Paulo Mendes Campos – Versos na tarde – 06/01/2015
Amor Condusse Noi Ad Nada Paulo Mendes Campos¹ Quando o olhar adivinhando a vida Prende-se a outro olhar de criatura O espaço se converte na moldura O tempo incide incerto sem medida As mãos que se procuram ficam presas Os dedos estreitados lembram garras Da ave de rapina quando agarra A carne de outras aves indefesas A pele encontra a pele e se arrepia Oprime o peito o peito que estremece O rosto a outro rosto desafia A carne entrando a carne se consome Suspira o corpo todo e desfalece E triste volta a si com sede e fome. ¹ Paulo Mendes Campos * Belo Horizonte, MG. – 28 de Fevereiro de 1922 d.C + Rio de Janeiro, RJ. – 1 de Julho de 1991 d.C [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]