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Ferreira Gullar – Versos na tarde – 19/09/2014

Muitas Vozes Ferreira Gullar ¹ Meu poema é um tumulto: a fala que nele fala outras vozes arrasta em alarido. (estamos todos nós cheios de vozes que o mais das vezes mal cabem em nossa voz: se dizes pera, acende-se um clarão um rastilho de tardes e açúcares ou se azul disseres, pode ser que se agite o Egeu em tuas glândulas) A água que ouviste num soneto de Rilke os ínfimos rumores no capim o sabor do hortelã (essa alegria) a boca fria da moça o maruim na poça a hemorragia da manhã tudo isso em ti se deposita e cala. Até que de repente um susto ou uma ventania (que o poema dispara) chama esses fósseis à fala. Meu poema é um tumulto, um alarido: basta apurar o ouvido. ¹ José Ribamar Ferreira * São Luiz, MA. – 10 de setembro de 1930 d.C [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

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