Saramar Mendes – Versos na tarde – 25/11/2014
Poema de desamar Saramar Mendes¹ Sob o vôo dos versos, alguma alma existe. Além do sorriso ou da lágrima de todo dia, fechada a porta, sou uma mulher que geme e canta ao meu arrepio de solidão ou de prazer. Se quiser, sou brinquedo, imagem de qualquer tela. No entanto, diante de todo espinho que, indiferente, cravas, fluo em sangue e lava. Ainda a dor insiste? Lavo-me em fogo, em água. E ergo os olhos e corto as cordas, derivo-me para longe de ti, das mágoas, âncoras desgarradas, presas em nada. Esqueci como voltar os olhos ao que julgara porto. Hoje sou anjo e você, morto. ¹Saramar Mendes Brasil, 1958 d.C São escassas as informações sobre esta poetisa. [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]