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Artur da Távola – Prosa na tarde – 13/02/2015

Afinidade Artur da Távola ¹ Não é o mais brilhante mas é o mais sutil, delicado e penetrante dos sentimentos. O mais independente, também. Não importam o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades: quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto, no exato ponto em que ele foi interrompido, ontem ou há 40 anos. É não haver tempo mediando a vida. É uma vitória do adivinhado sobre o real. Do subjetivo sobre o objetivo. Do permanente sobre o passageiro. Do básico sobre o superficial. É rara. Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar. Ela existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois que as pessoas deixaram de estar juntas. O que você tem dificuldade de expressar a um não afim, sai simples e claro de sua boca diante de alguém com quem tem afinidade. É ficar de longe pensando parecido a respeito dos mesmos fatos que impressionam, comovem ou mobilizam. É ficar conversando sem trocar uma palavra. É receber o que vem do outro com uma aceitação anterior ao entendimento. É sentir com. Nem sentir “contra”, nem sentir “para”, nem sentir “pelo”. É sentimento singular, discreto. Não precisa nem do amor. Pode existir quando ele está presente ou quando não está. Independe dele mesmo sendo sua filha. Pode existir a quilômetros de distância. É adivinhado na maneira de falar, de escrever, de andar, até de respirar. É linguagem secreta do cérebro, ainda não estudada. Além de prescindir do tempo e ser a ele superior, ela vence a morte porque cada um de nós traz afinidades ancestrais no inconsciente e que se prolongam nas células dos que nascem de nós e vão para encontrar sintonias futuras nas quais estaremos presentes mesmo mortos (mortos?) há tantos anos. É ter estragos semelhantes e iguais esperanças permanecentes. É conversar no silêncio, tanto das possibilidades exercidas quanto das impossibilidades vividas. É retomar a relação no ponto em que parou sem lamentar o tempo da separação. Porque ele (tempo) e ela (separação) nunca existiram. Foram apenas a oportunidade dada (tirada) pela vida, para que a maturação comum pudesse se dar. E para que cada pessoa possa ser, cada vez mais, a expressão do outro sob a forma ampliada e refletida do eu individual aprimorado. Sensível é a afinidade. E exigente, apenas de uma coisa: que as pessoas evoluam parecido. Que a erosão, amadurecimento ou aperfeiçoamento sejam do mesmo grau. É o mais sutil e delicado dos sentimentos. ¹ Paulo Alberto Monteiro de Barros * Rio de Janeiro, RJ. – 03 de Janeiro de 1936 d.C + Rio de Janeiro, RJ. – 09 de Maio de 2008 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Falta de escrever à mão ‘pode prejudicar desenvolvimento cerebral das crianças’

Uma pesquisa americana sugere que o uso excessivo de teclados e telas sensíveis ao toque em vez de escrever à mão, com lápis e papel, pode prejudicar o desenvolvimento de crianças. Pesquisa sugere que escrever à mão é mais benéfico para crianças. A neurocientista cognitiva Karin James, da Universidade de Bloomington, nos Estados Unidos, estudou a importância da escrita à mão para o desenvolvimento do cérebro infantil. Ela estudou crianças que, apesar de ainda não alfabetizadas, eram capazes de identificar letras, mas não sabiam como juntá-las para formar palavras. No estudo, as crianças foram separadas em grupos diferentes: um foi treinado para copiar letras à mão enquanto o outro usou computadores. A pesquisa testou a capacidade destas crianças de aprender as letras; mas os cientistas também usaram exames de ressonância magnética para analisar quais áreas do cérebro eram ativadas e, assim, tentar entender como o cérebro muda enquanto as crianças se familiarizavam com as letras do alfabeto. O cérebro das crianças foi analisado antes e depois do treinamento e os cientistas compararam os dois grupos diferentes, medindo o consumo de oxigênio no cérebro para mensurar sua atividade.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Leia mais: Como o cérebro grava para sempre a língua materna Respostas diferentes Os pesquisadores descobriram que o cérebro responde de forma diferente quando aprende através da cópia de letras à mão de quando aprende as letras digitando-as em um teclado. As crianças que trabalharam copiando as letras à mão mostraram padrões de ativação do cérebro parecidos com os de pessoas alfabetizadas, que conseguem ler e escrever. Escrever à mão ativa áreas diferentes do cérebro das crianças Este não foi o caso com as crianças que usaram o teclado. O cérebro parece ficar “ligado” e responde de forma diferente às letras quando as crianças aprendem a escrevê-las à mão, estabelecendo uma ligação entre o processo de aprender a escrever e o de aprender a ler. “Os dados do exame do cérebro sugerem que escrever prepara um sistema que facilita a leitura quando as crianças começam a passar por este processo”, disse James. Além disso, desenvolver as habilidades motoras mais sofisticadas necessárias para escrever à mão pode ser benéfico em muitas outras áreas do desenvolvimento cognitivo, acrescentou a pesquisadora. Leia mais: Ainda faz sentido exigir que crianças saibam a tabuada de cor? Computadores em escolas Muitas escolas têm pressa em implantar computadores em classes com crianças cada vez mais jovens As descobertas da pesquisa podem ser importantes para formular políticas educacionais. “Em partes do mundo, há uma certa pressa em introduzir computadores nas escolas cada vez mais cedo, isto (esta pesquisa) pode atenuar (esta tendência)”, disse Karin James. Muitas escolas americanas já transformaram o ensino da escrita à mão em alternativa opcional para professores. Por isso, muitos educadores não ensinam mais caligrafia. Uma solução poderia seria usar algum programa em um tablet que simulasse o ato de escrever à mão. Mas, pelo que a pesquisa da cientista sugere, nada parece substituir o aprendizado com a escrita à mão. BBC

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Aviação – Os Primeiros aviões

O avião de Horatio Philips A máquina de Horatio Philips tem grande importância na tecnologia aeronáutica. Philips foi o primeiro a pôr em prática as teorias aerodinâmicas que ainda hoje fazem com que os aviões voem: a diferença de pressão entre a superfície inferior e superior de uma asa. Seu primeiro avião vou em 1904, após duas tentativas. Tinha 20 pequenas asas e uma hélice. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Brueguel – Arte – Pintura

Pieter The Elder Brueguel – Summer, 1568 – 61x41cm – Pena e ink sobre papel Clique na imagem para ampliá-la [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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