coisas. Em sentir um ambiente, por exemplo, em apreender a atmosfera íntima de uma pessoa. Por outro lado, longe de precoce, estava em incrível atraso em relação a outras coisas importantes. Continuo, aliás, atrasada em muitos terrenos. Nada posso fazer: parece que há em mim um lado infantil que não cresce jamais. Até mais que treze anos, por exemplo, eu estava em atraso quanto ao que os americanos chamam de fatos da vida. Essa expressão se refere à relação profunda de amor entre um homem e uma mulher, da qual nascem os filhos. […] Depois, com o decorrer de mais tempo, em vez de me sentir escandalizada pelo modo como uma mulher e um homem se unem, passei a achar esse modo de uma grande perfeição. E também de grande delicadeza. Já então eu me transformara numa mocinha alta, pensativa, rebelde, tudo misturado a bastante selvageria e muita timidez. Antes de me reconciliar com o processo da vida, no entanto, sofri muito, o que poderia ter sido evitado se um adulto responsável se tivesse encarregado de me contar como era o amor. […] Porque o mais surpreendente é que, mesmo depois de saber de tudo, o mistério continuou intacto. Embora eu saiba que de uma planta brota uma flor, continuo surpreendida com os caminhos secretos da natureza. E se continuo até hoje com pudor não é porque ache vergonhoso, é por pudor apenas feminino. Pois juro que a vida é bonita.” ¹ Clarice Lispector * Ucrânia – 10 de Dezembro de 1920 d.C + Rio de Janeiro, RJ – 9 de Dezembro de 1977 d.C >>biografia [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Itália: Deportação de Battisti une políticos de esquerda e direita nas redes sociais

Juíza federal ordenou deportação de Cesare Battisti. A decisão pela deportação de Cesare Battisti do Brasil, tomada por um tribunal em Brasília, está causando muita polêmica na Itália e inundando as rede sociais com comentários pró e contra expulsão. Battisti fora condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos que teriam sido cometidos por ele na década de 1970, quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC). Ele fugiu para o Brasil em 2004, onde foi preso em 2007. A Itália pediu sua extradição, que foi concedida pelo Supremo Tribunal Federal. No entanto, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tinha a última palavra no caso, revogou a medida, argumentando que o italiano era alvo de perseguição.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O governo italiano ainda não se pronunciou sobre o assunto, mas a grande maioria das reações, nesta terça-feira, de políticos nas redes é favorável à medida, que acabou unindo oponentes de esquerda e de direita. Leia mais: Battisti lança livro e diz ter sorte de ter grandes amigos A líder do partido de direita Fratelli d’Italia (Irmãos da Itália), Giorgia Meloni, disse via Twitter que o Brasil “ordenou a expulsão de um criminoso e assassino”, e acresce: “O esperamos de braços abertos”. O vice-presidente do Senado italiano, Mauro Gasparri, do partido de centro-direita Forza Italia, também exultou: “É uma boa notícia”, disse em um post em sua página de Facebook. “Não queremos só a deportação para outro país, mas sim que ele cumpra a pena aqui na Itália.” Do outro lado do espectro político, Riccardo Nencini, líder do Partido Socialista Italiano, também saudou a decisão com um comentário no Twitter: “Esperamos que isso acabe de uma vez por todas com a ausência injusta de um homicida”. Outros posts, como por exemplo na página de Facebook do jornal Corriere della Sera, dizem que “os esquerdistas vão organizar marchas de solidariedade” para Battisti, ou que “dentro de uma semana ele estará em liberdade”. No entanto, Battisti também tem defensores na web. Vários deles mencionam erros e dúvidas relacionados ao julgamento de Battisti; outros veem uma relação entre a deportação de Battisti e a decisão da Justiça italiana de poucas semanas atrás de extraditar ao Brasil o ex-presidente do BB Henrique Pizzolato, que foi condenado por seu envolvimento no caso do mensalão. Essa teoria é aventada por usuários de redes sociais tanto na Itália como no Brasil. “Quer dizer que um juiz mandou deportar o Cesare Battisti? Alguma relação com Pizzolato ou muita teoria da conspiração?”, pergunta um usuário via Twitter. E o irônico colunista Tutty Vasques se pergunta de modo jocoso quem vai ser deportado primeiro: Cesare Battisti, Henrique Pizzolato ou Roman Polanski? Na decisão divulgada nesta terça, a juíza federal de Brasília Adverci Rates Mendes de Abreu concordou com o argumento do Ministério Público Federal, segundo o qual o visto concedido a Battisti é inválido. Ela determinou que a União deporte o italiano para o México ou a França, países pelo qual ele passou antes de chegar ao Brasil. O advogado de Cesare Battisti – o qual alega perseguição política na Itália – diz que irá recorrer da decisão. BBC

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e-Reader a energia solar? Em 2016 será realidade

Bookeen, mesmo fabricante do LEV, anunciou a novidade na última segunda-feira Na última segunda-feira (2), a Bookeen, empresa francesa que fabrica e-readers, anunciou o lançamento de um leitor digital que poderá ser carregado com energia solar. Previsto para ser lançado em 2016, o novo device usa células fotovoltaicas que prometem deixar no passado as questões de recarga de bateria. e-Readers consomem muito menos energia do que outros dispositivos móveis. A tecnologia usada em suas telas permite consumo menor do que telas de LCD ou plasma, geralmente usadas em tablets ou smartphones. Com os componentes prometidos pela Bookeen (em parceria com a empresa de tecnologia Sunpartner), o disposto carregará suas próprias baterias através da luz (do sol ou artificial). Sempre bom lembrar que o LEV, o e-reader da Saraiva, é fabricado pela Bookeeen, mas ainda é muito cedo para dizer quando o dispositivo chegará ao mercado brasileiro. Por: Leonardo Neto/Publish News [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Os maravilhosos vermelhos da Índia

Do xale à pimenta, das flores às cerejas, das maçãs aos turbantes e véus, o vermelho vibra em todos os lugares da Índia. É a cor das cerimônias de casamentos e dos principais rituais religiosos. O vermelho impera nas mãos, nos pés e nas tatuagens, representando alegria, paixão e boa sorte. Seja a ‘hena‘ ou o pó escarlate ‘sindoor‘ que simboliza, no penteado da noiva, a benção dos pais e a prosperidade, seja o ‘gulaal‘, usado no Festival Holi, o carnaval de rua indiano. O ‘gulaal’ é uma espécie de talco feito de pó de sândalo e corantes extraídos de pétalas de rosas. Nas festas é jogado sobre as pessoas da mesma maneira que se faz com o confete no Brasil. Outros corantes são utilizados para se fazer os ‘rangoli’, desenhos feitos no chão para enfeitar as casas e praças.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Na Índia o vermelho é também, principalmente, a cor da veneração à deusa ‘Durga‘ que representa o feminino sagrado. Turbantes, véus e saias vão do rosa ao vermelho, as joias são predominantemente feitas de rubi, predominantemente no Rajastão, que é o maior estado da Índia. Para alguns estudiosos o arenito vermelho usado na fachada das casas é fruto da influência do período em que os Mongóis dominaram a região.

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Chefe do Petrolão vai à Justiça para que o PT revele paradeiro do marido fugitivo de Gleisi Hoffmann

Incerto e não sabido – A senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT), ex-chefe da Casa Civil, está na lista do Petrolão, o maior escândalo de corrupção de todos os tempos. A informação, antecipada peloUCHO.INFO com exclusividade, foi confirmada pelo jornal “Folha de S. Paulo”. Arrogante, Gleisi está em uma lista de 54 pessoas envolvidas na Operação Lava-Jato que serão investigadas pelo Supremo Tribunal Federal, como informou este site em várias ocasiões (nossa lista tem 60 nomes). Gleisi e o marido, o ex-ministro Bernardo da Silva, tiveram os nomes citados pelo doleiro Alberto Youssef e pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, como destinatários de R$ 1 milhão. De acordo com os delatores, Bernardo requisitou o dinheiro, que foi entregue em quatro parcelas em um shopping popular de Curitiba. Apesar das contundentes denúncias e da entrega da lista dos políticos do Petrolão ao STF, os constrangimentos e vexames do antigo “casal 20 do PT” estão longe de terminar. Ministro das Comunicações até o final do ano passado, quando chegou ao fim o malogrado primeiro governo da companheira Dilma Rousseff, o petista Paulo Bernardo converteu-se em um fugitivo dos oficiais de Justiça.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] A situação chegou ao ponto de a defesa do presidente da empreiteira UTC, Ricardo Pessôa, protocolar petição, na terça-feira (3), para que o PT divulgue o endereço do ex-ministro das Comunicações. Bernardo foi arrolado como testemunha de defesa do principal executivo da UTC em um dos processos decorrentes da Operação Lava-Jato que correm na Justiça Federal de Curitiba, mas até agora não há qualquer informação sobre os motivos pelos quais o petista não foi localizado e intimado. Ou seja, um indivíduo preso por graves crimes financeiros tem de recorrer à Justiça para tentar descobrir o esconderijo de um ex-ministro de Estado e marido de uma senadora. Na petição, o advogado Alberto Toron afirma que “embora os esforços empreendidos, não foi possível localizar o endereço atual do Sr. Paulo Bernardo Silva”. De acordo com o advogado, boatos indicam que o ex-ministro estaria morando na cidade de Ribeirão Preto, em São Paulo. “Dessa forma, considerando que a testemunha é filiada ao Partido dos Trabalhadores, requer-se que seja oficiado ao Diretório Estadual de São Paulo do Partido dos Trabalhadores (…) solicitando que informem seu atual endereço”, diz um trecho do documento protocolado pela defesa de Ricardo Pessoa. Paulo Bernardo foi procurado no endereço onde morava em Curitiba, mas os oficiais de Justiça não tiveram sucesso na empreitada de localizá-lo. O telefone que o ex-ministro utilizava também não existe mais. Para Gleisi Hoffmann, que, em claro abuso de poder, processou o editor doUCHO.INFO na tentativa de intimidá-lo por conta de matérias jornalísticas que não lhe agradaram, a situação do marido é no mínimo constrangedora. A senadora petista, que age no Congresso Nacional como um titã palaciano em fim de carreira, deveria recorrer às emissoras de rádio paranaenses que procurou, meses atrás, para, sem sucesso, atacar o editor do site. Quem sabe dessa maneira ela consiga descobrir o novo endereço do marido e decida colaborar com a Justiça Federal.

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