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Lya Luft – Versos na tarde – 04/10/2014

Canção das mulheres Lya Luft ¹ Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais. Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta. Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor. Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso. Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes. Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais. Que o outro sinta quanto me dói a idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco – em lugar de voltar logo à sua vida. Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ”Olha que estou tendo muita paciência com você!” Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize. Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire. Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso. Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa – uma mulher. ¹ Lya Luft * Santa Cruz do Sul, RGS – 15 de Setembro de 1938 d.C [ad name=”Retangulo – Anuncios – Esquerda”]

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Eleições 2014: Urnas eletrônicas são vulneráveis

Urnas eletrônicas brasileiras consideradas suspeitas em outros países. “Se você acredita que a tecnologia pode resolver seus problemas de segurança, então você não conhece os problemas e nem a tecnologia”. Bruce Schneier, criptógrafo, moderador do Crypto-Gram Newsletter Neste domingo, ao apertar o botão com o número do seu candidato na urna eletrônica, esteja certo de que você não terá a mínima certeza sobre a aplicação do seu voto. A maioria dos países que adotam urnas eletrônicas já descartou esse nosso sistema, que não oferece a impressão do voto ao eleitor, isto é, a comprovação de que realmente o seu candidato recebeu o voto. Basta acessar os links anexos, que constam na página do site “votoseguro.org”, para comprovar as dúvidas que recaem sobre nossas urnas: Irlanda reprova e descarta urnas sem voto impresso – em inglês México adota urna eletrônica com voto impresso – vídeo em espanhol UnB quebra sigilo da urna eletrônica brasileira Bélgica adota urna eletrônica com voto impresso Rússia adota urna eletrônica com voto impresso Urna Eletrônica Argentina é muito superior à brasileira Urnas Biométricas – o que há por trás da propaganda oficial Uma ADIN em Defesa da Fraude Eleitoral pelo Software das Urnas Índia – demonstrada a insegurança das urnas-E Fabricante das urnas brasileiras acusado de fraude contábil Peru desenvolve urna eletrônica com voto impresso – vídeo em espanhol Alagoas 2006 – A Falta de Transparência Eleitoral desnudada Lei da Independência do Software nas urnas-e New York Times – Voto eletrônico sem voto impresso não merece confiança – em inglês Alemanha – Urnas Eletrônicas sem voto impresso são inconstitucionais Diebold reconhece erros em suas urnas-e – em inglês Ohio Processa Diebold – fabricante de urnas-e – em inglês Holanda Proibe Urnas Eletrônicas sem voto impresso – em inglês Paraguai Rejeita Urnas Brasileiras [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

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Eleições 2014: Juiz eleitoral diz que fraudar urna eletrônica é mais fácil que infectar computador com vírus

Vários relatos sobre fraudes e possibilidades de fraudes com urnas eletrônicas inundam a internet e botam em ‘xeque o sistema eleitoral’. Reveja: Hacker de 19 anos mostrou como fez para fraudar eleições no Rio de Janeiro O desembargador e juiz eleitoral aposentado Ilton Dellandréa afirmou, ao analisar a segurança do sistema eleitoral brasileiro, que o ato de modificar o endereço do voto registrado em uma urna eletrônica pode ser feito com mais facilidade que a inoculação de um vírus em um computador. Ele diz: “Um computador, por mais protegido que esteja, é potencialmente vulnerável a vírus e invasões cujos métodos se aperfeiçoam na mesma proporção dos aplicativos protetores. Desconfio que algumas empresas proprietárias de antivírus mantêm um setor específico para criar os que elas próprias, depois, vão eficientemente combater. É a melhor explicação que encontro para a propagação dessa praga cibernética – – A urna eletrônica usada nas eleições do Brasil é semelhante a um micro. É programada por seres humanos e seu software é alterável de acordo com as peculiaridades de cada pleito. Por ser programável pode sofrer a ação de maliciosos que queiram alterar resultados em seus interesses e modificar o endereço do voto com mais facilidade do que se inocula um vírus no seu micro via Internet. Além disto, pode desvendar nosso voto, pois o número do título é gravado na urna na mesma ocasião e fica a ela associado. Há várias formas de se fazer isto. Por exemplo: é possível introduzir um comando que a cada cinco votos desvie um para determinado candidato mesmo que o eleitor tenha teclado o número de outro”.”[ad#Retangulos – Direita] Leia abaixo a íntegra do artigo: URNA ELETRÔNICA É CONFIÁVEL? Um computador, por mais protegido que esteja, é potencialmente vulnerável a vírus e invasões cujos métodos se aperfeiçoam na mesma proporção dos aplicativos protetores. Desconfio que algumas empresas proprietárias de antivírus mantêm um setor específico para criar os que elas próprias, depois, vão eficientemente combater. É a melhor explicação que encontro para a propagação dessa praga cibernética. Talvez eventuais alterações maliciosas sejam possíveis de serem detectadas a posteriori. Mas descobrir a fraude depois de ocorrida não adianta. O importante é prevenir. A preocupação com a vulnerabilidade da urna eletrônica é antiga. Pode ser acompanhada no site Voto Seguro, mantido por técnicos especializados, engenheiros, professores e advogados que defendem que a urna eletrônica virtual – que não registra em apartado o voto do eleitor e que será usada nas próximas eleições – admite uma vasta gama de possibilidades de invasões, sendo definitivamente insegura e vulnerável. Veja também: Especialista e professor da UNB, Diego Aranha diz que urna eletrônica é insegura; assista Mais de 50 países já rejeitaram as urnas eletrônicas brasileiras devido à baixa confiabilidade Documentário da HBO denuncia fraudes, manipulações e fragilidades em urnas eletrônicas; assista Tribunal alemão considera urnas eletrônicas inconstitucionais EUA multam Diebold, fabricante das urnas eletrônicas brasileiras, em R$112 milhões por corrupção Recentemente o engenheiro Amílcar Brunazo Filho (especialista em segurança de dados em computador) e a advogada Maria Aparecida Cortiz (procuradora de partidos políticos) lançaram o livro “Fraudes e Defesas no Voto Eletrônico”, pela All Print Editora, no mínimo inquietante. Mesmo para os não familiarizados com o informatiquês ele é claro e transmite a idéia de que as urnas eleitorais brasileiras podem ser fraudadas. São detalhados os vários modos de contaminação da urna e se pode depreender que, se na eleição tradicional, com cédulas de papel, as fraudes existiam, eram também mais fáceis de ser apuradas porque o voto era registrado. Agora não. O voto é invisível e, como diz o lema do Voto Seguro: “Eu sei em quem votei, eles também, mas só eles sabem quem recebeu meu voto”, de autoria do engenheiro e professor Walter Del Picchia, Professor Titular da Escola Politécnica da USP. O livro detalha a adaptação criativa de fraudes anteriores, como o voto de cabresto e a compra de votos, e outros meios mais sofisticados, como clonagem e adulteração dos programas, o engravidamento da urna e outros. Além das fraudes na eleição, são possíveis fraudes na apuração e na totalização do votos. Leia mais: Jornal suíço publica crítica ao cadastramento biométrico para voto no Brasil e ao sistema eleitoral brasileiroEspecialistas defendem voto impresso Supremo julga inconstitucional comprovante de voto impresso nas eleições Reportagem mostra urnas eletrônicas violadas e manipuladas no Maranhão Leia também: Procurador dos EUA diz que fabricante das urnas eletrônicas brasileiras tem ‘padrão mundial de conduta criminosa’ O livro demonstra que a zerésima – um neologismo para a listagem emitida pela urna antes da votação e na qual constam os nomes dos candidatos com o número zero ao lado, indicando que nenhum deles recebeu ainda votos, na qual repousa a garantia de invulnerabilidade defendida pelo TSE -, ela própria pode ser uma burla porque é possível se imprimir qualquer coisa, como o número zero ao lado do nome do candidato, e ainda assim haver votos guardados na memória do computador (página 27). O livro não lança acusações levianas. Explica como as fraudes podem ocorrer e ao mesmo tempo apresenta soluções, ao menos parciais, como o uso da Urna Eletrônica Real – que imprime e recolhe os votos dos eleitores em compartimento próprio – ao contrário da urna eminentemente virtual, que não deixa possibilidade de posterior conferência. O mais instigante é que os autores e outros técnicos e professores protocolizaram no TSE pedidos para efetuar um teste de penetração visando demonstrar sua tese e isto lhes foi negado, apesar da fundamentação usada. Leia também: O sistema de votação com urnas eletrônicas do Brasil é seguro? 94 municípios têm registro de supostas fraudes em urnas eletrônicas em 2012. Veja a lista Hacker de 19 anos revela como fraudou urnas eletrônicas e eleição Urnas eletrônicas: Tema repleto de acusações, fraudes, ameaças e denúncias O livro cita o Relatório Hursti, da ONG Black Box Voting, dos EUA, em que testes de penetração nas urnas-e TXs da Diebold demonstraram que é perfeitamente possível se adulterar os programas daqueles modelos de forma a desviar votos numa eleição normal

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Vigilância e privacidade: Smartphone terrorista?

O Estado de S.Paulo informou que a NSA, a agência de segurança nacional dos Estados Unidos, está preocupada com a criptografia do novo celular da Apple, o iPhone 6. O aparelho é capaz de neutralizar todas as medidas invasivas usadas pelo governo americano para bisbilhotar o mundo inteiro. Seu novo sistema operacional superou o arsenal de espionagem virtual dos americanos. Da tecnologia da Apple veio “um algoritmo complexo” que grava um código criado pelo dono do aparelho, que fica com o poder total de proteção de seus dados. Nem mesmo a Apple tem acesso às senhas de seus mais modernos celulares. A megacompanhia criada pelos “Steves” (Jobs e Wosniak) acabou de criar um problemão para a agência de segurança americana, que acredita em seu direito divino de espionar a quem quiser em qualquer tempo. O medo maior é que o aparelho caia em mão de terroristas ou estados inimigos da política externa norte-americana. A matéria foi um extrato de outra postada no dia anterior pelo New York Times. O Estadão faz um pequeno comentário online e não escondeu a fonte: sinalizou para o jornal americano, que publicou uma reportagem levantando questões importantes e preocupações atuais dos agentes estatais da agência de segurança norte-americana. “Terroristas vão decifrar a coisa, junto com criminosos espertos e ditadores paranoicos”, previu uma fonte. Outra disse: “É como exibir um anúncio que diz: ‘Aqui está: como evitar a vigilância – mesmo a vigilância legal’”. Agentes da lei agora não podem mais obrigar a Apple a entregar dados de usuários de seus aparelhos. O usuário “tranca” tudo dentro do aparelho, e ninguém mais tem acesso a nenhum dado a não ser ele mesmo. Como deveria ser desde o início.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Em alerta Isso irritou bastante as autoridades da segurança de Estado norte-americana. Eles não aprovam a ideia de uma empresa produzir qualquer objeto tecnológico que não esteja ao alcance de seus meios atuais de vigilância. Mas não há muito que possa ser feito. Até 1994, havia uma legislação que obrigava a toda a indústria produtora de meios de comunicação instalar uma “porta de acesso” à vigilância estatal em cada aparelho produzido. Mas ela está desatualizada. Não cobre smartphones, para o desespero das autoridades americanas. Para piorar ainda mais a coisa, o Google anunciou um projeto semelhante para o Android. Este sistema já pode ser criptografado pelo usuário há três anos, mas não é opção padrão, e leva uma hora para o sistema alcançar um bom nível de segurança, se o usuário souber ajustar o aparelho. Tudo isso acaba em sua próxima versão a ser lançada em outubro. Tudo o que for armazenado em Android será criptografado automaticamente. A segurança do sistema operacional foi reforçada e simplificada graças ao avanço da concorrente, que desenvolveu, junto com o seu novo telefone, um sistema operacional (o iOS 8) com uma poderosa criptografia capaz de desafiar a tecnologia atual de rastreio e causar grande desconforto entre a turma da segurança americana. E agora seus concorrentes vão trilhar o mesmo caminho, para poder seguir na competição. É difícil acreditar que os supercomputadores da NSA não consigam quebrar a criptografia de um simples código alfanumérico de seis dígitos. Alguns duvidam da história toda. Ou, como sugeriu o New York Times, alguém pode superar a segurança do sistema, fazer um “hack” a partir da Apple e invadir o aparelho desejado. É possível, mas não é legal, informou o jornal. Mas o importante aqui não são as preocupações da agência de segurança norte-americana. O modo como eles veem o mundo e as tecnologias de comunicação, são. O pessoal da espionagem americana ainda não entendeu bem o papel e o impacto da tecnologia entre a população. Há um mundo inteiro interconectado e inquieto lá fora, mas eles continuam a negar a realidade maior da “era pós-Snowden” e do século 21: privacidade é tudo. A preocupação maior das empresas produtoras de meios de comunicação digitais é a segurança dos dados de seus usuários. Elas têm perdido muito dinheiro em processos judiciais baseados em falhas em proteção de dados. Ou no uso abusivo deles. Os estados nacionais também estão em alerta contra ataques virtuais e invasões indevidas de bancos de dados sensíveis, desde que o governo norte-americano reafirmou sua prática de espiar a vida e o cotidiano de seus amigos e inimigos. Sob controle Até o momento, a grande notícia sobre o iPhone 6 era sua tendência a dobrar no bolso dos usuários. Agora, tudo mudou. Ou estamos diante da maior e melhor campanha de publicidade que jamais existiu, ou os limites da segurança norte-americana são mais frágeis do que pensamos. Não por falta de equipamento ou ciência, mas por sua concepção antiquada de tecnologia. Esta não é apenas equipamento e inovação, mas também a capacidade da população em lançar mão dela em defesa de seus próprios interesses, diretamente. De apropriar-se dela sem a mediação do Estado. Não vale a pena sacrificar a liberdade em nome da segurança. No final, acaba-se vivendo no medo eterno do próximo atentado. Isso não é liberdade, é o jogo que o terror quer impor: um mundo mais assustador e desconfortável a cada dia. Quando a autoridade pública acredita que tudo e todos têm que estar dentro de seu controle, não se vive mais em um Estado democrático, mas em um regime policial. Por Sergio da Motta e Albuquerque/Observatório da imprensa

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Eleições e a confiabilidade das urnas eletrônicas

Caso você acredite que o uso de urnas eletrônicas é garantia de inviolabilidade, sigilo e que não é possível fraude no processo de votação, acesse os links abaixo e se informe. http://www.cic.unb.br/docentes/pedro/trabs/BurlaEletronica.pdf http://www.votoseguro.org/

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