Arquivo

Shakespeare – Versos na tarde – 26/10/2014

Poema Shakespeare¹ Ah, se as propriedades, títulos e cargos Não fossem frutos da corrupção! E se as altas honrarias se adquirissem só pelo mérito de quem as detém! Quantos, então, não estariam hoje melhor dos que estão? Quantos, que comandam, não estariam entre os comandados? William Shakespeare * Stratford-Avon, Inglaterra – 23 Abril 1564 d.C + Londres, Inglaterra – 23 Abril 1616 d.C [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

Leia mais »

O medo causado pela inteligência.

Quando Winston Churchill, ainda jovem, acabou de pronunciar seu discurso de estréia na Câmara dos Comuns, foi perguntar a um velho parlamentar, amigo de seu pai, o que tinha achado do seu primeiro desempenho naquela assembléia de vedetes políticas. O velho pôs a mão no ombro de Churchill e disse, em tom paternal: — “Meu jovem você cometeu um grande erro. Foi muito brilhante este seu primeiro discurso na Casa. Isso é imperdoável. Devia ter começado um pouco mais na sombra. Devia ter gaguejado um pouco. Com a inteligência que demonstrou hoje deve ter conquistado no mínimo uns trinta inimigos. O talento assusta!” E ali estava uma das melhores lições de abismo que um velho sábio pode dar ao pupilo que se inicia numa carreira difícil. A maior parte das pessoas encasteladas em posições políticas é medíocre e tem um indisfarçável medo da inteligência. Isso na Inglaterra. Imaginem aqui no Brasil. Não é demais lembrar a famosa trova de Ruy Barbosa: “Há tantos burros mandando Em homens de inteligência Que às vezes fico pensando Que a burrice é uma Ciência.” Temos de admitir que, de um modo geral, os medíocres são mais obstinados na conquista de posições. Sabem ocupar os espaços vazios deixados pelos talentosos displicentes que não revelam o apetite do poder. Mas é preciso considerar que esses medíocres ladinos, oportunistas e ambiciosos, têm o hábito de salvaguardar suas posições conquistadas com verdadeiras muralhas de granito por onde talentosos não conseguem passar. Em todas as áreas encontramos dessas fortalezas estabelecidas, as panelinhas do arrivismo, inexpugnáveis às legiões dos lúcidos. Dentro desse raciocínio, que poderia ser uma extensão do “Elogio da Loucura” de Erasmo de Roterdã, somos forçados a admitir que uma pessoa precise fingir-se de burra se quiser vencer na vida. É pecado fazer sombra a alguém até numa conversa social. Assim como um grupo de senhoras burguesas bem casadas boicota automaticamente a entrada de uma jovem mulher bonita no seu círculo de convivência, por medo de perder seus maridos, também os encastelados medíocres se fecham como ostras à simples aparição de um talentoso jovem que os possa ameaçar. Eles conhecem bem suas limitações, sabem como lhes custa desempenhar tarefas que os mais dotados realizam com uma perna nas costas, enfim, na medida em que admiram a facilidade com que os mais lúcidos resolvem problemas, os medíocres os repudiam para se defender. É um paradoxo angustiante! Infelizmente temos de viver segundo essas regras absurdas que transformam a inteligência numa espécie de desvantagem perante a vida. Como é sábio o velho conselho de Nelson Rodrigues. “Finge-te de idiota e terás o céu e a terra.” [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

Leia mais »

Eleições 2014 – Urna eletrônica: a máquina que faz seu voto sumir

Contem transcrição do I Seminário do Voto Eletrônico, apresentado na Câmara Federal em 29 de Maio de 2002, e uma análise do relatório da Unicamp sobre o Sistema Informatizado de Eleições. Livro Burla eletrônica – A máquina que faz seu voto sumir Leia um trecho: “Uma sombra paira sobre a democracia brasileira: as urnas eletrônicas em uso no país – totalmente projetadas e implementadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – não garantem a verdade eleitoral.   Elas não permitem auditoria pela simples razão de que não há sufrágios a contar ou recontar – o voto dos brasileiros foi desmaterializado, tornou-se um registro eletrônico na memória volátil (RAM) da máquina que se apaga quando o resultado é totalizado e gravado em disquete e na memória do equipamento. Se você votar em um candidato que aparece na tela e o programa registrar outro candidato na memória, ninguém jamais saberá. A legislação permite que os programas da urna eletrônica, milhares, sejam verificados pelos partidos políticos. Mas dá o prazo de cinco dias – o que não garante nada, absolutamente nada, por ser humanamente impossível conferi-los nesse exíguo período. São cerca de 3 milhões de linhas de código-fonte no programa e os técnicos só podem usar os dedos e a própria memória na hora de conferir. Para quem não sabe, bastam três ou quatro linhas – entre milhões – para introduzir um código malicioso que desvie votos de um candidato para outro”.  Digo eu:  Isso mesmo que você leu; TRÊS MILHÕES DE LINHAS DE CÓDIGO-FONTE e os técnicos só podem usar os dedos e a própria memória na hora de conferir. Exigência do TSE! Hahahaha! Entendeu ou preciso desenhar? Clique aqui para acessar o “download” do conteúdo integral do livro em PDF. [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

Leia mais »